NASA vai usar impressão 3D em concreto para construir em Marte
A NASA fechou parceria com a ICON e com o escritório de arquitetura BIG (Bjarke Ingels Group) para construir o habitáculo que vai abrigar os 4 humanos que serão enviados a Marte em 2030. A norte-americana ICON é atualmente a startup que detém as melhores tecnologias para fabricar impressoras 3D voltadas para a construção civil. Já o dinamarquês BIG venceu a concorrência realizada pela NASA para projetar uma estrutura que permita aos astronautas habitarem uma construção segura e, ao mesmo tempo, confortável para a convivência por longos períodos no planeta.
Com o uso da impressão 3D em concreto, um protótipo do habitáculo está em construção no Johnson Space Center, em Houston, no Texas-EUA. Batizado de Mars Dune Alpha, a edificação terá 158 m² de área construída e servirá de simulador para testar principalmente o desempenho físico e a resistência mental dos astronautas. “O Mars Dune Alpha tem um propósito específico: preparar os humanos para viver em outro planeta. E a forma como ele será construído, com impressão 3D em concreto, também faz parte do projeto. A escala de construção é parte essencial do kit que será levado para Marte. Tudo terá que ser construído lá, inclusive utilizando os materiais disponíveis no planeta. A impressão 3D em concreto é a solução mais viável economicamente”, explica Jason Ballard, cofundador e CEO da ICON.
O escritório de arquitetura BIG projetou o Mars Dune Alpha com 4 alojamentos privados para a tripulação, além de espaços de convivência, como cozinha, salas e academia. Também haverá estações de trabalho, enfermaria, laboratório e um espaço para testar o cultivo de alimentos. Parte dos móveis não serão fixos, para que os astronautas possam reorganizá-los. A iluminação também será personalizável, assim como a temperatura e o controle de som. As inscrições para passar um ano no habitáculo se encerram dia 17 de setembro de 2021. A simulação está programada para começar em outubro de 2022.
Experiência em Marte também deve influenciar a forma de construir na Terra
A construção do Mars Dune Alpha também ajudará os pesquisadores a testarem o potencial da tecnologia de impressão 3D no espaço. O objetivo é reduzir significativamente a carga de materiais que será levada para Marte. A ICON projeta usar impressoras mais leves e compactas e a argamassa será desenvolvida pela própria empresa: a Lavacrete. A tecnologia usa uma mistura à base de Cimento Portland, agregados leves e aditivos especiais que elevam a resistência do material a 41 MPa, permitindo que a estrutura construída resista a abalos sísmicos, tornados e furacões.
O fundador do BIG, Bjarke Ingels, avalia que os resultados colhidos a partir das experiências no Mars Dune Alpha também podem influenciar a arquitetura e a engenharia na Terra. “Junto com a NASA e o ICON, estamos investigando o que será o lar da humanidade em outro planeta. Mas os dados obtidos com essa pesquisa também poderão gerar novos padrões habitacionais aqui na Terra. A obra tem potencial para estabelecer não apenas as bases da vida humana em Marte, mas ajudar a escrever um novo vernáculo da arquitetura”, conclui.
Veja como será o Mars Dune Alpha
Entrevistado
ICON Technology Inc., Bjarke Ingels Group e NASA
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press@iconbuild.com
public-inquiries@hq.nasa.gov
press@big.dk
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
NASA vai usar impressão 3D em concreto para construir em Marte
A NASA fechou parceria com a ICON e com o escritório de arquitetura BIG (Bjarke Ingels Group) para construir o habitáculo que vai abrigar os 4 humanos que serão enviados a Marte em 2030. A norte-americana ICON é atualmente a startup que detém as melhores tecnologias para fabricar impressoras 3D voltadas para a construção civil. Já o dinamarquês BIG venceu a concorrência realizada pela NASA para projetar uma estrutura que permita aos astronautas habitarem uma construção segura e, ao mesmo tempo, confortável para a convivência por longos períodos no planeta.
Com o uso da impressão 3D em concreto, um protótipo do habitáculo está em construção no Johnson Space Center, em Houston, no Texas-EUA. Batizado de Mars Dune Alpha, a edificação terá 158 m² de área construída e servirá de simulador para testar principalmente o desempenho físico e a resistência mental dos astronautas. “O Mars Dune Alpha tem um propósito específico: preparar os humanos para viver em outro planeta. E a forma como ele será construído, com impressão 3D em concreto, também faz parte do projeto. A escala de construção é parte essencial do kit que será levado para Marte. Tudo terá que ser construído lá, inclusive utilizando os materiais disponíveis no planeta. A impressão 3D em concreto é a solução mais viável economicamente”, explica Jason Ballard, cofundador e CEO da ICON.
O escritório de arquitetura BIG projetou o Mars Dune Alpha com 4 alojamentos privados para a tripulação, além de espaços de convivência, como cozinha, salas e academia. Também haverá estações de trabalho, enfermaria, laboratório e um espaço para testar o cultivo de alimentos. Parte dos móveis não serão fixos, para que os astronautas possam reorganizá-los. A iluminação também será personalizável, assim como a temperatura e o controle de som. As inscrições para passar um ano no habitáculo se encerram dia 17 de setembro de 2021. A simulação está programada para começar em outubro de 2022.
Experiência em Marte também deve influenciar a forma de construir na Terra
A construção do Mars Dune Alpha também ajudará os pesquisadores a testarem o potencial da tecnologia de impressão 3D no espaço. O objetivo é reduzir significativamente a carga de materiais que será levada para Marte. A ICON projeta usar impressoras mais leves e compactas e a argamassa será desenvolvida pela própria empresa: a Lavacrete. A tecnologia usa uma mistura à base de Cimento Portland, agregados leves e aditivos especiais que elevam a resistência do material a 41 MPa, permitindo que a estrutura construída resista a abalos sísmicos, tornados e furacões.
O fundador do BIG, Bjarke Ingels, avalia que os resultados colhidos a partir das experiências no Mars Dune Alpha também podem influenciar a arquitetura e a engenharia na Terra. “Junto com a NASA e o ICON, estamos investigando o que será o lar da humanidade em outro planeta. Mas os dados obtidos com essa pesquisa também poderão gerar novos padrões habitacionais aqui na Terra. A obra tem potencial para estabelecer não apenas as bases da vida humana em Marte, mas ajudar a escrever um novo vernáculo da arquitetura”, conclui.
Veja como será o Mars Dune Alpha
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Norma de Desempenho e ABNT NBR 6118 são conflitantes?
Seminário online sobre normas técnicas, promovido pela consultoria AltoQi, debateu se há conflitos entre a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575) e a ABNT NBR 6118 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimento). Os engenheiros civis que participaram do webinar sinalizaram que existem divergências entre as duas normas, principalmente no item dimensões mínimas para pilares e vigas em projetos estruturais para casas térreas e sobrados.
Segundo os debatedores, a ABNT NBR 15575 respalda estruturas com 9 cm de espessura, o que seria incompatível com o que diz a ABNT NBR 6118, que é chamada de “a norma-mãe do concreto”. Essa define 14 cm como a espessura mínima para projetos de casas térreas e sobrados. Neste ponto, os engenheiros participantes do seminário foram bem enfáticos: é preciso seguir a norma de concreto. “A norma que ensina a calcular e que dá os critérios para projetar estruturas de concreto armado é a 6118”, reforça Nivaldo de Maria.
O engenheiro de estruturas complementa sua defesa em favor da ABNT NBR 6118 afirmando que, se o engenheiro vai projetar estruturas de concreto, ele deve seguir a norma que define os procedimentos para essa finalidade. “Essa divergência entre as normas nem existiria se os profissionais da engenharia seguissem apenas a 6118. Até porque, a 6118 é referência normativa para a Norma de Desempenho. Mas não é isso que está acontecendo”, alerta Nivaldo de Maria.
Os engenheiros civis participantes do webinar ressaltaram que essa divergência não minimiza a importância da ABNT NBR 15575. Como explica o engenheiro especialista em patologias das construções, Matheus Leoni. “A Norma de Desempenho trouxe requisitos e critérios que devem ser seguidos, principalmente dentro de 3 grandes grupos: segurança, habitabilidade e sustentabilidade. Ela também veio para definir com mais clareza as responsabilidades de cada um em relação à obra, ou seja, apontar qual a responsabilidade do projetista, do construtor, do incorporador e do usuário.
É uma norma de extrema importância”, afirma.
Independentemente dos conflitos entre normas técnicas, é obrigatório segui-las
Matheus Leoni e Nivaldo de Maria lembraram também que a própria Norma de Desempenho define o prazo mínimo de 50 anos para a vida útil do projeto de estruturas. Significa, como frisam os engenheiros civis, que os fundamentos da ABNT NBR 6118 devem ser priorizados. “A 6118 abrange segurança e durabilidade das estruturas de concreto. Então, ela é que deve ter a prioridade do projetista”, frisa Leoni.
Para finalizar, a engenheira-projetista Micheli Mohr Koerich disse que, independentemente dos conflitos entre normas técnicas, é obrigatório segui-las. “O Código de Defesa do Consumidor é claro: nenhum produto pode ser levado ao mercado se estiver em desacordo com as normas expedidas pelos organismos oficiais competentes, no caso a ABNT. Isso significa que uma edificação em desacordo com as normas técnicas vai ter rejeição no mercado e será alvo de todas as implicações jurídicas que envolvem esse descumprimento”, conclui.
Assista ao debate “NBR 15575 x NBR 6118”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “NBR 15575 x NBR 6118”, promovido pela consultoria AltoQi
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marketing@altoqi.com.br
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Moradores do Minha Casa Minha Vida buscam upgrade na casa própria
Pesquisa divulgada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) mostra que as famílias que adquiriram imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, entre 2009 e 2016, estão em busca de um upgrade na casa própria. O estudo destaca que elas desejam uma moradia melhor e em bairros mais centrais. Esses mutuários têm o seguinte perfil: pertencem às faixas 2 e 3 do MCMV, são adimplentes, já amortizaram boa parte da dívida contraída com o financiamento, viram seus imóveis valorizarem e buscam usá-los como parte do pagamento da nova residência.
O estudo foi liderado pela ADEMI-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco) e mostra que essa tendência é maior nos estados da região nordeste do país. O levantamento também aponta que algumas famílias até cogitam preservar o imóvel adquirido pelo MCMV e comprar outra unidade através do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Essa modalidade de financiamento permite ao contratante possuir mais de uma residência em seu nome. “Hoje, muitas dessas famílias já têm condições de acessar um imóvel mais caro, migrando do MCMV para o SBPE, desde que tenha uma linha que aceite o imóvel usado para fazer um upgrade”, diz o presidente da ADEMI-PE, Avelar Loureiro Filho.
Antes de ser substituído pelo programa Casa Verde e Amarela, o Minha Casa Minha Vida financiou 2,3 milhões de unidades habitacionais nas faixas 2 e 3 – boa parte com recursos do FGTS. Como o financiamento era subsidiado, e as prestações possuíam valor baixo, isso permitiu que as famílias incluídas no programa se capitalizassem para buscar imóveis melhores. De acordo com o estudo da ADEMI-PE, as unidades das faixas 2 e 3 do MCMV valem hoje entre 190 mil reais e 240 mil reais. Já as famílias interessadas em um upgrade em suas moradias buscam imóveis na faixa de 400 mil reais.
Atualmente, SBPE financia 3 vezes mais imóveis que o FGTS
Outra razão que tem feito as famílias recorrerem a financiamentos bancários através do SBPE está no fato do Casa Verde e Amarela estar em ritmo lento. Lançado em agosto de 2020, o programa tinha como uma das metas colocar unidades de melhor qualidade no mercado. Porém, ele já sofreu cortes no orçamento que chegam a 45%. A razão são os contingenciamentos promovidos pelo governo federal para equilibrar as contas. Assim, a solução para quem quer fazer o upgrade é recorrer ao SBPE.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), desde 2020 o SBPE está financiando 3 vezes mais imóveis que o FGTS. O motivo principal é que os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço passaram a ser o principal financiador do auxílio emergencial – ajuda dada aos vulneráveis desde o começo da pandemia de COVID-19. “Em 2020, o crescimento do financiamento imobiliário atingiu 177 bilhões de reais, puxado basicamente pelo SBPE, que financiou 124 bilhões de reais, enquanto o FGTS financiou 53 bilhões de reais. Já no primeiro semestre de 2021 foram financiados 121,7 bilhões de reais, dos quais 96,1 bilhões de reais via SBPE e 24,6 bilhões através do FGTS”, revela a presidente da Abecip, Cristiane Portella.
Entrevistado
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e ADEMI-PE (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco)
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Pela 1ª vez, LEED Homes Awards premia edifício brasileiro
O edifício residencial Llum, da construtora Laguna, foi eleito por voto popular o “projeto de 2021” pelo USGBC (United States Green Building Council). Construído em Curitiba-PR, o prédio obteve a certificação LEED Gold e o reconhecimento internacional faz dele o 1º do Brasil a ser premiado no LEED Homes Awards – evento anual da USGBC para construções multifamiliares e unifamiliares.
O Llum venceu na votação popular o projeto norte-americano Cincinnati Scholar House e o chinês Qianhai Kerry Center Bayview A1-2-3, que receberam menções honrosas. O edifício ainda estava inscrito na categoria “excepcional prédio multifamiliar”, e também foi eleito, juntamente com duas construções norte-americanas: Chloe on Madison, em Seattle, e o Reed College Trillium Residence Hall, em Portland.
De acordo com Gabriel Raad, CEO da construtora Laguna, a escolha do Llum é resultado de um projeto bem planejado e executado. “Se você construir um edifício excelente e realmente confortável, um dos resultados naturais será o LEED”, avalia. O selo não define apenas os parâmetros de sustentabilidade da obra, mas também estabelece métricas de qualidade”, completa.
Construído no bairro Batel, um dos mais tradicionais de Curitiba-PR, o Llum foi entregue no 1º semestre de 2019. Como é de praxe, até que estejam habitados e todas as suas operações sejam colocadas em prática, os edifícios que buscam a certificação LEED carregam uma pré-certificação. A confirmação do selo ocorre depois que os requisitos são reconhecidos pelo certificador, o que acontece normalmente um ano após a entrega da edificação.
Para conseguir a certificação LEED Gold são avaliadas as seguintes categorias: processo integrado, localização e mobilidade, terrenos sustentáveis, eficiência hídrica, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade do ambiente interno, inovação e prioridade regional. O Llum comprovou consumir 25% menos energia e 20% menos água, comparado às construções convencionais, além de priorizar a luz natural e materiais com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. O empreendimento tem 20 pavimentos e 15 unidades no total.
Certificação LEED tem sido cada vez mais requisitada para construções residenciais
Segundo o presidente e CEO do USGBC, Mahesh Ramanujam, o Llum comprova que o padrão LEED continua a ajudar os edifícios a se tornarem sustentáveis e mais saudáveis para os ocupantes. “A certificação é ainda mais importante quando ela chega em nossas casas”, afirma. “A certificação LEED tem sido cada vez mais requisitada para construções residenciais. Isso é muito salutar”, reforça.
O edifício tem a assinatura de um time renomado. O projeto arquitetônico é do arquiteto Flávio Schiavon, o design de interiores de João Armentano, o paisagismo de Benedito Abbud e o projeto luminotécnico de Regina Bruni.
Além do Llum, Curitiba também é a cidade onde está o 1º edifício do mundo a se tornar autossuficiente em abastecimento de água: o prédio corporativo Eurobussiness, construído em 2016. Entre as capitais brasileiras, a paranaense é ainda a que mais tem construções certificadas com o selo LEED Zero Energy Building.
Entrevistado
USGBC (United States Green Building Council) (via departamento de comunicação)
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Crise hídrica desperta interesse pelo pavimento de concreto permeável
O pavimento de concreto permeável começa, lentamente, a ganhar espaço nos projetos de urbanização das cidades. A crise hídrica que o país atravessa impulsiona a busca por sistemas que acelerem a absorção da água da chuva, reduzindo a impermeabilização urbana, e que ajudem também no escoamento rápido para a rede de captação pluvial.
O pavimento de concreto permeável executado in loco é uma alternativa viável, mas esse tipo de sistema requer cuidados técnicos. É o que explica o engenheiro civil Mogar Sincak, ao participar de webinar promovido pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) no dia 31 de agosto de 2021.
Mogar Sincak destaca que o aditivo é decisivo na composição do pavimento. “O fabricante do aditivo é quem define o traço do concreto, de acordo com o dimensionamento. Também é necessário seguir as recomendações da norma técnica (ABNT NBR 16416:2015 – Pavimentos permeáveis de concreto – requisitos e procedimentos)”, alerta.
Ainda sobre o aditivo, o engenheiro civil destaca que ele acelera a cura do concreto em poucos minutos. “Por isso, é recomendável pavimentar em dias nublados ou no início dos períodos noturnos, sem chuva. O clima influencia bastante na qualidade do pavimento”, afirma Mogar Sincak, que atua com instalações de pavimentos permeáveis no Rio Grande do Sul.
O engenheiro civil ressalta ainda que o treinamento da equipe é decisivo para a qualidade do pavimento. “A execução errada pode resultar na perda do piso”, diz. O traço correto e a granulometria, com o uso de brita zero, são igualmente importantes para a eficácia do pavimento de concreto permeável. Ele também comenta que é necessário fazer o estudo do solo antes de implementar a obra. “Se o solo tiver baixa permeabilidade, é necessário executar valas”, completa.
Como o processo de cura do concreto é muito rápido, por causa do aditivo, Mogar Sincak explica que o caminhão-betoneira não pode vir cheio. “O recomendável é que ele venha pela metade, com no máximo 4 m³. Se vier totalmente carregado, com 8 m³, e como o aditivo acelera o tempo de pega, pode não dar tempo suficiente para aplicar todo o concreto”, relata.
Mercado contrata com mais frequência os pisos com 8 centímetros de espessura
Em média, para pisos com 8 centímetros de espessura, que atendem estacionamentos, condomínios, ruas urbanas com fluxo de veículos leves, calçadas e sarjetas permeáveis, o consumo de cimento é de 300 quilos por m³, revela o engenheiro civil. Sobre o custo, ele cita que, se o pavimento de concreto permeável não precisar de grandes obras pluviais, o valor é muito semelhante ao do pavimento de concreto convencional. “Caso contrário, ele se torna mais caro”, realça.
Em sua participação no webinar da ABCP, Mogar Sincak afirma que pavimentos de concreto permeável com 15 centímetros de espessura suportam veículos pesados. No entanto, o mercado tem contratado com mais frequência pisos de 8 centímetros. Sobre as qualidades do pavimento, o engenheiro civil destaca os principais:
– Porosidade aumenta a capacidade drenante.
– Não usa areia como agregado.
– Absorve rapidamente a água, pela quantidade de vazios, e é mais eficaz que o bloco intertravado de concreto permeável.
– A liberação da área para o tráfego acontece em 24 horas.
– Elimina canaletas e bocas de lobo.
– É sustentável, pois faz uma primeira filtragem da água e permite a coleta.
– Alternativa para áreas vulneráveis a enchentes.
– Dependendo do município, a obra pode se beneficiar do IPTU Verde.
Assista ao webinar promovido pela ABCP
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Pavimento permeável de concreto”, promovido pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
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Crise hídrica desperta interesse pelo pavimento de concreto permeável
O pavimento de concreto permeável começa, lentamente, a ganhar espaço nos projetos de urbanização das cidades. A crise hídrica que o país atravessa impulsiona a busca por sistemas que acelerem a absorção da água da chuva, reduzindo a impermeabilização urbana, e que ajudem também no escoamento rápido para a rede de captação pluvial.
O pavimento de concreto permeável executado in loco é uma alternativa viável, mas esse tipo de sistema requer cuidados técnicos. É o que explica o engenheiro civil Mogar Sincak, ao participar de webinar promovido pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) no dia 31 de agosto de 2021.
Mogar Sincak destaca que o aditivo é decisivo na composição do pavimento. “O fabricante do aditivo é quem define o traço do concreto, de acordo com o dimensionamento. Também é necessário seguir as recomendações da norma técnica (ABNT NBR 16416:2015 – Pavimentos permeáveis de concreto – requisitos e procedimentos)”, alerta.
Ainda sobre o aditivo, o engenheiro civil destaca que ele acelera a cura do concreto em poucos minutos. “Por isso, é recomendável pavimentar em dias nublados ou no início dos períodos noturnos, sem chuva. O clima influencia bastante na qualidade do pavimento”, afirma Mogar Sincak, que atua com instalações de pavimentos permeáveis no Rio Grande do Sul.
O engenheiro civil ressalta ainda que o treinamento da equipe é decisivo para a qualidade do pavimento. “A execução errada pode resultar na perda do piso”, diz. O traço correto e a granulometria, com o uso de brita zero, são igualmente importantes para a eficácia do pavimento de concreto permeável. Ele também comenta que é necessário fazer o estudo do solo antes de implementar a obra. “Se o solo tiver baixa permeabilidade, é necessário executar valas”, completa.
Como o processo de cura do concreto é muito rápido, por causa do aditivo, Mogar Sincak explica que o caminhão-betoneira não pode vir cheio. “O recomendável é que ele venha pela metade, com no máximo 4 m³. Se vier totalmente carregado, com 8 m³, e como o aditivo acelera o tempo de pega, pode não dar tempo suficiente para aplicar todo o concreto”, relata.
Mercado contrata com mais frequência os pisos com 8 centímetros de espessura
Em média, para pisos com 8 centímetros de espessura, que atendem estacionamentos, condomínios, ruas urbanas com fluxo de veículos leves, calçadas e sarjetas permeáveis, o consumo de cimento é de 300 quilos por m³, revela o engenheiro civil. Sobre o custo, ele cita que, se o pavimento de concreto permeável não precisar de grandes obras pluviais, o valor é muito semelhante ao do pavimento de concreto convencional. “Caso contrário, ele se torna mais caro”, realça.
Em sua participação no webinar da ABCP, Mogar Sincak afirma que pavimentos de concreto permeável com 15 centímetros de espessura suportam veículos pesados. No entanto, o mercado tem contratado com mais frequência pisos de 8 centímetros. Sobre as qualidades do pavimento, o engenheiro civil destaca os principais:
– Porosidade aumenta a capacidade drenante.
– Não usa areia como agregado.
– Absorve rapidamente a água, pela quantidade de vazios, e é mais eficaz que o bloco intertravado de concreto permeável.
– A liberação da área para o tráfego acontece em 24 horas.
– Elimina canaletas e bocas de lobo.
– É sustentável, pois faz uma primeira filtragem da água e permite a coleta.
– Alternativa para áreas vulneráveis a enchentes.
– Dependendo do município, a obra pode se beneficiar do IPTU Verde.
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Restauração do Museu do Ipiranga entra em contagem regressiva
Em 7 de setembro de 2022, o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. A reabertura do Museu do Ipiranga, que passa por restauração, vai coincidir com a data. As obras no edifício de 125 anos encontram-se 70% concluídas. A execução atua em duas frentes: restauro e ampliação, que fará o prédio sair dos originais 6.600 m² para 12.400 m² de área construída.
A ampliação inclui uma nova entrada para o público, bilheterias, auditório para 200 pessoas, espaço educativo, café, loja e sala de exposição temporária. Já o restauro é a etapa mais complexa do projeto. Antes de iniciar a recuperação da arquitetura original do prédio, houve trabalhos de engenharia para fazer o micro estaqueamento, a contenção do terreno e o grampeamento do solo, a fim de garantir o reforço das fundações do museu.
Na parte interna do edifício histórico ocorreu a concretagem dos pisos do porão e a execução de fundações para que o prédio possa receber elevadores. A obra também ganhou instalações elétricas e hidráulicas novas e, além de elevadores, terá escadas rolantes, sistema de ar-condicionado e proteção contra incêndio. “As obras do Museu do Ipiranga garantirão um sistema de segurança predial de nível internacional”, diz o reitor da USP, Vahan Agopyan, que é engenheiro civil. A Universidade de São Paulo faz a gestão administrativa e financeira do museu.
O Museu do Ipiranga está fechado para visitação desde 2013, por causa da má conservação do prédio. Já as obras de restauração começaram em 2019. A recuperação arquitetônica está a cargo do escritório H+F Arquitetos, que em 2018 venceu concurso público para o retrofit do edifício-monumento. O projeto inclui o restauro da fachada, dos interiores e dos elementos de marcenaria, como portas e batentes. Também serão recuperadas as esquadrias, o forro e o piso de madeira do museu.
Prédio é a primeira grande edificação de São Paulo erguida em alvenaria estrutural
Originalmente, o Museu do Ipiranga foi concebido pelo arquiteto italiano Tommaso Gaudencio Bezzi, que pretendia que a edificação abrigasse uma escola de arquitetura. As obras começaram em 1885 e foram concluídas em 1890, mas somente em 1895 foi decidida qual seria a finalidade da construção: transformá-lo no museu que perpetuaria a memória da Independência do Brasil.
O prédio é a primeira grande edificação de São Paulo erguida em alvenaria estrutural, com tijolos cerâmicos. Seu desenho arquitetônico foi inspirado nos grandes edifícios acadêmicos europeus do século 19, como o Reichstag de Berlim, na Alemanha, e a Universidade de Viena, na Suíça.
Com a restauração do museu, a expectativa é que ele receba cerca de 1 milhão de visitantes por ano. O investimento total nas obras é de 210 milhões de reais, dos quais 170 milhões de reais foram captados junto à iniciativa privada. O valor investido pelo governo de São Paulo é de 19 milhões de reais, enquanto a Fundação de Apoio à USP injetou mais 11 milhões de reais na recuperação do prédio.
Entrevistados
Universidade de São Paulo, Governo de São Paulo e Prefeitura de São Paulo (via assessorias de imprensa)
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Varejo de materiais de construção tende a crescer 16% em 2021
Os dados mais recentes do Termômetro Anamaco mostram que o varejo do setor tende a encerrar 2021 com crescimento de 16%, na comparação com 2020. O levantamento é coordenado pelo instituto de pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). “O varejo de materiais de construção vai fechar o ano com quase o triplo de crescimento dos demais varejos, que somados devem ficar em 5,5%”, diz o economista e consultor do FGV IBRE, Robson Gonçalves.
O analista ressalta que o segmento seguirá crescendo em 2022, mas em patamares mais modestos. “A expectativa é que no ano que vem tenhamos o crescimento do PIB em 1,5%, bem abaixo do 5,2% estimado em 2021. O varejo de materiais de construção acompanhará esse índice e também tende a crescer 1,5% em 2022”, avalia. Robson Gonçalves explica o porquê. “No contexto pós-pandemia, que é o que se espera que aconteça no ano que vem, a disputa pelo bolso do consumidor será maior. Haverá outros setores que virão sedentos para recuperar as perdas. Entre eles, o turismo. Após 2 anos de restrições a viagens, existe a tendência de que as pessoas busquem viajar mais a partir de 2022, reduzindo o foco na compra e na reforma de suas casas”, completa.
Para o economista do FGV IBRE, o varejo de materiais de construção praticamente não teve concorrência em 2020 e 2021. “As pessoas foram surpreendidas pela pandemia e obrigadas a mudar suas rotinas. A casa virou o centro das atenções, obrigando o consumidor a ir às compras. Fosse para adquirir um novo imóvel ou apenas para trocar a cor da tinta nas paredes. O dinheiro do consumidor não encontrou concorrência e foi realocado praticamente todo para o varejo da construção civil. A ponto de, por muitos meses, o volume de vendas do varejo ter sido maior que o volume de produção da indústria, o que causou aumento de preços e até desabastecimento em alguns segmentos”, cita Robson Gonçalves.
Anamaco propõe linha de crédito especial para lojistas de materiais de construção
O superintendente da Anamaco, Waldir de Abreu, afirma que o setor busca manter o aquecimento em 2022 através de negociação com a Caixa Econômica Federal para a abertura de uma linha de crédito especial para o varejo de materiais de construção. “Mostramos à diretoria da Caixa que a abertura de uma linha especial tiraria o lojista do setor do sufoco. Hoje, muitos estão sobrevivendo de recebíveis do cartão de crédito. O crescimento que vai se consolidar em 2021 é significativo, mas precisamos pensar em um crescimento sustentável ao longo dos anos. Caso contrário, continuaremos perdendo lojas. Em 5 anos, quase 5 mil CNPJs de lojistas de materiais de construção desapareceram. Mas continuamos grandes, com mais de 130 mil lojas em todo o país”, alerta o dirigente.
Em 2020, o varejo de materiais de construção cresceu 11% na comparação com 2019. O faturamento do setor no ano passado somou 150,55 bilhões de reais.
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “O comportamento das vendas no varejo de matcon”, promovido pela Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco)
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Varejo de materiais de construção tende a crescer 16% em 2021
Os dados mais recentes do Termômetro Anamaco mostram que o varejo do setor tende a encerrar 2021 com crescimento de 16%, na comparação com 2020. O levantamento é coordenado pelo instituto de pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). “O varejo de materiais de construção vai fechar o ano com quase o triplo de crescimento dos demais varejos, que somados devem ficar em 5,5%”, diz o economista e consultor do FGV IBRE, Robson Gonçalves.
O analista ressalta que o segmento seguirá crescendo em 2022, mas em patamares mais modestos. “A expectativa é que no ano que vem tenhamos o crescimento do PIB em 1,5%, bem abaixo do 5,2% estimado em 2021. O varejo de materiais de construção acompanhará esse índice e também tende a crescer 1,5% em 2022”, avalia. Robson Gonçalves explica o porquê. “No contexto pós-pandemia, que é o que se espera que aconteça no ano que vem, a disputa pelo bolso do consumidor será maior. Haverá outros setores que virão sedentos para recuperar as perdas. Entre eles, o turismo. Após 2 anos de restrições a viagens, existe a tendência de que as pessoas busquem viajar mais a partir de 2022, reduzindo o foco na compra e na reforma de suas casas”, completa.
Para o economista do FGV IBRE, o varejo de materiais de construção praticamente não teve concorrência em 2020 e 2021. “As pessoas foram surpreendidas pela pandemia e obrigadas a mudar suas rotinas. A casa virou o centro das atenções, obrigando o consumidor a ir às compras. Fosse para adquirir um novo imóvel ou apenas para trocar a cor da tinta nas paredes. O dinheiro do consumidor não encontrou concorrência e foi realocado praticamente todo para o varejo da construção civil. A ponto de, por muitos meses, o volume de vendas do varejo ter sido maior que o volume de produção da indústria, o que causou aumento de preços e até desabastecimento em alguns segmentos”, cita Robson Gonçalves.
Anamaco propõe linha de crédito especial para lojistas de materiais de construção
O superintendente da Anamaco, Waldir de Abreu, afirma que o setor busca manter o aquecimento em 2022 através de negociação com a Caixa Econômica Federal para a abertura de uma linha de crédito especial para o varejo de materiais de construção. “Mostramos à diretoria da Caixa que a abertura de uma linha especial tiraria o lojista do setor do sufoco. Hoje, muitos estão sobrevivendo de recebíveis do cartão de crédito. O crescimento que vai se consolidar em 2021 é significativo, mas precisamos pensar em um crescimento sustentável ao longo dos anos. Caso contrário, continuaremos perdendo lojas. Em 5 anos, quase 5 mil CNPJs de lojistas de materiais de construção desapareceram. Mas continuamos grandes, com mais de 130 mil lojas em todo o país”, alerta o dirigente.
Em 2020, o varejo de materiais de construção cresceu 11% na comparação com 2019. O faturamento do setor no ano passado somou 150,55 bilhões de reais.
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “O comportamento das vendas no varejo de matcon”, promovido pela Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco)
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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330