Construção civil gerou cerca de 160 mil vagas de emprego em 2023

Número de empregos formais na construção, em 2023, superou os 158 mil.
Crédito: Envato

O saldo de empregos formais gerados pela construção civil durante todo o ano de 2023 ficou em 158.940, de acordo com os dados divulgados em 30 de janeiro pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse número é resultado da diferença entre a quantidade de admissões (2,298 milhões) e de demissões (2,139 milhões).

O índice registrado pelo setor equivale a cerca de 11% do saldo total do país, que contabilizou 1,48 milhão de novos trabalhos com carteira assinada.  

As estatísticas mostram que, dos cinco grupos definidos pelo sistema, a Construção foi o terceiro que mais criou postos de emprego - o primeiro lugar ficou com Serviços (886.256), o segundo, com Comércio (276.528), o quarto, com a Indústria (127.145), e, o quinto, com a Agropecuária (34.762).

A economista Ieda Vasconcelos, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), diz que o resultado de 2023 é menor do que o dos dois anos anteriores, mas que, ainda assim, é o terceiro melhor dos últimos 10 anos. "Há seis anos consecutivos, o mercado de trabalho do setor vem apresentando saldo positivo na criação de novas vagas", explica.

Sobre a diminuição do número no ano passado em relação a 2022 (quando o setor registrou 192.725) e 2021 (245.271), a especialista cita como principais causas as altas taxas de juros e o elevado custo devido ao aumento nos preços dos insumos. "Apesar de mais estáveis nos últimos 12 meses, os preços dos materiais permanecem muito acima do registrado no período pré-pandemia", afirma. 

Luiz França, presidente da Abrainc, ressaltou a importância dos dados, que continuam positivos. "O resultado do Caged mostra mais uma vez a força e a relevância do setor de construção civil para o país. Independentemente dos desafios macroeconômicos, o setor consegue gerar empregos que fazem a diferença para o Brasil", afirma.

Dados do setor da construção

Os dados do Novo Caged mostram que todos os três segmentos da construção apresentaram resultados positivos. A Infraestrutura, por exemplo, foi responsável por 47.634 novos empregos, enquanto a Construção de Edifícios gerou 50.450 e os Serviços Especializados chegaram a 60.856 postos.

A região Sudeste ficou na liderança do número de carteiras assinadas (91.507), seguida pelo Nordeste (27.571), Centro-Oeste (14.535), Sul (13.032) e Norte (12.239). Em relação aos estados do país, São Paulo (50.897), Rio de Janeiro (22.308), Minas Gerais (13.513), Paraná (8.568) e Pará (7.907) foram os cinco que mais produziram vagas em 2023, segundo estatísticas oficiais. 

Fontes
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC
Luiz França, presidente da Abrainc
Novo Caged

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Fabiana Seragusa 
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Cascavel ganha primeira fábrica automatizada de prédios do Brasil

Ecoparque, em Cascavel, receberá primeira fábrica de prédios.
Crédito: Divulgação

Políticos e autoridades locais participaram da inauguração da primeira fábrica automatizada de prédios do Brasil, em Cascavel (PR), no dia 23 de fevereiro. A licença de operação foi entregue pelo Instituto Água e Terra (IAT) para a empresa Ecoparque, cliente da Cimento Itambé. A iniciativa é liderada pelos empresários Francisco Simeão e Luiz Bonacin. 

Com investimento de R$ 200 milhões, a fábrica, que, segundo a assessoria de imprensa do Ecoparque, é a maior das Américas nesse segmento, está localizada em uma área de 180 mil metros quadrados, sendo 30 mil metros quadrados de área construída. A tecnologia e os equipamentos utilizados são da empresa alemã Vollert, que possibilitará, quando o processo estiver em pleno funcionamento, a construção de até 20 prédios no período de seis meses, com 120 apartamentos cada e 2.400 unidades habitacionais. 

De acordo com o Ecoparque, este primeiro bairro previsto no município de Cascavel, que será construído ao lado da fábrica, contará com 36 prédios de 15 andares cada e incluirá creches, escolas, unidade de saúde, centro comercial, jardins, lago e posto policial.

Investimento no projeto foi de R$ 200 milhões.
Crédito: Jonathan Campos/AEN

Durante o evento de inauguração, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, ressaltou a importância da iniciativa. "O Ecoparque não é apenas mais um importante projeto de habitação no nosso município, mas representa uma concepção diferenciada de moradia. É um bairro que terá apartamentos para as pessoas morarem, terá educação, áreas de lazer e espaços de capacitação", explicou.

O cronograma prevê que o foco deste primeiro ano de atividades será no treinamento dos funcionários e no refinamento do produto, e, por isso, a unidade deverá funcionar com apenas 10% de sua capacidade. Só em 2025 esse percentual poderá chegar a 50%, e, em 2026, operar com 100% de produtividade.

Expansão da fábrica por vários estados

Ao Massa Cinzenta, o empresário Francisco Simeão, idealizador da iniciativa e sócio-diretor do Ecoparque, falou sobre os planos de expansão do projeto. "A 'fábrica de prédios' vai atender canteiros de obras - novos loteamentos – em até 300 km de distância. Ou seja, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Palotina, Maringá e Chapecó", afirma. "E implantaremos novas 20 fábricas de 2026 a 2030, em 12 dos 27 estados do Brasil."

Segundo a empresa, os apartamentos construídos neste projeto poderão ser financiados pela Caixa Econômica Federal, e, em 70% dos casos, serão aptos a se enquadrar no programa Minha Casa, Minha Vida. As unidades também podem ser entregues totalmente mobiliadas, incluindo cozinha completa com móveis e eletrodomésticos, caso seja do interesse do comprador.

Inauguração da fábrica, em fevereiro, contou com a presença de autoridades.
Crédito: Divulgação

A escala de produção da "fábrica de prédios”, de acordo com Francisco Simeão, proporcionará uma redução no custo dos imóveis. "Os apartamentos de 3 quartos (1 suíte) serão vendidos por 50% do preço de mercado.

No caso dos apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, onde o preço é fixado pela Caixa Econômica Federal [R$ 245 mil, em Cascavel], ao invés de reduzir o preço, aumentamos a área do apartamento, do padrão 37 m² de área privativa e 54 m² totais para 57 m² de área privativa e 98 m² totais, ou seja, mais de 80% de área total a maior, pelo mesmo preço."

O sócio-diretor do Ecoparque destacou, ainda, o acordo de diferimento do ICMS (para pagamento integral em creches, escolas e unidades de saúde, entre outros), que proporcionará ao poder público uma economia de ⅓ do custo.

Fontes
Agência Estadual de Notícias do Paraná
Ecoparque
Francisco Simeão, sócio-diretor do Ecoparque

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Prevenção da dengue: entidades da construção orientam e palestram para conter doença

Seconci-SP realiza palestras sobre prevenção da dengue.
Crédito: Seconci-SP/Divulgação

O número de casos de dengue registrados no Brasil, apenas em 2024, já passou de 1,2 milhão, com cerca de 300 óbitos confirmados pela doença e outros 765 em investigação.

Nesta terça-feira (5), o governo de São Paulo decretou estado de emergência devido à alta de casos, medida já adotada por Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Por isso, é fundamental que os profissionais da construção civil estejam empenhados em eliminar focos do vírus em canteiros de obras, que são locais bastante propícios para o acúmulo de água. Para garantir que isso aconteça, diversas entidades do setor vêm compartilhando orientações para a prevenção da dengue, reforçando a importância de inspeções diárias e minuciosas em todos os espaços. 

SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) e Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo) foram algumas das entidades que se mobilizaram para o combate à doença.

Veja orientações para prevenção da dengue em canteiros de obra:

- Previna permanentemente o acúmulo de água, pois os ovos da fêmea do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, se desenvolvem em recipientes de todos os tamanhos, desde reservatórios até baldes e tampinhas de garrafas;

- Preste atenção a locais como bolsões formados por lonas, carrinhos de mão, betoneiras, lajes e fossos de elevadores;

- Verifique todos os locais da obra, principalmente as áreas onde os trabalhadores já não estão mais mexendo todos os dias;

- Mantenha recipientes sempre limpos e tampados, uma vez que os ovos depositados poderão se manter vivos por mais de um ano, esperando pela água para se desenvolverem;

- Institua uma rotina de rondas diárias de inspeção e aborde a prevenção nos Diálogos Diários de Segurança;

- Fique atento a possíveis criadouros no entorno da obra, como em terrenos baldios e residências desocupadas, e acione a Prefeitura para entrar em contato com o responsável pelo local.

 Construtoras e incorporadoras têm mostrado interesse nas palestras, de acordo com o Seconci-SP.
Crédito: Seconci-SP/Divulgação

Palestras e kit de prevenção

O Seconci-SP também realiza palestras nos canteiros de obras, para promover a conscientização sobre a doença e divulgar os cuidados para a prevenção. "Tanto construtoras como incorporadoras têm mostrado interesse, uma vez que hoje o cuidado com a saúde do trabalhador e de seus familiares é um aspecto relevante para os mesmos e para evitar absenteísmo e queda da produtividade", afirma, ao Massa Cinzenta, a assessoria de imprensa da entidade. 

Os representantes dizem que as palestras têm se mostrado relevantes "porque sempre trazem informações e recomendações de prevenção que são novidades para muitos dos trabalhadores das obras", além de tratar sobre o combate à dengue no ambiente doméstico e abordar aspectos médicos.

"As maiores dúvidas se situam mais no campo médico, entender a transmissão da doença pelo mosquito, os sintomas, a necessidade de hidratação e a recomendação de não tomar comprimidos à base de ácido salicílico, que podem agravar o quadro, ocasionando hemorragia", explica a assessoria.

Já o Sienge, que produz conteúdos especializados sobre a construção civil, também oferece um kit de combate à dengue no canteiro de obras, que contém cartazes com dicas para evitar a proliferação do mosquito na obra. Além disso, o material traz informações sobre a doença e orientações para melhorar a saúde no ambiente de trabalho. 

Fontes
Ministério da Saúde
Seconci-SP

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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PIB da construção cai 0,5% em 2023; veja projeções para 2024

IBGE divulga queda de 0,5% no PIB da construção em 2023.
Crédito: Envato

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última sexta-feira (1/3), dados referentes ao Produto Interno Bruno (PIB) nacional: o índice do Brasil, como um todo, cresceu 2,9% em relação a 2022, enquanto o da construção civil registrou queda de 0,5%.

De acordo com o comunicado oficial do órgão, essa diminuição foi consequência direta das quedas na produção dos insumos típicos, na comercialização de materiais de construção e na ocupação (já que o número de pessoas empregadas na construção civil diminuiu em 2023, em relação ao ano anterior). 

Em relação a 2023, o primeiro trimestre do setor contabilizou aumento de 1,5% no PIB, enquanto o segundo trimestre teve elevação de 0,5%, o terceiro trimestre foi marcado por uma queda de 4,5% e o quatro trimestre registrou saldo positivo de 0,9%.

Para efeito de comparação, o índice de 2022 foi de +6,8%, o de 2021, de +12,6%, o de 2020, de -2,1%, e o de 2019, de +1,9%. 

Em nota, Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo), concorda que a diminuição da produção e do consumo de materiais de construção pelas famílias interferiu diretamente na queda do PIB. "Já o segmento de obras de edificações manteve-se aquecido e deve ter registrado crescimento, o que constataremos quando o IBGE fizer a revisão dos dados preliminares do levantamento trimestral e publicar as Contas Anuais de 2023", avalia.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que no início de 2023 havia projetado um crescimento de 2,5%, revisou o número no início de dezembro, baixou as expectativas e divulgou uma previsão de queda de 0,5%, exatamente o número ao qual chegou o IBGE.

Segundo a entidade, contribuíram para a diminuição do PIB a alta taxa de juros, a demora no anúncio das novas condições do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a incerteza do cenário macroeconômico, assim como a redução de pequenas obras e reformas observadas no início da pandemia de Covid-19, em 2020.

O PIB das atividades imobiliárias, por outro lado, registrou um aumento de 3% no acumulado de 2023, segundo dados do IBGE. 

Projeções para o PIB em 2024

Já de olho nos próximos meses, a FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) divulgou uma estimativa de crescimento de 2,9% do PIB da construção em 2024. A indústria cimenteira, por exemplo, espera crescer 2% neste ano, segundo o Instituto, em função da projeção de maior investimento em infraestrutura.

Além disso, sondagens realizadas pela FGV Ibre em dezembro mostraram que mais da metade das empresas entrevistadas têm expectativas positivas em relação ao setor, para 2024.   

Já a previsão divulgada pela CBIC indica um crescimento de 1,3% para o setor, neste ano. De acordo com Renato Correia, presidente da entidade, o número positivo é baseado em fatores como o avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a aceleração do mercado econômico a partir do novo ciclo do programa Minha Casa, Minha Vida.

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Construção modular: onde a tecnologia é mais utilizada?

Escola Municipal Joarib Grillo, em Arapongas, será reformada com técnica de construção modular.
Crédito: Prefeitura Municipal de Arapongas

Uma análise realizada pela Fortune Business Insights revela que o setor de construção modular está previsto para atingir a marca de US$ 11,78 bilhões até 2028, com uma taxa de crescimento anual de 6,1%.

No entanto, aqui no Brasil, um estudo do FGV IBRE em abril de 2023 mostrou que 34,6 % das empresas do setor de construção no país incorporam este tipo de tecnologia em seus projetos.

A área com melhor desempenho é o de Edificações Não Residenciais, registrando uma taxa de 47,7% de uso. Mesmo entre as empresas que optam por abordagens industrializadas, apenas 24,5% as aplicam em mais de 50% de seus projetos.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), um dos entraves para uso da construção industrializada no Brasil é o processo tributário. No entanto, ela vê que a reforma tributária traz uma perspectiva positiva para a modernização e industrialização do setor, à medida em que cria uma isonomia entre os processos.

Onde a construção modular pode ser utilizada?

Veja onde a tecnologia pode ser utilizada:

Minha Casa, Minha Vida e Habitação de Interesse Social (HIS)

Na opinião de Julio Timerman, vice-presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon), é preciso trabalhar para mudar as políticas públicas no sentido de desenvolver projetos, como o Minha Casa Minha Vida, utilizando construção industrializada. “É uma forma de reduzir a autoconstrução que gera muito desperdício. Temos muito potencial para crescer com relação a isso. Há vários sistemas construtivos que estão sendo desenvolvidos, como paredes de concreto pré-moldadas, alvenaria estrutural, entre outros. Com o déficit residencial que nós temos hoje, cabe ao Governo incentivar o uso de boas técnicas neste programa habitacional”, sugere.

Hospitais de campanha

Na cidade chinesa de Wuhan, durante a pandemia, foram construídos dois hospitais de campanha com a tecnologia de construção modular. Um deles foi erguido em dez dias e o outro em 20. 

Banheiros prontos, hotéis e celas de presídios

De acordo com Íria Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), o módulo pronto 3D foi muito utilizado no Brasil para banheiros prontos e celas de presídios em algumas regiões do país. “Era chamado também de monobloco. Muitos empreendimentos hoteleiros principalmente em São Paulo, nos anos 2000 adotavam fachada pré-moldada de concreto, os banheiros prontos (módulo 3D), divisão interna em drywall e estrutura convencional. Era um modelo que imprimia velocidade a este tipo de empreendimento, cujo “payback”, ou seja, o rápido retorno do investimento, era fundamental”, conta.

Case de construção modular: Escola Joarib Grillo, em Arapongas (PR)

Com o intuito de buscar modernização, agilidade e eficiência econômica, a Prefeitura de Arapongas planeja implementar neste ano o sistema de construção modular. A Escola Municipal Joarib Grillo, situada no Jardim Primavera, será o primeiro espaço a receber esse modelo de construção.

Em entrevista ao Massa Cinzenta, Fernando Volpato, secretário municipal de Obras, Transporte e Desenvolvimento Urbano (Seodur), a construção modular foi escolhida por se revelar vantajosa, sobretudo no âmbito da construção de escolas no setor público. “Essas vantagens não apenas impactam positivamente a eficiência do projeto, mas também atendem às necessidades específicas e desafios enfrentados por instituições educacionais para que possamos implantar uma nova sistemática na execução de obras públicas, visando diminuir o prazo de execução, aumentar a qualidade e o controle do acabamento e a minimização de retrabalho existente em obras executadas no canteiro”, informou Volpato.

Além disso, Volpato destaca que os sistemas industrializados modulares são uma forma de produzir edificações em ambientes industriais controlados e dotados de equipamentos com tecnologia embarcada e produção realizada com métodos industriais de racionalização, tendo como resultados os benefícios de Eficiência na Produção, Redução de Desperdícios, Padronização e Escalabilidade, Redução de Tempo, entre outras.

Construção modular é uma alternativa mais rápida para conclusão dos projetos.
Crédito: Envato

Volpato também lembra que os componentes pré-fabricados são produzidos em ambientes controlados, o que permite uma produção mais eficiente em termos de tempo e recursos. No caso, o prazo de implantação para essa obra específica é de 60 dias. “Menos tempo de construção significa menos custos associados, despesas com pessoal, equipamentos e gerenciamento. Uma das principais vantagens reside na rapidez na implementação. A construção modular possibilita a conclusão mais célere do projeto, um fator crítico para assegurar que as instalações educacionais estejam prontas para uso em um tempo mínimo, atendendo à crescente demanda por infraestrutura escolar. Tudo isso reflete positivamente quando comparamos os sistemas construtivos”, afirma.

Segundo Volpato, esta é a primeira obra realizada com esta tecnologia. “Até o momento não tivemos essa experiência. Por isso decidimos iniciar este processo, visando modernizar as ações da administração pública no que refere as obras. Estamos em fase final de formatação das documentações para envio à licitação que também tem tratamento diferente do que estamos habitualmente acostumados a fazer. O maior ponto a ser observado é o planejamento para implantação da obra, tendo em vista que os módulos chegam prontos”, comenta.

Entrevistados:

Ana Maria Castelo é coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Julio Timerman, vice-presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon).

Íria Doniak é presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).

Fernando Volpato é secretário municipal de Obras, Transporte e Desenvolvimento Urbano (Seodur).

Contatos
Ana Maria Castelo - ana.castelo@fgv.br
Assessoria de Imprensa Ibracon - fabio@ibracon.org.br
Assessoria de Imprensa Abcic - elizabeth@meccanica.com.br
Assessoria de Imprensa Prefeitura de Arapongas - imprensa@arapongas.pr.gov.br  

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Itaqui (RS) investe em sarjetas permeáveis de concreto para evitar alagamentos

As sarjetas ficam assentadas sobre uma estrutura drenante.
Crédito: Instituto Ruas

A prefeitura de Itaqui, no Rio Grande do Sul, deu início no dia 9 de fevereiro à pavimentação de concreto de 82 quadras da cidade, totalizando 20 ruas. O projeto também inclui a construção de sarjetas permeáveis de concreto em toda a estrutura, para conter a água das chuvas e evitar alagamentos

A primeira fase prevê a finalização de 36 quadras, que já estão com obras aceleradas. A segunda fase, que engloba as outras 46 quadras, deve começar em abril e terminar até o fim deste ano, segundo informações da prefeitura. 

A iniciativa contou com investimento de R$ 17 milhões, a partir de uma parceria entre a prefeitura da cidade e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). É o maior financiamento já realizado na história do município.

Como funciona a sarjeta permeável

O projeto foi desenvolvido pelo Instituto Ruas, de Curitiba, que elaborou a solução, realizou testes e promoveu a capacitação dos funcionários para a execução e fiscalização das obras.

Alex Maschio, diretor do Instituto e responsável técnico do projeto, diz que o sistema de sarjetas permeáveis ainda é bem novo no Brasil. Além do exemplo de Itaqui, ele cita dois projetos-piloto já realizados: um pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e outro na cidade de São Luiz Gonzaga (RS), do qual fez parte.

Maschio explica que a sarjeta permeável fica assentada sobre uma estrutura drenante, uma espécie de trincheira, composta por material granular, pedra, que atua como um filtro com granulometrias diferentes e leva a água de forma devagar para o solo. "Essa estrutura robusta que fica embaixo foi dimensionada para conter um volume que dê conta da maior chuva que já aconteceu no município, historicamente", explica o engenheiro civil.

Crédito: Instituto Ruas

O diretor do Instituto Ruas também ressalta o fato de que as estruturas das sarjetas não causam impacto no pavimento, em si, já que a água não circula por baixo dele. "A gente tem uma estrutura dimensionada e montada para isolar a trincheira do pavimento, com materiais isolantes, então, o pavimento está resguardado." Ele destaca outro ponto importante em relação ao assunto, que é o fato de terem usado pavimento de concreto nestas obras, já que ele "não precisa de uma estrutura tão profunda quanto o pavimento asfáltico, e isso também contribui, nesse caso, para não haver impacto ali naquela região".

Maschio explica que esta solução de sarjetas permeáveis não precisa ser utilizada exatamente no ponto onde há alagamento. "A gente utiliza essas soluções de microdrenagem justamente para evitar o acúmulo de água em algumas regiões e evitar esse deslocamento da água superficial que vai gerar o alagamento", diz. "Então, por exemplo, se a gente fosse imaginar um ponto de alagamento aqui em Curitiba ou em São Paulo, a gente trabalharia as regiões que antecedem essa área de alagamento. As regiões que geram essa água é que seriam tratadas com as sarjetas permeáveis, para evitar que a água vá sendo direcionada adiante."

A ideia é expandir o uso desta solução para outras cidades, já que, segundo o especialista, a técnica pode ser aplicada em qualquer lugar do país, levando em conta as características do solo e de suas possibilidades. "Em uma cidade grande, que já tenha tudo implantado, teria [a possibilidade de] uma obra barata, de fácil implantação e que ajudaria muito na questão das enxurradas nos centros urbanos."

Fontes
Alex Maschio, diretor do Instituto Ruas

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Fabiana Seragusa 
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Aeroporto japonês construído em ilha artificial pode afundar em até 30 anos

Aeroporto Internacional de Kansai foi construído em ilha artificial.
Crédito: Kansai Airports

Desde a inauguração do Aeroporto Internacional de Kansai, no Japão, em 1994, jornais do mundo todo vêm repercutindo sobre os alertas de especialistas em relação à situação do local, que foi construído sobre duas ilhas artificiais na Baía de Osaka e sofre com a possibilidade de sumir debaixo d'água.

A construção do aeroporto em Kansai custou cerca de R$ 94 bilhões e serviu para desafogar o já congestionado Aeroporto Internacional de Osaka, que fica a 60 km dali, mantendo viva a capilaridade comercial da região. 

Mas, desde então, engenheiros japoneses já previam que o local afundaria aos poucos, em um período de 50 anos, mas acreditavam, de acordo com estudos, que haveria uma estabilização do terreno a cerca de 4 metros acima do nível do mar - o que evitaria risco de inundações.

Especialistas afirmam que o aeroporto já afundou cerca de 11,5 metros desde a inauguração, e, para tentar impedir esse deslocamento, já foram investidos aproximadamente R$ 730 milhões em obras de contenção e em estudos para encontrar soluções para o problema. A previsão é de que em cerca de 30 anos o aeroporto possa afundar definitivamente no mar, até 2056.

Construção do aeroporto 

O tipo de solo sobre o qual o Aeroporto Internacional de Kansai foi construído era como uma "esponja molhada", explicam os especialistas, e ele precisou ser transformado em uma fundação seca e densa para suportar o peso dos edifícios. Foram colocadas camadas de areia no fundo do mar e realizada a instalação de milhões de drenos que serviram para extrair a umidade do solo e reforçar a solidez da fundação.

Desde sua abertura, o aeroporto se tornou um importante centro de rotas nacionais e internacionais, com operações 24 horas por dia, recebendo cerca de 30 milhões de passageiros todos os anos, de acordo com o site oficial. O local é uma porta de entrada relevante tanto para a região turística de Kansai quanto para Osaka, que é a terceira maior cidade do Japão.

Tentativas de conter a tragédia

As ações para tentar evitar o afundamento do aeroporto consistem em escavações abaixo do terminal de passageiros para a inserção de placas, e, assim, conseguir levantar os pilares, em etapas.

Mesmo com as tentativas, a preocupação continua muito grande, até porque o deslocamento do solo vem acontecendo de forma desigual, ou seja, partes diversas do espaço afundam em diferentes níveis. O centro do aeroporto está imergindo mais rapidamente do que as extremidades do prédio, por exemplo.

Vale lembrar que o local já resistiu ao terremoto de Hanshin, em 1995, de magnitude 7,3, e a um tufão em 2018, que resultou na inundação de uma das pistas.

Fontes
Kansai Airports
Express.co.uk

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Fabiana Seragusa 
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Paris volta a proibir construção de arranha-céus; veja novo planejamento urbano

Novas regras estabelecem 37 m de altura máxima para prédios em Paris.
Crédito: Envato

Quando você observa uma foto ampla da cidade de Paris, dois pontos se destacam: a Torre Eiffel (330 metros de altura), que é o símbolo da capital francesa e um dos monumentos mais visitados do mundo, e a Torre Montparnasse (210 metros), um edifício de escritórios inaugurado em 1973 e que também serve de ponto de parada para turistas que desejam ver a metrópole do alto.

Agora, o edifício Tour Triangle, em construção em meio a críticas, terá 180 metros de altura e será o terceiro prédio mais alto dentro dos limites do Boulevard Périphérique, o anel viário que circunda o centro histórico de Paris.

Com o intuito de evitar novos projetos que descaracterizem a cidade, a capital francesa retomou uma regra instaurada em 1977, que definia como 37 metros o limite máximo de altura permitido para as novas construções, ou, então, 12 andares.

A medida faz parte da nova regulamentação do Planejamento Urbano Local, chamado de PLU, apresentado pela prefeita Anne Hidalgo, que ficará no cargo até 2026 e sofreu pressão para que as mudanças fossem realizadas. O documento define as principais orientações de desenvolvimento e regula as construções da cidade, em um período de 10 a 15 anos.

Vale lembrar que o limite de altura de 37 metros vigorou até 2010, quando o ex-prefeito Bertrand Delanoë aumentou a altura permitida para 180 metros, em caso de prédio comercial, e 50 metros, quando fosse residencial. Foi essa mudança que possibilitou a construção da Tour Triangle. 

Planejamento Urbano em Paris

Além de definir os limites de altura das construções, o PLU tem como objetivo melhorar o dia a dia dos moradores da cidade, a partir de um desenvolvimento urbano sustentável. Preservar o patrimônio arquitetônico e urbano, criar mais espaços verdes e diminuir poluição da água e ruídos são algumas das metas do programa.

Dentro do compromisso bioclimático, que visa reduzir as emissões de carbono em Paris, um dos propósitos do Planejamento Urbano Local é a criação de mais de 300 hectares de áreas verdes até 2040, para que a cidade se torne mais atraente e agradável nos próximos anos, apesar das mudanças globais de temperatura.

Impacto dos Jogos Olímpicos em Paris 

O documento oficial do Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024 (Cojop) destaca o "legado" do evento como um dos fatores mais importantes para a cidade.

De acordo com os representantes, em 2020, foi criado um fundo chamado de Paris 2024, que já distribuiu cerca de 10 milhões de euros para viabilizar 315 projetos de impacto social, apoiando aproximadamente 650 mil pessoas. A ideia é contribuir para ações de interesse geral, que utilizem o desporto para a saúde, o bem-estar e a inclusão.  

Paris, que será sede das Olimpíadas de 26 de julho a 11 de agosto, também destaca como fator importante para a realização do evento o compromisso com o desenvolvimento sustentável, a partir de um plano com 170 medidas relacionadas ao desenvolvimento de infraestruturas e práticas esportivas, emprego e voluntariado, transporte e acessibilidade, dentre outras ações.

O objetivo é implementar e acelerar políticas públicas a partir das Olimpíadas, aumentando o orçamento por meio dos recursos da própria cidade ou com financiamentos externos - como, por exemplo, o projeto de se poder nadar no Rio Sena e de transformar o anel viário da cidade.

Fontes
Ville de Paris
Plano Local de Urbanismo de Paris

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Curitiba inicia estudos de VLT entre o Centro e o aeroporto Afonso Pena

Percurso de VLT deverá ter 22,8 km.
Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, oficializou em janeiro a assinatura de um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este documento tem como objetivo a realização de um estudo para viabilizar a concessão e implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) conectando Curitiba ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, situado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Estima-se que o investimento na obra alcance a marca de R$ 2,5 bilhões, com um prazo de execução de dois anos após o lançamento oficial da concessão, planejado para julho de 2025. Pimentel confirmou que os estudos técnicos para avaliar a viabilidade do projeto terão início em março de 2024 e serão concluídos até maio de 2025.

“A análise vai nos mostrar os custos, a ideia da tarifa e investimento necessário para uma obra que fortalece cada vez mais o eixo de integração na Região Metropolitana de Curitiba. Isso vai ao encontro do trabalho de sustentabilidade das cidades e do Estado com um veículo totalmente elétrico, todo um trabalho de requalificação urbana, com menos impacto na área urbana das cidades e um valor possível de viabilidade”, afirmou Pimentel. 

Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

Segundo Gilson Santos, diretor-presidente da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), parceira da iniciativa, “esse estudo vai definir a viabilidade econômica, financeira e de operação desse novo modal para atender uma região importante onde temos já uma boa infraestrutura e uma boa demanda de usuários para o atendimento no transporte metropolitano”.  

Trajeto e obras necessárias a serem realizadas

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, se o projeto de concessão for aprovado, está previsto um percurso de 22,8 km de VLT em operação entre os dois municípios, para atender uma capacidade diária de até 160 mil passageiros do transporte metropolitano.

O trajeto incluirá 27 paradas, das quais quatro serão em terminais de integração: Hauer, Carmo, Boqueirão e Terminal Central (São José dos Pinhais). De acordo com a proposta, esses terminais também passarão por reformas. Além disso, o percurso contemplará 23 estações de embarque e desembarque ao longo do caminho entre as duas cidades.

Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

Ainda, o trajeto deverá ter sua maior parte na superfície, mas também contará com um trecho elevado e outro subterrâneo. O percurso entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km), por exemplo, deverá ser elevado. Já na região do Centro Cívico, ele poderá ser subterrâneo, devido ao tráfego na região e ao impacto causado à paisagem urbana.

A futura rota do VLT está planejada para aproveitar a infraestrutura das canaletas exclusivas já existentes, cobrindo uma extensão de 10,6 km ao longo da Avenida Marechal Floriano Peixoto, desde a Praça Carlos Gomes, no centro de Curitiba, até o Terminal Boqueirão. Neste terminal, atualmente opera um corredor de BRT que será descontinuado para dar lugar ao VLT.

O projeto também prevê a expansão da rota atual do BRT Boqueirão tanto ao norte, conectando a Praça Carlos Gomes ao Centro Cívico, quanto ao sul, estendendo-se do Terminal Boqueirão até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, com passagem pelo Terminal Central em São José dos Pinhais. Com essas adições, a linha terá uma extensão total de 19,6 km.

Assinatura de contrato com o BNDES para estudo de implantação do VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais.
Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

O plano ainda incluirá medidas adicionais para promover a integração da nova linha com outros meios de transporte, através da introdução de serviços complementares de mobilidade. Além disso, será realizada uma revitalização urbana ao longo do percurso, com a inclusão de áreas de convivência, renovação de calçadas, instalação de infraestrutura para ciclistas, e uma série de outros benefícios.

Fonte:
Prefeitura de Curitiba

Contatos
Assessoria de Imprensa - Adriana Kreusch
akreusch@curitiba.pr.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Pavimento de concreto foi escolhido para obra de duplicação da PR-412

Rodovia entre Matinhos e Praia de Leste será duplicada em concreto.
Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN

Com orçamento estimado em cerca de R$ 300 milhões, a obra de duplicação da PR-412 será realizada com a utilização de pavimento rígido de concreto

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) realizou, em janeiro, uma audiência pública sobre o projeto, que compreende um trecho de 14,5 km de extensão entre Matinhos e Praia de Leste, no litoral.

"A previsão é que o edital de licitação da obra seja publicado no mês de março de 2024. O tempo estimado até a contratação é de seis meses, portanto, a previsão de início das obras é para agosto do presente ano", afirmou Janice Kazmierczak Soares, diretora-técnica do DER/PR. O prazo de execução total é de três anos.

Segundo o projeto, haverá implantação de quatro faixas (duas para cada sentido) de 3,5 metros de largura e acostamentos externos de 2 metros, feitos com placas de 21 cm de espessura de pavimento de concreto. Também está no planejamento a duplicação das pontes sobre o canal de Matinhos e sobre o Rio Balneário, além da implantação de um viaduto na interseção com a Avenida Curitiba, em Matinhos.

"Primeiramente, serão feitas intervenções de realocação de interferências, a exemplo das redes de água e esgoto, começando pelas marginais. Após isso, o tráfego será desviado para as marginais, liberando espaço para a realização da duplicação", explica Janice Soares.

Em relação à escolha do tipo de pavimento utilizado, a diretora-técnica do DER/PR informa que foram realizadas análises técnicas e econômicas para se definir a melhor solução. "O pavimento rígido tem um horizonte de projeto de 20 anos, enquanto, no pavimento flexível, o horizonte é de 10 anos. Foram considerados os custos de manutenção destes pavimentos a médio e longo prazo, e o resultado foi pela viabilidade da solução em concreto."

Ainda segundo a representante do DER/PR, na obra de duplicação da PR-412, "o custo inicial de implantação é ligeiramente maior em pavimento rígido, no entanto, a médio prazo, considerando as previsões de custos com manutenções, o pavimento rígido se demonstra mais vantajoso."

O projeto também prevê a construção de ciclovias bidirecionais e passeios para pedestres, em ambos os sentidos da rodovia. E, para garantir a segurança durante as travessias da PR-412, haverá a inclusão de 12 dispositivos por sistema de semáforo, dez travessias elevadas e duas não elevadas. O trecho contará com nova sinalização vertical e iluminação pública.

Sobre o uso do pavimento de concreto em novas obras, Janice Soares afirma que já há projetos em andamento. "Na região central do Estado, temos edital lançado para duplicação da PR-466 entre Guarapuava e Palmeirinha, em pavimento rígido, e nos próximos meses serão lançados outros lotes da PR-466, todos em pavimento rígido.

Fontes
Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR)
Janice Kazmierczak Soares, diretora-técnica do DER/PR

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.