Construção Sustentável
Construir edifícios que possuam baixo impacto ambiental, assegurem condições salutares de ocupação e gerem maior retorno econômico, são alguns dos objetivos da construção sustentável
A construção sustentável é uma forma de promover a busca pela igualdade social, valorização dos aspectos culturais, maior eficiência econômica e menor impacto ambiental nas soluções adotadas nas fases de projeto, construção, utilização, reutilização e reciclagem da edificação, visando a distribuição eqüitativa da matéria-prima e garantindo a competitividade do homem e das cidades. Enfim, a construção sustentável visa tornar as construções mais ecologicamente responsáveis.
Mas como fazer isso?
Para o engenheiro civil Luiz Henrique Ceotto, basicamente as linhas-mestras da construção sustentável são: a redução de energia e água e a introdução de materiais reciclados e/ou recicláveis (materiais que não agridem o meio ambiente).
De acordo com ele, a construção sustentável é precisa, eficaz e pode ser usada em todas as construções. Quando o edifício é novo fica mais barato implantar formas de construção sustentável. Porém, a vida útil de um edifício é entre 50 e 100 anos, e é preciso que olhem para os velhos edifícios também, para que haja uma constante renovação.
O conceito
A idéia da redução drástica do impacto ao meio ambiente está intimamente ligada ao conceito de sociedade sustentável, aquela capaz de prover crescimento e bem-estar à sua população, interagindo com o meio ambiente sem comprometer a viabilidade e o bem-estar das gerações futuras. Não conseguiremos fazer isso sem mudarmos radicalmente nossos padrões de consumo e processos de produção. Precisaremos, acima de tudo, revisar nosso conceito cultural de desenvolvimento e bem-estar diz o engenheiro.
O que a Construção Sustentável engloba?
Para Ceotto, na realidade não há diferenças entre construções sustentáveis e não sustentáveis com relação às formas de construção propriamente ditas. A construção sustentável deveria ser feita sempre, pois são cuidados gerenciais; cuidados na hora de fazer o projeto. São construções inteligentes. E, as tecnologias são todas conhecidas e é por isso que não existem segredos garante.
Para muitas pessoas a idéia de construir de forma integrada ao meio ambiente pode remeter a idéia de casebres rústicos no meio do mato, com total renúncia aos confortos da vida moderna. Nada que se aproxime de inovações tecnológicas em reciclagem de materiais, reutilização de água, sistemas combinados de eficiência energética e outras soluções criativas. Se você ainda pensa assim é importante reverter essa idéia.
Os especialistas costumam dar exemplos práticos de como utilizar louças e metais de baixo consumo de água, ou lâmpadas de baixo consumo de energia. Não precisa fazer nada mirabolante, fazer uma construção inteligente são passos inteligentes que você vai dando em uma obra. Entretanto, a melhor solução é a boa educação do usuário, nada substitui a educação e a conscientização das pessoas diz Ceotto.
Custos
O engenheiro explica que a construção sustentável é uma obra em que o retorno vem em longo prazo. Porém, a economia que essas obras proporcionam traz um retorno que as outras obras não trazem. Portanto, é melhor investir um pouco mais em algo que trará economia no futuro, do que economizar durante a obra e ter gastos extras e prejuízos no longo prazo.
*Luiz Henrique Ceotto é engenheiro civil, pela Universidade de Brasília, em 1975, especialista em Gerenciamento de Obras, pela Escola Politécnica da USP, e mestre em Engenharia de Estruturas, pela Escola de Engenharia de São Carlos USP. Foi professor da UFSCar e atualmente é professor do curso de MBA em Construção Civil da Escola Politécnica da USP. Atua como diretor de construções da InPar Incorporações e Participações Ltda.
Referência:
Créditos: Luiz Henrique Ceotto*
O que deve ser gerenciado
Mudanças afetam nossas vidas pessoais e profissionais diariamente, de forma positiva ou negativa
A maioria de nós resiste ativamente à idéia de mudança. Ela exige sair da zona de conforto. Requer esforço adicional. Além disso, é essencial romper a inércia e, principalmente, superar o medo de fracassar. Toda mudança é, forçosamente, um desafio!
Em junho de 2003, eu não fazia a menor idéia da avalanche de mudanças que iria enfrentar. De repente, eu estava embarcando para a Hungria, iniciando um projeto tão inusitado quanto inesperado que duraria 3 meses. Logo depois mudei de emprego, com uma missão nada pequena: transformar um departamento de Contabilidade numa Controladoria. Também mudei de cidade. Fui morar 400 km longe dos meus filhos, com quem eu me encontrava quase todos os dias. Interrompi a pós-graduação que estava cursando. Meu pai faleceu 3 semanas depois da minha mudança. Desmanchei um namoro que não estava bem. Concluí o processo do meu divórcio, que vinha se arrastando há 6 anos. Em fevereiro de 2004 caí de cama, com uma crise aguda de Labirintite. Causa diagnosticada: stress das mudanças.
Li, recentemente, muita coisa acerca do processo de Gestão de Mudanças na pós-graduação que estou cursando este ano. Descobri que o que fiz, com ajuda profissional, para me reorganizar e vencer o stress estavam em linha com os estudos mais modernos sobre o tema.
A simples expectativa de mudança causa uma sensação de estranhamento, de incerteza nas pessoas. Tanto que é comum utilizarmos o verbo sofrer para falar sobre mudança: o cronograma deste ano sofreu algumas mudanças.... Estudos desenvolvidos pela Universidade de Cambridge mostram que a mente humana resiste a uma nova idéia, do mesmo modo que o nosso organismo enfrenta um elemento estranho: rejeitando-a com igual intensidade.
Por isso, baixar o nível de ansiedade das pessoas é uma tarefa essencial num processo de mudança nas organizações. As transições pessoais decorrentes das mudanças são, geralmente, mal compreendidas e fracamente administradas. Gerenciar as transições para as mudanças é fundamental para reduzir os riscos de perdas de produtividade, de confiança, de auto-estima e outros traumas.
Mesclando a minha experiência pessoal e o conhecimento que adquiri, listei algumas idéias que me parecem eficazes para gerenciar o processo de transição para a mudança. Quero compartilhá-las com vocês:
· É preciso terminar antes de começar. Não se pode chegar a um destino sem deixar a segurança de um bom porto!. Para assumir uma nova missão, novos papéis ou valores, é preciso primeiro deixar para trás os antigos. Estas conclusões, sejam elas gradativas ou abruptas, precisam ser gerenciadas. É difícil desvincular-se de uma situação que passou. Vivi este drama com a minha separação. Mas é muito melhor um final com um grande susto, do que sustos contínuos sem final. As pessoas não se adaptam sozinhas, assim tão facilmente! Haverá resistências à mudança. Desenvolva um plano para gerenciar essa resistência. Certifique-se de que o sacrifício de implementação da mudança seja visto como uma dor menor em relação à situação atual.
· Entre a conclusão e o reinício, existe uma transição. Leva tempo para as pessoas se reorientarem das velhas maneiras de fazer as coisas para as novas formas de trabalhar, de se relacionar, enfim de levar a vida. Esta região neutra é normal, mas também é potencialmente perigosa. Antigos problemas ressurgem e as pessoas ficam querendo voltar ao passado. Conduzir pessoas através da região neutra requer liderança ativa. Não adianta esperar que as pessoas se adaptem por si mesmas. Por isso, quem vai implementar mudanças, deve entender e abraçar a mudança. Entendimento e disposição para a mudança podem ser testados em momentos chave do processo.
· O período de transição pode ser criativo. As mesmas confusões que fazem o tempo entre o velho e o novo ser conturbado, também podem fazê-lo muito criativo e motivador. Na transição entre o velho e o novo muitas idéias novas podem ocorrer. Minha equipe e eu experimentamos um período intenso e envolvente para consolidar as mudanças do velho departamento de Contabilidade para a nova Controladoria. Na situação antiga, não havia grande motivação para inovar e criar coisas, e na nova fase todo o esforço e tempo foram dedicados a implantar e consolidar as mudanças. Só que esta criatividade não vai se materializar, se não for cultivada, incentivada e legitimada. Crie um programa de comunicação que forneça atualizações regulares a todos os envolvidos, e estabeleça um mecanismo de feedback para quem é responsável por implementar as mudanças.
· Transições podem significar desenvolvimento. Numa mudança, todo um capítulo da vida de uma organização, ou da nossa própria vida, pode estar chegando ao fim. E um novo capítulo, que é mais adequado ao momento atual, pode estar nascendo. As pessoas vão lidar melhor com a transição se entenderem isto claramente. Ajude-as a compreender isto. Não há renovação, seja na empresa, seja em nossa vida se, de tempos em tempos, não encerrarmos algum capítulo. Desenvolva uma visão compartilhada dos objetivos de longo prazo e deixe claro como a mudança se encaixa e dá suporte a essa visão.
· Transição também é fonte de renovação. O desenvolvimento, do velho para o novo, pode gerar uma tremenda energia, se for bem gerenciado. Apesar da distância física, o relacionamento com meus filhos ficou mais forte e mais estreito em função do meu empenho pessoal, em ligar diariamente e falar com eles sobre coisas significativas. As pessoas, no entanto, não vão entender isto sem ajuda. Educação e treinamento devem ser fornecidos a todos os que forem afetados pela mudança, com respeito à natureza dela e aos benefícios esperados.
· Pessoas atravessam a transição em velocidades diferentes. Todo mundo passa por três fases nos processos de transição: a conclusão, a zona neutra e o reinício. Mas ninguém o faz exatamente igual ao outro. Transições lentas não são piores do que transições rápidas. Aprenda a perceber em que ponto as pessoas estão no processo. Não imagine que elas estejam conscientes disto, ou que tenham realizado suas respectivas transições tão rápido quanto você. Estabeleça metas mensuráveis de desempenho para definir com o quê uma implementação de sucesso deverá se parecer; faça as avaliações de tempos em tempos e tome as medidas necessárias para a correção de rumos.
· Na maioria das organizações existem saldos de transições. Saldo de transições em atraso - mal realizadas ou não terminadas - é muito perigoso, por que um dia este débito vence, tal qual uma dívida conosco mesmos. Os resultados disto podem ser traumáticos. O meu surto de labirintite é um bom exemplo desse efeito. Cuide das transições na medida em que elas ocorrem: trate de se desvincular do passado, lidere e administre o período de transição criativamente e saiba caracterizar o reinício, o novo. Não faça de conta que as transições acontecem por si mesmas. E certifique-se de que há sinais fortes de apoio da alta administração, tal como o comparecimento em reuniões, alocação de verbas suficientes e que suas ações sejam condizentes com o discurso.
E lembre-se sempre: mudanças pessoais ou organizacionais podem até acontecer rápido, mas transições têm que ser entendidas, lideradas e administradas.
Referência:
Créditos: Francisco Fernandes C. Filho - Gerente de Controladoria da Itambé
Concreto do Brasil
A Concrebras é fornecedora exclusiva de concreto para construção de um dos shoppings mais modernos do país
A Concrebras é um dos mais importantes nomes na atividade de concreto dosado em central nos estados do Paraná e de Santa Catarina. No mercado há mais de 25 anos, garante aos clientes o que há de mais moderno na prestação de serviços de concretagem e possui capacidade para atender as mais variadas necessidades e especificações técnicas com qualidade e segurança.
Prova disso é que foi escolhida como fornecedora exclusiva de concreto para a obra de construção do Palladium Shopping Center. Para atender esta demanda, foi montada uma central no próprio canteiro de obras, funcionando como uma extensão do ponto de carga da central do CIC. Formada por uma equipe de oito pessoas, a unidade tem capacidade para fornecer 40m3/hora e havia consumido, até o final de julho, aproximadamente 42 mil m3 de concreto.
O shopping
Com 182.400 m2, o Palladium Shopping Center terá três pavimentos para áreas de compras e lazer, um pavimento para os cinemas e outros três para estacionamento. Terá 18 lojas-âncora, 356 espaços para outras lojas, parque de diversões, 10 salas de cinemas e o primeiro IMAX 3D do Brasil (com imagens de alta definição projetadas em uma tela de aproximadamente 400 m2).
Outros destaques são os prédios comerciais com entrada exclusiva por dentro do shopping. Serão cerca de 80 espaços destinados a operações de serviços, como clínicas e academia. O estacionamento terá área de 90 mil m2 distribuída entre 2.100 vagas. O empreendimento terá, ainda, 10 restaurantes e 26 operações de fast-food em sua praça de alimentação, que acomodará 1.500 pessoas sentadas.
O Palladium Shopping Center deve gerar 5.500 empregos diretos. Atualmente, já são 400 postos de trabalho nas obras de construção. Na fase de montagem das lojas, no início de 2008, este número deve crescer para 4.000 empregos. O projeto arquitetônico é assinado por Antônio Paulo Cordeiro e Aníbal Coutinho, profissionais com grande experiência na construção de shoppings centers em todo o Brasil.
Créditos: Rosemeri Ribeiro - Assessora de Comunicação
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Construindo Melhor
Como estocar o cimento
O cimento deve ser estocado em local seco, coberto e fechado. Recomenda-se iniciar a pilha de cimento sobre um estrado de madeira, a pelo menos 10 cm do chão e não formar pilhas maiores do que 10 sacos (isto facilita contagem). Os sacos não devem estar em contato com as paredes ou o teto, guardando destes, distâncias mínimas de 10 cm e 50 cm respectivamente.
Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé
Piso de concreto para pocilgas
Estas benfeitorias resistem ao peso e ao desgaste provocado pelos animais, além disso, mantêm as condições de uso em qualquer época do ano e são fáceis de limpar
O Brasil é o quarto maior exportador e produtor de carne suína, abaixo apenas da China, da União Européia e dos Estados Unidos, e a maior parte da produção brasileira, 49,7%, está concentrada no sul do país, coincidentemente a área de atuação da Cimento Itambé.
Credita-se o sucesso na criação de suínos a uma série de fatores. Um deles refere-se às instalações, onde o cimento é largamente utilizado para construção de cochos, galpões e benfeitorias - como os pisos de concreto, solução bastante empregada devido ao contexto de custo e durabilidade deste material.
Mas quais cuidados devem ser considerados pelos produtores de suínos na preparação de um piso de concreto? Como fazer para que este seja durável e quais as vantagens de sua utilização? Estas questões ainda geram polêmica, pois a insuficiência de pesquisas específicas faz com que as recomendações sejam empíricas. Poucos criadores conhecem as corretas técnicas para tornar o concreto imune ao ataque de substancias com as quais venha a entrar em contato.
As maiores vantagens de um piso de concreto na criação de suínos estão na durabilidade e na praticidade de desinfecção pela facilidade de remover toda a matéria orgânica de sua superfície. No entanto, a durabilidade está relacionada a itens como tipo de cimento, quantidade de água no concreto, traço, aplicação do concreto e cura.
A melhor maneira para se conseguir um concreto durável é produzi-lo dentro do mais elevado padrão de qualidade. Via de regra, a vulnerabilidade do concreto ao ataque de substâncias resulta em pelo menos de três significantes características: permeabilidade, alcalinidade e capacidade dos componentes hidratados do cimento para suportar as indesejáveis reações químicas.
A permeabilidade e a resistência estão relacionadas diretamente à quantidade de água utilizada no preparo do concreto e a cura do mesmo. Quanto maior a quantidade de água menor a resistência e maior a permeabilidade e porosidade. A cura deve ser feita molhando o concreto por no mínimo quatro dias após o seu lançamento. Este processo simples evita a perda de resistência, trincas e esfarelamento, e ainda torna o concreto menos permeável.
Esterco e fezes podem causar desagregação lenta e o ácido lático numa concentração acima de 25% pode causar desagregação rápida do concreto, por isso, ambientes como pocilgas são considerados agressivos. Então, é necessária a utilização de um cimento que contenha cinza pozolânica em sua composição, uma vez que a cinza confere resistência a ambientes agressivos e menor permeabilidade ao concreto. Os cimentos mais indicados para esta finalidade são o cimento pozolânico (CP IV 32), o cimento composto com cinza (CP II Z 32) ou o de Alta Resistência Inicial Resistente a Sulfatos (CP V - ARI - RS); também poderá ser utilizado o cimento com escória de alto forno (CP III 32).
Contudo, além da escolha do tipo de cimento, o concreto deve respeitar a norma NBR 6118:2003 no que diz respeito aos cuidados em prol da durabilidade, que compreende ter um fator água/cimento menor que 0,45, (o que equivale a 22,5 litros de água para um saco de cimento, considerando a areia seca), a resistência mínima de 40 MPa e o recobrimento de armadura de 45 mm.
Os pisos de concreto podem ser feitos de concreto maciço, vigotas (ripados) ou misto, dependendo da área destinada a cada etapa da produção. O piso totalmente ripado sobre fosso é o mais indicado para regiões quentes.
Antes da execução do piso é preciso definir sua espessura, que vai depender da finalidade de uso. Em áreas de confinamento de animais indica-se a espessura de 10 cm (desde que a base esteja bem preparada), com declividade de 2% a 5%. A base deve estar bem compactada e antes de efetuar a concretagem deve-se umedecê-la, para evitar a absorção da água do concreto. O acabamento pode ser áspero ou liso. O aspecto áspero pode ser conseguido passando uma vassoura sobre o concreto fresco e o liso com a desempenadeira. É importante lembrar que o piso áspero danifica o casco do animal e o piso excessivamente liso dificulta o ato de levantar e deitar. É importante fazer juntas transversais a cada 3 metros para evitar trincas; elas podem ser feitas de maneira simples, bastando riscar um sulco de 3 centímetros de profundidade no concreto ainda fresco com a ponta da colher de pedreiro.
O traço do concreto deve ser elaborado levando-se em conta a resistência de projeto e as características dos materiais componentes do concreto. Deve-se sempre consultar um profissional experiente para obter garantias e evitar prejuízos na obra. O profissional responsável pela execução deverá escolher o tipo de concreto, consistência, dimensão dos agregados e demais propriedades de acordo com o projeto e com as condições de aplicação. Deverá também verificar e atender todos os requisitos da norma. O traço irá determinar a qualidade de acabamento e poderá minimizar a ocorrência de muitas patologias.
A Embrapa Suínos e Aves disponibiliza em sua página na internet um manual técnico referente aos tipos de piso aconselháveis para cada etapa da produção. Este importante manual também fornece dicas de manejo e condições gerais de criação. Para adquiri-lo clique aqui:
Créditos: Engº Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Desperdício invisível
Erros e mau planejamento geram gastos excessivos nas obras
A cada três edifícios construídos, um é jogado fora. Por anos este jargão circulou no meio da construção até ser questionado por alguns profissionais que foram aos canteiros de obra para avaliar as reais proporções das perdas. Um dos estudos mais amplos foi realizado dentro do programa Gesconmat Gestão de Consumo de Materiais desenvolvido pela Escola Politécnica da USP e pelo Sinduscon-SP. O programa diagnosticou as perdas em nove empresas e encontrou valores como 17% em argamassa, 5% no concreto e 2,9% em blocos de concreto.
Estes e outros valores normalmente medidos constituem a parte visível ou mensurável do desperdício: a diferença entre os valores efetivamente consumidos e os que foram previstos em projeto. Há, no entanto, uma outra parcela que por vezes já vem incorporada no próprio projeto, aquela representada por materiais que são aplicados em excesso, seja por falta de integração dos projetos, atraso tecnológico da empresa ou falta de percepção do gestor.
Os exemplos são diversos. É o caso do emprego de fôrmas de menor qualidade, que se deformam excessivamente ao serem reutilizadas e que demandam volumes cada vez maiores de concreto a cada pavimento executado. Há registros de pedidos feitos a centrais de concreto com variações de até 10% entre um andar padrão e outro, sem alterações arquitetônicas que justifiquem. Fôrmas irregulares também prejudicam o prumo da fachada do edifício, corrigido depois pela argamassa de revestimento. Efeitos tão comuns que são incorporados ao orçamento e não são percebidos como perdas, mas que talvez pesem mais do que a opção por fôrmas de melhor tecnologia.
O próprio traço do concreto feito em obra costuma ter um elevado consumo de cimento para compensar as variações de resistência decorrentes da falta de precisão das medidas em volume e da ausência de estudos de dosagem. Muitas empresas preferem manter-se fiéis ao famoso 1:3 a investir em um profissional que se responsabilize pela racionalização e controle tecnológico. Isso sem contar os 40% de coeficiente de segurança sobre a resistência característica do concreto aplicada nos cálculos estruturais.
Junte-se a isso o dimensionamento exagerado das armaduras em obras de pequeno porte e pouco carregamento. Ou as paradas de mão-de-obra por mau planejamento de etapas seqüenciadas ou falta de material no canteiro. Empresas que reúnem alguns ou todos estes fatores vêem suas margens de lucro ser reduzidas, sem entender o progresso da concorrente que investe em planejamento e qualidade.
É notória a falta de qualificação da mão-de-obra, mas ela não pode ser responsabilizada por todos os problemas do setor. Estes fatores são de responsabilidade dos gestores do projeto, pelos quais deve-se entender engenheiros e arquitetos envolvidos. São eles e não a mão-de-obra que economizam tempo e verba na etapa de projeto e depois precisam investir muito mais na resolução de incompatibilidades durante a execução. E também deve ser deles a iniciativa de investir em ferramentas e materiais adequados para o operário realizar um bom trabalho. Os conceitos de qualidade estão ao alcance de todos e podem realmente ser incorporados nos processos da modesta e da grande construtora, como provaram as empresas brasileiras que repensaram seus processos e hoje contabilizam seus ganhos.
Créditos: Engª Aline Martins - Assessora Técnico Comercial Itambé
As leis e as normas brasileiras
Código de Defesa do Consumidor obriga empresas a obedecerem as Normas Brasileiras
Pode ser que grande parte da população não saiba, mas todos os produtos e serviços praticados ou vendidos dentro do território nacional devem obedecer às Normas Brasileiras. E a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o órgão responsável pela normalização técnica do país. Trata-se de uma entidade privada e sem fins lucrativos que fornece a base necessária para o desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Um dos objetivos da normalização é prover toda a sociedade de meios eficazes para comprovar a qualidade dos produtos e serviços utilizados, além de permitir uma troca de informações entre produtores e usuários. Pode-se dizer que a preservação da saúde, da segurança e do meio ambiente está diretamente ligada à forma de fabricar os produtos, o que acaba por influenciar na qualidade de vida da população. Por isso, respeitar as leis é uma obrigação de todos.
Até a publicação no Diário Oficial da Lei 8.078 em 11 de setembro de 1990, as Normas Brasileiras apenas serviam de orientação para a fabricação de produtos e execução de serviços, mas não tinham obrigatoriedade por força de lei. Esta Lei 8.078, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, diz em seu Artigo 1º:
"O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos art. 5º, inciso XXXII, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
Esta mesma lei estabelece em seu capítulo V, seção IV, artigo 39, inciso VIII:
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).
Outra lei de número 8.666 de 21 de junho de 1993 que estabelece normas gerais para licitações de órgãos públicos, afirma em seu capítulo I, seção II, art. 6º, inciso X:
"Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT.
Quanto à questão da responsabilidade, o Código de Defesa do Consumidor estabelece no Capítulo IV, Artigo 12:
"O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
As sanções previstas nas duas leis vão desde uma multa até a interdição total do estabelecimento ou obra, passando por infrações criminais e penais, apreensão do produto, cassação do registro, proibição de fabricação, cassação de licença e intervenção administrativa.
Outro detalhe importante que devemos observar é a co-responsabilidade daquele que vende um produto não normalizado ou aceita um serviço executado fora dos padrões da ABNT. O Código de Defesa do Consumidor diz em seu capítulo IV que trata da Qualidade de Produtos e Serviços e da Prevenção e da Reparação dos Danos, seção III - da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço, em seu artigo 18:
Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente (grifos nossos) pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
Ainda neste mesmo aspecto, o Artigo 23 estabelece que o fornecedor de produtos e serviços não pode dizer que desconhece os vícios dos mesmos:
A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
Por último, o Artigo 18 em seu Parágrafo 6.º - São impróprios ao uso e consumo -, inciso II estabelece:
Os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
Todas as partes da cadeia construtiva são responsáveis pelos danos ou vícios que os serviços e produtos possam apresentar. No entanto, o diretamente responsabilizado por reparar as perdas do consumidor é o fornecedor final. Portanto, o estabelecimento que vende um produto fora de Norma ou o construtor que o utiliza na execução de uma obra são automaticamente acionados pela justiça em caso de reclamação.
O fornecedor que está preocupado com estas implicações exige dos fabricantes a comprovação de que o produto está em condições de ser aplicado.
Desta forma, cumprir as Normas Brasileiras é, antes de tudo, cumprir a lei e zelar pela qualidade de produtos e serviços.
Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Nove anos sem acidentes
Comprometimento dos colaboradores e investimento em equipamentos especiais são os grandes fatores responsáveis pela conquista
Quando o assunto é trabalhar com segurança, o Departamento de Manutenção Elétrica da Itambé é um exemplo a ser seguido. No dia 18 de agosto chegou à surpreendente marca de nove anos sem acidente. Para o funcionário da Elétrica Emerson do Nascimento Rosário, este número é resultado, principalmente, do comprometimento de todos os colaboradores da área. A responsabilidade e seriedade com que utilizamos os equipamentos e realizamos nosso trabalho fizeram com que chegássemos a esse número, atribui. Essa opinião é compartilhada por Carlos Roberto de Brito: Fazemos reuniões diárias para avaliar os riscos e as medidas preventivas de cada procedimento.
Outro fator fundamental para a obtenção desta marca foram os investimentos realizados pela empresa. O mais recente diz respeito à implantação da NR 10 uma norma que define critérios, padrões de segurança para procedimentos e equipamentos, atribuições de profissionais e classificação dos níveis de capacitação das pessoas que trabalham com eletricidade.
Dionísio da Veiga Neto, Gerente de Elétrica, conta que para a implantação da NR 10 a Itambé desenvolveu um programa amplo, orientando o que precisava ser feito para assegurar a segurança dos funcionários da área. A legislação é ampla e o volume de trabalho grande, então não havia como fazer tudo de uma única vez, salienta Dionísio. Existem painéis elétricos que foram concebidos nas décadas de 70 e 80 e a adequação física das instalações levam um certo tempo. Então, pelo fato da mudança ser bastante significativa, eles estão sendo executadas ponto a ponto. Com isso e acrescidos da sinergia, qualificação e disciplina da equipe, estamos minimizando as possibilidades de acidentes, completa.
Ele explica que as adequações físicas começaram em 2006 e foram priorizadas de acordo com o risco. Nesse processo, um dos itens mais importantes e que necessitou de maior investimento foi a aquisição de uniformes especiais, com tecidos antichamas e EPIs especiais conforme determina a NR 10. Foram adquiridas, inclusive, luvas especiais e capas de proteção para manobras de alta tensão. São produtos importados que atendem a normas internacionais, revela Dionísio.
Com a postura de quem sempre coloca a segurança em primeiro lugar, José Bueno Junior destaca que os funcionários que trabalham com eletricidade devem sempre ver os riscos onde uma pessoa que não está habilitada para o serviço não vê. O risco pode estar onde menos se espera, então devemos ter atenção redobrada. Sempre, conclui.
Créditos: Rosemeri Ribeiro - Assessora de Comunicação
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
Empresa Cidadã
Itambé recebe homenagem por suas iniciativas de responsabilidade social
No mês de junho a Itambé foi reconhecida por uma de suas ações de investimento social: recebeu o selo de Empresa Cidadã da AFECE Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial. A distinção foi por conta de sua contribuição na construção da nova sede da instituição, através da doação de cimento. A participação da Itambé na obra ocorreu através do Pipa Programa Itambé de Participação Social, que norteia as atividades de responsabilidade social da Empresa.
A Itambé também demonstra sua responsabilidade social quando encabeça e apóia programas voltados para o desenvolvimento da comunidade, contribuindo para a disseminação de valores educativos e para a melhoria das condições sociais. Os investimentos sociais da Itambé são realizados principalmente nos municípios de Balsa Nova e Campo Largo, onde estão localizadas, respectivamente, sua fábrica e jazida e têm ênfase em obras de infra-estrutura nas áreas de saúde e educação.
O Selo
A Afece é uma instituição sem fins lucrativos e mantém a Escola de Educação Especial São Francisco de Assis, que presta atendimento em educação, saúde e assistência social para pessoas com deficiência mental severa, associada ou não a outras deficiências. O Selo é concedido, anualmente, a empresas comprometidas com os valores e as necessidades da instituição.
A entidade realiza um trabalho que estimula o aluno a conquistar a maior independência possível e tem também o objetivo de inserí-lo no contexto familiar e social. A Afece atende, gratuitamente, 107 pessoas com deficiência. Com a conclusão da nova sede será possível atender à lista de espera de dezenas de pessoas de Curitiba e região metropolitana que aguardam uma vaga.
Créditos: Rosemeri Ribeiro - Assessora de Comunicação
Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696
O novo Perfil do Profissional de Vendas
Quem mudou primeiro: o consumidor ou o vendedor?
Neste caso não fica difícil identificar que o consumidor mudou primeiro
Munido de informações sobre o que está comprando, ciente do que a concorrência oferece, sabendo sobre seus direitos e com muito mais recursos e disposição para dizer ao mundo o que achou da sua compra, o consumidor conquistou um poder de negociação e de decisão antes inimaginável. Com as armas nas mãos ele sai às compras e espera encontrar, além de produtos e serviços de qualidade, atendimento personalizado e um vendedor atencioso que saiba identificar sua necessidade e com disponibilidade para atendê-lo com rapidez e eficiência.
Claudio Tomanini, professor da Fundação Getúlio Vargas e autor do livro "Gestão de Vendas", diz que preço não é mais o ator principal nessa novela das vendas. Antes, o consumidor era visto com um cifrão pintado na testa: mais vendas, mais comissão. Hoje os consumidores literalmente preferem um bom atendimento. Segundo ele, antigamente havia mais consumidores do que ofertas e hoje o que se vê é o inverso. Cada vez mais temos produtos e serviços, e o número de consumidores não aumenta na mesma proporção. Não vale a pena mais vender uma vez, é preciso vender várias vezes para o mesmo cliente.
É o que confirma o palestrante e consultor Mario Persona: No passado o vendedor se contentava em aprender alguns scripts de venda e usar de truques e artimanhas para convencer o comprador. A venda era predatória, já que sempre havia gente nova para comprar. Além disso, o cliente era menos esclarecido de seus direitos e também não tinha muito poder de comunicação. No máximo ele conversava com o vizinho, mas dificilmente telefonaria para alguém para falar de seu desapontamento com uma compra. Este modelo tem vida curta numa sociedade na qual as pessoas estão bem informadas e têm um poder tremendo de comunicação via e-mail, blogs e ambientes de relacionamentos como o Orkut.
Tomanini ressalta que há dez anos o vendedor vivia uma fase de demanda reprimida. Antes da estabilidade econômica, as famílias faziam compras mensais enfrentavam infindáveis filas nos supermercados, porque no dia seguinte, os preços subiam novamente. Foi um boom de consumo que durou até o final dos anos 90. Os vendedores, portanto, não precisavam se preocupar com valor agregado, variedades ou bom atendimento. Havia consumo para qualquer tipo de produto. O mais barato ganhava a venda. Um profissional de vendas nessa fase, não precisava mesmo se preocupar com etapas de venda, relacionamento, ou fidelização. Portanto, não eram profissionalizados, e a venda, nem sequer era vista como profissão. A atividade era quase como bico.
Neste contexto surge o novo profissional de vendas com um amplo conjunto de habilidades que atendem a produtividade e eficácia que o mercado exige. Eu diria que o perfil do vendedor de hoje é de alguém com uma preocupação ética, que não quer vender apenas uma vez, mas que tenha um grande poder de criar e manter relacionamentos diz Mario Persona.
Tomanini diz que hoje, o vendedor usa técnicas e experiência, e não usa de sua própria tarimba de comunicativo e simpático. É preocupado com continuidade do relacionamento e não com uma única transação. Deve ter visão consultiva, segmentar, planejar, conhecer o cliente e os clientes desse cliente. Ser um desenvolvedor de soluções. Deve conhecer a empresa onde trabalha e se alinhar com os valores dessa empresa. E claro, entender a venda como carreira, para desenvolver competências. Por fim, deve ser um apaixonado pela profissão.
Para Persona, nesta área destacam-se os profissionais que vivem em um estado de aprendizado contínuo. Segundo o consultor, o simples tirador de pedidos, que não sabe e nem quer saber o que acontece no lado da empresa ou no lado do cliente, dá espaço ao vendedor que de um lado tem a missão de transmitir ao cliente o que o produto é e tem, criando relacionamento e confiabilidade, e de outro a missão de transmitir à empresa tudo o que o produto terá e será, assumindo uma via de mão-dupla de informação.
O que compõe o profissional de vendas:
- Conhecimento profundo do mercado, da empresa, do produto/serviço, das necessidades dos clientes, de como o seu produto/serviço pode cumprir com estas necessidades;
- Habilidades interpessoais e de comunicação já eram e tornam-se ainda mais importantes atualmente. Saber ouvir atentamente, demonstrar entendimento e expressar-se com clareza com perguntas consistentes e relevantes são diferenciais para o sucesso da venda.
- Atitude é fundamental. Agir com determinação, entusiasmo, otimismo, profissionalismo deve ser algo inerente à venda e ao vendedor. Não há venda sem atitude.
- Comprometimento Se um profissional não está comprometido com sua própria reciclagem contínua, com o aprender, com novas tecnologias e conceitos, terá muito pouco - ou quase nada - a dar ao cliente para encantá-lo ressalta Mario Persona.
Confira o que o Mario Persona diz sobre os novos perfis do vendedor:
O vendedor consultor
Os vendedores consultores ajudam o cliente a resolver seus problemas e dificuldades. Este modelo ainda é válido, já que busca um envolvimento de quem vende com as reais necessidades de quem compra. Vendedores atuando assim devem ter uma boa capacidade de diagnóstico para entender os problemas de seus clientes e sugerir soluções.
O vendedor estrategista
Um desdobramento da venda consultiva é a venda do estrategista, do vendedor que vai além da tentativa de resolver os problemas de hoje do cliente e passa a ajudá-lo a enxergar os rumos futuros para seu cliente crescer. O estrategista do cliente, quando competente, acaba ganhando a confiança e o respeito de seu cliente, que passará a consultá-lo sempre que tiver uma necessidade, relacionada ou não ao produto ou serviço em questão.
O papel da empresa
Cada vez mais as empresas dizem enxergar a área de vendas como uma importante fonte de informações sobre os clientes o que, sabendo ser explorado, pode contribuir significativamente no processo de gestão de relacionamento com o cliente.
É através deste setor que a empresa pode saber por que, quando e o que os clientes compram e quais são os clientes de maior valor, entre outras informações relevantes. A estratégia voltada para o cliente somente se concretiza com o processo de ouvir a voz do cliente, interpretá-la e tomar ações que vão de encontro às suas necessidades. Partindo-se da conceituação desta estratégia, chega-se à conclusão que ninguém melhor do que a equipe de vendas para ouvir e dar a devida atenção ao cliente. Mas de nada irá adiantar o vendedor ter posse de informações valiosíssimas para a empresa, se esta não oferecer os recursos e treinamentos necessários à coleta organizada e sistematizada destes dados e não possuir uma integração entre o setor de vendas e o de marketing, para que este possa então definir as estratégias de manutenção do relacionamento com o cliente após a venda.
Mas de acordo com Tomanini as empresas não estão preparadas para isso pois não estão repensando seus negócios. Usam um modelo velho para um mercado novo. Hoje, as empresas não podem funcionar como Top Down, o conhecimento deve surgir de todas as áreas da empresa. O profissional de vendas precisa ter modificada toda a sua descrição de cargo. A área de vendas deve sair a campo periodicamente. A empresa precisa conhecer seus competidores porque ela precisa fazer mais e melhor do que a concorrência.
Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de comunicação e marketing. Autor de Dia de Mudança, Marketing de Gente e outros livros de carreira e negócios, é convidado com freqüência para palestras, workshops e treinamentos de temas ligados ao desenvolvimento pessoal e profissional. Suas idéias podem ser encontradas em seu site www.mariopersona.com.br.
Cláudio Tomanini (www.tomanini.com.br) - professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas e autor do livro "Gestão de Vendas" da editora FGV, publicado em 2004, possui mais de 20 anos de experiência nas áreas de vendas e marketing, tendo atuado em empresas como Johnson & Johnson, ADP Systems, Grupo Verdi e VR.
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Créditos: Caroline Veiga