A importância do propósito de marketing

Lupércio Arthur Hilsdorf* afirma que clientes e empresa recebem vantagens com um marketing bem feito

1 – Qual a diferença entre um objetivo e um propósito? E o que seria um propósito de marketing?

Um objetivo tem prazo determinado para se atingir, um propósito é algo para toda a vida. Objetivos podem ser subdivididos em metas. Um propósito é algo indivisível. Se alguém diz: “quero dobrar o faturamento de minha empresa em X anos”, está estabelecendo um objetivo. Se o empresário disser: “quero fazer de minha empresa a melhor do país no meu ramo de atividade”, está declarando seu propósito. Se alguém diz “quero aumentar meu salário em 30% até 2.010”, isso é objetivo. Mas, se disser “quero ser uma pessoa melhor”, aí podemos identificar seu propósito pessoal. Propósitos direcionam nossas ações em função de crenças, princípios e valores que adotamos para conduzir nossa vida, ou nossos negócios. Objetivos são temporais, propósitos são atemporais.

PROPÓSITO DE MARKETING – significa que todas as decisões e ações de uma empresa são “balizadas” pelos conceitos e princípios de Marketing. Quando há um propósito de marketing, todos, empresários, diretores, gerentes e funcionários trabalham pela efetividade das ações de Marketing. Todos pensam em competitividade, em lucratividade, em satisfação dos clientes e, em perpetuação do negócio. Pode-se considerar que uma empresa tem um propósito de Marketing firmemente estabelecido quando – especialmente os dirigentes - já desenvolveram uma visão conceitual muito forte sobre o valor e a importância que o Marketing representa para os negócios.

2 – Em um planejamento de marketing, onde entraria o propósito? Em que momento ele deve ser estabelecido e por quem?

Os propósitos de Marketing guiam as decisões. Decisões envolvem a combinação dos “conceitos” e das “ferramentas” de Marketing. Para ficar mais fácil o entendimento, um conceito é, por exemplo, valor percebido, isto é, como o cliente vê o que o produto/serviço faz para ele ou por ele. Ferramentas de Marketing podem ser política de produto, política de preço, promoção, atendimento, serviços, logística, venda, etc.

3 – Qual a importância de ter um propósito de marketing diante da alta competitividade do mercado?

Competitividade significa capacidade de disputar o mercado. Só haverá efetividade nas ações de Marketing se houver um propósito que sustente operacionalmente as decisões tomadas. Um bom exemplo é o grau de autonomia que vendedores, atendentes, pessoal de assistência técnica tem para tomar decisões e atender com eficácia os clientes. A idéia básica que deve nortear tudo numa empresa é: a decisão deve estar próxima de onde o fato acontece! Ou seja, quando um cliente reclama, o atendimento tem que encontrar uma solução rápida.

4 – Qual o papel dos colaboradores e qual o papel dos diretores/gerentes na “definição” e “implantação” do propósito de marketing?

Empresários, diretores e gerentes devem ter uma visão conceitual muito ampla sobre estratégias de negócios, sobre Marketing, sobre mercados, devem perceber como se mobiliza a concorrência e, fundamentalmente devem ter uma visão de repercussões de suas decisões no futuro da empresa e do negócio!

5 – Onde entra o cliente no propósito de marketing? O comportamento dos clientes influência na definição e planejamento do marketing?

Tanto o cliente quanto a própria empresa são os maiores beneficiados com um Marketing bem feito. O comportamento do cliente não só influencia na definição e planejamento do Marketing como é determinante. Se o produto é de consumo, por exemplo, é preciso conhecer o estilo de vida do cliente, seus hábitos, freqüência de compra, maneiras de consumo, formas de utilização para planejar como influenciar sua decisão de compra.

6 - Por que a comunicação em marketing é fundamental?

Hoje, o que se fala para o cliente é tão ou – em alguns casos – até mais importante do que aquilo que se faz. Comunicação em Marketing engloba propaganda, promoção, mensagens pela internet, embalagens, ações no PDV (ponto de venda), marca, atendimento, negociação dos vendedores, imagem corporativa. Na verdade, todo e qualquer contato com clientes implica em alguma forma de comunicação. O conceito mais importante hoje em dia é Comunicação integrada. Todas as formas de comunicação têm que ter coerência e devem estar integradas dentro dos objetivos e propósitos de Marketing para garantir as repercussões desejadas.

7 – O valor agregado é real ou apenas uma questão de marketing?

O valor agregado deve ser sempre algo que possa ser comprovado pelos clientes que adquirem o produto, caso contrário a empresa que está vendendo pode estar fazendo propaganda enganosa. E, o Código de Defesa do Consumidor está aí para preservar seus direitos.

8 – O que é necessário para obter a eficiência do marketing?

EFICÁCIA é a palavra-chave! Ser eficaz em Marketing significa tomar decisões estratégicas que garantam:

A venda de produto
Retorno de lucros
Satisfação dos clientes
Não provocar retaliações da concorrência
Manter uma conduta ética: respeitar as pessoas, a sociedade e a natureza, as leis.

9 – Como identificar o propósito de marketing da minha empresa?

Só é possível identificar de fato se existe um propósito de Marketing em uma empresa se:

1. Os dirigentes conhecem Marketing, acreditam nos seus conceitos e os aplicam para tomar decisões;
2. Se os funcionários, em todos os escalões, estão trabalhando voltados para satisfação do cliente, pensando em rentabilizar o negócio, numa perspectiva de longo prazo; e,
3. Se todos pensam em qualidade e inovação.

* Lupércio Arthur Hilsdorf é palestrante em vendas, marketing e negociação. Especializado em Marketing pela Pace University de Nova Iorque. Também foi professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB). Atua para as mais significativas empresas do país.
Referência:
Créditos: Caroline Veiga


Melhor qualidade do ar

Programa oferece gratuitamente medição da emissão de fumaça preta em veículos de transporte rodoviário

No Brasil, o setor de transportes é responsável por quase 50% do consumo de derivados do petróleo, sendo o óleo diesel o principal combustível utilizado no transporte de cargas e passageiros. Para o transportador, nem sempre é fácil avaliar o impacto que o consumo excessivo de combustível causa no resultado global de sua atividade.

Por isso, a Petrobrás, através do Conpet, criou o Programa EconomimizAR, que oferece gratuitamente apoio técnico ao setor de transporte rodoviário – cargas e passageiros – com o objetivo de racionalizar o consumo de óleo diesel e promover a melhoria da qualidade do ar, reduzindo a emissão de fumaça preta de ônibus e caminhões.

O EconomizAR conta com 45 unidades móveis dotadas dos instrumentos necessários para analisar os pontos críticos que influenciam o uso racional de óleo diesel e atende 22 estados brasileiros. Os técnicos que trabalham nas unidades móveis são altamente qualificados e foram extensamente treinados pelo Conpet para atender ao programa.

Os ônibus e caminhões avaliados pelo programa reduzem a emissão de particulados, diminuindo assim a poluição nos grandes centros urbanos e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Há quatro anos a Itambé disponibiliza o serviço de medição de fumaça preta emitida pelos caminhões da frota que transportam calcário e cimento. Esse serviço é oferecido através de parceria com o Programa Economizar, desenvolvido pela Petrobrás.

Na Itambé, as inspeções são realizadas semestralmente e os veículos que não atingem o nível desejado de emissão de fumaça são notificados formalmente para regularizar a situação. Passado o prazo dado para manutenção, são convocados a efetuar uma nova inspeção. Atualmente, 74 veículos que prestam serviços de transporte para a Itambé passam pela inspeção.

Atualmente, estes testes fazem parte do programa o Rode Bem - Programa Itambé de Segurança nas Estradas, criado em 2005 e que também coloca à disposição dos motoristas que transportam cimento e insumos da Itambé, palestras e serviços relacionados à saúde, segurança e ao meio ambiente.

Créditos: Rosemeri Ribeiro - Assessora de Comunicação

Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696


Itambé e Concrebras participam do 49º CBC

Realizado pelo IBRACON, o Congresso Brasileiro do Concreto é o maior fórum nacional de debates sobre a tecnologia do concreto e suas aplicações

Localizada na Serra Gaúcha, Bento Gonçalves é considerada a capital brasileira da uva e do vinho. Entre os dias 1º e 5 de setembro o cenário de bonitas paisagens foi palco do 49º Congresso Brasileiro do Concreto.

Realizado no Centro de Convenções da Fundaparque, o evento teve como tema principal “Concreto: Sustentabilidade e Desenvolvimento” e contou com a participação de 833 congressistas. Profissionais da construção civil, pesquisadores, empresários, técnicos e acadêmicos vieram de vários estados brasileiros e de diferentes partes do mundo para mostrar os avanços tecnológicos, novidades em produtos e compartilhar experiências.

Uma oportunidade ímpar para os profissionais dos diversos segmentos da cadeia produtiva do concreto atualizarem seus conhecimentos, o Ibracon reuniu os maiores especialistas em concreto do mundo. Durante cinco dias aconteceram 339 apresentações de trabalhos técnicos em sessões plenárias e pôsteres, 14 conferências com palestrantes internacionais, painéis de assuntos controversos, seminários de temas atuais, mesa-redonda, palestras com especialistas brasileiros, concursos para estudantes, palestras técnico-comerciais, visitas e reuniões técnicas, cursos de atualização profissional e assembléias gerais. O evento contou ainda com uma área especial para uma exposição comemorativa aos 100 anos do arquiteto Oscar Niemeyer.

Este ano o Congresso foi marcado pela concessão de títulos de sócios honorários do Ibracon a três das maiores autoridades mundiais na área – os professores Kumar Mehta, Mohan Malhotra e Adam Neville -, evidenciando que a tecnologia brasileira do concreto tem reconhecimento mundial. Paralelamente, aconteceu a 3ª. edição da Feibracon - Feira Brasileira das Construções em Concreto, que reuniu 42 expositores. Os participantes ainda puderam acompanhar o lançamento do livro “Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais”. Com 1.700 páginas e editada pelo professor Geraldo C. Isaia, a obra teve a participação de 85 autores e é constituída por dois volumes.

Criatividade e inovação

A Cimento Itambé e a Concrebras foram patrocinadoras do evento e seu estande foi um dos mais visitados. Simples, porém inovador e criativo, o espaço foi inteiramente construído com materiais cimentícios e decorado com obras de arte em concreto e calcário. O tema “Dê formas a sua imaginação” representou a versatilidade do uso do cimento. A atração principal ficou por conta da produção de caricaturas desenhadas com pasta de cimento ao invés de tintas ou grafites, comumente utilizados.

Uma palestra da Itambé mostrou todas as etapas do concurso “Canoas de Concreto”, realizado em parceria com o Unicenp - Centro Universitário Positivo (em Curitiba) e que é tema da disciplina de Trabalho de Engenharia III. Durante o ano letivo, os alunos são divididos em equipes e projetam a geometria da canoa, calculam estabilidade e os esforços a que será submetida, pesquisam argamassas e concretos que atendam às demandas de peso específico e resistência, executam as fôrmas e, finalmente, constroem a canoa. A Itambé participa do projeto desde 2003, com apoio técnico para o desenvolvimento das argamassas e concretos utilizados na execução das canoas.

A Concrebras foi foco de uma sessão plenária referente ao “Recorde Nacional em Concreto de Alto Desempenho, Centro Empresarial Antártica” apresentada pelo professor José Freitas Junior, da UFPR – Universidade Federal do Paraná. Na ocasião foram mostrados benefícios e vantagens do “CAD 90”, o concreto de maior resistência especificada em projeto no Brasil e que foi aplicado na obra do Centro Empresarial Antártica, na cidade paranaense de Ponta Grossa. A resistência do concreto especificada pelo projetista foi de 90,0 MPa.

Com o objetivo de estreitar o relacionamento, a Itambé aproveitou a oportunidade para reunir seus clientes instalados na região em um jantar, realizado no dia 03 de setembro.

Créditos: Engº Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé

Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696


Construindo Melhor

Lote de cimento

O lote de cimento é automaticamente aceito sempre que os resultados dos ensaios atenderem às exigências das respectivas Normas.
Entende-se por lote a quantidade máxima de 30 t, referente ao cimento do mesmo produtor, entregue na mesma data e mantida nas mesmas condições de armazenamento

Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé


Ferramenta de Controle

O desvio padrão nas centrais de concreto é um importante instrumento de controle da produção

Durante muitos anos o índice utilizado para a medida da regularidade de um produto ou serviço foi o chamado Coeficiente de Variação - CV, também empregado para o concreto, no estabelecimento do cálculo da resistência de dosagem.

Com as novas NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento e NBR 12655 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento - Procedimento, o indicador passou a ser o desvio padrão. A NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central, ainda com a sua última versão de 1984 em vigor até hoje, traz o cálculo do Coeficiente de Variação dentro do ensaio, obtido pelo quociente entre o desvio padrão e a resistência média.

Mas afinal para que serve este controle e como pode ser utilizado para estabelecer um padrão de regularidade para a resistência do concreto? A idéia geral é medir a dispersão em torno de um valor médio. É como um alvo, onde a “mosca” é a média e o desvio é a distância entre ela e o ponto atingido. Portanto, também neste exemplo, quanto menor o desvio, mais próximo do valor que se deseja efetivamente alcançar. A expressão “esperança matemática”, muitas vezes utilizada para designar um determinado valor, significa exatamente o que se busca ou se espera atingir.

No caso do concreto, o menor desvio padrão será aquele cujo processo de produção seja o mais regular possível. Como conseqüência, a possibilidade de se conseguir um produto com boa regularidade é maior. Controle e desvio baixo são fatores que determinam o domínio do processo e, portanto, sugerem bons produtos e serviços.

Aqui vale uma ressalva importante. Como o desvio padrão é calculado em torno de uma média de resultados de ruptura de corpos-de-prova, temos que interpretar com cuidado esta leitura de desvio baixo, pois pode também significar que todos os valores da resistência estejam baixos regularmente.

Os valores podem estar abaixo do valor previsto, mas se isto ocorrer de maneira linear ou regular, terá desvio baixo também.

É comum se imaginar que valores de ruptura altos demais em relação a um valor previsto, por exemplo, a resistência de dosagem fcj, reflitam alta qualidade do concreto. Em um primeiro momento, realmente os valores estarão com folga em relação ao previsto na dosagem. Porém, quando o desvio é assim, bem alto favoravelmente, pode acontecer também o inverso, ou seja, os valores ficarem bem abaixo do valor da dosagem. É o grande problema quando a central e as pessoas envolvidas no processo não tem o mesmo objetivo, muitas vezes apenas por falta de treinamento dos participantes.

Pode se observar, por exemplo, que quando uma operação de central de concreto está com problemas, o resultado aparece 28 dias depois nos casos dos serviços de concretagens, ou já nas primeiras horas, nos processos que requerem resistências com pouca idade.

A NBR 12655 estabelece a fórmula para o cálculo da resistência média de dosagem do concreto à compressão:

fcj = fck + 1,65 sd (MPa)

À primeira vista parece muito simples. A norma adota um acréscimo de 65% ao desvio padrão, que somado à resistência característica à compressão fck, resultará na resistência média à compressão fcj. Na realidade, o valor 1,65, chamado de variável reduzida da distribuição normal, prevê a possibilidade de ocorrência de valores de ruptura de corpos-de-prova abaixo da resistência fck até 5% do total. Ou seja, no cálculo do dimensionamento das estruturas, a norma supõe uma eventual ocorrência de valores de ruptura abaixo da resistência fck dentro da curva de distribuição normal, sem prejuízo ou risco à própria estrutura. Conforme determina a NBR 12655, em nenhum caso o valor deste desvio adotado para o cálculo da resistência de dosagem, poderá ser menor que 2 MPa.

Portanto, o valor mínimo da parcela a ser acrescida à resistência fck será de 3,3 MPa (1,65 x 2).

A mesma norma estabelece ainda os desvios iniciais que são dependentes do tipo de controle que se tem na planta de produção, independente do concreto ser moldado in loco ou pré-fabricado. Mas ao longo do processo já em ritmo corriqueiro, o desvio padrão é calculado em função dos diversos resultados de ruptura dos corpos-de-prova para as diferentes resistências características (fck). Quanto melhor o controle de todos os fatores que envolvem a produção, menor será o valor do desvio e, portanto, melhor será a regularidade, com o custo mais adequado. Alguns destes fatores são essenciais, como o controle, recebimento e estocagem dos materiais componentes do concreto, os equipamentos e sistemas de pesagem das cargas, os cálculos precisos da dosagem em laboratório, o sistema de controle das moldagens e ruptura e os procedimentos corretos de aplicação, principalmente quando transportado por caminhão betoneira e recebido em obra para moldagem in loco.

A NBR 7212 – Execução de concreto dosado em central, estabelece como melhor controle de preparo o chamado Nível 1, para operações com desvio padrão de até 3 MPa. Já a NBR 12655 não cita valores adequados para o desvio, mas estipula os ensaios de controle de aceitação. Desta maneira, pode-se constatar a importância dos cuidados que envolvem todo o processo de obtenção deste material tão versátil e largamente utilizado em todas as suas formas.

Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé


Cuidados na especificação do cimento

Optar por cimento mais barato pensando que “é tudo igual” é um engano que pode ter consequências desagradáveis e até mesmo desastrosas

Nesse caso, o ditado popular que lembra que é muito importante conhecer o produto que se compra e também quem o vende, ganha força, pois determinadas patologias que reduzem a durabilidade das peças ou estruturas de concreto são causadas, em determinadas situações, pelo uso inadequado do tipo de cimento. Na verdade, não existe cimento bom ou cimento ruim e sim cimento bem ou mal utilizado. Porém, o produto deve, obrigatoriamente, atender todos os requisitos das Normas Brasileiras e satisfazer as necessidades da peça a ser concretada.

Por exemplo, para utilização em concreto protendido ou pré-moldado, via de regra o cimento deve ter resistência inicial alta, tipo CP V-ARI. Por outro lado, caso o cimento seja utilizado para argamassa de assentamento, deve ser do tipo CP II ou CP IV. Ou ainda se a obra for realizada na orla marítima ou em ambiente agressivo, o mais indicado é o CP V-ARI-RS. De todo modo, existe sempre o tipo de cimento mais adequado para cada aplicação e o critério para a escolha pode ser técnico ou econômico.

A fabricação do produto envolve tecnologia de ponta, equipamentos sofisticados e muito cuidado com segurança e meio ambiente. Por estes fatores, as fábricas conseguem disponibilizar diversos tipos de cimento para o atendimento de inúmeras necessidades. No caso de dúvidas referentes à qualidade ou aplicação, o usuário pode contar com os serviços de assessoria técnica que todas as fábricas colocam à disposição para orientações e sugestões. Outra boa alternativa pode ser agendar uma visita à fábrica para conhecer o processo de fabricação e acompanhar as etapas de controle das matérias primas e qualificação dos cimentos produzidos.

Quem compra o cimento ensacado na loja de materiais de construção, deve observar alguns cuidados:

- se o tipo de cimento disponível é o mais indicado para o uso;
- se a data de expedição está gravada na embalagem;
- se a embalagem não está rasgada;
- se não há sinais de hidratação na embalagem;
- se o selo de qualidade da Associação Brasileira de Cimento Portland está estampado na embalagem.

Caso haja alguma dúvida sobre o desempenho ou outra característica qualquer do cimento, o melhor a fazer é obter um ensaio do produto. As fábricas têm ensaios de qualidade de todos os tipos de cimento e o acesso aos resultados é muito útil nessas ocasiões.

Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé


Rapidez e agilidade em lajes pré-fabricadas

Empresa desenvolve laje alveolar protendida no oeste catarinense

Desde o inicio de suas operações, em 1997, a Rotesma, localizada na cidade de Chapecó, em Santa Catarina, utiliza tecnologia nos processos e desenvolve soluções construtivas em diversos produtos pré-fabricados. Começou com lajotas e tubos de concreto, com uma produção de 32 m3 de concreto por mês. Foi pioneira na fabricação de concreto pretendido em sua região de atuação e hoje produz 1.500 m3/mês, em instalações de 39 mil m2.

Sempre à procura de novos produtos e materiais, iniciou a fabricação de lajes alveolares protendidas que já instalou em diversas obras da região. Para José Antônio Tessari, proprietário da empresa, o investimento neste setor foi fundamental. “Percebemos um mercado bastante promissor no segmento e procuramos o que havia de mais moderno em equipamentos e tecnologia para o desenvolvimento de um produto que fosse versátil, econômico e aplicável a qualquer tipo de edificação”, salienta.

Comumente utilizadas para compor tabuleiros, as lajes alveolares são leves, dispensam os cimbramentos e melhoram muito a condição térmica e acústica dos edifícios. Com a combinação da protensão, são capazes de vencer grandes vãos, mesmo submetidas a altas sobrecargas. Os alvéolos propiciam também melhor proteção contra incêndios, importante vantagem quando é feita a cobertura do seguro com o custo bastante reduzido. Por ser autoportante, não utilizam cimbramentos, o que se traduz em economia e velocidade de execução da estrutura.

Com a mais avançada tecnologia, a Rotesma produz diversos tamanhos de painéis, sempre de acordo com as normas brasileiras. Utiliza concreto fck 50 MPa, produzido em moderna central eletrônica automatizada, além de contar com o fornecimento exclusivo da Cimento Itambé.

Desta forma, as lajes alveolares representam uma opção interessante para o desenvolvimento da construção industrializada, tendência cada vez mais adotada pela construção civil no Brasil.

Créditos: Engº Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé

Jornalista Responsável: Rosemeri Ribeiro Mtb. 2696


A importância do design

O design como fator de diferenciação de mercado e construção da marca

Para esclarecer alguns pontos sobre a importância do design fizemos uma entrevista com Caio Camargo*.

IE - Qual a influência do design do produto?
Caio Camargo - O design do produto dentro do ponto de venda pode influenciar a visibilidade e dar destaque dentre os concorrentes da mesma categoria. Neste caso, um bom design de embalagem pode ser crucial para as vendas. Uma embalagem que crie forte identidade e grande destaque dentro da gôndola pode ser a isca essencial para impulsionar o consumidor.
Caso o produto seja revolucionário, e não evolucionário, ele só terá sucesso no ponto de venda se, de alguma maneira, conseguir educar o consumidor sobre suas vantagens e benefícios, frente aos produtos que ele conhece.

IE - Qual a importância do design para as empresas?
Caio Camargo - O design hoje não é utilizado somente em produtos voltados ao segmento de luxo, mas já está consolidado e permeado entre os de uso comum. Ele pode funcionar como fator de diferenciação de mercado e, atualmente, é considerado essencial para construção da marca. Existem empresas e produtos que são facilmente reconhecidos pelo design de produto que oferecem.

IE - Qual a importância do designer na gestão?
Caio Camargo - Um bom designer é essencial para a concepção (desenho) do produto, a criação do conceito, o porquê do produto possuir determinada forma, determinado material, determinada cor.
Mais do que formas inusitadas, o designer viabiliza, para a empresa, a criação de produtos adequados às necessidades do mercado, com elaboração refinada.

IE - Qual é o risco de se fazer um produto, ou uma peça, sem um bom design?
Caio Camargo - Design é diferencial de mercado, e deve ser sempre levado em consideração. Produtos bem desenhados caem na moda, ganham simpatia do consumidor, e podem virar mania de mercado.
Produtos com qualidade sempre terão lugar no mercado, entretanto, sempre há o risco de aparecer um produto “mais bonitinho” ao consumidor. Existem casos em que apenas o design diferenciado já ganha dos concorrentes, mesmo que eles tenham outros atributos melhores.

IE - Como a empresa pode usar (ou utilizar) bem um design? (de forma estratégica)
Caio Camargo - Adequando a forma às necessidades de seus clientes ou consumidores. Design sem necessidade é peça de decoração. O design não cria necessidades, mas pode se alimentar delas para oferecer bons produtos.

IE – O design garante a sobrevivência de um produto?
Caio Camargo - O que garante a sobrevivência do produto é a constante comunicação com seu público final, seja ele cliente ou consumidor, de modo a estar sempre atendendo às suas necessidades. Quando se torna obsoleto, não existe design que crie sobrevida.

*Caio Camargo é arquiteto pela Universidade São Marcos (2000) e pós-graduado (MBA) em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (2005). Com cerca de 10 anos de experiência em varejo, trabalhou sempre em merchandising e marketing voltado para o varejo em empresas como C&C Casa e Construção, Dicico e Home Center Uemura. Desde 2006 é arquiteto da Candossim & Cabana Arquitetos Associados.
Referência:
Créditos: Caroline Veiga


Gestão de equipes e conflitos

Divergências bem administradas contribuem para um resultado melhor

O comportamento das pessoas no ambiente de trabalho vem sendo motivo de estudos e análises dentro e fora das empresas. São elas que criam, modificam e melhoram os processos e atividades dentro de uma organização. Manter um ambiente sereno e produtivo é um desafio diário enfrentado por todos que trabalham na empresa, sobretudo pelas diferenças e particularidades de cada profissional.

Desentendimentos, dificuldades e conflitos são inevitáveis e existem em qualquer organização. O que vai fazer disto um problema ou uma oportunidade de crescimento é a maneira com que estes desentendimentos, dificuldades e conflitos serão administrados. Portanto, é preciso saber conviver com as diferenças e aproveitar o potencial de cada indivíduo.

Conflitos que vem para o bem

Transformar os conflitos em experiência e aprendizagem.
Para o consultor de empresas Dante Ricardo Quadros, esta situação é bastante comum. “Antigamente as divergências eram suprimidas. As empresas falavam que “todos formavam uma grande família” e que não poderia haver conflitos entre as pessoas. As diferenças eram vistas como uma coisa ruim. Atualmente, o conflito é bem visto porque faz com que as divergências aprofundem as questões que envolvem o dia-a-dia da empresa e faz com que as pessoas percebam também que cada um é diferente. Hoje, os conflitos devem ser administrados, gerenciados e não ignorados”.

A tendência é que, quanto mais polivalente for a equipe, melhor para a organização. Divergências podem contribuir para que se chegue a um resultado muito melhor. A unanimidade, ao contrário, pode impedir que os processos, produtos e atividades evoluam. Mas para que o resultado seja a inovação e as soluções as mais enriquecedoras possíveis, é preciso considerar que o tempo e a dedicação necessários ao bom funcionamento da equipe também deverão ser maiores.

Jogando no mesmo time

Na sua empresa você faz parte de uma equipe ou de um time? Para Quadros ter equipes dentro das organizações está se tornando ultrapassado. De acordo com ele, em uma equipe há um líder, um planejamento, uma organização. Na equipe geralmente o líder determina o que deve ser feito e como deve ser feito; já “em um time todos são líderes, as decisões são tomadas em conjunto, e essa é a melhor e mais inteligente forma de organização empresarial” diz. Ele completa: “A estrutura hierárquica que vem desde 1911, com Taylor, está evoluindo, o que é normal, e os líderes têm que estar cientes disso”.

Como conquistar a confiança da equipe/time

Quadros explica que a confiança se divide em três atos: competência, coerência e diálogo. “Atualmente os chefes têm que estar cientes que esses três comportamentos são essenciais para o sucesso da equipe e da empresa”. Como exemplo o consultor diz que se um empregado não tiver abertura para o diálogo ele não terá coragem para falar aquilo que lhe aflige. Portanto, a empresa jamais saberá o que a pessoa está sentindo, não poderá ajudar e conseqüentemente isso afetará a produtividade e o desempenho da empresa como um todo. “Se não existir coerência dentro de uma empresa não existe confiança. Como uma pessoa poderá cobrar algo de seus colaboradores se ele não é coeso? O velho lema “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” já virou passado”.

Segundo o consultor, o diálogo é a comunicação mais efetiva dentro ou fora da empresa. “Porém, as pessoas não foram ensinadas e nem educadas para conversar, elas têm medo. E isso tem que mudar. Falar é um processo de desenvolvimento das pessoas. Cooperação é pouco; o que precisamos é compartilhar nossos conhecimentos e nossas idéias” argumenta.

Por outro lado, Quadros ressalta que também é importante que os líderes saibam escutar. Ele cita três bons motivos para isso:

Primeiro: para aprender; a maioria dos chefes não sabe como é feito todo o procedimento de uma empresa.
Segundo: para se darem conta que existe “algo” além deles.
Terceiro: conhecer a realidade dos outros, as experiências e atividades de cada um. “Aprender e conhecer cada um da sua equipe é fundamental. Poderíamos resumir esse terceiro item simplesmente como ouvir” finaliza.

* Dante Ricardo Quadros é Psicólgo, Mestre em Administração (UFSC) e Doutor em Engenharia da Produção. Possui sólidos conhecimentos acadêmicos e uma rica experiência obtida em anos de consultoria a médias e grandes empresas no Brasil. Consultor em comportamento organizacional, gestão estratégica e desenvolvimento de equipes. Professor de pós-graduação e programas de MBA no CDE da FAE.
Referência:
Créditos: Dante Ricardo Quadros*