A importância da neurolinguística em ambiente profissional

Empresas e autônomos já obtiveram resultados positivos com a técnica

Jeinny Cristiane Teske
Jeinny Cristiane Teske

Itambé Empresarial - O que é neurolinguística?

Jeinny Teske - A neurolinguística, nada mais é que a linguagem que o cérebro utiliza.

O comportamento, o hábito, as tomadas de decisão de uma pessoa, antes de serem manifestadas, passam por todo um processo cerebral.

Dessa maneira, a neurolinguística trabalha a fim de potencializar o que o ser humano tem de melhor e minimizar seus bloqueios e limitações.

Quando se fala em estratégica da neurolinguística, trata-se do passo a passo do cérebro antes de alguém desempenhar uma função. Exemplo: Uma pessoa adora comer chocolate ou gosta de fumar.

Antes de tudo, deve-se descobrir porque sente tanta necessidade e quais os benefícios que esse hábito proporciona para depois substituí-lo. Digamos que essa vontade seja porque diminui a ansiedade. Mas, verifica-se que correr, por exemplo, também causa esse mesmo efeito. Através da aplicação das técnicas específicas de reprogramação mental, a pessoa tem a possibilidade de minimizar a necessidade ao ponto de trocar o hábito.

I.E - Como as técnicas da neurolinguística podem ser aplicadas na negociação?

Jeinny Teske - A comunicação eficaz é uma ferramenta essencial para se obter sucesso na negociação ou numa venda. Por isso, a neurolinguística traz algumas técnicas que aprimoram o poder de comunicação, como por exemplo: Metamodelo de linguagem, Rapport e a Comunicação propriamente dita.

Esses fatores trabalham com a expressão corporal, com a fala, com a maneira de agir e, principalmente, com a empatia. Pois é ela o ponto mais importante na hora da venda ou de uma negociação.

I.E - Qual é a importância da neurolinguística?

Jeinny Teske - A neurolinguística é importante porque atinge os mais diferentes focos e pode trazer diversos benefícios.

Dentro de uma empresa, as vantagens podem aparecer de várias maneiras, assim como no Planejamento Estratégico, na Comunicação e na Liderança.

No Planejamento Estratégico, funcionários e líderes aprendem a cumprir e organizar melhor os prazos, enriquecem seu comportamento, geram e obtém motivação, desenvolvem pró-atividade e muito mais.

Na comunicação, todos aprendem a se expressar, melhoram a sinergia entre grupos e desenvolvem equipes mais motivadas.

Para se comunicar bem, não basta usar apenas as palavras certas. A maneira de se gesticular, o tom da voz, a postura, a maneira de olhar e de se vestir também representam muito e são tão importantes quanto à palavra em si.

A liderança também é outro fator que a neurolinguística ajuda a desenvolver nas pessoas. Não basta ser líder, tem que saber liderar. E, saber liderar é ser uma pessoa otimista, positiva, que cause motivação entre as pessoas, que transmita confiança e respeito.

Um bom líder deve estar sempre atento aos objetivos da empresa, mas também dos seus funcionários. Deve saber se portar e falar com as pessoas.

I.E - A expressão corporal é importante na área profissional? Por quê?

Jeinny Teske - A expressão corporal é essencial na área profissional.

Porém, a procura pela neurolinguística não foi primeiramente uma iniciativa das empresas. Foi uma procura individual e pessoal.

As pessoas começaram a procurar pela neurolinguística por curiosidade e indicação de amigos. O resultado foi tão positivo que a técnica foi sendo usada em ambiente de trabalho.

Os líderes perceberam o quanto o rendimento melhorou e entenderam que a neurolinguística deveria ser vista como mais uma ferramenta para obter sucesso e progresso dentro das empresas. Dessa maneira, ela vem sendo cada vez mais procurada e valorizada.

I.E - Quais são os maiores sucessos e vantagens obtidas para os profissionais que sabem se expressar corporalmente?

Jeinny Teske - Tanto os profissionais de grandes empresas quanto os profissionais autônomos já obtiveram resultados positivos após aplicar as técnicas da neurolinguística em ambiente profissional.

Saber se expressar corporalmente quer dizer mais resultados, mais vantagens, mais motivação, melhor comunicação, melhor planejamento, melhor relacionamento com clientes, entre tantas outras vantagens.

I.E - A expressão corporal é levada em consideração desde uma entrevista até cargos de responsabilidade em uma empresa?

Jeinny Teske - Com certeza.

Quando um profissional precisa avaliar seu candidato, ele vai levar em consideração sua qualificação, seu currículo, sua experiência profissional e, logicamente sua expressão corporal.

Se por um acaso duas pessoas estiverem no mesmo nível de qualificação, a decisão será tomada pela maneira como cada uma se comportou. Vai conseguir a vaga quem soube se expressar claramente, soube falar em tom agradável, que estava bem vestida e que tinha uma boa postura.

Ou seja, a neurolinguística é essencial na hora de conseguir um emprego, mas esses cuidados não devem ser tomados apenas na hora da entrevista.

Depois, mesmo em cargo de liderança, o profissional deve se comportar como tal. Não pode cometer gafes nem faltas de educação. Deve saber ser firme sem assustar as pessoas, principalmente os clientes.

Dessa maneira, uma pessoa nunca perde em colocar em prática as técnicas da neurolinguística, estando no cargo e situação que for.

I.E - Quais são as maiores dificuldades em se expressar corporalmente?

Jeinny Teske - As dificuldades sempre existem. Mas, é importante lembrar que cada um tem seu jeito, todos somos diferentes e, é simplesmente impossível demonstrar aquilo que não somos.

Por isso, muitas vezes a técnica da neurolinguística deve ser aprendida de dentro para fora.

Não basta cumprimentar seus funcionários com um sorriso se por dentro estiver pensando que não queria ver ninguém naquele momento. Primeiro você deve aprender que cada um que está ali é importante para a empresa e merece ser tratado bem.

A empatia é com certeza um fator predominante e essencial para o bom relacionamento.

É importante lembrar também que a fala representa apenas 30% da comunicação, o resto vem da gesticulação, do tom da voz, entre outros fatores.

I.E - A expressão corporal deve mudar de acordo com o ambiente e público? Por quê?

Jeinny Teske - Com toda certeza.

Ninguém se comporta no ambiente de trabalho da mesma maneira que se comporta em um bar, por exemplo.

Mas, até mesmo em ambiente de trabalho as posturas podem ser diferentes. Existem clientes mais formais, que devem ser tratados com mais cuidado. Os mais desencanados já podem ser tratados com mais informalidade.

Cabe a você ter conhecimento e sensibilidade para saber como agir com cada pessoa e em cada situação.

I.E - Quais são os maiores cuidados que uma pessoa deve tomar para não cometer gafes em ambientes de trabalho com a expressão corporal?

Jeinny Teske - Para as mulheres cabem aquelas regrinhas básicas. Tomar cuidado com os decotes, com as roupas transparentes e saias curtas. Tudo que chama muita a atenção e foge do padrão não é bom. Não falar alto demais e nem se gesticular em excesso também é importante.

Para os homens, cabe lembrar de estar sempre bem vestido e com a barba feita. Devem tomar cuidados também para não agir de maneira grosseira, com prepotência. Toda a educação e respeito são bem vindas no ambiente profissional.

I.E - Mesmo que inconscientemente, a expressão corporal é percebida e reparada pela maioria das pessoas?

Jeinny Teske - Tudo o que é reparado, é por que está extravagante demais. Assim, se uma pessoa falar alto, for mal educado, grosseiro, tiver com uma roupa suja, com uma saia curta, com bijuterias barulhentas, e assim por diante, com certeza serão vistas e comentadas por todos. E isso, não é bom.

I.E - A personalidade profissional de uma pessoa pode ser julgada e avaliada pela expressão corporal?

Jeinny Teske - Como disse anteriormente, todos expressam aquilo que realmente são. Por isso, a maneira como uma pessoa se porta, fala, como se veste, como senta, como anda, e tudo o que fala e a maneira como age tem a ver com sua personalidade.

I.E - Dê algumas dicas importantes sobre a neurolinguística e como elas devem ser aplicadas.

Jeinny Teske - As atitudes, gestos, iniciativas devem ser analisadas caso a caso.

Ou seja, não há uma regra específica para cada atitude e situação. Por exemplo, nem sempre estar de braço cruzado quer dizer distância, falta de interesse. A pessoa pode estar de braço cruzado simplesmente porque está com frio.

Por isso, repito: o melhor processo na neurolinguística é a empatia.

Portanto, se for conversar com alguém que esteja de braços cruzados e com a cara feia, aja da mesma maneira. Isso vai fazer com que ela se identifique com você. Depois, o próximo passo, é agir de maneira inversa. Vá ficando com um ar mais simpático e relaxe. A tendência é que a pessoa faça o mesmo.

Dessa forma, você primeiramente conquistou, fez com que ela se identificasse com você, e isso, já é mais da metade do caminho andado.

Algumas indicações sobre o tema:

Poder Sem Limites - de Anthony Robbins

Continuum – Instituto de Performance Humana

Aprenda a Liderar com a Programação Neurolinguística - Pierre Longin

Qual a origem da PNL? Delphos e Associados

Jeinny Cristiane Teske – Gerente de Soluções e Advogada. Há alguns anos dedica-se ao desenvolvimento e aprimoramento de pessoas com as mais avançadas técnicas de transformação comportamental. Especializada em atendimento personalizado individual ou em grupo, seja com a aplicação do processo de Coaching ou Neurolinguística aplicada para aumento de performance e alcance de resultados.

· Practitioner e Master em Programação Neuroliguística pelo Instituto de Performance Humana Continuum (www.iphc.com.br);

· Coach membro da Sociedade Brasileira de Coaching (www.sbcoaching.com.br);

Contatos: jeinny@iphc.com.br / jeinny@sbcoaching.com.br
Referência:
Créditos: Caroline Veiga


O vendedor e o viajante

O lado bom de ser vendedor, além do aprendizado, é o número de histórias que a gente coleciona pelo fato de ser agraciado freqüentemente com a oportunidade de conviver com pessoas diferentes

Jerônimo Mendes
Jerônimo Mendes

Quando você é novo e alguém lhe dá uma oportunidade de mudar de vida, pense duas vezes e, depois de aceitar, nunca reclame. O aprendizado é o que vale. A minha primeira promoção para a área de vendas foi há vinte anos.

A área de abrangência não era das melhores e, como se sabe, os piores clientes sempre sobram para os novatos. Hoje estou convencido de que não existem piores clientes, porém existem clientes difíceis que nos ensinam coisas que nunca vamos aprender com clientes bonzinhos que simplesmente sorriem e dizem sim para tudo.

Depois de chegar em casa radiante, comunicar minha promoção, dizer que passaria a viajar mais e, é claro, ganhar mais, minha esposa torceu o nariz. No fundo, imagino que ela se lembrou do Quequé, aquele personagem do seriado Rabo de Saia, interpretado pelo Ney Latorraca há muito tempo, o qual tinha uma mulher em cada cidade, Eleuzina (Dina Sfat), Santinha (Lucinha Lins) e Nicinha (Tássia Camargo). Por mais que ele se esforçasse para manter as aparências de marido fiel, nenhuma das três acreditava.

Meu caso era diferente, graças a Deus. Com o tempo minha esposa foi aceitando o fato e, na medida em que os ganhos aumentavam e a vida melhorava, o seu sorriso se transformava. Nada como um bom saldo bancário para consolidar e aquecer o relacionamento. E se tiver amor, então, nem se fala, o universo inteiro conspira a nosso favor, como dizia William B. Yeats, o grande poeta irlandês.

O lado bom de ser vendedor, além do aprendizado, é o número de histórias que a gente coleciona pelo fato de ser agraciado freqüentemente com a oportunidade de conviver com pessoas de diferentes níveis, culturas, cores, credos e tamanhos, o que, naturalmente, tende a elevar a nosso discernimento e a nossa percepção com relação ao mundo.

De fato, quando a gente pensa que domina o assunto e está apto para garantir o show, confiante no diploma, nível de cultura, experiência, treinamento etc, uma visão diferente dos fatos aparece e nos coloca em xeque para que, novamente, com uma boa dose de humildade, possamos reavaliar o entendimento e concluir que, apesar de tudo, ainda temos muito que aprender.

Minha primeira viagem como representante de vendas - na verdade eu era vendedor mesmo, porém com um título mais sofisticado – foi para o norte de Santa Catarina. Eu trabalhava numa gigante multinacional do petróleo, e isto por si só já me tornava imponente e cheio de razão. Minha área era composta por vários municípios do Paraná e Santa Catarina e um pedacinho de São Paulo, onde ninguém queria ir, porém um trecho como aquele, na época com mais de cem quilômetros de estrada de chão e repleto de desafios, torna qualquer ser humano mais humilde e determinado a subir na vida.

São Bento do Sul, em Santa Catarina, é uma dessas cidades tranqüilas e organizadas. Eu havia me programado para visitar inicialmente os dois postos de combustíveis que representavam a empresa onde eu trabalhava, porém decidi visitar primeiro uma concessionária de veículos. Fazia parte da minha carteira e de alguma forma eu deveria cumprir a agenda, portanto, acabei entrando no local por impulso.

Eu nunca havia sido apresentado ao comprador, mas sabia de antemão o nome dele, graças ao trabalho organizado do meu antecessor que mapeou a área toda e isso ajudou muito. E lá estava eu, pronto para proporcionar o meu primeiro show em vendas. Ao entrar na sala de espera, sem mentira alguma, havia mais ou menos uns vinte representantes aguardando o sujeito.

Com muito jeito e um pouco de receio apresentei-me no balcão do setor de autopeças. Sob os olhares atentos da concorrência, solicitei a presença do famoso comprador direto para a atendente que mal me cumprimentou e, a julgar pela cara de poucos amigos, não estava nos melhores dias.

- Bom dia! Meu nome é Jerônimo, da Texaco. Por gentileza, eu desejo conversar com o senhor Simeão sobre óleos lubrificantes. Naquela época, trabalhar numa empresa de porte fazia qualquer profissional encher a boca e mostrar trinta e dois dentes para pronunciar o nome da corporação. Isso mesmo, Texaco!

No mínimo eu esperava que ela me apresentasse uma justificativa ou coisa que o valha diante de tanta platéia interessada em conseguir um espaço no precioso tempo do comprador. A coisa mais difícil nessa área é conseguir espaço na agenda dos compradores. Essa classe está sempre em reunião e sabe como ninguém valorizar cada segundo do seu tempo, alguns por excesso de trabalho, outros por pura vaidade mesmo.

Sem a menor cerimônia, a infeliz olhou para trás e disparou com 120 decibéis de intensidade: - Simeããããão, mais um viajante! Do fundo da sala, Simeão retrucou ainda mais forte: - manda esperar, se quiser ser atendido!

Juro por tudo que é mais sagrado que se eu fosse um avestruz naquele momento, minha cabeça seria enterrada no chão. Fiquei vermelho, ligeiramente constrangido e agüentei firme. Quando olhei ao redor percebi a platéia eufórica, rindo à toa da desgraça alheia, porém uma alma boa no meio daquela multidão me puxou para o lado e tentou me tranqüilizar dizendo que aquilo acontecia com todos os vendedores. De qualquer forma, era algo humilhante.

A gente estuda tanto, corre atrás de diploma, lê uma infinidade de livros, participa de seminários, palestras, treinamentos e incorpora o sobrenome da empresa, porém, quando menos espera, se vê comparado a um simples viajante, um andarilho qualquer. Depois de uma hora e meia de espera consegui, finalmente, ser atendido. E por tudo aquilo que eu aprendi na vida e durante o treinamento na empresa, eu saí de lá com o meu primeiro pedido de vendas.

Creio que poucas profissões ensinam tanto quanto aquela que exige o entendimento do ser humano na íntegra, diferente do sentido pejorativo atribuído no passado onde o título de vendedor era rotulado ao extremo e associado à opção de quem não sabia fazer outra coisa. Duas décadas depois daquele feliz episódio, algumas lições ainda permanecem vivas na minha mente:

1. Quando você se torna um profissional de vendas, o título é mera formalidade, não importa se é vendedor, representante de vendas ou viajante. Qualquer um dos títulos exige paixão, dedicação e desempenho; no final, o resultado é o que conta, pois quem vive de vendas vive de resultados;

2. De alguma forma, somos todos vendedores e temos de utilizar esse dom com freqüência, quer para vender uma idéia, um produto ou um serviço, quer para conquistar uma pessoa ou ainda para convencer um filho;

3. Assumir que você é vendedor de verdade é o primeiro passo para o sucesso na profissão; existem vendedores e viajantes, como se diz no interior, cuja renda é infinitamente superior à renda de muitos profissionais que preferem cargos de nomes esdrúxulos em vez de correr atrás dos seus desejos e realizações.

De acordo com o Dr. Roberto Shinyashiki, escritor e palestrante, a venda mais difícil do mundo é vender a si mesmo e a segunda venda mais difícil do mundo é vender alguém para ele mesmo. Se na época eu tivesse consciência de que as habilidades para profissão de vendedor eram tão importantes na vida, sinceramente, teria me dedicado muito mais. Pense nisso e seja feliz!

* Jerônimo Mendes - Administrador, Escritor e Palestrante. Autor de Oh, Mundo Cãoporativo! (Qualitymark) e Benditas Muletas (Vozes). Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local.

Referência:
Créditos: Jerônimo Mendes*


Falar corretamente e se expressar bem são fatores essenciais para o sucesso

Vantagens que um profissional pode obter ao usar as técnicas da oratória

Nancy Malschitzky
Nancy Malschitzky

O tema oratória pode até parecer repetitivo, mas o fato é que esta técnica é tão importante quanto a qualificação profissional para se obter sucesso no mercado de trabalho. Falar corretamente e se expressar bem já não é mais um diferencial, é uma obrigação. Por isso, tomar cuidado com esses fatores é essencial.

O mundo moderno está cada vez mais ágil, as pessoas já não têm tanto tempo para o lazer. Os e-mails já não são mais lidos até o fim, nem sempre todas as ligações são retornadas e, isso, nada mais é do que o reflexo do dinamismo e rapidez com que as coisas acontecem.

Com o envio de correios eletrônicos e conversas pelo MSN cada vez mais freqüentes, as pessoas têm se relacionado cada vez menos pessoalmente. Mas lembre-se, nem sempre tudo poderá ser resolvido via internet e, saber se relacionar, se expressar e se comunicar estão entre os principais fatores para o bom convívio e sucesso das empresas e dos profissionais que nela trabalham.

A expressão oral mais do que nunca tem sido analisada e levada em consideração. O mercado de trabalho está exigindo que todos os profissionais possuam fluência verbal. Isto se dá devido à importância da apresentação de informações e expressão de dados que sejam compreendidos para facilitar a tomada de decisões, afirma a professora de Oratória Moderna da UNIFAE Centro Universitário, Nancy Malschitzky.

Segundo ela, saber se comunicar com clareza e expressar suas idéias para agregar valor é a principal exigência do mundo corporativo.

Além disso, um profissional pode obter inúmeras vantagens com a técnica, como: aprender a apresentar projetos com maior segurança; ter credibilidade ao fazer seu marketing pessoal; utilizar técnicas que propiciem maior entendimento de sua mensagem; ter postura positiva em suas apresentações, demonstrando autoconfiança e autocontrole.

Todos podem aprender e utilizar a técnica?

Nancy conta que existem pessoas com mais facilidade que outras, mas garante que todos podem desenvolver habilidade de orador por meio da aplicação de certas regras de comportamento e da observação de alguns detalhes, como: atitude, capacidade de expressar e consideração com seus semelhantes. São as atitudes e não as aptidões que determinam a capacidade da oratória.

Porém, essa habilidade não pode ser adquirida da noite para o dia. É preciso dedicação e treino para obter sucesso. A importância de um vocabulário amplo e adequado para cada situação é fundamental e, para isso, é necessário ler muito.

É natural que mesmo depois de muito treino a insegurança surja, mas sempre se deve procurar o equilíbrio e confiança, pois só estando calmo e certo de si que poderá transmitir credibilidade às pessoas que estarão ouvindo. A falta de confiança e insegurança revela no indivíduo um conhecimento limitado de seu tema, ou, o que é mais provável, uma falta de entusiasmo por sua importância. Ninguém poderá convencer os outros se não tiver convencido a si próprio. É imprescindível que o orador aprenda a vencer seu nervosismo e seu temor, para que possa falar com plena confiança, afirma Nancy.

A professora comenta ainda que quem se propõe a falar em público tem que fazê-lo com força e dinamismo, não há espaço para timidez e hesitações. E, é por isso que a oratória é tão difícil para a maioria das pessoas, pois elas precisam se expor diante de um grupo que pode julgar e criticar suas atitudes e idéias.

Algumas dicas para ter sucesso na hora de enfrentar o público:

· Prepare-se para falar;

· Seja natural;

· Leve um roteiro como apoio;

· Pronuncie bem as palavras;

· Saiba quem será seu público com antecedência;

· Tenha início, meio e fim;

· Tenha uma boa postura;

· Seja bem-humorado;

· Use recursos audiovisuais;

· Evite gírias e jargões;

· Controle o nervosismo.

Para Nancy, ainda é de extrema importância ter amplo conhecimento do conteúdo, ter experiência profissional, estar suficientemente motivado, saber utilizar a respiração e a voz para canalizar energia e, acima de tudo, ser ético e profissional.

Saiba mais sobre o tema tratado consultando os links abaixo:

Dez dicas para falar bem em público - O Globo

Falar bem em público - Efetividade.net

Comunicar-se bem! - CPDEC

Saber falar bem em público - empregos.com.br

Quem tem medo de falar em público? - Aprendiz

Dicas para falar melhor em público - Paulo Angelim

* Nancy Malschitzky - É graduada em Ciências Econômicas pela Faculdade de Administração e Economia (FAE), com Pós Graduação em Administração e Desenvolvimento de Recursos Humanos pela (PUC/PR). É Mestre e Doutora em Engenharia de Produção pela (UFSC). Possui vasta experiência em Gestão de Pessoas, consultoria em Planejamento Estratégico Organizacional, de Recursos Humanos e Desenvolvimento de Sistemas de Gestão pela Qualidade. Atua no assessoramento de gestão de pessoas com foco em competências. É Assessora Empresarial e de Desenvolvimento de Pessoas em organizações de diversos ramos. É docente em cursos de graduação, pós-graduação, MBA e Mestrado, ministrando as disciplinas de Ferramentas para Gestão de Pessoas, Estratégias de RH, Gestão de Profissionais em Educação, Gestão de Pessoas e Equipes na Saúde, Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Comunicação Verbal para Executivos (Oratória Moderna), Comunicação Interpessoal e Organizacional, Qualidade de Atendimento a Clientes, Desenvolvimento de Equipes, Liderança.

Referência:
Créditos: Nancy Malschitzky*


Faltam profissionais qualificados na construção civil

Profissionais de engenharia estão entre os mais disputados no mercado

Cláudio Elias Conz
Cláudio Elias Conz

Não sendo mais nenhuma novidade, o mercado da construção civil está sem profissionais qualificados para atuarem nas inúmeras obras por todo o país.

Com os preços de materiais acessíveis, com as diversas formas de pagamento e até mesmo com a facilidade em obter a casa própria com financiamento imobiliário, o setor da construção civil cresceu no último ano, sendo que a previsão apenas para 2008 é um aumento de 10,2% (Folha Online). O problema está em encontrar trabalhadores capacitados para atenderem a demanda.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz, o problema da qualificação de mão-de-obra já vem de longa data. No entanto, a situação atual é ainda mais grave principalmente pelo aumento de crédito, de financiamentos e pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que apesar de contribuir para o aquecimento do mercado, tem exigido um grande número de trabalhadores preparados.

Com a extinção de profissionais no setor da construção, devido à grande recessão do setor nos últimos anos, a economia do país e as grandes empresas podem ser prejudicadas. O engenheiro civil e consultor, André Augusto Choma, conta que as conseqüências desse problema são: falhas no planejamento e na gestão dos empreendimentos, atrasos nos cronogramas e aumento dos custos. Já para Conz, a principal conseqüência é o grande número de acidentes. “Além disso, a pouca qualificação causa prejuízos para quem contrata, com o desperdício de materiais”.

Mas, por que há tanta falta de profissionais qualificados? Simplesmente porque não há investimentos em treinamentos e cursos para a área, afirma Choma.

“O que considero mais crítico é o fato de poucas construtoras investirem na formação dos seus gestores de obras. O investimento necessário para treinar as equipes é pequeno se comparado aos resultados que elas podem propiciar para a empresa. É claro que a maioria delas é composta por profissionais experientes, mas treinamentos constantes é uma forma de manter a equipe atualizada, com foco em ferramentas de gestão que vão auxiliar na obtenção dos resultados planejados”, conta o engenheiro.

O presidente da Anamaco aponta uma iniciativa positiva. Segundo ele, o governo federal vai aplicar cerca de R$ 7 milhões nos próximos meses em treinamentos aos beneficiários do Bolsa-Família do estado de São Paulo (sendo um representante por unidade familiar) para o trabalho na construção civil.

Além disso, a própria Anamaco investe em qualificação por meio do programa Doutores da Construção, que já formou diversas turmas de profissionais. “Eletricistas, instaladores hidráulicos, pedreiros, pintores, dentre outros profissionais do setor recebem treinamento técnico gratuito, passam por avaliações das informações apresentadas no curso e se capacitam para apresentar as melhores soluções, aplicações e instalações corretas dos produtos”, conta Conz.

O caminho é esse, pois só com treinamento e cursos os profissionais poderão obter qualificação e atender a demanda. “O diferencial de uma empresa é a qualificação da sua mão-de-obra”, afirma Choma.

Além disso, com os treinamentos para a mão-de-obra será possível melhorar a produtividade das equipes, diminuir desperdícios e aumentar a probabilidade de cumprir cronogramas. “O investimento em gestão aumenta as chances de sucesso dos empreendimentos das construtoras”, explica Choma.

Procura por engenheiros qualificados é grande

De acordo com especialistas em recrutamento e recursos humanos, os profissionais de engenharia estão entre os mais disputados no mercado deste ano. Só em 2007, essa procura foi de 36%.

Porém, algumas exigências serão feitas na hora da contratação, como: saber desempenhar atividades pesadas e manuais, além de ter capacidade em liderar pessoas.

De acordo com o Vice-Presidente da Área Técnica de Política e Relações Trabalhistas do Sinduscon-PR, Eng.º Euclésio Manuel Finatti, essa escassez vem acontecendo desde meados do ano passado.

Para ele, a curto prazo, esse problema não tem solução, uma vez que as escolas de engenharia não estão conseguindo formar profissionais preparados para enfrentar o trabalho em uma obra. Além disso, o mercado não pode esperar esse profissional ficar mais dois anos fazendo uma pós-graduação e mais diversos longos cursos de qualificação.

De acordo com ele, os profissionais recém-formados devem procurar cursos mais breves e ter uma visão de melhoria do mercado para conseguir caminhar junto ao setor. “Felizmente a procura por esses cursos já está sendo grande e isso é um fator positivo para aumentar a qualificação desses profissionais”.

Cláudio Elias Conz - É presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), do Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Construção do Estado de São Paulo (Sincomaco), do Instituto Brasileiro de Serviços e Terceirização na Construção e na Habitação (IBSTH) e do Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação - ligado ao Ministério das Cidades (CTECH). Além de ser membro do Conselho Curador do FGTS, representando a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e presidente da Câmara da Construção da Fecomércio de São Paulo.

André Augusto Choma - É PMP, Engenheiro Civil, consultor e sócio da Euax Gestão de Projetos (www.euax.com.br). Tem experiência na gestão de projetos de construção industrial, comercial, residencial e na gestão de projetos de desenvolvimento e implantação de softwares. É instrutor de treinamentos de gestão de projetos e autor do livro “Como Gerenciar Contratos com Empreiteiros” (PINI, 2005 – www.gestaodeempreiteiros.com.br).

Euclésio Manuel Finatti – É engenheiro civil, Vice-presidente da Área Técnica de Política e Relações Trabalhistas do Sinduscon-PR.

Referência:
Créditos: Caroline Veiga


Treinamento para pôr a mão na massa

Prefeitura do oeste paranaense tem programa inédito de qualificação de mão de obra

Créditos: Engº. Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé e Urbano Antonio Ferri - Assessor Técnico Comercial Itambé

A cidade de Pato Bragado, no Paraná, conta desde setembro de 2007 com um programa para o aperfeiçoamento e melhoria dos serviços prestados pelos trabalhadores da construção civil. O programa Mãos à Obra, instituído pela Lei n.º 937 tem como objetivo ofertar cursos de aprimoramento profissional, incentivar a capacitação, promover a integração e inclusão no mercado de trabalho e promover a melhoria da qualidade de vida do trabalhador.

O programa é coordenado e acompanhado por uma comissão formada por sete membros, distribuídos entre Poder Executivo Municipal, Associação Comercial e Construção Civil. A lei municipal também autorizou a abertura de um crédito no valor de 13 mil reais para cobrir parte das despesas com a contratação dos profissionais que ministraram as aulas teóricas e práticas. Além deste subsídio, diversas empresas da cidade e da região compuseram a parceria, o que permitiu a ausência total de qualquer ônus aos participantes.

Normilda Koehler, prefeita do município, apoiou a iniciativa e sancionou a lei aprovada pela Câmara de Vereadores: “O setor de construção civil é uma classe de extrema importância nessa cidade. São os responsáveis pela edificação das construções, dando forma, beleza e desenvolvimento ao município e com incentivos e instrução podem melhorar tanto a qualidade no trabalho como sua qualidade de vida”, destacou.

O engenheiro civil Jair Marcelino, do setor de engenharia da administração municipal, é o autor do projeto e explica que o programa foi desenvolvido a partir de módulos teóricos e práticos às sextas e sábados (em torno de dois por mês) para cerca de 40 participantes, entre pedreiros e serventes. A parte prática, em andamento, consistirá na construção de duas residências. Uma delas será sorteada ao final do programa em uma promoção da Associação Comercial e a outra será vendida, com a renda dividida entre os participantes do curso que obtiverem 100% de participação nas aulas teóricas e práticas.

Para complementar o treinamento e mostrar na prática este importante insumo da construção, Marcelino solicitou uma visita técnica à fábrica da Itambé, além de uma palestra sobre a utilização dos diversos tipos de cimento produzidos. A palestra será realizada no dia 16 de maio, dentro da quinta edição da Feira de Engenharia, Arquitetura e Construção – FENARC, que será realizada no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, no Paraná. Já a visita, agendada para o dia 12 de junho, será monitorada no programa de visitas à fábrica pela equipe da Assessoria Técnica.

O programa Mãos à Obra demonstra que a integração entre órgão público e iniciativa privada pode render ótimas parcerias, principalmente quando se trata de assistir trabalhadores carentes de qualificação, tendo melhoria nos serviços prestados e na qualidade de vida dos trabalhadores como resultado.


Norma brasileira ganha status internacional

O reconhecimento é da International Organization for Standardization

A norma NBR 6118:2003 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento é, desde 21 de abril passado, uma norma de padrão internacional. O reconhecimento é da International Organization for Standardization (ISO) no comitê técnico ISO/TC 71 (Technical Committee of Concrete, Reinforced Concrete and Pre-stressed Concrete) desta instituição. A votação que faz estas aprovações deve ter voto favorável de, pelo menos, 75% dos 88 países que compõem o Comitê Técnico. A 6118:2003 entrará na cláusula A2 da ISO 19338 - Performance and assessment requirements for design standards on structural concrete.

A engenheira Inês Laranjeira da Silva Battagin, Superintendente do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados – CB18, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – ressalta o brilho desta conquista: “Este feito inédito enaltece a engenharia nacional, fazendo valer nossa cultura de construir em concreto, ao mesmo tempo em que permite o uso da Norma Brasileira ABNT NBR 6118 como documento internacional, por ter sido registrada e reconhecida no Comitê Técnico ISO/TC71”.

A NBR 6118:2003 em vigor, historicamente conhecida como NB-1, tem 221 páginas, teve sua primeira edição em 31.03.2003 e foi corrigida em 31.03.2004. Foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB-02) pela Comissão de Estudo de Estruturas de Concreto Simples, Armado e Pretendido (CE-02:124.15).

Além da norma brasileira, outras nove têm o reconhecimento aos requisitos da ISO 19338:

1. EUA - ACI 318 - Building Standards Requirements for Structural Concrete

2. EUA - ACI 343 - Analysis and Design of Reinforced Concrete Bridge Structures

3. Comunidade Européia - EN 1992-1 - Eurocode 2. Design of Concrete Structures. Part 1

4. Japão - AIJ Standard for Structural Calculation of Reinforced Concrete Structures

5. Japão - AIJ Standard for Structural Design and Construction of Prestressed Concrete Structures

6. Japão - AIJ Standard Specification for Concrete Structures

7. Austrália - AS 3600:2001 - Concrete Structures

8. Colômbia - Code - National Structural Concrete Structures

9. Arábia Saudita - SB 304 - Saudi Building Code: Concrete Structures

Créditos: Engº. Jorge Aoki - Gerente de Assessoria Técnica Itambé


O futuro começa agora

Somente em 2008, cerca de 150 futuros engenheiros civis já se beneficiaram do convênio entre a Itambé e a UFPR, que está em seu segundo ano, e este número não pára de crescer

Créditos: Engª. Naguisa Tokudome - Assessora Técnico Comercial Itambé

Como resultado da parceria entre a Cia. de Cimento Itambé e a Universidade Federal do Paraná, criada em 2007, foram realizadas no primeiro semestre letivo de 2008 aulas de laboratório para caracterização de alguns materiais da construção, além de palestra sobre o processo de fabricação do cimento. Trata-se de um treinamento que visa a agregar conhecimento para os futuros engenheiros civis através da aproximação da Universidade com a Indústria.

A Itambé enviou dois assessores técnicos para orientar 10 aulas de laboratório, disponibilizou alguns equipamentos da empresa e doou sacos de cimento. Durante as aulas, iniciadas na primeira semana de abril, foram caracterizados agregados miúdos e graúdos. Os alunos foram divididos em equipes e todos tiveram a oportunidade de executar os ensaios. Na terceira semana de abril aconteceu o ensaio físico do cimento, onde os estudantes se mostraram pró-ativos e alguns, voluntariamente, ofereceram-se para moldar corpos-de-prova durante a realização do ensaio de determinação da resistência à compressão, de acordo com a NBR 7215.

Nestas aulas, além de repassar os métodos de execução dos ensaios estabelecidos pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, explicam-se quais são os principais objetivos de cada procedimento normativo e a aplicabilidade prática dos resultados.

No dia 18 de abril, cerca de 150 alunos assistiram a uma palestra sobre o processo de fabricação do cimento Portland, ministrada por Jorge Aoki, gerente da Assessoria Técnica da Itambé.

Os professores da disciplina de Materiais de Construção do curso de Engenharia Civil da UFPR – Marienne do Rocio de Melo Maron da Costa, José Marques Filho e José de Almendra Freitas Jr, são unânimes quanto à opinião sobre o convênio: “O apoio da Cimento Itambé nas aulas de laboratório e em palestras para os alunos é valioso, uma vez que oferece a eles a oportunidade de se depararem com a experiência prática da produção de cimentos no que se refere ao controle de qualidade da matéria-prima e, principalmente, do processo produtivo”.

Para o segundo semestre letivo estão previstas visitas técnicas à fábrica da Itambé, em Balsa Nova, e à central de concreto da Concrebras, aulas de laboratório e palestra de cimento para os estudantes do novo semestre.


Bairro de Curitiba vai ganhar um jardim vertical com plantas nativas

O bairro Campina do Siqueira, em Curitiba, vai ganhar um jardim vertical de plantas nativas, com aproximadamente 12 metros de altura.

A torre que terá a vegetação está sendo construída no largo Antonio Bordin, no cruzamento das ruas Mário Tourinho e Padre Agostinho. De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, José Andreguetto, o objetivo é prestar uma homenagem à biodiversidade urbana.

“O jardim vertical mostrará também que é possível, mesmo em pequenos espaços, contribuir com o meio ambiente", afirmou Andreguetto à agência municipal de notícias. A torre tem base triangular de três metros e está sendo construída em aço e concreto. As floreiras serão encaixadas nas prateleiras da torre formando jardins aéreos.

Funcionários já começaram o trabalho do jardim vertical

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, as floreiras serão compostas por cerca de mil plantas de 15 espécies nativas, de tamanhos, formas e cores diferentes, como helicônicas, espiga dourada, cipó de São João e peixinho. A torre será em cimento vazado para que trepadeiras e outras plantas envolvam totalmente a obra.

A expectativa de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente é de que a torre sirva de abrigo para pássaros e outros animais. "Será como um condomínio de plantas com outros animais ligados a elas, favorecendo a biodiversidade urbana", definiu Andreguetto.

A torre será protegida em volta por um espelho d’água com fontes. O mesmo sistema hidráulico do espelho servirá para irrigar os jardins. A revitalização do largo está sendo feita pelo grupo empresarial Barigüi e o jardim foi projetado pelo arquiteto Fernando Canalli.

Fonte: Gazeta do Povo

Créditos: Engº. Alessandro Koliski - Assessor Técnico Comercial Itambé


Construindo Melhor

Evite grama ou mato entre as juntas dos pavimentos

Para evitar que a grama ou o mato cresçam entre as juntas dos pavimentos intertravados de concreto, prepare uma mistura de água com herbicida e regue o pavimento com esta mistura.

Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé


Por que o cimento endurece?

Ao imaginar a mistura de água e cimento, logo imagina-se que esta pasta endurecerá em poucas horas

Créditos: Engª. Naguisa Tokudome - Assessora Técnico Comercial Itambé

O que parece óbvio é na verdade uma reação química complexa que será explicada neste artigo da maneira mais simplificada possível. Para iniciar, é necessário falar sobre os principais compostos químicos do cimento Portland, pois estes serão os responsáveis pelo início de pega e endurecimento da pasta de cimento.

Segundo Neville, em termos gerais, pega refere-se à mudança do estado fluido para um estado rígido. Endurecimento refere-se ao aumento de resistência de uma pasta de cimento após a pega.

Na presença de água, os silicatos e os aluminatos apresentados na tabela acima formam produtos de hidratação que, com o transcorrer do tempo, dão origem a uma massa firme e resistente.

A hidratação dos aluminatos (C3A e C4AF) na presença do gesso – adicionado na fabricação do cimento - resulta na formação de etringitas que assumem formas de agulhas e começam minutos após o início da hidratação, sendo estas responsáveis pelo fenômeno da pega.

A hidratação dos silicatos se dá algumas horas após o início da hidratação do cimento. A hidratação do C3S e C2S origina silicatos de cálcio hidratados que possuem composição química muito variada e são representados genericamente por C-S-H e hidróxido de cálcio – Ca(OH)2, compostos que preenchem o espaço ocupado previamente pela água e pelas partículas de cimento em dissolução.

Os cristais de C-S-H formados são pequenos e fibrilares e o Ca(OH)2 forma grandes cristais prismáticos.

Segundo Aïtcin, as fases dos silicatos e dos aluminatos hidratados começam a criar algumas ligações interpartículas, que resulta no endurecimento progressivo da pasta. Após algumas horas, ocorre a redução da velocidade à reação. Isto deve-se ao fato de alguns grãos de cimento que não reagiram estarem cobertos por uma camada de hidratos (que se torna cada vez mais espessa com o passar do tempo), camada esta que dificulta as moléculas de água chegarem às partes não hidratadas.

O produto resultante é pouco solúvel na água – não agressiva, como se confirma pela estabilidade da pasta de cimento hidratada em contato com a água.

Desta forma, pode-se verificar que o tempo de início de pega (quando se inicia o endurecimento) deve ser visto e respeitado com muito rigor. A partir deste momento, tanto as agulhas formadas na reação com os aluminatos como os cristais gerados na reação com os silicatos serão prejudicados se o concreto for manuseado após este tempo.

Outro detalhe importante é a hidratação do cimento, particularmente em concretos de altas resistências com grandes consumos. O uso de aditivos superplastificantes e relações água/cimento bem baixas fazem com que a quantidade de água do traço seja pequena. Muitas vezes, já na quantidade mínima apenas para a hidratação, uma vez que a trabalhabilidade está garantida pelo aditivo. Neste caso, o cuidado a ser tomado é que a cura seja prolongada e evite a perda rápida de água, que aqui, é justamente a água da hidratação. Desta forma, não se corre o risco de ter parte do cimento apenas como material inerte, embora o não aparecimento de fissuras esteja garantido pela alta resistência já nas primeiras idades.

Referências Bibliográficas:

- AÏTCIN, P. Cements of yesterday and today: Concrete of tomorrow. Cement and Concrete Research, v. 30, n. 9, 2000, p. 1349-59.

- NEVILLE, Adam M. Propriedades do Concreto. São Paulo: Editora Pini, 2ª Edição,1997, 28p.