Londrina sediou fórum de acessibilidade
Evento debateu a padronização de calçadas e propôs melhorias para que as leis existentes de acessibilidade sejam atendidas
Créditos: Engª. Naguisa Tokudome Assessora Técnico Comercial Itambé
Londrina sediou, no dia 29 de junho, a 10ª edição do Fórum Permanente de Acessibilidade. O objetivo do evento foi criar um espaço de discussão para os profissionais da engenharia e arquitetura, para que eles pudessem partilhar experiências e propor ações de melhorias para atender as leis existentes de acessibilidade.
Aproximadamente 60 pessoas participaram do fórum e, apesar da maioria ser composta por profissionais da construção civil, marcaram presença também representantes de ONGs e pessoa com deficiência - principais interessados na aplicação prática do assunto.
A iniciativa de promover o encontro foi do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), que convidou o engenheiro civil Carlos Roberto Giublin, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), para falar sobre espaços urbanos e qualidade das calçadas. É importante disseminar essas informações, para que as normas existentes sejam cumpridas. Foi proposto no fórum que as prefeituras exijam, para a aprovação de novas edificações, a apresentação de um projeto de calçada. Na maioria das cidades, isso é apenas uma recomendação, comentou Giublin.
Entre 2003 e 2005, o professor Ph.D Evandro Cardoso Santos, hoje consultor internacional em transportes, desenvolveu uma pesquisa em parceria com universidades renomadas de quatro cidades do Paraná. O estudo analisou as condições das calçadas de Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. Na avaliação, foram atribuídas notas de zero a dez e somente Maringá apresentou média acima de 5,0. Infelizmente, salvo poucas e raras exceções, nada foi feito para que, numa nova medição, as notas das cidades estudadas pudessem sofrer qualquer alteração positiva. Nas maiores cidades do Paraná e do Brasil, os pedestres continuam relegados ao segundo plano, com os automóveis sendo os donos da cena urbana, declarou o professor Evandro.
Outros fóruns sobre acessibilidade serão realizados nos meses de agosto e outubro, em Curitiba e Ponta Grossa. Para mais informações, acesse o site do Crea-PR:
http://www.crea-pr.org.br/crea3/html3_site/assessoria_de_comunicacao/acessibilidade/index.htm
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Timão e Pro-Crea fazem treinamento
Programa de treinamento da Itambé e programa de qualificação profissional do Crea-PR realizam série de palestras sobre construção civil
Créditos: Engº. Jorge Aoki Gerente de Assessoria Técnica Itambé
Com o objetivo de atender a demanda profissional relacionada à capacitação para o mercado de trabalho, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR) criou o Pro-Crea. O programa realiza, em parceria com entidades de classe e instituições de ensino, cursos, palestras e eventos técnicos voltados aos profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, agronomia, geografia, geologia e meteorologia. Em dois anos de existência já foram capacitados mais de 15 mil profissionais.
Já o programa de treinamento de mão-de-obra (Timão) da Itambé, em seus onze anos já treinou mais de 36 mil pessoas, com ênfase nos trabalhadores mais simples da construção civil. Ao longo do tempo, aumentou o número de temas das palestras que hoje englobam mais de 15 assuntos. No site (www.cimentoitambe.com.br), página da Assessoria Técnica/Timão, é fácil encontrar a relação completa dos temas e o formulário para solicitar uma palestra.
Portanto, juntos, os dois programas preenchem uma lacuna de atualização profissional voltada para os aspectos práticos das edificações. O início dos treinamentos ocorreu no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba, no dia 1º de julho, com público de 110 pessoas. O tema escolhido foi a Alvenaria Estrutural Conceitos Básicos. Para as próximas semanas, a programação prevê a realização das seguintes palestras:
* Local: Curitiba, no IEP
Tema: Alvenaria Estrutural Assentamento, Concreto Auto-Adensável, Concreto Lançamento, Adensamento e Cura e Pavimento de Concreto
* Local: Guarapuava, na Associação dos Engenheiros e Arquitetos
Tema: Alvenaria Estrutural Conceitos Básicos, Alvenaria Estrutural Assentamento e Concreto e o Meio Ambiente
* Local: Telêmaco Borba, na Associação dos Engenheiros
Tema: Alvenaria Estrutural Assentamento, Cimento e Concreto Aspectos Práticos na Construção Civil, Concreto Lançamento, Adensamento e Cura
* Local: Paranaguá, na Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Litoral
Tema: Alvenaria Estrutural Conceitos Básicos e Alvenaria Estrutural Assentamento
* Local: União da Vitória, na Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Vale do Iguaçu
Tema: Alvenaria Estrutural Conceitos Básicos, Concreto Dosado em Central e Concreto Auto-Adensável
* Local: Ibaiti, na Associação Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Tema: Alvenaria Estrutural Conceitos Básicos, Argamassa em Obras e Concreto Auto-Adensável
Outras informações podem ser obtidas na página do Crea-PR: www.crea-pr.org.br ou diretamente na Assessoria de Qualificação Profissional do Crea, no telefone (41) 3350-6739.
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
No Sul, Paraná deve liderar crédito habitacional em 2009
Estimativa da Caixa Econômica Federal é que volume passe de R$ 2 bilhões no estado, numa projeção que os próprios analistas consideram modesta
O Paraná desponta como o estado da região sul que mais deve liberar crédito imobiliário neste ano, estima o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Gueber Roberto Laux. Em sua previsão, o crescimento das contratações no Paraná em 2009 fará com que o volume financiado passe de R$ 2 bilhões diante do R$ 1,6 bilhão do ano passado, quando foram financiadas 34.210 unidades habitacionais.
Até maio, no Paraná, foram fechados 20.430 contratos e o volume negociado foi de R$ 858 milhões. No mesmo período de 2008, a Caixa contratou R$ 471,1 milhões em 10.585 unidades habitacionais. Portanto, houve um aumento de 82% no volume de contratações e 93% na quantidade de contratos. Isso demonstra a estimativa sobre o volume financiado de R$ 2 bilhões, para este ano, é modesta e pode ser revista para cima.
Um bom sinal do otimismo ficou evidente na 5.ª edição do Feirão da Casa Própria, promovido recentemente pela Caixa. Em Curitiba, foram realizados 2.420 negócios em um só final de semana, no valor de R$ 184 milhões. Do total de contratos fechados, 244 foram efetivados no próprio evento, contabilizando recursos da ordem de mais de R$ 20 milhões. Outros 751 foram encaminhados, no valor de quase R$ 67 milhões, além dos 522 negócios fechados através dos parceiros, totalizando R$ 56,5 milhões, e dos encaminhados também através dos parceiros, somando mais R$ 40,5 milhões para 903 unidades habitacionais.
Os números impressionaram, segundo o superintendente regional da Caixa, Celso Matos. A Caixa sabia que teria um volume maior do que em anos anteriores e se preparou para isso. O Feirão está consolidado dentro da cadeia da construção civil e a cada ano torna-se mais fortalecido e mais procurado, tanto pelos parceiros quanto pelo público, comentou. No Paraná, o feirão aconteceu também em Londrina, onde os negócios fechados somaram R$ 48 milhões.
No Brasil todo, o Feirão abrangeu 10 cidades e ofertou perto de 110 mil imóveis (os números definitivos serão anunciados em julho). No ano passado, o evento movimentou recursos da ordem de R$ 4 bilhões, totalizando cerca de 39 mil contratos todos fechados pela Caixa, que responde por 70% do mercado de financiamento imobiliário do país.
Incentivo
Apesar de os imóveis negociados no Feirão da Casa Própria não terem relação com o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, o projeto lançado recentemente pelo governo federal estimulou as pessoas a concretizarem a compra da casa própria. Na opinião de Gueber Roberto Laux, ele serviu como uma boa propaganda. O programa Minha Casa, Minha Vida gerou um impacto positivo e, indiretamente, incentivou o volume de vendas para o ano, disse Laux. Além disso, a redução de juros habitacionais promovido pela Caixa também atraiu mais compradores.
Quando sancionado e colocado em movimento, o programa habitacional lançado pelo governo federal vai financiar no Paraná 44.172 unidades habitacionais, o que deve ocorrer a partir de 2010.
Email do entrevistado: Assessoria de imprensa da Caixa: sumac25@caixa.gov.br
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Esplanada dos Ministérios vai passar por "reforma verde"
Prédios construídos na década de 50 serão submetidos a técnicas de construção sustentável para reduzir o consumo de energia
A Esplanada dos Ministérios, construída no fim da década de 50 vai ganhar uma reforma "verde", com técnicas de construção sustentável para reduzir o consumo de energia e até as emissões de gases de efeitos estufa dos 16 prédios que compõem o conjunto. A proposta foi apresentada no final de maio durante o seminário Construções Sustentáveis para uma Nova Economia.
Além da retrofitagem processo de modernização dos prédios antigos, o projeto inclui a construção de sete novos edifícios anexos que abrigariam órgãos do governo federal que atualmente funcionam em prédios alugados em outras áreas de Brasília. Para sair do papel, a ideia deve custar R$1,6 bilhão, financiados por meio de uma parceria público privada (PPP). "O governo vai pagar com o que economizar com o consumo de água e energia e com projeções imobiliárias em Brasília", calcula o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Simão.
Para se tornar ecologicamente corretos, os prédios passarão por mudanças na parte elétrica, para garantir eficiência energética, inclusão de mecanismos de economia de água e utilização de vidros com menor absorção de calor para reduzir o uso de aparelhos de ar condicionado, por exemplo.
De acordo com Simão, a ideia foi discutida pela primeira vez em 2008 durante uma reunião internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo Simão, o projeto é visto pela OIT como uma "grande contribuição do setor da construção civil para a criação de empregos verdes".
Simão, que também é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, órgão de assessoramento do presidente da República, disse que já apresentou o projeto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e que tem apoio do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Agência Brasil
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
CNJ cria comissão para fiscalizar obras em fóruns
Primeira auditoria será para radiografar todos os prédios do Judiciário, os que pertencem à instituição e os que estão em fase de obras
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, assinou em 11 de junho portaria que cria o comitê para fiscalizar a execução de obras no Poder Judiciário. Entre outras tarefas, o grupo de trabalho vai acompanhar a execução do Termo de Compromisso que levou à anulação da licitação para as obras da nova sede do Tribunal Regional Federal em Brasília. O primeiro movimento será um raio x de todos os prédios do Judiciário, os que pertencem à instituição, os que estão em fase de obras, os que são alugados e ainda os cedidos por prefeituras. O mapeamento inclui exame de contratos, muitos deles prorrogados por largo período em condições eventualmente desfavoráveis para o Tesouro. A proposta foi do conselheiro Felipe Locke Cavalcanti e aprovada na última sessão do CNJ de 28 de abril. Segundo explicou o conselheiro, uma das principais atribuições do grupo de trabalho será instituir a padronização de procedimentos para redução dos custos na execução das obras. Há uma preocupação de avaliarmos a necessidade e os parâmetros das construções, com a finalidade de reduzirmos os custos, afirmou. Na opinião do conselheiro, a criação do grupo vai contribuir para aprimorar e agilizar o funcionamento do Judiciário.
Felipe Locke Cavalcanti afirma que a fiscalização desses gastos é uma preocupação de todos os integrantes do Conselho. Segundo avalia, a melhor distribuição dos recursos na construção de prédios será um benefício para o jurisdicionado. É o contribuinte que paga por essas instalações e ele merece que elas sejam construídas pelo menor preço e da forma mais adequada, opina.
Fonte: Agência CNJ de Notícias
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Conjunto de boas gestões amplifica vendas
Crise evidencia setor comercial das empresas, mas ele só trará resultados se agir integrado com outros departamentos da corporação
Em tempos de crise, vender tornou-se, mais do que nunca, uma arte. Por isso, a gestão comercial ganha espaço dentro das empresas. Mas o que vem a ser gestão comercial? Conceitualmente, trata-se do conjunto de atividades mais próximas do cliente e onde se originam os maiores estímulos e as maiores pressões da companhia. Este conjunto de estímulos e pressões deve ser administrado pela área comercial da maneira mais produtiva possível em termos de resultados. E isto só é possível se instrumentos de gestão adequados forem estabelecidos.
A boa gestão comercial traz:
· Qualidade no atendimento (pré e pós-venda)
· Integração com os objetivos do negócio
· Melhoria da lucratividade das vendas
· Definição de políticas claras e motivadoras voltadas à remuneração por produtividade
· Documentação de referência e treinamento para as equipes de venda.
Para o professor de marketing da Universidade de São Paulo (USP), Francisco Alvarez, atualmente as empresas estão reaprendendo a utilizar os requisitos acima para conseguir comercializar seus produtos. Estamos saindo de uma era em que a gerência dos negócios foi trocada pela especulação nas bolsas, o que gerou um conflito de realidade dentro das corporações. Agora, para sobreviver, elas terão de voltar a focar, irremediavelmente, na gestão de seus negócios. É isso que fará a cadeia econômica voltar a girar, resume.
Mas a gestão comercial, por si só, não alavanca as vendas de uma empresa. Ela só traz resultados positivos se agregar um grupo de gestões. Ela deve abranger a gestão de pessoas, de clientes, da marca, de compras e produtos e de resultados, afirma Alvarez. Essa composição ajudará a resolver a seguinte fórmula comercial: Saber comprar + Saber atender o cliente + Marketing + Ética + Equipe bem treinada e focada.
O resultado desta combinação será o aprimoramento do relacionamento com o cliente, junto com mais competitividade estratégica para a empresa. Conhecendo o cliente, seus hábitos de consumo e suas preferências, viabiliza-se a antecipação das suas necessidades e o incremento da fidelização, afirma o especialista em marketing Ivo Kleber de Lima, que ressalta ainda que os chamados sistemas integrados de gestão empresarial, mais conhecidos pela sigla em inglês ERP, são fundamentais para ajudar a detectar o que o cliente quer.
Segundo Lima, a ERP é ainda mais necessária nas pequenas e médias empresas. Esses são clientes que dependem muito de bons fornecedores para manter uma base sólida de vendas. Por isso, gestores financeiros, de faturamento e de compras de materiais são estratégicos para o bom desempenho da empresa, facilitando tomadas de decisão mais rápidas e certeiras, explica, confirmando que uma boa gestão comercial é fruto de um conjunto de boas gestões.
Entrevista Complementar
Sistemas integrados de gestão garantem sobrevivência da empresa
Do inglês ERP, eles permitem que a corporação obtenha respostas mais rápidas e certeiras, desde questões financeiras a comerciais
Os sistemas integrados de gestão empresarial, mais conhecidos pela sigla em inglês ERP (Enterprise Resource Planning), são hoje uma questão de sobrevivência para as empresas, segundo o consultor Ivo Kleber de Lima. A questão é: como usá-los com eficiência? O recomendável é que uma empresa que ainda não implantou ERP comece pelo módulo básico e vá acrescentando outros conforme suas necessidades. Erros na forma de escolher e implementar o sistema podem decepcionar o cliente, alerta Ivo Kleber. Porém, quando bem usado, o ERP permite a obtenção de indicadores de desempenho para a empresa, facilitando a tomada de decisão mais rápida e certeira. É o que é explicado na entrevista a seguir. Confira:
Quais os principais aspectos que uma empresa deve considerar ao escolher um ERP?
Primeiramente, se o software é indicado para os processos da empresa. Para isso, a empresa deve mapear e definir bem seus processos. Buscar referências na mesma área de atuação também é importante para que, ao menos parcialmente, os processos sejam atendidos, mas o ideal é ter seu próprio mapeamento atendido. Após o filtro da aderência aos processos, deve-se selecionar a empresa que forneça uma capacidade de atendimento suficiente em termos de suporte local e consultores. Obviamente, a tecnologia também deve ser avaliada, para saber se teremos integridade nas informações, e se ela tem suporte de empresas mundialmente estabelecidas.
De que forma a linguagem na qual o ERP foi desenvolvido influencia a qualidade final do produto?
Tecnicamente, há uma influência na qualidade do produto, mas é um item muito delicado de se avaliar sem ser especialista da área de tecnologia. E mesmo as áreas de tecnologia fazem, muitas vezes, análises tendenciosas desse aspecto, buscando valorizar o que conhecem, e não o que é bom. Nas pequenas e médias empresas, o cliente deve ter foco nos aspectos de adaptação ao negócio e idoneidade do fornecedor. Um fornecedor sem uma boa tecnologia, fatalmente não conseguiria manter uma base de clientes sólida e crescer. Se esses aspectos forem validados, o aspecto tecnológico estará contemplado.
Especificamente sobre gestão comercial, quais os benefícios que a utilização de ERP pode trazer?
O grande benefício de todo ERP é a integração e maior controle sobre todas as áreas da empresa. Na atuação comercial, essa integração permite que os processos evoluam de uma simples abordagem de vendas para as melhores práticas de gestão do relacionamento com o cliente. Cada etapa do processo de vendas pode ser sinalizada e monitorada quanto ao seu potencial de fechamento, alimentando, de forma mais precisa, projeções de vendas que se desdobram em projeções de aquisição de insumos e planejamento da produção. As informações sobre as vendas não concluídas indicam caminhos a ser tomados ou rotas a ser alteradas para a conquista do cliente. Com esses passos, já estamos migrando de uma abordagem tradicional de vendas para um monitoramento de nossos relacionamentos comerciais.
Para uma empresa que ainda não implantou ERP, o senhor a aconselharia a começar a implantação do sistema por qual módulo?
Toda construção começa pelo alicerce, e nada é mais básico numa empresa do que gerir eficientemente contas a pagar, contas a receber e obrigações fiscais. A maioria das empresas, em qualquer ramo, adota essa trilha. Atendida essa realidade, o módulo de gestão comercial já inicia contribuindo para a gestão integrada do negócio, refletindo nas gestões de finanças e de faturamento a ação comercial efetiva.
Quando uma empresa deve investir em um ERP?
Se ela já não tem um ERP, deve buscá-lo imediatamente. Se já o tem, mas sente que chegou ao limite do que o software atual pode fornecer, deve conversar com o fornecedor para saber se lhe falta conhecimento para obter mais com o ERP em uso. Esgotada essa possibilidade, deve procurar um sistema mais abrangente.
Qual o maior benefício que um ERP traz para uma empresa?
Hoje, pode-se afirmar que seja a sobrevivência. Parece brincadeira, mas não se concebe mais uma empresa existir sem ERP. Essa exigência decorre de uma padronização na execução e automatização de processos. Além da possibilidade de se ter uma base de dados gerenciais, que permita a obtenção de indicadores de desempenho para a empresa, facilitando a tomada de decisão mais rápida e certeira.
O senhor cita que ter ERP hoje é uma questão de sobrevivência. Há algum case de sucesso que poderia citar sobre uma empresa que não tinha ERP e, ao implantar o sistema, experimentou mudanças positivas?
Podemos citar todos os cases publicados no site da CIGAM (http://www.cigam.com.br), no qual há vários testemunhos e casos de sucesso e de benefícios alcançados.
Em quanto tempo os benefícios do ERP podem ser percebidos e avaliados?
No início, a impressão será de que tudo piorou, pois o ERP vem como algo a mais em um dia a dia já atribulado. Mas, após três meses de uso, já se percebem retornos significativos na operação da empresa. E não se concebe mais viver sem o ERP.
O que é mais importante em um ERP: modularidade, facilidade de instalação, conectividade ou ele ser amigável?
A possibilidade de modularidade é fundamental para uma pequena e média empresa, pois permite que os investimentos sejam graduais. Compra-se um conjunto de módulos, implanta-se, obtém-se o benefício e parte-se para outros módulos.
No caso da indústria da construção civil, o senhor sabe se esse é um setor que tem procurado se conectar ao ERP ou ainda está defasado se comparado com outros segmentos da economia?
A cadeia produtiva da construção civil é muito abrangente. É preciso pensar que, além das construtoras, há as empresas de planejamento, de engenharia e arquitetura, os fabricantes de materiais e muitos outros.
A construção civil está defasada na adoção de sistemas integrados de gestão, se comparada às indústrias metalúrgica, calçadista e de confecção. Mas a questão central reside no estágio de vida da empresa. Há um momento, em toda a empresa, em que ela vive o que podemos chamar de crise de crescimento. O seu mercado de atuação está em plena expansão e se somam as exigências de qualidade e de prazo, tornando imprescindível um salto em termos de gestão. É necessário responder com agilidade e precisão às demandas do mercado e de tomada de decisão nos negócios. Não há, humanamente, como gerir todas as variáveis que se apresentam somente nessas duas questões, sem implementar ferramentas de gestão integrada.
Particularmente, na construção civil, é preciso separar o problema em duas partes, para impedir que uma impeça a outra de caminhar. Há a gestão do negócio, e gestão da obra ou do serviço. Ao longo do tempo, o setor aguardou que surgissem soluções que respondessem as duas partes, e somente aqueles que podiam bancar uma solução por encomenda implementaram ferramentas de gestão integrada.
Hoje, o mercado oferece solução para os dois problemas e integra as duas partes com módulos de gestão de serviços e de gestão de projetos, que permitem acesso e atualização pela internet, além de realizar o gerenciamento do relacionamento com o cliente. Aqueles players do mercado de construção civil que adotaram ou estão implantando sistemas de gestão integrada consideram esse cenário.
Entrevistado: Ivo Kleber de Lima: ivo.lima@repullo.com.br
Link complementar
Acesse http://tinyurl.com/m5oo3s e veja uma apresentação sobre módulo de gestão de projetos
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Linha Verde terá mais concreto na segunda etapa
A Prefeitura de Curitiba finaliza a obtenção de recursos para iniciar as obras da segunda fase da Linha Verde, que irá do bairro Jardim Botânico até o Atuba. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) já anunciaram que financiarão o novo trecho, que custará US$ 138 milhões (cerca de R$ 270 milhões). Assim que vier o dinheiro, o projeto, que já está consolidado, começa a sair do papel - provavelmente no início de 2010. O certo é que, por circunstâncias da topografia, a segunda fase da Linha Verde terá mais concreto do que a etapa em fase final de conclusão, que liga o Pinheirinho ao Jardim Botânico.
Segundo o engenheiro civil Wilson Justus, coordenador-geral da Unidade Técnica Administrativa de Gerenciamento (Utag), órgão ligado à Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura de Curitiba, o conceito da nova etapa do eixo urbano seguirá o mesmo do trecho sul, com canaleta central para ônibus, vias locais e vias marginais. "A diferença é que nesta etapa a topografia permitirá a construção de trincheiras e haverá uma adaptação dos viadutos existentes, que precisarão ser alargados para permitir a canaleta exclusiva do ônibus e as três faixas de rolamento em cada sentido", revelou.
Justus também anunciou que haverá mais obras em concreto na segunda etapa. "Se você considerar que nós vamos mexer com trincheiras e viadutos, além da canaleta, podemos dizer que teremos mais concreto no trecho norte da Linha Verde". Nesta nova etapa, a Prefeitura de Curitiba continuará contando com a parceria da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para a pavimentação da canaleta e para as adaptações dos viadutos sobre as avenidas Afonso Camargo e Victor Ferreira do Amaral.
Pontes novas
A primeira fase da Linha Verde também incluiu a construção de duas pontes em concreto, cada uma medindo 70 metros, e que estão em fase final de construção no bairro Prado Velho. As obras permitiram que fossem erguidas galerias mais largas para a passagem do rio Belém. Com a obra, diminuirão os alagamentos na região. "Quer dizer, além das obras visíveis em concreto, há outras, que não são tão perceptíveis, mas que também absorvem uma boa quantidade do material", afirmou Justus.
Curiosidades
* Quando concluída, a Linha Verde se tornará a maior avenida de Curitiba, com aproximadamente 18 quilômetros, cortando 14 bairros da cidade.
* O eixo urbano terá capacidade de tráfego para 100 mil veículos por dia.
* A primeira etapa da Linha Verde custou R$ 121 milhões.
Texto complementar
Eixo tem homônimo em Belo Horizonte
A Linha Verde não é uma exclusividade de Curitiba. Belo Horizonte também tem a sua. A coincidência entre os eixos das capitais paranaense e mineira é que eles urbanizaram rodovias que cortavam as cidades. No caso da obra em Minas Gerais, ela liga o centro da cidade ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de BH. A construção tem 35,4 quilômetros de extensão, custou R$ 400 milhões e incluiu 20 viadutos e duas trincheiras.
Ao contrário da Linha Verde de Curitiba, a de Belo Horizonte não recebeu pavimentação em concreto. "O sistema viário deles não previu canaleta exclusiva, que é uma característica única da nossa Linha Verde", observou Wilson Justus, coordenador-geral da Unidade Técnica Administrativa de Gerenciamento (Utag), órgão ligado à Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura de Curitiba.
A obra mineira beneficia mais de 3 milhões de pessoas e corta 100 bairros de Belo Horizonte, além de dez municípios que integram a região metropolitana da cidade. O empreendimento, bancado pelo governo de Minas Gerais, começou em maio de 2005 e foi entregue em dezembro do ano passado.
Segundo o gerente regional da ABCP-Sul, Carlos Roberto Giublin, a tendência das grandes cidades brasileiras é adotar anéis viários como os construídos em Curitiba e em Belo Horizonte. "Eles agregam viadutos, passarelas e contornos que permitem maior fluidez do tráfego. Se bem construídos, os anéis viários redistribuem o fluxo de veículos ao longo de todo o perímetro de uma cidade. Mas é preciso tomar cuidado. Se ficarem cheios de sinaleiros, podem se transformar em vias entupidas de gente e de carros", alerta.
Entrevistados:
Wilson Justus: justus@smop.curitiba.pr.gov.br
Carlos Roberto Giublin: roberto.giublin@abcp.org.br
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Carbonatação do concreto
Resultado de uma reação química afeta pH do material e pode reduzir a durabilidade da estrutura
Engª Naguisa Tokudome Assessora Técnico Comercial da Itambé.
O composto químico que desencadeia o fenômeno da carbonatação do concreto é bem conhecido, facilmente encontrado nos centros urbanos. Um bom exemplo são os túneis e viadutos. Nestes ambientes, o concreto está exposto à alta concentração de gás carbônico (CO2). Esse dióxido de carbono penetra nos poros do concreto, dilui-se na umidade presente na estrutura e forma o composto chamado ácido carbônico (H2CO3).
Este ácido reage com alguns componentes da pasta de cimento hidratada e resulta em água e carbonato de cálcio (CaCO3). O composto que reage rapidamente com (H2CO3) é o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).
O carbonato de cálcio não deteriora o concreto, porém durante a sua formação consome os álcalis da pasta (ex: Ca(OH)2 e C-S-H) e reduz o pH.
O concreto normalmente possui pH entre 12,6 e 13,5. Ao se carbonatar, estes números reduzem para valores próximos de 8,5. A carbonatação inicia-se na superfície da estrutura e forma a frente de carbonatação, composta por duas zonas com pH distintas (uma básica e outra neutra). Esta frente avança em direção ao interior do concreto e quando alcança a armadura ocorre a despassivação do aço e este se torna vulnerável.
Após a despassivação, o processo de corrosão será iniciado se ao mesmo tempo houver umidade (eletrólito), diferença de potencial (exemplo: diferença de aeração ou tensões entre dois pontos da barra ou do concreto), agentes agressivos (exemplo: CO2 ou fuligem) e oxigênio ao redor da armadura.
Os danos causados são vários, como fissuração do concreto, destacamento do cobrimento do aço, redução da seção da armadura e perda de aderência desta com o concreto.
Resumidamante, a carbonatação depende de fatores como:
* Condições ambientais: altas concentrações de CO2 aumentam as chances de ataque ao concreto
* Umidade do ambiente: poros parcialmente preenchidos com água na superfície do concreto apresentam condição favorável
* Traço do concreto: altas relações a/c, resultam em concretos porosos e, portanto, aumentam as chances de difusão de CO2 entre os poros
* Lançamento e adensamento: se o concreto tiver baixa permeabilidade (compacto), dificultará a entrada de agentes agressivos
* Cura: processo fundamental para reduzir o efeito da carbonatação
O concreto mal curado possui microfissuras que o enfraquecem. A pré-existência de fissuras nas estruturas facilita a entrada do CO2 e pode acelerar a carbonatação. No livro Propriedades do Concreto, Adam Neville cita que através de pesquisas observou-se que o aumento do período da cura, ampliando a molhagem de um dia para três dias, reduziu a profundidade de carbonatação em cerca de 40%.
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Futuro da Holanda pode passar por construções anfíbias
Se não podes vencê-la junta-te a ela
Créditos: Engª. Naguisa Tokudome - Assessora Técnico Comercial Itambé
A ideia está subjacente num projeto em curso na Holanda e que visa dar mais espaço à água.
Após anos de investimento em sistemas de drenagem, a população debate-se com o aquecimento global e a inveitável subida do nível do mar.
Um casal, que passou os últimos verões numa casa anfíbia garante que não há nada melhor:
Temos um aquecimento central normal e água quente como em qualquer casa. É ótimo viver dentro e muito seguro, afirma Marianne van Raak.
Esta é, apenas, uma das 46 casas-barco construídas em Maasbommel, no centro do país, uma das áreas inundadas em 1995. Aqui foi edificado um bairro com casas anfíbias, que graças a fundações ocas em cimento, atuam como o casco de um navio, subindo e descendo com as marés. A estrutura está ligada a postes de atracagem para impedir que flute para longe.
O arquiteto Ger Kengen explica que se trata de uma caixa de cimento com madeira incorporada na parte superior. Em cima é leve e em baixo pesada. Quando a água chega a esta caixa, adianta, começa a flutuar. É este o princípio. Temos duas fundações, uma na parte dianteira e outra na parte traseira que permitem à casa subir e descer verticalmente.
Cerca de metade da Holanda encontra-se abaixo ou ao mesmo nível das águas mar onde vive 60% da população. Durante séculos, os holandeses tentaram recuperar terra, apostando, numa complexa rede de diques e de canais.
Conscientes da necessidade de alterar hábitos e da incapacidade de vencer esta batalha, os investigadores decidiram fazer da água uma aliada.
Jeroen Warner da Universidade de Wageningen considera que o mais importante é o fato de termos alternativas, onde deixa de ser necessário escolher entre o espaço para as pessoas e o espaço para o rio já que há espaço para ambos. O investigador defende, no entanto, que é necessário trabalhar mais para encontrar soluções que permitam beneficiar um maior número de pessoas, e não apenas, as de Maasbommel.
Mas a mudança climática tem, também, um impacto social. Perto de Maasbommel, 13.000 habitantes recusaram ver inundada a área onde vivem ao abrigo de um plano governamental, que visava prevenir inundações em zonas mais populosas.
Harry Sandes refere que os habitantes vivem aqui como qualquer outra pessoa noutra zona do mundo, acrescentando, que têm bons diques e não receiam a água.
O Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas admite que no próximo século, a precipitação na Holanda possa aumentar 25% e o nível do mar mais de um metro.
As casas anfíbias são a primeira étapa de um projeto, que promete revolucionar a arquitetura do país.
Fonte: http://pt.euronews.net/2009/05/11/futuro-da-holanda-pode-passar-por-construces-anfibias/
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Construindo Melhor
Concretos e argamassas podem ser coloridos com corantes artificiais (pigmentos), que possibilitam muitas combinações de cores e não reduzem a resistência do concreto se aplicados de acordo com as instruções do fabricante.
Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330 - Tempestade Comunicação