Softwares transformam a engenharia estrutural
Presidente da ABECE analisa dilema no setor, aponta soluções, mas alerta: a presença da informática na concepção de projetos é um caminho sem volta
A régua de cálculo desapareceu e deu lugar às calculadoras. Agora, são os notebooks e os softwares que conduzem a engenharia estrutural. Mas qual o efeito futuro que esse avanço tecnológico trará à construção civil? Engenheiros mais antigos avaliam que os facilitadores de cálculo estão acomodando os profissionais e impedindo-os de questionar os resultados obtidos, tornando a engenharia virtual mais importante que a real. Até que ponto eles têm razão e para onde esse conflito de ideias irá levar a engenharia estrutural? Quem ajuda a encontrar essas respostas é o presidente da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural), Marcos Monteiro. Confira a entrevista:
O que mudou na engenharia estrutural com o surgimento dos softwares?
É importante salientar que, apesar de todas as críticas, a introdução de softwares na engenharia estrutural é um caminho sem volta e tem vários aspectos positivos, como a possibilidade de análise de alternativas na busca da melhor estrutura, o refinamento dos modelos estruturais, a racionalização das atividades de projeto e a facilitação da troca de informações entre seus participantes. A meu ver, o erro conceitual é achar que o projeto informatizado é um projeto rápido. A imagem do apertar o botão e o projeto sair pronto é uma lenda urbana que vai demorar muito tempo para se tornar realidade.
Uma alegação é que os facilitadores de cálculo estão acomodando os profissionais e impedindo-os de questionar os resultados obtidos, tornando a engenharia virtual mais importante que a real. Até que ponto quem faz essa crítica tem razão?
Esse é o grande problema na utilização dos softwares: acreditar que as respostas sempre estão corretas. Qualquer produtor consciente de softwares e, em especial, de softwares de engenharia estrutural, afirma que seus produtos não são imunes a erros e que a responsabilidade final pela consistência dos resultados é do usuário. Além disso, a qualidade das respostas está intimamente ligada à qualidade dos dados fornecidos, da modelagem. Dados ruins darão respostas ruins. E só uma análise criteriosa das respostas do software poderá detectar problemas. Daí, não se trata da resposta virtual ser mais importante. É mais cômodo e mais rápido - e os riscos muito maiores - se aceitar a resposta do software sem questionamentos.
Uma outra tese é que os softwares têm muito marketing agregado, mas na hora de serem usados acabam necessitando de ajuda humana para não errarem?
Um projeto estrutural é composto por três fases principais: concepção, projeto pré-executivo e projeto executivo. É de conhecimento geral que a principal função dos softwares é realizar tarefas repetitivas. Assim também ocorre com os softwares de engenharia, pois rotinas de dimensionamento, com aplicação de fórmulas, foram automatizadas. Além disso, a edição de desenhos (formas e armações) e as rotinas de envio de informações foram muito simplificadas. Por outro lado, a parte conceitual de definição do lançamento estrutural, a análise de interferências, a escolha das melhores alternativas de estrutura, que são os pontos importantes na formação do custo da estrutura, são de total responsabilidade do engenheiro e nenhum software comercial, a curto prazo, fará isso.
Até que ponto quem critica os softwares tem razão e para onde esse conflito de idéias irá levar a engenharia estrutural?
Creio que ninguém, conscientemente, critica os softwares, mas sim sua má utilização. Os softwares estão cada vez mais amigáveis, permitindo com que pessoas que nunca atuaram na área de projetos estruturais se sintam capazes de fazer projetos a partir da aquisição de um software. Infelizmente, por não se tratar de um produto de prateleira, as deficiências do projeto só serão notadas pelo cliente durante a execução da obra, ou ainda, posteriormente, ao surgirem patologias na estrutura. É preciso que os contratantes se conscientizem que não se contrata projetos como se compra outro material qualquer. Há de se obter referências do profissional: projetos já realizados, qualidade de atendimento, histórico profissional, a fim de se minimizar os riscos da contratação de um profissional inexperiente.
Uma questão parece absoluta: por mais que surjam críticas, não há como fugir da tecnologia. Qual o efeito futuro que esse avanço tecnológico trará para a engenharia estrutural?
A cada ano os softwares incorporam novas funcionalidades, permitindo que os modelos estruturais se aproximem do funcionamento real das estruturas e otimizando sua execução. Se por um lado esses modelos mais ajustados permitem melhores resultados, por outro, quando mal utilizados, podem conduzir a sérios riscos. Um grande avanço que irá impactar fortemente as construções será o BIM (Building Information Modeling). A elaboração de projetos com informações agregadas irá permitir um melhor gerenciamento da obra desde a fase dos projetos, passando pelo planejamento, orçamento, execução e pós-entrega. É um longo caminho a ser percorrido, que passa por estabelecimento de padrões em todo o setor, mas que mudará a forma de se construir.
A questão que certos engenheiros alegam é que os softwares tiram a sensibilidade de aferir se um projeto contém erros ou não. Seria esse o X da questão?
Creio que não. O mais importante é fazer uso adequado do que as novas ferramentas nos oferecem. Quem não fica surpreso com a facilidade com que uma criança de três ou quatro anos utiliza softwares educacionais? Alguém tem dúvida quanto aos benefícios, se essas ferramentas forem adequadamente utilizadas? Há um grande número de novos engenheiros que utilizam os softwares de forma adequada, testando modelos, verificando as respostas, introduzindo modificações e analisando seus efeitos, adquirindo a sensibilidade que antes era obtida de forma mais convencional, no dia-a-dia dos projetos. Temos que reaprender a aprender. Temos que reaprender a projetar. E temos que aprender que nenhum software traz a resposta pronta. Quem acredita nisso, terá problemas mais cedo ou mais tarde.
Em termos de custo, os softwares baratearam ou encareceram os projetos?
Fizemos um levantamento na ABECE, consultando diversos escritórios de projeto estrutural com relação aos resultados da informatização. O quadro que encontramos foi o seguinte: uma redução de cerca de 40% do tempo de desenvolvimento dos projetos (comparado a 1982), que também foi, aproximadamente, a redução do valor real do projeto estrutural. Por outro lado, a forma de fazer projeto mudou. O levantamento concluiu que:
1) A informatização mudou o perfil dos profissionais. Se os escritórios antes eram compostos por 20% de engenheiros, hoje cerca de 80% dos profissionais dos escritórios têm essa formação. Várias atividades que antes eram realizadas por profissionais de menor formação, e menor salário, hoje são realizadas por engenheiros.
2) Hoje se consome mais tempo na fase de concepção de projeto, em função da análise de alternativas e reuniões de compatibilização.
3) Além disso, a informatização introduziu novos custos para as empresas, acompanhado pelo aumento de impostos. Com essa nova realidade, apuramos que atualmente os projetos em valores reais custam cerca de 90% do que custavam em 1982. Como o valor hoje praticado é cerca de 60% daquele valor, isso implica em que as empresas de projeto absorveram essa diferença, traduzida na informalização das relações de trabalho, na queda de padrão econômico, no aumento da jornada de trabalho, na fuga de profissionais da área. Portanto, tivemos nos últimos 25 anos uma desarticulação do setor de projetos estruturais, implicando diretamente na qualidade dos serviços prestados.
E como ficam os novos engenheiros, que parecem ter-se tornado dependentes dos softwares?
Como foi dito anteriormente, há de se conscientizar os novos engenheiros sobre a maneira correta de se encarar a função dos softwares. Nas universidades, em geral, a introdução de novas disciplinas implicou na redução de carga horária das disciplinas tradicionais. Assim, não há como fazer com que o estudante se torne um especialista em cada uma das áreas da engenharia civil. Como professor, tenho que escolher os principais pontos a serem abordados, tentando suprir a ansiedade dos estudantes em conhecer os softwares da área de projeto estrutural. Minha opção foi por fortalecer os conceitos de funcionamento das estruturas de concreto, alertando os alunos para os cuidados na utilização dos softwares. Não ensino os alunos a operar nenhum tipo de software, mas levo as ferramentas nas aulas para fazer simulações, apresentar resultados, buscando suprir o desejo dos alunos de conhecer os softwares.
Neste cenário, como ficam os consumidores de obras?
Sem dúvida, hoje é muito mais difícil para um contratante escolher o projetista estrutural. Antes da informatização, um pequeno escritório de projetos tinha, ao menos, cinco pessoas. Ou seja, para ter condições de montar essa estrutura, o engenheiro já tinha uma história dentro da área. Hoje, qualquer pessoa pode ter um software e desenvolver projetos dentro de casa, sem nenhuma experiência anterior. Projeto não pode ser analisado apenas por seus resultados gráficos. Há de se considerar vários aspectos como concepção estrutural adequada, detalhes construtivos, respeito a normas, compatibilização dos projetos, adequação dos detalhamentos e, principalmente, o atendimento. Os contratantes devem especificar critérios mínimos para contratação de projetos como histórico profissional, escopo de projetos, obediência a recomendações e normas de projeto, para não incorrer em riscos na contratação de projetos com valores muito atrativos, mas que poderão trazer riscos e resultados indesejados.
Há em curso algum tipo de acordo com a indústria de softwares para que elas possam, por exemplo, permitir que a sensibilidade do engenheiro não seja ofuscada na elaboração de um projeto?
A ABECE, há cerca de quatro anos, enviou às principais empresas de software de engenharia estrutural que atuam no Brasil um documento intitulado Recomendações para Empresas de Software, com o objetivo de expor as ações que o setor considera como condutas adequadas e consonantes com os objetivos de valorização profissional dos engenheiros estruturais. Atualmente, a entidade não tem queixas relevantes quanto à atuação das empresas. Várias delas têm se preocupado em promover capacitações, palestras e cursos alertando os usuários para o adequado uso das ferramentas. Assim, o que sempre irá valer é o bom senso do usuário, que deve utilizar o software como ferramenta de apoio, sabendo que bons projetos são resultados da utilização da boa Engenharia e não do software utilizado.
Entrevistado: Assessoria de imprensa da ABECE: jornalista Rosana Córnea, da Prefixo Comunicação: prefixocom@terra.com.br
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Obras industriais revelam um novo Brasil
Setor compete como nunca e constrói cada vez mais rápido, apoiado em mão de obra altamente qualificada, tecnologia e planejamento
O cidadão que se impressiona com a velocidade com que obras industriais, como supermercados e shopping centers, são erguidas atualmente nem desconfia que por trás de um empreendimento desta envergadura há uma verdadeira operação de guerra. Além de envolver, às vezes, mais de 500 pessoas, esse tipo de construção conta com um intrincado planejamento logístico e muita tecnologia para cumprir cronogramas que, em média, duram de quatro a nove meses.
Segundo Gilberto Kaminski, gerente de planejamento e controle do setor de obras industriais do Grupo Thá, este talvez seja o setor da construção civil que mais evoluiu recentemente no Brasil. As obras industriais no país sofreram uma grande transformação a partir dos anos 90. A chegada de novas montadoras de veículos, além do desembarque de grupos internacionais ligados ao varejo e outras atividades econômicas, obrigou as construtoras a aprimorar o modelo de construção. Hoje, orçamento, planejamento, profissionais especializados e sistemas construtivos fazem toda a diferença, revela.
As atuais obras industriais têm um plano construtivo calcado em estrutura, cobertura, fechamento externo e piso. Para ganhar agilidade, os pré-moldados, os blocos de concreto, as pinturas texturizadas, a tecnologia de secagem do concreto e os equipamentos tornaram-se essenciais neste tipo de construção. Os processos artesanais não cabem mais em obras desta envergadura. Um exemplo são os antigos pisos que lembravam um xadrez, que antigamente representavam uma etapa demorada das obras industriais. Hoje eles entraram para a história, pois os pisos atualmente dispõem de um plano de concretagem e de nivelamento muito rápidos, lembra Gilberto Kaminski.
O segredo para que obras industriais cumpram o cronograma passa também pelos fornecedores. No caso do Grupo Thá, eles são vistos como estratégicos. São parceiros que levamos juntos pelo Brasil afora. Eles desenvolveram know-how para atender as demandas deste tipo de obra. Então, quando falamos que vamos construir mil metros quadrados, eles já sabem o quanto é necessário de cimento, blocos de concreto, material hidráulico, material elétrico e tudo mais que a obra necessita, afirma Kaminski.
Concorrência e crise
Quando um cliente contrata uma obra industrial, além da qualidade, ele quer saber de preço e prazo. As construtoras que trabalham com este tipo de empreendimento atuam no fio da navalha nestes quesitos. O motivo é a forte concorrência. A disputa se dá do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. As empresas de São Paulo são nossas principais concorrentes, seguidas das do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, revela o gerente do Grupo Thá.
Quanto ao impacto da crise econômica global sobre o setor de construção, ela causou efeitos colaterais diferentes. No mercado varejista praticamente não houve sintomas. As contratações se mantêm estáveis e aquecidas. Já as indústrias tiveram uma queda vertiginosa, com paralisações de obras que já haviam iniciado e suspensão de projetos futuros. Quanto aos shopping centers, a maioria segurou os planos por seis meses. A expectativa é que neste segundo semestre de 2009 boa parte destas obras seja retomada, avalia Kaminski.
Entrevistado: gilberto@tha.com.br
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Museu do Louvre
Uma das maravilhas do mundo das artes
Créditos: Vanda Pereira Cúneo - Assistente de Marketing
O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico).
É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas.
O Louvre é gerido pelo estado francês através da Réunion des Musées Nationaux. Foi o museu mais visitado do mundo em 2007, com 8,3 milhões de visitantes.
O edifício
O primeiro real "Castelo do Louvre" neste local foi fundado por Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século seguinte, Carlos V transformou-o num palácio, mas Francisco I e Henrique II rasgaram-no para baixo para construir um palácio real; as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. Mais tarde, reis como Luís XIII e Luís XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre, com a ampliação do Cour Carré e a criação da colunata de Perrault.
As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo arquiteto chinês I. M. Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.
Fonte: Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Louvre)
Jornalista responsável - Altair Santos MTB 2330 - Tempestade Comunicação
Construindo Melhor
Para que se tenha uma ideia rápida e aproximada da quantidade de aço e forma a ser utilizada em uma construção, vale a dica:
Fundação:
Fôrma = 6,0 m²/ m³ de concreto
Aço = 80,00 kg/m³ de concreto
Super Estrutura:
Fôrma = 12,00 m²/m³ de concreto
Aço = 100,00 kg/m³ de concreto
Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes Assessor Técnico Comercial Itambé
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Concreto bóia?
A canoa de concreto armado mais antiga do mundo, foi construída por Joseph Louis Lambot no Sul da França em 1848
Créditos: Engª Naguisa Tokudome Assessora Técnico Comercial Itambé
Após a exibição da canoa de concreto em 1855 no Exposition Universelle em Paris, esta técnica foi aprimorada pelos europeus para a utilização do concreto em barcos e navios.
Durante a primeira Guerra Mundial, o presidente dos EUA, aprovou a construção de 24 navios. Devido a escassês do aço, projetistas utilizaram a patente de um inventor norueguês que substituía o aço do casco por concreto. Destes 24, somente 12 foram construídos a um custo de aproximadamente US $50 milhões. Quando os navios foram finalizados, a guerra já havia acabado.
Após quase 30 anos de avanços tecnológicos do concreto, na segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram uma frota de 24 navios mais leves e resistentes que seus predecessores. Em média, um navio era construído por mês.
A partir disso a aplicação do material se expandiu como em embarcações com concreto protendido, plataformas marítimas, faróis, portos e casas flutuantes.
Há mais de 2000 anos atrás, Arquimedes explicou este fenômeno da física. Todo corpo mergulhado num fluído (líquido ou gás), sofre por parte do fluído, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluído deslocado pelo corpo. Ou seja, para projetar um objeto flutuante, é necessário calcular o volume de água que este objeto irá deslocar (densidade da água é igual a 1000 kg/m3). Se a massa do objeto exceder a massa da água deslocada, o objeto irá afundar.
Um cubo de concreto é mais denso que o mesmo cubo de água (densidade média do concreto comum é igual a 2400 kg/m3) e, de acordo com o princípio de Arquimedes, o concreto irá afundar. Porém, se o concreto possuir o formato de um barco, o volume total do barco será a combinação do seu material com o ar. Logo, a densidade do todo se torna menor que da água, o que resulta na flutuação.
Um exemplo de construção moderna em concreto flutuante, é a plataforma de gás natural Troll A, localizada na costa da Noruega. Nesta obra, a densidade do concreto foi modificada para trazer mais leveza à estrutura. Parte do agregado normal foi substituída por agregado leve de altíssima qualidade. A densidade do concreto obtido in loco foi de 2250 kg/m3 e resistência de 75 MPa aos 28 dias de idade. O agregado leve apresenta benefícios como melhor comportamento em ambientes gelados. Esta obra possui o título mundial de maior plataforma de gás em alto-mar.
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
"Doença da pressa" contamina profissionais
Consultor empresarial ressalta que trabalho e descanso precisam estar em equilíbrio
Um dos atuais desafios dos profissionais é gerir o tempo. O que se impõe é aumentar a produtividade sem que isso interfira na vida pessoal. Mais que uma arte, operar a gestão do tempo requer organização. Como fazê-lo? O consultor empresarial Humberto César Costa de Souza, que há 10 anos ministra cursos sobre gestão do tempo, revela que os profissionais adquiriram a doença da pressa e perderam a noção do tempo que devem dedicar ao trabalho. Pior: passaram a fazer mau uso da tecnologia, sem conseguir a almejada qualidade de vida. É o que ele explica na entrevista a seguir. Confira:
Os recursos tecnológicos, que em tese surgiram para dar mais tempo, hoje parecem ter transformado a vida dos profissionais em um caos. Por que isso ocorre?
Infelizmente, grande parte da população está sofrendo da doença da pressa. O que isso significa: em vez de usar os recursos tecnológicos para ganhar tempo e melhorar a qualidade de vida, o profissional reage abruptamente e, muitas vezes, passa a acumular atividades. Quer um exemplo: surge uma mensagem no celular. Em vez de terminar o que está fazendo, e depois responder, a pessoa interrompe uma tarefa que às vezes é mais importante para priorizar a mensagem. Isso é anular o ganho proporcionado pela tecnologia.
As pessoas, de fato, estão trabalhando mais ou essa é uma falsa impressão e o que ocorre é que elas não estão sabendo aproveitar as horas de folga?
Acredito que muitas pessoas se desacostumaram com as horas de folga. Esse período foi contaminado pelas atividades de trabalho. Há pessoas que se sentem envergonhadas de dizer eu não estou fazendo nada. Não importa se é domingo, feriado ou fora do horário de trabalho normal, elas se sentem na obrigação de ter uma atividade produtiva.
Durante a idade profissional existe uma faixa etária que é mais vulnerável ao trabalho excessivo ou todos são afetados indiscriminadamente?
Normalmente, os profissionais em início de carreira são mais vulneráveis ao trabalho excessivo, por quererem mostrar serviço e subir mais rápido nas organizações. No outro extremo, os profissionais em vias de se aposentar também tendem a trabalhar mais. Por dois motivos: medo da aposentadoria, onde eles imaginam que vão passar muito tempo sem atividade, ou para tentar demonstrar que ainda são úteis para a organização. Profissionais com a carreira mais estabilizada tendem a não abusar do horário de trabalho.
Os novos profissionais que estão surgindo não estariam vindo com uma concepção de tempo diferente de outros que estão no meio da carreira, por exemplo?
Novos profissionais estão vindo com a ideia de dar uma carga maior de trabalho no início da carreira para subir rápido nas organizações. Contudo, se as organizações não satisfazem suas necessidades, eles inicialmente diminuem o ritmo e depois mudam de emprego. Nisso eles diferem dos profissionais mais antigos, que normalmente se dedicavam a construir a carreira já desde cedo numa mesma empresa.
O profissional não estaria vivendo um dilema: se trabalhar pouco pode ficar sem recursos para sua qualidade de vida; se trabalhar muito, fica sem componentes fundamentais para a qualidade de vida, como lazer e família. Onde está a equação ideal?
O segredo está no equilíbrio: estabelecer um planejamento adequado e aplicar, por exemplo, em um plano de previdência desde cedo (a partir dos 23 anos). Não precisa ser uma quantia exagerada, mas sim uma que possa dar tranqüilidade no futuro. O que não recomendo é se privar de todo e qualquer lazer hoje, somente pensando no futuro. É preciso que trabalho e descanso estejam em equilíbrio na vida.
Algumas empresas, para gerar qualidade de vida aos seus funcionários, criaram sistema de trabalho em que os empregados poderiam trabalhar de casa ou sem cumprir um horário rígido. Resultado: muitas delas voltaram atrás e readotaram o horário de trabalho. O que ocorreu de errado nestes casos?
O que faltou, nestes casos, foi um planejamento adequado. Nem todas as pessoas gostam de trabalhar em casa, sem um certo padrão de controle. Além disso, não é qualquer atividade que pode ser executada de forma mais eficaz fora do ambiente de trabalho. Mas o que ocorreu é que houve a adoção de um modismo sem um amadurecimento do conceito à realidade brasileira. Vale mencionar o equilíbrio nas ações: se, por alguma razão, um profissional precisa ficar em casa para dar algum tipo de assistência maior à família, por que não fazê-lo? O erro, a meu ver, está em se implantar indiscriminadamente a medida e também em não estabelecer, num acordo, a forma de verificação dos resultados esperados do processo.
O quanto nesta questão da gestão de tempo é culpa do profissional e o quanto é culpa da empresa?
No meu entender, a maior culpa é do profissional. Se ele dá espaço em sua rotina, a empresa ocupa este espaço. Ele tem que aprender a dizer não, a demonstrar que para tudo existe um limite. Caberia à empresa também não abusar ou querer ocupar todo o espaço. O diálogo, como se vê, é indispensável.
Questões regionais afetam na gestão de tempo do profissional? Um exemplo: diz-se que os nordestinos são mais donos de seu tempo, enquanto o pessoal do Sul/Sudeste corre contra o tempo.
Deste ponto posso falar com total conhecimento de causa, pois sou baiano e vivi na Bahia por muitos anos. Realmente, no Nordeste, em razão principalmente do clima extremamente quente, as pessoas tem que ter um ritmo mais lento de trabalho, o que não significa necessariamente que produzam menos. Na verdade, eles se acostumaram a ter o seu tempo e só quem estranha isso é o pessoal do sul que vai para lá.
Uma pessoa que trabalha em ritmo alucinado e, de repente, é forçada a parar abruptamente, seja por questão de saúde ou por ter sido demitido, como deve encarar essa situação?
Dependendo do motivo, pode ser um baque muito grande e a família precisa dar apoio e também fazer com que a pessoa tenha atividades que possam suprir esta falta, como um curso que preencha parte daquele tempo perdido. Se o problema for saúde, o cuidado tem que ser maior e as atividades devem ser muito bem dosadas para evitar estresse.
A velha canção do Geraldo Vandré (Pra não dizer que não falei das flores) diz quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Esse poderia também ser o lema de quem quer gerir bem seu tempo?
Não acho isso. Às vezes, deixar para depois nem sempre é ruim. Quando trabalhava em empresa, na ânsia de entregar logo um trabalho, fazia na hora. Daí, as orientações mudavam um pouco e tinha de refazer. O que recomendo sempre é usar a matriz GUT, que avalia a Gravidade, a Urgência e a Tendência para determinar o quão rápido o trabalho precisa ser feito. Vale lembrar que esta música foi composta no auge da ditadura militar, nos final dos anos 60, em um outro contexto social, o que não é o nosso caso agora.
Entrevistado: Humberto César Costa de Souza: humberto.c.souza@terra.com.br
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Cuidados ao comprar imóveis na planta
Item básico, como checar em um cartório para obter informações sobre a construtora, deve ser indispensável para adquirir bem que ainda está no papel
Idealizada pela maioria das pessoas, a compra da casa própria é um sonho que requer análise e cuidado, principalmente quando a compra do imóvel é feita ainda na planta. A realização de um sonho pode virar uma dor de cabeça se não forem tomadas algumas precauções básicas - é preciso saber o que levar em consideração na hora da compra e ter muita paciência com os pormenores. É necessário que o comprador tenha atenção para buscar informações, ir atrás do histórico da construtora, procurar um cartório da região para garantia e segurança sobre o imóvel e ficar atento à assinatura do contrato.
A primeira orientação às pessoas que irão comprar um imóvel na planta é procurar informações sobre a construtora no cartório de registro de imóveis. Como as construtoras têm de registrar seu projeto de incorporação em cartório, ela terá de apresentar uma série de documentos que comprovam sua idoneidade. Sendo assim, é fundamental que o projeto de incorporação esteja aprovado pela prefeitura e registrado no cartório de Registro de Imóveis da região, significando que a obra está devidamente regularizada de acordo com as exigências legais. Uma boa providência para não se frustrar com diferenças de medidas constada nos folhetos de propagandas, é solicitar no cartório uma certidão do memorial descritivo da obra, verificar a informação registrada com a que consta nos anúncios e publicações divulgados pela construtora e em relação à planta aprovada pela prefeitura.
De acordo com o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR), José Augusto Alves Pinto, quando possível, é recomendável ainda conhecer outras obras feitas pela mesma empresa para checar a qualidade, tanto da construção como dos materiais empregados. Alves Pinto pede ainda ao comprador uma pesquisa no registro da incorporação do empreendimento, onde há informações sobre medidas e quantidade de unidades, e também um histórico da empresa na Junta Comercial. O presidente ressalta também a importância de gastar um valor relativamente pequeno com a certidão no Registro de Imóveis para saber mais sobre a incorporação, do que se arriscar com prejuízos caso a empresa não corresponda aos critérios exigidos pela prefeitura.
Custos
Mas não basta apenas comprar o imóvel para ser proprietário. Item fundamental é o correto registro do bem. Por isso, no planejamento de compra da casa própria, é fundamental também programar o pagamento de escrituras, certidões, taxas. É necessária bastante documentação para a aquisição e o registro do bem, os gastos com o cartório e tabelionato, no entanto, são importantes porque garantem a segurança do negócio. "Essas despesas são pagas à vista, e os documentos têm prazo de validade, por isso, é necessário se organizar", alerta o presidente da Anoreg-PR.
A documentação exigida pode variar de acordo com o banco. Em caso de dúvida, o presidente da Anoreg-PR, José Augusto Alves Pinto aconselha a consulta de um funcionário do banco para assegurar-se de que não falta nenhum documento.
Contrato
Outra orientação é o cuidado na hora da assinatura do contrato. É preciso ler atentamente o contrato de compra e venda, conferindo se ele contém todos os itens obrigatórios. Confira os principais documentos necessários para a aquisição de um imóvel:
· Cópia da carteira de identidade e do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda);
· Certidão de nascimento e/ou casamento
· Comprovante de renda (contracheque ou declaração de rendimentos do Imposto de Renda)
· Comprovante de residência
· Índice de reajuste, periodicidade de reajuste (deve ser anual como exigido pela lei);
· Local de pagamento;
· Cópia da escritura e matrícula do imóvel, no Registro de Imóveis da região;
· Certidão de propriedade com negativa de ônus (débitos, pendências);
· Valor do sinal antecipado;
· Indicação da unidade privativa (apartamento) e garagem que você está comprando, ou seja, localização, metragem de área total e privativa, áreas comum e de garagem;
· Prazo para início e entrega da obra;
· Multa por atraso na entrega;
· Cópia da certidão do cartório de registro de imóveis que comprova a regularidade e legalidade do empreendimento, e demais condições prometidas pelo vendedor.
Antes de fechar o negócio, fique atento a todas essas cláusulas e, por segurança, peça para assinar o contrato na presença de testemunhas qualificadas e da pessoa responsável pela venda. Também é preciso estar discriminado no contrato a data de início das obras, término e entrega do imóvel, caso não seja cumprido o prazo está previsto um pagamento de multa por parte da construtora.
Não esqueça de levar uma via original e de reconhecer as firmas de todas as assinaturas. Vale ressaltar que nas vendas fora do estabelecimento comercial, o Código de Defesa do Consumidor estabelece prazo de sete dias, a partir da assinatura, para a desistência da compra.
Registre o seu contrato no cartório de Registro de Imóveis da região, pois para efeitos legais, o imóvel é de quem aparece como proprietário no registro, também uma recomendação do presidente da Anoreg-PR, José Augusto Alves Pinto, que aconselha a guardar todo o material de publicidade, pois poderá servir como comprovação de promessas anunciadas. Estamos em um momento propício para a compra de imóveis. As oportunidades são para todos, só é preciso segurança na checagem de informações, completa.
Fonte: Centro de Notícias Comunicação
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Crise afeta menos a construção civil
Economistas avaliam 21 áreas industriais e setor se destaca entre os que têm as melhores perspectivas no Brasil
Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante painel de debates realizado em junho para comemorar os 57 anos da instituição.
O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise.
De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. "Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)", disse. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos "estão em xeque".
Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a construção civil tem boas perspectivas. Também citou que o emprego "surpreendentemente" está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões.
Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos - uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias e desconstituição de sistemas de inovação. "Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)", disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. "A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva", disse.
Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. "Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego", afirmou.
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que pode haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. "Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis", disse. "Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo. Temos de analisar onde há essa transformação."
Fonte: Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI)
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Rode Bem é referência para outras empresas
Programa de segurança nas estradas, implantado em 2005 pela Cimento Itambé, chama a atenção pelo seu índice de eficiência
Em março deste ano, um representante da Arauco do Brasil procurou o departamento de logística da Cimento Itambé com o objetivo de conhecer o Rode Bem. A intenção era verificar o programa de segurança nas estradas e tirar ideias que pudessem servir à multinacional chilena - uma das líderes do continente em beneficiamento de madeira. O mais interessante é que a Arauco chegou até nós pelas mãos dos motoristas. Eles tinham um programa de segurança que não conseguia atingir o objetivo e os caminhoneiros disseram para virem conhecer o Rode Bem, explica o gerente de logística da Cimento Itambé, Rafael Kulisky Júnior.
Quando viu como funcionava o programa, o emissário da multinacional chilena ficou bem impressionado. O Rode Bem é presencial e adaptado à realidade dos caminhoneiros que carregam cimento e descarregam insumos na fábrica da Itambé, em Balsa Nova (PR). Através de palestras, ele já orientou 5.115 motoristas entre janeiro de 2005, quando foi criado, e julho deste ano. Além disso, o programa também promove a avaliação física dos profissionais da estrada e faz treinamento ambiental. Ele já ganhou características de um programa social, diz Ivo Renato Chequim Júnior, assistente de logística da Cimento Itambé.
Destaque na mais recente reunião de análise crítica da Cimento Itambé, o Rode Bem revelou seu segredo. Antes, fazíamos as palestras em um anfiteatro, com cadeiras aconchegantes, telão, som e todo conforto. Mesmo assim, alguns motoristas resistiam a participar. Descobrimos que eles não estavam à vontade e fizemos o programa se adaptar aos caminheiros. Hoje, as palestras e a avaliação física ocorrem no pátio da fábrica e temos batido sucessivos recordes de público, revela Ivo Renato. A tendência é que o número de participantes de 2009, que já está em 858, supere o de 2008, que reuniu 1.536 motoristas. Melhor: o programa ajudou a reduzir o índice de acidentes a zero.
Um dos fatores para a eliminação de acidentes, além das orientações aos motoristas, é que eles estão sabendo cuidar melhor da saúde. Através de exames de medição de pressão, índice de massa corporal, altura, peso, glicemia e avaliação postural, os participantes, muitas vezes, detectam problemas que nem desconfiavam. Eu descobri que tinha diabetes e hoje me trato, revela José Gequelin, que há 25 anos transporta calcário para a Cimento Itambé.
Outro caso é o de Fernando Ferreira, que na avaliação física soube que a glicose estava alta e alterou seus hábitos alimentares. Antes sentia dores nas pernas e com a alimentação e dicas de alongamento estou bem melhor, disse.
O sucesso do Rode Bem, segundo Rafael Kulisky Júnior, se deve à interatividade do programa com os motoristas. Ao longo desses quase cinco anos fomos aprimorando a abordagem. Selecionamos os palestrantes que obtiveram maior sucesso e estamos sempre em contato com os organismos ligados ao transporte para atualizar os temas. Hoje estamos priorizando as palestras-show, que prendem mais a atenção dos motoristas, diz. As palestras abrangem assuntos como segurança no trânsito, direção defensiva, ergonomia, impacto ambiental e saúde. Definimos um cronograma anual, mas os assuntos são flexíveis. No momento, vamos incluir uma palestra sobre gripe A para orientar os motoristas, completou Ivo Renato Chequim Júnior.
Novidades
Com as palestras e as avaliações físicas, feitas por profissionais de educação física, já consolidadas, o Rode Bem prepara novidades. Vem aí o Jogo do Rode Bem, no qual os motoristas terão seus conhecimentos testados e concorrerão a brindes. É preciso sempre inovar para mantê-los motivados, diz o assistente de logística. O programa é repetido mensalmente e atinge os transportadores cativos, as equipes de comodato, autônomos, terceirizados e motoristas de clientes da Cimento Itambé. Os caminhoneiros que participam avisam outros e a adesão é cada vez maior. Também estamos abrindo as palestras para a comunidade, revela Rafael Kulisky Júnior, que destaca o constante zelo de sua equipe para manter o Rode Bem como referência de programa de segurança nas estradas.
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Cura Interna
Conheça outra forma de realizar a cura e evitar fissuras no concreto
Créditos: Engª. Naguisa Tokudome Assessora Técnico Comercial Itambé
Através da evolução de alguns materiais, é possível reduzir a relação água/cimento e, desta forma melhorar várias características do concreto.
Os resultados são vários como melhora da resistência, baixa permeabilidade, peças mais densas e duráveis.
Porém, estes concretos estão suscetíveis à retração autógena em função da baixa relação a/c. Segundo Adam Neville a retração autógena ocorre em consequência da remoção da água dos poros capilares pela hidratação do cimento.
Esta ocorrência está diretamente relacionada com a disponibilidade de água no interior da massa de concreto. Sem uma quantidade mínima, o cimento não alcança a hidratação máxima e pode promover o surgimento de microfissuras, principalmente nas primeiras idades. Quanto menor a relação, maior a chance de ocorrer retração. Segundo artigo publicado pelo ACI (American Concrete Institute), a cura externa deixa de ser eficaz para relação a/c menor ou igual a 0.35.
Uma proposta para mitigar este fenômeno é a realização da cura interna através da substituição de uma pequena parte do agregado miúdo comum por agregado leve saturado com água (saturado superfície seca). A melhora da hidratação do material cimentício se deve à disponibilidade da água contida nos poros (absorvida durante a saturação) que é liberada lentamente.
O agregado leve funciona como um reservatório e a água absorvida é puxada por capilaridade do agregado para o espaço formado pela água de amassamento consumida na hidratação. No Guia de Agregado Leve para Concreto Estrutural do ACI, esta água não é considerada como parte da mistura (a/c). Para melhorar o desempenho, o agregado leve deve ter alto grau de absorção e capacidade de liberação rápida. A distribuição granulométrica deve ser similar à areia que foi substituída.
Uma vez conhecido o grau de saturação, é possível estimar a massa do agregado leve seco para promover a cura interna adequada. Dois pesquisadores (Zhutovsky e Bentz) sugeriram equações semelhantes que levam em consideração:
* Massa do material cimentício
* Retração química. O índice de retração varia conforme mistura de materiais cimentícios (ex: sílica ativa, metacaulim e cinza pozolânica)
* Grau de hidratação máxima esperada
* Capacidade de absorção do agregado leve (kg de água por kg de agregado leve seco)
* Relação a/c
Um exemplo de aplicação da cura interna foi a construção de um pavimento de concreto em Hutchins no Texas, cujo consumo foi de 190.000 m3 de concreto. Análises em campo revelaram uma quantidade mínima de fissuras no pavimento e ensaios indicaram que a resistência à flexão por tração, com 7 dias, alcançou 90% do valor esperado para 28 dias resultado atribuído à melhor hidratação do cimento.
Apesar de várias pesquisas comprovarem os benefícios da cura interna em laboratório e em campo, os estudos para determinar o prolongamento da vida útil através deste processo ainda continuam.
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