Concreto neutro em carbono vence prêmio internacional
A questão da sustentabilidade é um tema que cada vez mais permeia a indústria do cimento. Aqui no Brasil, foi tema do Congresso Brasileiro do Concreto e há uma série de iniciativas em vigor para reduzir os impactos ambientais. No Reino Unido, uma dupla de estudantes PhD do Imperial College London ganharam o Prêmio Obel 2022 por criar um protótipo de concreto neutro em carbono.
Em primeiro lugar, a tecnologia do protótipo, apelidada de Seratech, retira uma espécie de sílica criada com dióxido de carbono (CO₂) absorvido de chaminés das fábricas. Segundo os cientistas, esta sílica pode ser usada como material cimentício suplementar (SCM) no concreto. “Como a sílica vem de um processo que captura CO₂ ela é ‘carbono negativa’, então o concreto pode se tornar neutro em carbono”, explicam. De acordo com os cientistas, este material é usado em combinação com o cimento Portland - a mistura deve ter pelo menos 40% deste material.
Para os cientistas, o objetivo é que a humanidade possa continuar construindo cidades e infraestrutura robustas, mas sem o custo climático tradicional da construção civil.
Premiação
Para Sam Draper, a visibilidade do prêmio ajudará a atrair pessoas na indústria a expandir a tecnologia e dimensioná-la rapidamente. “A humanidade não pode gastar 20 a 50 anos expandindo a tecnologia para nos fornecer materiais sustentáveis. Precisa ser agora", afirmou.
Para o grupo de jurados, o Prêmio Obel tem como objetivo encorajar ideias ambiciosas e interdisciplinares que não forneçam apenas uma correção temporária ou de pequena escala, nem uma grande mudança irrealista nas práticas atuais. “Nesse sentido, pode ser um incentivo para outros tanto quanto um encorajamento para a Seratech”, destacaram.
Cimento, concreto e sustentabilidade
Esta não é a primeira alternativa sustentável relacionada à produção de cimento. A Universidade do Colorado, por exemplo, já produziu um cimento Portland à base de calcário biogênico, isto é, com microalgas que ajudam a reduzir as emissões de CO₂. Uma pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com empresas norueguesas, começou a pesquisar como produzir Cimento Portland de baixo carbono utilizando resíduos de bauxita.
Ainda, outro estudo indicou a eficácia do uso das cinzas do bagaço da cana-de-açúcar (CBCA) como adição no preparo do concreto. Até cédulas de dinheiro velhas têm sido utilizadas na produção do cimento, como forma de evitar o descarte na natureza.
Para Paulo Camillo Penna, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o Brasil está no caminho de reduzir as emissões de CO₂. “Hoje, a indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão específica de CO₂ no mundo, graças a ações mitigadoras que vêm sendo implementadas pelo setor nas últimas décadas. Enquanto o mundo em média emite 620 quilos de CO₂ por tonelada de cimento, a indústria brasileira emite 564 quilos”, aponta.
Fontes
Seratech
Paulo Camillo Penna é presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC)
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Paulo Camillo Penna - Assessoria de imprensa – celso.souza@fsb.com.br
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Marina Pastore
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Como evitar o mofo nas construções?
O fenômeno climático La Niña marcará a primavera de 2022 no Brasil. Isso significa um aumento no nível de chuvas e uma queda de temperaturas. Com esta umidade presente, como evitar os mofos nas construções?
Primeiramente, durante a criação do projeto, é preciso prever áreas com bastante ventilação e insolação. “É importante que o sol entre nos ambientes para evitar o mofo. Além disso, a ventilação cruzada é essencial para ter renovação do ar”, explica Bruno Moraes, à frente do escritório BMA Studio.
Outro ponto importante é cuidar do telhado. “Ele não pode ter ponto de infiltração, para a água não permear para dentro da residência. O mofo adora umidade, ou seja, devemos evitá-la. A impermeabilização da laje é essencial que seja bem feita e existem várias formas de fazê-la, então é importante executar da forma correta para cada caso”, pontua Moraes.
Ainda, é preciso ter cuidado com as infiltrações. “Para isso, é necessário executar as instalações das louças e metais corretamente, com veda rosca, silicone, etc. Ainda, é importante realizar testes com as prumadas de água e esgoto, antes de fechar as paredes. Da mesma forma, é preciso testar a estanqueidade em piscina, lajes ou cobertura”, afirma Moraes.
Por fim, em se tratando de pinturas, Décio Moraes Campos Junior, químico responsável da Franpaint, indica uma que tenha uma boa concentração antimofo.
Paredes mofadas
Para Junior, a remoção da pintura com espátula e afins para remover o mofo da parede não é uma solução. “O ideal é água, sabão e água sanitária. É preciso lavar essa parede usando água sanitária ou cloro. Assim, remove-se todo o mofo e deixa secar. Posteriormente, é preciso fazer a aplicação de uma tinta boa antimofo. Fora isso, impermeabilizar não resolve. É o ambiente que promove o mofo, não é a parede”, destaca Junior.
Moraes aponta que muitas vezes a impermeabilização não vai resolver o mofo. “Se for algum canto da residência no qual não bate sol ou ventilação, o ambiente fica úmido e cria mofo por estas condições e não por falta de impermeabilização. Este procedimento só vai resolver se for um problema de infiltração, seja da laje, parede ou de uma conexão de hidráulica”, recomenda Moraes.
Normas sanitárias de ventilação
De acordo com Moraes, a norma sanitária já exige o mínimo de ventilação necessária para cada ambiente. “Ela é calculada em função do tamanho do espaço. Quando damos entrada na prefeitura, com um projeto, apresentamos uma tabela com a ventilação e vãos de cada ambiente. É muito sério, pois um ambiente sem ventilação pode trazer muitas doenças ao morador. O mofo é um sinal que algo está errado, investigue o motivo para conseguir solucionar o problema.
Junior completa: “Quanto mais fluxo de ventilação você tiver no ambiente, menor a probabilidade de aparecimento de mofo”.
Entrevistados
Décio Moraes Campos Junior é o químico responsável da Franpaint
Bruno Moraes está à frente do escritório BMA Studio.
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(aguardando os e-mails)
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Marina Pastore
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Furnas integra metodologia BIM a Sistema de Informação Geográfica em projeto
Dentre os principais problemas na contratação e execução de obras públicas estão os projetos deficientes e mal planejados. Para trazer mais eficiência e melhorar o desempenho nestes processos, a FURNAS Centrais Elétricas e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um projeto pioneiro que integra o Building Information Modeling (BIM) ao Sistema de Informação Geográfica (GIS) e ao Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).
Intitulada “Desenvolvimento de Metodologia utilizando o conceito BIM aplicada a projetos de Subestações Integrados a Sistema de Inteligência Geográfica (SIG) e ao Enterprise Resource Planning (ERP)”, a iniciativa pertence ao Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da ANEEL.
Como funciona?
Sobretudo, o BIM permite simular, estimar e ampliar processos de um projeto de engenharia. Com isso, ele possibilita projetar todas as fases do ciclo de um empreendimento em ambiente de desenho tridimensional com a integração de atributos e características elétricas do ativo, integrada ao GIS e ao SAP (modelagem 3D paramétrica), com domínio do cronograma (4D) e custos (5D).
Neste projeto, FURNAS utilizou a metodologia BIM para apoiar a modernização de usinas e subestações. O primeiro protótipo BIM é da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas de Moraes (MG) e de sua respectiva subestação. A implantação desta primeira experiência BIM em FURNAS vai de 2022 (BIM 3D) a 2028 (BIM 7D).
“Além de minimizar os impactos de eventual perda de receita por atraso nos projetos, o P&D+I BIM tem a missão de atingir a dimensão 7D, que contempla a operação e manutenção de ativos. Também vai permitir a integração do Cadastro de Ativos com a nova base de transmissão da ANEEL”, explica Ana Marotti, engenheira de FURNAS, que lembrou a possiblidade de aproveitamento do modelo pelas demais empresas do grupo Eletrobras.
Um dos grandes diferenciais deste projeto é a integração com o geoprocessamento, bem como a possibilidade de compartilhamento das informações entre diversos setores da companhia. “Todas as informações reunidas no BIM trazem parâmetros que antes estavam em banco de dados isolados na empresa. Hoje, tais parâmetros estão todos disponibilizados em tempo real de projeto. Em caso de necessidade de simulação de uma ampliação de subestação, por exemplo, é possível ter acesso a estas informações que antes ficavam ilhadas em partes diferentes da empresa. Isso confere mais precisão e efetividade ao projeto, que passa a ser baseado em evidências diárias que a operação do ativo vivencia. Além disso, minimiza erros, perdas e retrabalhos no caso de uma licitação de compras”, afirma, Gerson Lima, pesquisador da UFU.
BIM Mandate
Este projeto de pesquisa e desenvolvimento também prevê a criação do BIM Mandate, um caderno de encargos que contemplará a metodologia de planejamento, concepção e construção de projetos. Segundo FURNAS, ele servirá de referência para o desenvolvimento de futuros empreendimentos e ampliações de subestações e usinas.
“O setor elétrico precisa avançar na gestão integrada de suas obras, garantindo transparência em todas as etapas do ciclo de um empreendimento, ampliando eficiência e reduzindo custos. Dentro deste contexto, esse projeto de P&D+I é estratégico e está totalmente alinhado à diretriz de Inovação Tecnológica da empresa, objetivando difundir e promover a adoção de uma metodologia integrada BIM/GIS/ERP em FURNAS, e referencialmente nas empresas Eletrobras, como requisito indispensável para o planejamento, acompanhamento, operação, manutenção e fiscalização dos empreendimentos de geração e transmissão de energia”, destaca Fabiana Teixeira, Superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de FURNAS.
Fontes
Ana Marotti é engenheira de FURNAS
Gerson Lima é pesquisador da UFU
Fabiana Teixeira é superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de FURNAS
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Marina Pastore
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Construção civil deve crescer 6% em 2022
Em outubro, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) havia feito a projeção de crescimento de 3,5% para o setor da construção civil. No entanto, agora a instituição elevou esta estimativa para 6%, de acordo com o estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção – terceiro trimestre de 2022”, feito em correalização com o Senai Nacional.
O estudo apontou que, depois de registrar, em 2021, o melhor desempenho desde 2010, com crescimento de 9,7%, a Construção Civil encerrou o 1º semestre/22 com alta de 9,5% em suas atividades. Vale lembrar que o PIB do setor cresceu 2,7% no 2º trimestre de 2022, em relação aos primeiros três meses do ano (na série com ajuste sazonal).
“Os números já conhecidos do segundo semestre levaram a uma forte revisão de estimativa. Dessa forma, a construção registrará o segundo ano consecutivo de alta superior à economia nacional, o que não acontecia desde 2012/2013. Também é importante destacar que o incremento das atividades do biênio 2021/2022 será de 16,28%, o maior desde o período 2010/2011, quando cresceu 22,37%”, destacou Ieda Vasconcelos, economista da CBIC.
Estes resultados reforçam a importância da construção para o desenvolvimento sustentável do país, segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC. “Novamente os números confirmam nossas expectativas e impressionam pela consistência. Quando o Brasil nos dá condição, respondemos com geração de renda, estabilidade social, melhoria da qualidade de vida das pessoas”, enfatizou.
Crescimento impulsionado desde a pandemia
Desde o 3º trimestre de 2020, o setor vem apresentando números positivos, como resultado do ciclo de negócios em andamento, originado com o incremento das atividades do mercado imobiliário no 2º semestre de 2020, segundo a CBIC.
Segundo ela, alguns fatores contribuíram para estes resultados: o fato de ter sido considerada atividade essencial durante a pandemia, a forma como as pessoas ressignificaram o valor da casa própria, além das taxas de juros que chegaram aos menores patamares históricos do crédito imobiliário.
PIB da construção civil no 2º trimestre de 2022
Outro dado apresentado pelo estudo é que os números do PIB da construção civil no 2º trimestre de 2022 superaram os da economia nacional em todas as bases de comparação e mostraram que o setor apresenta alta há oito trimestres consecutivos. O resultado acumulado em quatro trimestres, comparado com os quatro trimestres anteriores, mostra um crescimento do segmento de 10,5% contra 2,6% do PIB do país.
Geração de vagas formais
Há mais de dois anos a Construção Civil vêm registrando resultados positivos na geração de vagas formais, de acordo com a CBIC. O estudo mostrou que de junho de 2020 até setembro de 2022, ou seja, nos últimos 28 meses, a construção civil somente gerou resultados negativos no seu mercado de trabalho formal em dezembro de 2020 e dezembro de 2021, meses que são considerados sazonais e historicamente registram queda de vagas.
De janeiro a setembro de 2022, a construção civil gerou um saldo positivo de 283.566 novas vagas com carteira assinada, conforme os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. “Considerando as séries do Caged e do Novo Caged, esse é o melhor resultado, para o período, desde 2011”, aponta o estudo da CBIC.
Em setembro/22, o setor contava com 2.592 milhões de trabalhadores com carteira assinada. “Mesmo com a pandemia, o setor foi resiliente, superou os inúmeros desafios que o período impôs, cuidou de seus trabalhadores e respondeu de forma positiva para a economia do país. Isso mostra a força econômica e social da construção para o país”, afirmou Martins.
Fontes
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC)
Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC)
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Marina Pastore
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Cartilha traz orientações sobre ESG para construção civil
Entre 2019 e 2020, US$ 347 bilhões (R$ 1,8 trilhão) foram injetados em fundos de investimento focados em ESG (Environment, Social & Governance), segundo dados da Bloomberg. Além disso, nesse período, mais de 700 novos fundos foram lançados globalmente para capturar o fluxo de capital no segmento ESG. De olho neste movimento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) junto com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) lançaram a cartilha “ESG no Segmento de Obras Industriais e Corporativas”.
O documento aborda aspectos como importância do ESG para empresas de forma geral e para a indústria da construção civil. Da mesma forma, a cartilha também apresenta estratégias de mitigação de riscos; planejamento para curto, médio e longo prazos; os desafios e as oportunidades, além de estudos e pesquisas no Brasil sobre o setor.
“É o primeiro lançamento de uma cartilha com esse conteúdo. Entendemos que será uma ferramenta extremamente útil para as empresas que queiram conhecer um pouco mais e implantar o ESG nos negócios”, destaca Ilso de Oliveira, presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC.
ESG na construção civil
De acordo com a cartilha, as empresas do setor de construção civil estão passando por um momento de transição, já começaram ou deverão começar a implantar o modelo ESG nos seus negócios.
Na opinião de Thiago Gomes de Melo, coordenador da Subcomissão de Contratos do Sinduscon-MG e um dos autores da cartilha, as empresas que tratam a agenda ESG com profundidade percebem os benefícios. “Se uma obra é executada pensando na economia de combustíveis fósseis, de recursos hídricos ou de reaproveitamento de materiais, a contribuição para o meio ambiente e para a sustentabilidade será muito mais impactante e, por outro lado, ainda tem o benefício econômico dentro do seu próprio negócio”, pontua Melo.
Oportunidades geradas pelo ESG
Outro dado revelado pela cartilha é que 94% dos executivos enxergam oportunidades nas ações de ESG / sustentabilidade. No entanto, 72% admitem que estão pouco ou nada familiarizados com a sigla ESG. Ao mesmo tempo, 71% acreditam que o Estado deve controlar e estimular as empresas para que elas sigam regras ambientalmente sustentáveis. Por fim, 73% ampliarão os investimentos em ESG / sustentabilidade nos próximos dois anos. Estes números foram levantados pela CNI/FSB.
Segundo Melo, o desempenho competente de ESG pode ser atrelado a uma boa performance praticamente em todas as questões empresariais, seja de operações, gestão de pessoas, tecnologia, estratégia.
“A correlação é fortemente em todos os pilares, mas é mais forte ainda na questão econômica. As empresas que têm melhoria na gestão ESG vão apresentar resultados econômicos melhores, mais consistentes.”, afirmou Thiago, ao analisar o resultado da pesquisa. “Quanto mais madura a empresa é nos aspectos de gestão ESG, normalmente ela cresce mais na parte econômica”, disse. Segundo ele, os dados mostram que para cada 1 ponto de melhoria em ESG, espera-se 1,72 de melhoria nos aspectos econômicos.
O download da cartilha pode ser feito clicando aqui.
Fontes
lso de Oliveira, presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Thiago Gomes de Melo é coordenador da Subcomissão de Contratos do Sinduscon-MG
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Sinduscon – MG: sinduscon@sinduscon-mg.org.br
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Marina Pastore
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Startup usa plástico reciclado para imprimir casas 3D
O que seria uma casa verdadeiramente sustentável? A startup da Califórnia, nos Estados Unidos, criou um modelo que poderia se encaixar nesta descrição. A empresa utiliza um polímero plástico reciclado para realizar a impressão 3D de casas.
De acordo com a Azure, 60% do material de impressão é feito a partir deste polímero, que é frequentemente encontrado em garrafas plásticas e embalagens de alimentos.
Modelos
Atualmente, a empresa trabalha com dois modelos:
- Studio de Jardim (Backyard Studio): uma unidade de apenas um cômodo, que pode ser instalada no quintal das casas. Pode ser utilizada como escritório, ateliê, sala de ginástica ou meditação, estúdio de gravação ou sala para jogos.
- Unidade de habitação acessória (Accessory Dwelling Units – ADUs): estas são as casas propriamente ditas. Há opções de studio com apenas quarto, banheiro e cozinha, até unidades que possuem dois quartos, sala, banheiro, cozinha e lavanderia.
Os preços começam em US$ 26.900 e podem ir até US$ 204.900.
Etapas de construção
De acordo com a Azure, o processo de construção das casas impressas em 3D se dá da seguinte forma:
- Design: o cliente projeta a casa com as cores, acabamentos e detalhes de sua preferência em um configurador 3D.
- Impressão: a estrutura de cada módulo é impressa em menos de 24 horas, com base em suas especificações exatas.
- Pré-fabricação: as casas são montadas na fábrica local, com a máxima precisão e qualidade, dentro de um ambiente controlado.
- Entrega: antes da data de entrega programada, a fundação do local é concluída. Após a entrega, as casas são instaladas em 24 horas.
Parceria com o setor imobiliário
As práticas sustentáveis da startup renderam uma parceria com uma empresa do setor imobiliário, a Reinhabit. Sobretudo, a expectativa da companhia é reduzir custos e tempo de entrega. A previsão é que a empresa entregue casas que serão instaladas em três locais no sul da Califórnia em 2023. Estas residências estarão disponíveis para locação.
Segundo a Azure, ao imprimir o piso, o telhado e as paredes de uma casa dentro de sua fábrica, é possível construir unidades 70% mais rápidas e 30% mais baratas em comparação com a construção tradicional.
Concorrência
A Azure não é a única empresa a imprimir casas na região. Em 2021, a Mighty Buildings revelou que irá construir um bairro inteiro feito a partir de impressão 3D e com pegada sustentável na Califórnia.
Fonte
Azure
Contato
contact@azureprintedhomes.com
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Marina Pastore
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Verticalização das cidades aumenta busca por apês com “cara” de casas
Em 2022, São Paulo passou a contar com mais apartamentos do que casas, totalizando 1,38 milhões de unidades, de acordo com dados do Centro de Estudos da Metrópole (CEM). Esse número representa um crescimento de 80% desde a virada do século. Pela primeira vez, desde sua fundação, em 1554, a cidade de São Paulo possui mais apartamentos do que casas. Em Curitiba, por sua vez, as vendas de apartamentos tiveram um crescimento de 58% em 2021, totalizando 2.527 imóveis vendidos no município, com uma média de 505 apartamentos por mês, segundo dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi).
A verticalização das grandes cidades tem sido muito motivada pela busca de segurança e conforto. “A segurança é o principal motivo que leva as pessoas a procurarem por apartamentos. Além disso, com o amadurecimento do mercado, o público busca prédios residenciais que atuem como uma espécie de ‘casa suspensa’, ou seja, que ofereçam todos os benefícios relacionados a conforto, privacidade e sem abrir mão da liberdade de uma casa tradicional”, explica Alfredo Neto, CEO da incorporadora AG7.
Efeitos da verticalização
A concentração destes imóveis em alguns bairros traz algumas consequências positivas, como a otimização da manutenção, já que ocorre a centralização da distribuição de energia, coleta de lixo e a minimização da impermeabilização do solo.
“Com isso, menos áreas irão sofrer com o asfaltamento e calçamento. Mas este movimento exige uma aproximação por parte das construtoras e do poder público com o objetivo de realizar planejamento urbano efetivo e adequado aos limites econômicos, ambientais e sociais dessas cidades. A verticalização urbana tem ganhado cada vez mais espaço nas grandes cidades, buscando uma otimização em relação à densidade populacional crescente. A infraestrutura do entorno dos empreendimentos tem conseguido suprir a rotina das microrregiões, trazendo lazer, trabalho, segurança, arborização, comércio, conectividade e fluxo de transportes, ou seja, a verticalização só tende a trazer benefícios no longo prazo, possibilitando toda a comodidade de se morar numa casa, mesmo estando em um apartamento”, pontua Giovanna Romano, arquiteta na AG7.
Expectativas do consumidor
Na opinião de Andressa Gulin, vice-Presidente da AG7, tem ocorrido também uma mudança na mentalidade dos consumidores com relação à escolha do apartamento. “As pessoas têm cada vez mais buscado viver em suas casas e apartamentos. Para isso, é preciso mais espaço, áreas mais bem destinadas, por exemplo, escritórios, mais contato com o meio ambiente, mais verde, uma vista legal, sacada, luz, saúde e bem-estar. Hoje em dia o compacto não supre e não atende essas necessidades e precisa se adaptar”, aponta Andressa Gulin, vice-Presidente da AG7.
Além disso, a geração atual também não busca mais aquele imóvel para toda vida, como acontecia antigamente. “A antiga geração buscava muitas vagas de garagem e plantas maiores, onde o objetivo era morar para sempre e as pessoas entendiam aquela como a única compra de toda a vida. No entanto, a geração atual já não se importa tanto com carros e garagens. É mais que número de quartos, é sobre a qualidades dos cômodos, como eles recebem pessoas em suas casas, o que tem próximo a residência que abraça a rotina, se as áreas comuns atendem às necessidades de hábitos. Não é simplesmente uma entrega que não leva em consideração um estilo de vida ou serviço. Conforto para essa geração é uma mistura de facilidade e senso de pertencimento naquele local escolhido. Tem os que gostam de viver no centro porque buscam por diversidade, outros querem viver em um lugar mais antigo pois buscam aquela nostalgia de ir à padaria ou à feira do bairro. Com certeza o senso de pertencimento é o fator mais importante para esse público”, comenta Andressa.
Fontes
Alfredo Neto é CEO da incorporadora AG7.
Andressa Gulin é vice-Presidente da AG7.
Giovanna Romano é arquiteta na AG7.
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Assessoria de imprensa - henrique.vasconcellos@motim.cc
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Leilão arrecada R$ 40,6 milhões para construção de moradias de baixa renda
Durante o mês de outubro, o leilão de recompra antecipada de cotas dos Fundos de Investimento da Amazônia (Finam) e do Nordeste (Finor) arrecadou R$ 40,6 milhões. Esta foi a primeira fase e os recursos obtidos deverão ser usados para apoiar a construção de moradias para famílias de baixa renda.
De acordo com Fernando Diniz, secretário de Fomento e Parcerias com o Setor Privado do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), isso vai significar a geração de emprego e renda, além de permitir que famílias tenham acesso ao direito à moradia.
A recompra de cotas do Finam e do Finor foi incluída na Lei no. 14.165/2021, referente ao processo de desinvestimento e extinção. Ambos são fundos de natureza privada e alimentados pela aplicação de empresas em opção de imposto de renda incidente sobre o lucro real.
Participação no leilão
As empresas podiam optar entre recolher parte do imposto ou destinar a um fundo de investimento em projetos nas duas regiões, recebendo cotas, em troca.
Para participar do leilão, os detentores de ações precisaram registrar oferta de compra ou de venda no Sistema de Negociação Eletrônica da B3, informando a quantidade de cotas e o preço por lote de mil cotas.
Cotas
Para este leilão, foram disponibilizadas 308 bilhões de cotas. Destas, 94,9 bilhões foram recompradas pelo Fundo de Investimento do Nordeste. O valor-base para cada lote de mil cotas foi de R$ 0,90 – o valor patrimonial das frações está avaliado em cerca de R$ 1,28. Isso significa que a cada lote de mil cotas, R$ 0,38 serão doados ao setor habitacional. O valor alcançado para este fim foi de R$ 36 milhões.
Para o Finam, de um total de 200 bilhões, foram readquiridas 49 bilhões de cotas pelo Fundo de Investimento da Amazônia. Neste caso, os lotes de mil cotas estão avaliados em R$ 0,49 e o valor de recompra apontado no edital foi de R$ 0,40. Com isso, os R$ 0,09 de diferença serão destinados à construção de moradias. O total levantado foi de R$ 4,6 milhões.
Novo leilão
Segundo o MDR, um novo leilão deverá ser chamado nos próximos dias para alcançar a meta de arrecadação de R$ 100 milhões para o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
Fontes
Ministério do Desenvolvimento Regional
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Publicação comenta a ABNT NBR 9062
Durante o Congresso do Jubileu de Ouro do Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), o Comitê CT 304 de Pré-fabricados de Concreto (IBRACON – ABCIC) lançou a a publicação “Norma Comentada (ABCIC- ABECE- IBRACON) ABNT NBR 9062 – Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado”. O CT 304 é coordenado pela Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC).
De acordo com a engenheira Íria Lícia Oliva Doniak, presidente da ABCIC e responsável pela coordenação do projeto, o título se destina a todos os profissionais envolvidos com a cadeia produtiva do concreto pré-moldado, projetistas, indústrias e contratantes.
“Estamos lançando esta publicação que apresenta a ‘ABNT NBR 9062 – Projeto e Execução de Estruturas Pré-moldadas de Concreto’ comentada e com exemplos numéricos, como uma primeira contribuição à sociedade, à construção civil e ao setor, bem como aos profissionais técnicos que nele atuam. O material foi feito com o apoio e participação da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), tomando como exemplo as ações do CT-301. É neste contexto que este material foi pensado e desenvolvido, com o objetivo de divulgar o correto entendimento do texto normativo das estruturas pré-moldadas. Ainda, a publicação busca promover o próprio sistema pré-moldado desde o ensino dentro das universidades até os canteiros de obras”, expõe Íria.
Importância da bibliografia sobre pré-moldados
Na opinião de Íria, apesar de nos últimos anos o desenvolvimento tecnológico e a normalização terem avançado a passos largos, a quantidade de bibliografias associadas aos pré-moldados ainda é escassa quando comparada à forma convencional de utilização do concreto nos canteiros de obras.
“As estruturas pré-moldadas de concreto, ao longo de sua história no Brasil e no mundo, têm se apresentado como importante solução em obras destinadas a diferentes segmentos da economia, infraestrutura e habitações. Também estão presentes em distintas tipologias de forma isolada ou em combinação com outros sistemas construtivos, como o concreto moldado ‘in loco’, estruturas metálicas ou de madeira”, pontua Íria.
Difusão de conhecimento sobre pré-moldados de concreto
Esta publicação também tem o intuito de difundir e esclarecer questões relacionadas ao conhecimento a respeito deste sistema construtivo. “Muitas vezes, há a pretensão de se utilizar os pré-moldados de concreto na obra, porém sem ter em conta as suas principais diferenças em relação à execução das estruturas de concreto no local de uso definitivo. Isso é de fundamental importância para o uso adequado bem como para se extrair o máximo potencial e resultado de seu emprego”, aponta Íria.
Além disto, o uso deste material traz a necessidade da atualização da interpretação de textos normativos. “Assim como a evolução da indústria, dos materiais e dos novos requisitos, como de desempenho e sustentabilidade. Ao mesmo tempo, o avanço das pesquisas acadêmicas requer que a comunidade técnica voltada ao tema esteja de forma permanente reunida promovendo a melhoria contínua, função exercida pelo Comitê CT 304 de Pré-fabricados de Concreto (IBRACON - ABCIC)”, comenta Íria.
Outro ponto mencionado pela engenheira é que o texto normativo representa o conhecimento do momento em que ele foi publicado – o que traz a necessidade constante de revisão. “Muitas pesquisas e descobrimentos são feitos entre as revisões destas normas e acabam não sendo incorporados dentro do seu corpo a tempo de ser utilizado pela comunidade técnica”, explana.
Fontes
Íria Lícia Oliva Doniak é engenheira, presidente da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC) e responsável pela coordenação do projeto
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Marina Pastore
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Preços dos imóveis residenciais voltam a acelerar em setembro
Em setembro, os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais do país subiram em média 1,36%, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em agosto, esse índice foi de 1,32%. Entretanto, no acumulado de 12 meses do IGMI-R/ABECIP, manteve-se a tendência de queda dos meses anteriores, passando de 15,14% em agosto para 14,68% em setembro.
De acordo com a Abecip, alguns fatores importantes colaboraram para esse otimismo, como a indicação do término do processo de aumentos na taxa de juros básica, o recuo da inflação, a retomada do nível de atividades com reflexos na recomposição da massa salarial, e a redução das pressões dos custos ligados aos insumos da produção.
“Esse contexto deve assegurar a manutenção dos valores reais dos imóveis residenciais nos próximos meses, na medida em que a tendência de desaceleração nas variações nominais de seus preços parece acompanhar um arrefecimento das pressões inflacionárias de forma geral no Brasil”, informou a Abecip.
Índice por capitais
Ao considerar as médias do mês de setembro, as cidades que tiveram maior crescimento foram Recife (2,20%), Salvador (2,01%) e Porto Alegre (1,85%).
No entanto, ao comparar o segundo e o terceiro semestres de 2022, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Goiânia caracterizaram-se pela desaceleração - mesmo apresentando um nível ainda superior ao da média nacional. Por outro lado, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife tiveram uma recuperação no terceiro trimestre, enquanto Brasília, Curitiba e Salvador não só aceleraram, como ficaram acima da média nacional.
Veja alguns resultados comparativos entre os dois trimestres do ano:
Queda
Na capital paulista, o resultado do terceiro trimestre foi de 15,28% - no segundo trimestre, havia sido 18,29%. A capital fluminense apresentou um aumento de 15,34% no terceiro trimestre, contra 19,68% no segundo.
No terceiro trimestre, a capital gaúcha teve crescimento de 11,71%, enquanto o segundo semestre foi de 13,40%. Em Goiânia, o crescimento no terceiro semestre foi de 15,85% e, no segundo, de 15,85%.
Recuperação
A capital mineira subiu de 9,61% no segundo trimestre para 10,94% no terceiro. Fortaleza, por sua vez, foi de 9,76% para 11,07% entre um período e outro. Recife teve uma recuperação mais lenta, indo de 7,12% para 7,90%. Todas estas cidades ficaram abaixo da média nacional, de 15,14%.
Aceleração acima da média
Brasília, Curitiba e Salvador destacam-se ao apresentar aceleração no terceiro trimestre, colocando as variações acumuladas acima da média nacional. Na capital federal, o índice foi de 16,52% para 16,89% quando comparados os segundo e terceiro trimestres. Já em Curitiba foi de 15,92% para 16,43%. Em Salvador, o índice foi de 15,38% para 15,72%.
Fontes
Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)
Contato
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Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP