Vendas de materiais de construção crescem pelo quarto mês seguido
Segundo o mais recente levantamento, faturamento no mercado interno registrado pela Abramat cresceu 1,28% em agosto
Pelo quarto mês consecutivo, de acordo com o Índice de Vendas elaborado pela Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), houve crescimento no faturamento no mercado interno: 1,28% em agosto comparado a julho. O quadro de melhora constante desde maio de 2009 se deve em parte às medidas de estímulo anunciadas pelo governo, como a ampliação da validade do IPI reduzido para materiais, e o início da implantação do programa Minha Casa, Minha Vida. O resultado acumulado nos últimos 12 meses, com a influência da crise financeira internacional, representa queda de 7,74%.
Para o presidente da Abramat, Melvyn Fox, o crescimento nos últimos meses é um sinal da recuperação do setor, duramente afetado pela crise. O ano passado foi atípico: vínhamos crescendo fortemente, mas a freada a partir do último trimestre, nos levou de volta aos patamares de 2007, explica Fox. Apesar disso, nos últimos quatro anos o setor tem crescido, e agora é possível planejar melhor e manter essa ascensão de maneira sustentada.
Em vista dos resultados obtidos até o momento, a previsão de fechamento para 2009 foi revisada para baixo, com expectativa de resultado 5% inferior a 2008. Ainda assim, esta nova previsão representa um crescimento real de 8% em relação a 2007, refletindo uma evolução mais realista do setor no ambiente pós-crise.
As perspectivas da associação são confirmadas pela confiança das indústrias de materiais. De acordo com o Termômetro Abramat, sondagem realizada entre as associadas, 75% dos empresários estão otimistas com o desempenho da Construção Civil a partir de outubro. Até agosto, 6% estavam pessimistas, e esse número caiu para zero.
Fonte: Abramat
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Programa PIPA é modelo de responsabilidade social
Itambé leva qualidade de vida ao entorno de sua fábrica e mineradora, investindo em educação e saúde
As empresas descobriram que uma das formas de se tornarem competitivas está associada a fazer o bem. Só que esse bem deve ultrapassar o conceito antigo de filantropia. Hoje, o que prevalece é a responsabilidade social das corporações, cujo conceito é o comprometimento permanente com o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida de seus empregados, de suas famílias, da comunidade local e da sociedade onde está inserida.
Dentro desta filosofia, a Cimento Itambé desenvolve desde 2001 o PIPA (Programa Itambé de Participação Social). O projeto prioriza a educação e a saúde nas comunidades de Balsa Nova, onde se localiza a fábrica da empresa, e Campo Largo, onde está a mineradora. Nosso programa se sustenta em três vértices: valorização do potencial humano, respeito ao meio ambiente e contribuição com as comunidades, explica Rosemeri Ribeiro, coordenadora de comunicação corporativa e responsabilidade social da Itambé.
Em Balsa Nova, a comunidade diretamente beneficiada é a que vive no Jardim Serrinha. Em Campo Largo, o programa atinge os moradores de Itambezinho. São mais de três mil pessoas que já ganharam postos de saúde e reformas nas escolas através de investimentos diretos da Itambé. Nós não repassamos verba. Desenvolvemos nossos próprios projetos e aplicamos nossa expertise, que é construir. Fazemos o diagnóstico social, ouvindo as associações de moradores e o poder público, mas o programa é 100% capitaneado pela Itambé, revela Rosemeri.
O PIPA conta com a participação efetiva de outros departamentos da Itambé, como a área de Novos Projetos, que viabiliza a mão de obra para as construções. Além disso, as localidades beneficiadas diretamente têm relação com as famílias dos funcionários e dos terceirizados da empresa. O objetivo do programa é ser um agente transformador do entorno da fábrica e da mineradora da Itambé. É aquela história de que boas cercas fazem bons vizinhos, assegura a coordenadora do programa.
Com a melhoria de infraestrutura, sobretudo nas escolas do Jardim Serrinha e de Itambezinho, a Itambé vem detectando um impulso na qualidade dos alunos. Os estabelecimentos de ensino, que antes atendiam apenas até o ensino fundamental, agora já têm espaço e infraestrutura para o ensino médio. As escolas também passaram a conceder cursos de alfabetização. Isso vai se refletir na qualidade dos funcionários da Itambé no futuro. Já que muitos dos estudantes de hoje poderão se tornar funcionários da empresa no futuro, avalia Rosemeri.
Ganhador de uma série de prêmios ao longo destes oito anos, o PIPA não é o único projeto de responsabilidade da Itambé. A empresa realiza ações também com seus stakeholders acionistas, funcionários e clientes -, promovendo cursos de capacitação e investindo constantemente em seu quadro corporativo. São empreendimentos que reforçam a imagem e o código de ética da empresa. O principal legado disso tudo é a transparência. A Itambé busca o lucro, como todas as empresas o fazem, mas busca também transformar a vida das pessoas. Esse é o verdadeiro conceito de responsabilidade social, finaliza Rosemeri Ribeiro.
Artigo complementar
Projetos sociais e empresas
Evelyne Leandro*
A sociedade, ao refletir sobre a parcela de responsabilidade social cabível às empresas, tem alcançado grandes conquistas. A principal delas é que as empresas começam a reconhecer que são responsáveis pelo que fazem ao ambiente em que estão inseridas e partem do princípio básico de que o que tiram devem devolver.
A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) pode ser efetuada através de pequenos projetos sociais internos ou externos à empresa. Os internos atendem aqueles que se relacionam diretamente com a empresa, os chamados stakeholders, como: funcionários, acionistas, clientes, fornecedores, comunidade etc. Ações simples, como o estabelecimento do código de ética, podem auxiliar a iniciar o processo de integração da responsabilidade social aos valores da empresa.
A RSE não se restringe a execução de projetos sociais apenas, é uma nova forma de administrar e produzir recursos de forma sustentável. Isso quer dizer que a RSE vai do microambiente (as instalações da empresa e seus stakeholders) até o macroambiente (a cidade, o estado ou o país a que pertence).
São consideradas ações externas os projetos sociais executados por intermédio de outra organização, a exemplo do financiamento de projetos de ONGs (Organizações Não Governamentais). A marca da empresa aparece como patrocinadora do projeto, estando presente nas ações de comunicação e divulgação do projeto, fortalecendo sua imagem como empresa socialmente responsável.
Esses projetos sociais podem ser considerados como parte do conjunto de realizações da empresa, com parceria ou não de outras empresas apoiadoras. Mais que isso, devem se tornar um hábito, parte da cultura empresarial, como requisito para uma gestão responsável e contributiva.
* Consultora especialista em Terceiro Setor e responsabilidade Social
Email: evelyne.leandro@gmail.com
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Minha Casa, Minha Vida desonera burocracia
Programa habitacional alterou as regras de registros de imóveis para os mutuários e para os empreendedores
A lei 11.977, que criou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, também alterou as regras de registros de imóveis para os mutuários e de custos cartoriais para os empreendedores. A medida desonera o peso da burocracia sobre as moradias, tanto para quem compra quanto para quem constrói.
Veja quanto sairá o registro de imóveis para os mutuários com o pacote habitacional:
- Renda de zero a três salários mínimos: registro gratuito.
- Renda de três a seis salários mínimos: redução de 90%
- Renda de seis a dez salários mínimos: redução de 80%.
Já o construtor terá redução de 90% nos custos cartoriais quando o imóvel custar até R$ 60 mil; de 80%, quando o imóvel custar até R$ 80 mil, e de 75%, para imóveis até R$ 130 mil.
O Minha Casa, Minha Vida ainda prevê redução dos custos de incorporação das construtoras. As matrículas abertas a partir do registro da incorporação não resultarão em novos encargos para o empreendedor. Além disso, emolumentos serão cobrados como se fossem uma única matrícula.
Haverá ainda redução do prazo para registro da incorporação nos cartórios. Hoje o limite é de 30 dias para obter o número e o registro definitivos da incorporação. A partir do programa, em 15 dias o cartório fica obrigado a conceder o número do registro que permite o início do empreendimento e terá mais 15 dias para a emissão do registro definitivo. O descumprimento de qualquer uma destas novas medidas, por parte dos cartórios, acarretará em multa de R$ 100 mil.
Apesar do risco de sanções, a Associação dos Notários e Registradores (Anoreg) vê que as novas regras impostas pelo Minha Casa, Minha Vida terão um impacto administrável para os cartórios. O programa só pode ser aplicado uma única vez para cada pessoa física e uma única vez para cada imóvel. Com isso, acreditamos que o benefício social do programa compensa eventuais perdas dos cartórios, avalia Luiz Gustavo Leão Ribeiro, vice-presidente de registro de imóveis da Anoreg.
A associação espera que o pacote habitacional reverta uma realidade brasileira, causada pelo peso da burocracia. No país, calcula-se, cerca de 50% dos imóveis têm algum tipo de irregularidade na documentação. As mais comuns seriam ausência de projeto aprovado, falta de Habite-se, inexistência de recolhimento do INSS ou não pagamento de ITBI (Imposto de Transmissão de Imóveis Inter Vivos).
Por isso, a Anoreg alerta para os detalhes a serem observados no momento da compra de um imóvel, como certidões, matrículas, extratos, recolhimentos de impostos, alvará de construção e Habite-se. Dessa forma, o comprador não será surpreendido por situações desagradáveis, que podem ter sérias consequências, alerta Luiz Gustavo Leão Ribeiro.
Impasse resolvido
Assim que foi promulgada, em julho deste ano, os cartórios passaram a dar outra interpretação para a lei 11.977. Entendiam que a isenção de despesas cartoriais recaía apenas sobre o registro de empreendimentos coletivos. Isso obrigou o governo federal a publicar um decreto regulamentando a questão. Assim, o Decreto n.º 6.962, publicado no dia 18 de setembro no Diário Oficial da União, define que a isenção e/ou redução de despesas cartoriais vale para imóveis novos construídos isoladamente.
Para o ministério das Cidades, essa regulamentação era o que faltava para o programa deslanchar. A aposta é que no ano que vem seja possível construir 250 mil moradias de baixa renda, já que o governo reservou R$ 10 bilhões no projeto do Orçamento Geral da União para o Minha Casa, Minha Vida. Segundo declaração do ministro Márcio Fortes, via assessoria de imprensa, todas as medidas já foram tomadas. Esse conjunto de ações tornará possível o sonho da casa própria, facilitando a compra e as ações da empresas. Agora é construir, disse.
Texto complementar
Como fazer:
Para obtenção da isenção ou da redução de custas e emolumentos cartoriais previstas no art. 43 da Lei n.º 11.977, de 2009, o interessado deverá apresentar ao cartório os seguintes documentos:
I - declaração firmada pelo beneficiário, sob as penas da lei, atestando que o imóvel objeto do registro ou averbação requerido é o primeiro imóvel residencial por ele adquirido;
II - declaração do vendedor, sob as penas da lei, atestando que o imóvel nunca foi habitado;
III - declaração firmada pelo agente financeiro responsável atestando o enquadramento da operação às condições estabelecidas para o Programa Minha Casa, Minha Vida.
IV - Essas exigências poderão ser supridas mediante a inclusão de cláusulas específicas no instrumento contratual levado a registro ou averbação.
Entrevistado: Luiz Gustavo Leão Ribeiro, vice-presidente de Registro de Imóveis da Anoreg: gustavoleao@globo.com
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Fenômenos climáticos exigem cuidados na construção
Será que as edificações do nosso país estão preparadas para suportar os fenômenos atmosféricos como os que estão acontecendo?
Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes Assessor Técnico Comercial Itambé
Em março de 2004, a população de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul se depararam com um fato inédito no Brasil. O primeiro ciclone tropical do Atlântico Sul, com rajadas de ventos de até 180 km/h, o que o classificou na categoria 2 da escala Saffir-Simpson.
A escala indica o potencial de destruição de um furacão levando em conta a pressão mínima, o vento e a ressaca causada pela tormenta. Os fenômenos são classificados em categorias que variam de 1 a 5. Na primeira categoria os ventos variam de 118 km/h a 152 km/h e não causam danos a estruturas de construções, mas podem arrastar arbustos e árvores e também podem causar pequenas inundações em vias costeiras e pequenos danos em marinas. Já a categoria 5 causa danos catastróficos, com ventos superiores a 250 km/h.
Pesquisas indicam que os ciclones sobre o Atlântico serão cada vez mais frequentes, além disso, grandes inundações também se tornaram comuns no Brasil. De acordo com um estudo feito pelo norte-americano James Biles, da Universidade de Indiana, e pelo argentino Daniel Cobos, da Universidade Nacional de Cuyo, a América Latina é uma das áreas mais expostas a desastres naturais. Nos últimos 10 anos, eles resultaram na morte de 45 mil pessoas e causaram prejuízos de US$ 20 bilhões.
Em resposta aos fenômenos climáticos que têm acontecido, tais como ciclones, avalanches, terremotos e enchentes, engenheiros e arquitetos se perguntam: Como construir para resistir a estes efeitos? Quais os cuidados que devem ser adotados desde a concepção do projeto até a escolha do sistema construtivo?
Práticas para minimizar os efeitos de uma catástrofe:
- Jamais construa em áreas de risco tais como: margens de rios, áreas sujeitas a inundações e deslizamentos, sob encostas de morros, etc.
- Ao construir, consulte o código de obras do município. Um bom código de município aborda as áreas que representam riscos de construção e não irá liberar alvará para que se construa nestas áreas, minimizando assim o risco de morte causado por deslizamentos, por exemplo.
- A edificação deve estar de acordo com as normas técnicas construtivas.
- Em áreas sujeitas a vendavais, as telhas precisam ser fixadas ao telhado, porque caso se desprendam se convertem em verdadeiras armas, já que podem se deslocar a grande velocidade. Existem sistemas que resistem a ventos de até 200 km/h. A norma brasileira pede resistência de até 144 km/h.
- A estrutura do telhado deve ser reforçada, já que a massa de ar incidente contra a estrutura forma vácuo causando destelhamento e por isso a estrutura deve estar suficientemente presa, com o uso de travamento de vigas e estas por sua vez devem estar bem aderidas aos pilares das moradias. Portanto, estruturas de madeira simples não são as mais indicadas para estas regiões.
- As portas e janelas devem ser bem lacradas, para não permitir o aumento da pressão interna na moradia. Janelas pequenas e em maior número poderiam ser uma solução, pois assim se manteria a mesma área de janela e minimizaria os riscos de quebras e acidentes, já que são alvos de pedras. Outra opção seria usar janelas mais resistentes e com malhas de aço.
- Casas com estruturas de concreto armado são melhores que de madeira, pois resistem mais e melhor à queda de árvores ou impactos de objetos com pesos significativos.
- Existem projetos com design de que devido ao formato resistem melhor a fortes vendavais, por isso deve-se consultar um arquiteto antes de construir nestas áreas.
- Em áreas sujeitas a inundações, as casas devem ser projetadas mais altas (montadas sobre pilares) e as fundações por sua vez devem ser melhoradas.
- No caso de terremotos a maneira mais eficiente de reduzir os danos é melhorar a resistência das edificações, por meio de pilares e vigas mais resistentes, ou utilizando-se um sistema construtivo (alvenaria estrutural, por exemplo) capaz de absorver melhor as deformações.
- A estrutura da edificação deve ser constantemente inspecionada a fim de investigar pontos frágeis (corrosões, cupim ou podridão no madeiramento).
- Prever a correta manutenção da residência, o que inclui uma simples pintura da edificação que impermeabilizará melhor a parede prolongando a vida útil da edificação.
- Chame sempre um especialista da área ao menor sinal de problemas na edificação a fim de adotar corretas práticas para remediar ou recuperar a estrutura.
Mas não é somente o poder privado que deve adotar práticas para minimizar os efeitos de uma catástrofe, o poder público também pode e deve colaborar. Seguem alguns exemplos:
- Adotar maior rigor ao liberar alvará de projetos de moradias.
- Utilizar tubulações de água e esgoto mais resistentes, pois além de conferirem maior durabilidade ao sistema, representam menor risco de alagamentos e infecções por contaminação de água pública devido à danificação da rede, o que também pode causar propagações de doenças como leptospirose etc.
- Estudar a possibilidade de utilizar fios de alta tensão subterrâneos, pois atualmente são comumente elevados, podendo causar danos maiores caso caiam, além de representar risco às pessoas devido a choque elétrico.
Aprimorar a qualidade das construções pode ser uma boa maneira de se evitar novas tragédias, contudo, sabe-se que as características das moradias que resistem a estes efeitos climáticos não apenas contemplam alguns cuidados ou o uso de novas tecnologias, mas também o acréscimo de elementos que antes não se via como quartos especialmente desenvolvidos para armazenar fontes de energia, alimentos, kits de primeiro socorros e água.
Embora isto torne a construção mais cara, estas melhorias continuam sendo desenvolvidas e aplicadas devido ao clamor dos próprios compradores. Atualmente existe inclusive uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para que os países desenvolvam moradias que suportem fenômenos meteorológicos severos. E não obstante, o quarto informe do grupo intergovernamental de especialistas sobre a mudança climática, vinculado à ONU, alertou para o aumento de ciclones e furacões devido à elevação da temperatura no planeta, bem como para o fato de que o nível do mar poderá subir até um metro antes do final deste século.
De qualquer maneira, mesmo alterando as normas construtivas, edificações mais antigas continuarão existindo, pressupondo todos os riscos a elas envolvidos.
Assim nota-se que é praticamente impossível se proteger de desastres naturais o que nos remete à prevenção, por meio da conscientização da população para que se construa utilizando as melhores práticas e, além disso, aperfeiçoando sistemas de previsões do tempo e orientando a população exposta sobre como reagir em caso de perigo.
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Construtech 2009 reunirá profissionais da indústria da construção
Habitação popular e programa Minha casa, Minha Vida são destaques no evento
De 20 a 22 de outubro, será realizado no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, o Construtech 2009 Encontro dos Profissionais da Indústria da Construção e Arquitetura.
O evento promovido pela PINI, principal editora brasileira especializada no construbusiness, alia um ciclo de palestras de especialistas e profissionais renomados com uma área de exposição de produtos, sistemas e tecnologias para a indústria da construção.
Para o diretor de redação da PINI, Eric Cozza, o Construtech chega à terceira edição como referência em evento presencial para profissionais de engenharia civil, construção e arquitetura. Neste ano são aguardados cerca de 2 mil profissionais de todo o país. Os participantes terão oportunidade de trocar ideias com grandes especialistas do mercado, que vão expor conceitos, métodos e dicas para enfrentar o dia-a-dia do setor.
A principal novidade do Construtech 2009 é o tema que será apresentado, tanto no ciclo de palestras quanto na área de exposição, que envolverá a questão da Habitação e o Plano Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. O objetivo é apresentar alternativas técnicas, comerciais e econômicas para a construção de moradias populares em larga escala. Serão detalhadas metodologias, tecnologias e referências de projeto no Brasil e no Exterior explica Eric Cozza.
Durante o evento haverá um ciclo de palestras técnicas e uma área de exposição para que as principais empresas do mercado da construção civil e arquitetura apresentem produtos, soluções construtivas, novidades tecnológicas e alternativas para habitação popular.
Confira a programação do Construtech 2009
20 de outubro
14h - Seminário Tecnologia e Sistemas Construtivos para o Segmento Residencial Diferenciais competitivos e fatores de sucesso para construtoras e incorporadoras
* Norma de Desempenho e as Novas Exigências para a Construção Civil em 2010 Engenheiro Carlos Alberto de Moraes Borges Presidente do Cobracon da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
* Projeto Estrutural para Empreendimentos do Segmento Econômico e Supereconômico Fatores Críticos de Sucesso Engenheiro Francisco Graziano Pasqua & Graziano Associados
* Lean Construction e a Estabilização do Processo Produtivo na Construção Civil Engenheiro Antonio Sérgio Itri Conte Logical System Consultoria
* Case Cyrela Brasil Realty Industrial de Desenvolvimento Tecnológico para o Segmento Econômico Engenheiro Giorgio Lorenzo Maria Vanossi Cyrela Brazil Realty Industrial (CBRI)
* Case Rodobens de Desenvolvimento Tecnológico para Segmento Econômico Engenheiro Geraldo Cesta Rodobens Negócios Imobiliários
21 de outubro
14h - Fórum Engenharia de Custos na Construção Residencial Da Validação dos Investimentos às Compras de Materiais e Serviços de Construção
* Validação de Investimentos em Empreendimentos de Habitação Popular Prof. João da Rocha Lima Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
* Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil Engenheiro Pedrinho Goldman Pekman Engenharia
* Como Gerenciar Contratos com Empreiteiros Engenheiro André Augusto Chomma Autor do Livro Como Gerenciar Contratos com Empreiteiros Editora PINI
* Estimativas Orçamentárias para Construção Residencial com Levantamento de Quantidades em Plataforma BIM Engenheiro Bernardo Corrêa Neto e Arquiteta Priscila Castro Editora PINI
22 de outubro
14h Fórum Arquitetura Residencial Ibero-Americana Projetos e Referências
* Projetos Residenciais na Espanha Arquiteto Pedro Paes Lira ACXT Arquitectos / Grupo DOM
* Vilas e Conjuntos Residenciais Arquiteto José Armênio de Brito Cruz Piratininga Arquitetos Associados
* Projetos Residenciais Arquiteto Jorge Königsberger - Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
* Projetos Residenciais Solano Benítez - Gabinete de Arquitectura (Paraguai)
22 de outubro
14h Seminário Desafios e Oportunidades no Mercado de Obras Públicas Perspectivas de Negócios com o PAC e a Copa de 2014 para Empresas de Todos os Portes
* Melhores Práticas em Orçamentos e BDI para Obras Públicas Engenheiro Maçahico Tisaka Autor do Livro Orçamento na Construção Civil Editora PINI
* Formatação de Parcerias Público-Privadas na Construção Civil Advogado Benedicto Porto Neto Porto Advogados
* Oportunidades e Desafios com o PAC e a Copa de 2014 Engenheiro José Roberto Bernasconi Presidente do Sinaenco Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva
* Engenharia e Tecnologia da Construção para Obras de Grande Porte Engenheiro Luiz Roberto B. Chagas Construtora Norberto Odebrecht
* Diretrizes e Atuação do Tribunal de Contas da União na Fiscalização de Obras Engenheiro Carlos Sebastião da Costa Titular da 1ª Diretoria Técnica do Secob Secretaria de Fiscalização de Obras do Tribunal de Contas da União
Apoio: SindusCon-SP Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo; do IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo; da APEOP Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas; da CBIC Câmera Brasileira da Indústria da Construção; do Secovi SP Sindicato da Habitação; do Sinaenco Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva; e das revistas Construção Mercado, Téchne e AU-Arquitetura & Urbanismo.
Mais informações: (11) 2173-2474
construtech@pini.com.br
Programação
Jornalista responsável Vogg Branded Content Jornalista responsável Caroline Veiga DRT/PR 04882
Confira fotos em 360 graus da maior ponte da Amazônia
Obra sobre o Rio Negro tem 3.600 m e ligará Manaus a Iranduba. Veja, em fotos panorâmicas, como a ponte está sendo construída
Créditos: Vanda Pereira Cúneo - Assistente de Marketing
Não há como passar pela orla de Manaus sem notar a construção da maior ponte da Amazônia. Com 3.600 m de comprimento, ela está sendo erguida sobre o Rio Negro e ligará a capital amazonense à cidade vizinha de Iranduba.
Os leitores do Globo Amazônia serão os primeiros a subir na ponte, que ainda não está aberta. Por meio de uma nova ferramenta lançada na última semana, o internauta poderá ver a obra a partir de dois pilares de mais de 50 metros de altura.
Para não atrapalhar o tráfego de grandes embarcações, a ponte terá dois vãos livres de 55 metros de altura por 200 m de largura. No meio desses dois trechos ficará um mastro de 158 metros, servindo de sustentação para cabos de aço que vão segurar a ponte.
A obra, que custou ao governo do estado R$ 574 milhões, terá 74 pilares e irá consumir 14,5 mil toneladas de aço, além de 138 mil metros cúbicos de concreto o equivalente a 25 prédios de 20 andares. A previsão é que carros possam circular sobre a ponte em março de 2010.
Suba na ponte que está sendo construída em Manaus
Fonte: Globo Amazônia
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Metrô transforma vida da Grande Porto Alegre
Primeira linha da obra estará totalmente concluída em 2010, mas projeto ganhará expansão para a Copa de 2014
Apesar das chuvas que atingiram Porto Alegre e região metropolitana em setembro, as obras que finalizam o trecho da linha 1 do metrô de superfície da Trensurb caminham para serem concluídas em 2010. Dividida em 5 trechos, a construção de 9,3 quilômetros se unirá aos 33,8 quilômetros já concluídos para desafogar o tráfego no trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, passando por Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e São Leopoldo.
Com o metrô, o morador de Novo Hamburgo poderá ir a Porto Alegre em 55 minutos, evitando o violento e engarrafado trânsito da BR-116. "A etapa final da obra vai incorporar mais 35 mil usuários aos 170 mil usuários que já utilizam o serviço da Trensurb", afirma o superintendente de Expansão e Obras da Trensurb, engenheiro Humberto Kasper.
O projeto do metrô, concebido em 1976, sofreu atualizações e agregou obras de infraestrutura que vão transformar o entorno da linha 1. "Toda a área sob o elevado receberá estacionamento, ciclovia, pistas para skate e outras demandas que atendam às necessidades da comunidade, assim como drenagem pluvial, saneamento e pavimentação de ruas e calçadas", explica Humberto Kasper. Além disso, todas as estações do metrô terão interligação tarifária com mais de 280 linhas de ônibus da região metropolitana de Porto Alegre. Esse conjunto construtivo está orçado em R$ 691,25 milhões, incluindo obras civis e sistemas operacionais.
Construído em sistema elevado, o metrô de Porto Alegre tem todo o concreto da obra fornecido pela Concresul Britagem Ltda. Uma parte dos materiais usados na construção está sendo moldada in loco, como fundações e pilares. Já vigas e lajes são pré-moldadas. O sócio-gerente da Concresul, Pedro Antônio Reginato, revela que a obra está utilizando um concreto com especificação exclusiva nas vigas pré-moldadas. "Ele possui cura térmica com vapor d´água, informa. Segundo o superintendente da Trensurb, Humberto Kasper, a obra engloba 184 mil postos de trabalho.
Todo cimento desta etapa do metrô será fornecido pela Itambé, que assessorou a obra para a escolha do melhor tipo de cimento, tendo em vista a necessidade de desempenho e o combate à reação álcali-agregados.
Copa 2014
Paralelo à construção da linha 1 do metrô, a Trensurb está desenvolvendo o projeto do metrô de Porto Alegre-Linha da Copa, além da ligação por aeromóvel da estação Aeroporto com o Aeroporto Internacional Salgado Filho.
A Linha da Copa é a primeira etapa da implantação de um anel metroviário com 34,4 quilômetros de extensão. O projeto prevê a construção de 15,3 quilômetros, que irão transportar, em média, 290 mil usuários por dia, com uma frota de 25 composições de 4 carros, com capacidade de 760 passageiros cada.
Com previsão de conclusão em 2013, esta nova linha permitirá que o metrô de Porto Alegre tenha capacidade total de transporte de 670 mil usuários por dia, com 24 estações convencionais e sete estações de integração multimodal. A linha da Copa tem o traçado previsto para iniciar na Avenida Borges de Medeiros, perto do Mercado Público, passando pelas avenidas José de Alencar, Azenha, Bento Gonçalves e João de Oliveira Remião, com previsão de investimento em torno de R$ 2,5 bilhões.
O projeto prevê 12 estações:
* Rua da Praia-Mercado
* Capitólio
* Daer
* Praça Itália
* Getúlio Vargas
* Botafogo
* Santo Antonio
* Barão do Amazonas
* Campus da PUC
* Carrefour
* Antonio de Carvalho
* Campus Agronomia
Haverá ainda cinco estações de integração multimodal (Beira-Rio, Rótula do Papa, Azenha, Aparício Borges e João de Oliveira Remião).
Por seu traçado, a linha da Copa atenderá 15 bairros:
* Centro
* Cidade Baixa
* Praia de Belas
* Menino Deus
* Santa Teresa
* Medianeira
* Azenha
* Santana
* Santo Antônio
* Partenon
* Aparício Borges
* João Pessoa
* São José
* Jardim Carvalho
* Agronomia
Aeromóvel
O aeromóvel, que ligará a estação Aeroporto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, terá 854 metros de extensão, percorridos em 70 segundos. Para atender aos usuários, o aeromóvel contará com dois carros, um para 150 e outro para 300 passageiros, utilizados conforme a demanda necessária. A linha terá dois terminais, um na área paga da estação e outro junto à passarela de acesso ao edifício garagem do aeroporto. A transferência entre linhas será feita sem ônus aos passageiros, o que significa que o passageiro que desembarcar no Aeroporto Salgado Filho pagará o valor unitário da passagem para utilizar o aeromóvel até a estação, ali será possível embarcar no trem sem a necessidade de adquirir outro bilhete. Da mesma forma, o passageiro que desembarcar na estação e desejar ir ao aeroporto, pagará somente uma passagem.
O sistema será totalmente automático, sem necessidade de condutor. Além disso, o layout dos carros será feito para atender as normas do sistema de acessibilidade universal, facilitando o acesso a cadeirantes, idosos e portadores de deficiência visual. Também está previsto espaço para o transporte de bagagens e malas de viagem. O valor da obra está orçado em R$ 29,884 milhões e a Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento (Cauge), da Secretaria do Planejamento de Porto Alegre, já aprovou o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) do projeto. Só aguarda a liberação de recursos da União para dar início ao processo de implantação.
Texto complementar
Linha do metro de Porto Alegre
Cronograma da obra
Trecho 1
Entre estação São Leopoldo e margens do Rio dos Sinos
No mês de setembro, o estaqueamento foi totalmente terminado. Os blocos tiveram 92% de conclusão, os pilares 88% e as travessas 76%. A conclusão total dos blocos e pilares deverá ocorrer em outubro.
Trecho 2
Pontes rodoviária e metroferroviária
Estão com o andamento prejudicado em função da grande quantidade de chuvas em setembro. Neste perímetro, o estaqueamento está 80% concluído, os blocos têm 20% e os pilares 12%. Ainda não forram iniciadas as vigas travessas.
Trecho 3
Entre as pontes e a estação Rio dos Sinos
Depende do reassentamento das famílias que vivem na Vila dos Tocos. A Trensurb e a Prefeitura de São Leopoldo entraram em acordo para que as 50 primeiras famílias sejam transferidas em caráter emergencial para o loteamento Brás 3. Este ano já foram liberados R$ 17 milhões para a construção do loteamento Leopoldo Wasun e, no ano quem vem, serão enviados mais R$ 13 milhões para infraestrutura, integrando educação, saúde e habitação.
Trecho 4
Entre as estações Rio dos Sinos e Liberdade
Esta etapa está com 65% dos estaqueamentos concluídos, bem como 51% dos blocos e 12% dos pilares. Assim como no trecho dois, aqui também não foi iniciada a etapa das travessas. As obras da estação Liberdade estão com 100% dos estaqueamentos, blocos e pilares concluídos.
Trecho 5
Corresponde à área de manobra dos trens e conta agora com 22% dos estaqueamentos construídos. No canteiro central, toda a estrutura está finalizada, além da fábrica de vigas pré-moldadas, que está em operação desde 28 de agosto. A fábrica de lajes pré-moldadas iniciou o funcionamento no dia 14 de setembro.
Entrevistados:
Superintendente de Expansão e Obras da Trensurb, engenheiro Humberto Kasper. Contato através de Jânio Ayres, gerente de comunicação integrada da Trensurb: janio.ayres@trensurb.gov.br
Pedro Antônio Reginato, sócio-gerente da Concresul: pedro@concresul.com
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Engenharia social, o novo nome da espionagem industrial
Técnicas para burlar segurança e obter informações sigilosas ganham nova roupagem para favorecer a competição desleal entre empresas
Engenharia social. A nomenclatura inocente esconde técnicas de persuasão que dão a ela um novo conceito de espionagem industrial. Ao contrário de outros métodos para burlar sistemas de segurança, que utilizam a internet como a ferramenta principal, a Engenharia Social se abastece da ilusão e da exploração da confiança das pessoas. O ambiente corporativo atual, onde há pressão por resultados, risco constante de desemprego e rivalidade entre os colaboradores, favorece o profissional desta área, relata o especialista em segurança da informação Wanderson Castilho.
Normalmente, as pessoas mais vulneráveis à engenharia social dentro das empresas são as que atuam em funções como secretárias ou em departamentos de tecnologia da informação ou recursos humanos. Quem utiliza esta técnica costuma se passar por outra pessoa, assumir outra personalidade ou fingir que é profissional de determinada área para entrar nas organizações. Tenho um case de uma pessoa que se passou por office boy do departamento de contabilidade de uma empresa e roubou toda a estratégia de preços para repassar para um concorrente, exemplifica Wanderson Castilho.
O especialista ressalta que a engenharia social explora sofisticadamente as falhas de segurança humana, que por falta de treinamento para esses ataques podem ser facilmente manipuladas. Por isso, para se proteger, ou até evitar novos ataques, as empresas têm recorrido cada vez mais à preparação dos funcionários. Os profissionais contratados para orientar os colaboradores são, na maioria das vezes, engenheiros sociais que já estiveram do outro lado. O método de proteção consiste em criar processos de checagem, delimitando acessos, horários e isolando departamentos estratégicos da empresa, cita Wanderson Castilho.
O treinamento estabelece uma política de segurança da informação dentro da empresa, e baseia-se em educar os funcionários a sempre certificar-se de que a pessoa a quem vai fornecer as informações é realmente quem diz ser. Orienta-se ainda a tomar cuidado com papéis jogados no lixo e a se proteger do ambiente fora da empresa. Afinal, o elemento de maior vulnerabilidade em qualquer sistema é o ser humano.
Alguns traços comportamentais e psicológicos são mais susceptíveis à engenharia social. Entre eles, estão:
Vontade de ser útil - O ser humano, comumente, procura agir com cortesia, bem como ajudar outros quando necessário.
Busca por novas amizades - O ser humano costuma se agradar e sentir-se bem quando elogiado, ficando mais vulnerável e aberto a fornecer informações.
Propagação de responsabilidade - Trata-se da situação na qual o ser humano considera que ele não é o único responsável por um conjunto de atividades.
Persuasão - Compreende quase uma arte a capacidade de convencer pessoas, onde se busca obter respostas específicas. Isto é possível porque as pessoas têm características comportamentais que as tornam vulneráveis à manipulação.
Wanderson Castilho ressalta que, mesmo com treinamento, nenhuma empresa fica 100% protegida da engenharia social. O aspecto humano impede que isso ocorra. Porém, o que se consegue com eficiência é proteger os dados confidenciais da corporação. Assim, se algo vazar, será uma informação menos relevante, afirma. O treinamento prioriza seis etapas: plano de proteção física, continuidade dos negócios, análise de riscos, ações de engenharia, plano de contingência e plano de conscientização de todos os colaboradores, incluindo os terceirizados.
Do bem e do mal
Algumas empresas têm engenheiros sociais em seus quadros de funcionários. O objetivo deles é detectar colaboradores vulneráveis ao roubo de informações e dar-lhes assistência. Neste caso, os engenheiros sociais atuam em conjunto com os psicólogos das corporações, detectando quadros depressivos e de solidão, já que pessoas com esses sintomas são altamente sujeitas à aproximação de desconhecidos. Neste caso, a engenharia social é usada para o bem.
No entanto, se utilizada para o mal, a engenharia social torna-se crime e pode ser enquadrada nos artigos 171 e 299 do Código Civil Penal. Trata-se de estelionato, com pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa, e falsidade ideológica, com pena de reclusão de um a três anos, além de multa.
Entrevistado:
Wanderson Castilho é advogado e físico, com especialidade em segurança da informação. Ele atua como perito de crimes digitais e na implantação de políticas de segurança da informação e investigação forense. Cria soluções para empresas de todos os portes, como em casos de crimes eletrônicos, roubo de informações empresarias, tentativas de extorsão, sequestros, difamação, jogos fraudulentos e casos de pessoas desaparecidas.
E-mail: wanderson@e-netsecurity.com.br
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Estratégias de Preço
Conheça os erros mais comuns ao estabelecer o preço de um produto ou serviço
O preço ideal de um produto ou serviço é aquele que cobre os custos e consegue dar o retorno desejado. Mas por que é tão difícil chegar ao preço ideal?
Esse é um dos principais dilemas em uma empresa, independente do porte. Isso acontece porque o preço tem um papel estratégico, principalmente por ser componente fundamental da receita da empresa, que por sua vez é uma das principais responsáveis pelos resultados efetivos de uma organização, conforme explica Roberto Assef, diretor da Lucre Cursos e Treinamentos em Lucratividade, professor de pós-graduação e autor de diversos livros sobre o tema.
Estabelecer preços competitivos é uma tarefa que exige o conhecimento dos componentes que dão origem ao preço de venda. A falta de uma metodologia eficaz na estratégia de formação de preços pode levar a erros fatais para o negócio.
Para Fabiano Simões Coelho, coordenador dos cursos de MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria da Fundação Getulio Vargas (FGV), se a empresa souber precificar de maneira eficiente, conseguirá transparecer no valor de seus bens e serviços o que ela quer transmitir. Isso permitirá que seu planejamento estratégico seja atingido, seu produto ou serviço fique destacado frente a seus concorrentes e consiga, ainda, melhor posicionamento em relação a seus clientes.
Para Roberto Assef entre as principais dificuldades na formação de preço estão:
- Saber identificar o real valor percebido pelo consumidor, em relação aos itens comercializados;
- Fazer a correta identificação dos custos que devem, efetivamente, compor o preço;
- Analisar a questão tributária no Brasil, que é pouco conhecida e extremamente impactante nos preços.
Aparentemente, é intuitivo que os custos operacionais devam ser repassados aos produtos de alguma forma. Esta metodologia de repasse, principalmente, dos custos e despesas fixas é que pode gerar preços mais ou menos competitivos analisa Assef.
O que você acha dos preços praticados pela sua empresa?
Segundo Fabiano Coelho, um dos erros mais cometidos pelas empresas ao estabelecer o preço de um produto ou serviço é o famoso eu acho. Eu acho que se baixarmos os preços, iremos vender mais, eu acho que, como o concorrente reduziu seus preços, teremos que dar uma resposta à altura, eu acho que meu cliente só olha o preço na hora de comprar e eu acho que meu produto é commodity e, portanto, o preço é a única coisa que é importante.
Isso, invariavelmente, faz com que o gestor mude o preço de seus produtos de forma errada avalia o coordenador da FGV.
Confira outros erros comuns na formação de preços:
* Superestimar ou subestimar o seu produto ou serviço. Por isso é necessária uma avaliação formal da aceitação e a intenção de compra de seu produto ou serviço pelo seu público-alvo, antes de colocá-lo no mercado.
* Basear-se apenas na metodologia do percentual de mark-up. Essa metodologia consiste na aplicação de um percentual sobre o custo de produção ou operação e é geralmente aplicada sem um embasamento mais profundo, sem levar em consideração os clientes/demanda da empresa.
* Fixar o preço do seu produto com base nos preços praticados pelo mercado, dando uma menor atenção aos seus próprios custos. Os custos dos concorrentes podem ser menores que o da sua empresa, o que possibilita a eles oferecer um preço mais baixo. Se sua empresa tentar acompanhar esse patamar, poderá perder grande parte da margem de lucro e até ter prejuízo.
* A não mensuração apropriada da percepção do consumidor em relação aos atributos de um bem ou serviço.
* A alocação indevida de custos fixos aos preços, onerando itens que podem ser bastante interessantes, mas que não "suportam" absorver parcelas de custos estruturais.
* Não considerar que há outras coisas que influenciam o ato da compra além do preço, mesmo sendo ele tão decisor.
* Imaginar que, ao reduzir o preço, consequentemente a quantidade vendida aumentará. Em alguns casos, quando a empresa reduz o valor de seus produtos, transmite a ideia que esses produtos possuem qualidade inferior.
* Deixar de utilizar o preço como forma de influenciar a decisão de compra do consumidor.
* Aplicar a mesma margem de lucro para todos os produtos. Ainda é comum encontrar empresas cujo modelo de precificação é o mesmo há 20 anos. Este deve ser adaptado frente à nova realidade encontrada ou nova estrutura de vendas de seu segmento.
Entrevistados:
Roberto Assef é Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É diretor da Lucre Cursos e Treinamentos em Lucratividade. Autor dos livros Gerência de Preços, Guia Prático de Formação de Preços e Guia Prático de Administração Financeira, além de ter desenvolvido o software Preço Certo. É professor dos cursos de Pós-Graduação na Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e COPPEAD - UFRJ, além de proferir palestras em entidades patronais e Universidades.
Fabiano Simões Coelho é coordenador dos cursos de MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria da Fundação Getulio Vargas (FGV). Além disso, é consultor de empresas, palestrante do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ) e autor do livro Formação Estratégica de Precificação da Editora Atlas. Site do livro: www.precificacao.com.br
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Crise não afeta construção de shopping centers
Empreendimentos devem gerar cerca de 40 mil empregos diretos, que se somam aos mais de 721 mil já existentes no país
O mercado de shopping centers no Brasil sempre seguiu uma linha de constante crescimento. Desde 2007, ano que muitas empresas abriram capital e se associaram a grupos internacionais, a indústria vive um boom de inaugurações. Neste ano são esperados 17 novos shoppings, dos quais oito foram abertos no primeiro semestre. Além do desenvolvimento do mercado, esses lançamentos devem gerar em torno de 40 mil novos postos de empregos diretos, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), que representa o setor no Brasil.
Segundo Luiz Fernando Veiga, presidente da Associação, essas inaugurações são o resultado da competência do empresariado brasileiro, empreendedores e lojistas, que entendem os anseios do consumidor e vão ao seu encontro. "São 17 inaugurações previstas para 2009, que se somam a outras 39, registradas entre 2006 e 2008. Mais 23 empreendimentos são esperados para 2010", disse.
Entre as capitais que terão lançamentos destacam-se Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Salvador, Campo Grande, Manaus, Palmas e São Paulo, além de cidades do interior, como Santa Maria (RS), Maringá (PR), Mogi Mirim e Itupeva, em São Paulo, Caruaru e Cabo do Santo Agostinho, em Pernambuco. No que se refere a ABL - Área Bruta Locável - essas 17 inaugurações previstas para 2009 devem acrescentar cerca de 478 mil m2 de ABL aos 8.930 milhões existentes.
Novos postos de emprego
A demanda de empregos diretos criada pelas inaugurações é um ponto que merece destaque. Ao fim de 2008, existiam 721 mil empregos, nos 377 shoppings em funcionamento. Esse número, acrescido dos 40 mil postos gerados em 2009 e dos 40 mil previstos para 2010, deve ultrapassar os 800 mil empregos na indústria de shopping centers.
O que é a Abrasce
A Associação Brasileira de Shopping Centers - Abrasce - é a entidade que representa o setor no Brasil. Com 33 anos de atuação, reúne entre seus associados os principais empreendedores, administradores, prestadores de serviços e lojistas do setor e tem por objetivo o fortalecimento dessa indústria em âmbito nacional. Realiza bienalmente o Congresso Internacional de Shopping Centers, em parceria com o International Council of Shopping Centers - ICSC, que ocorrerá em outubro de 2010.
Fonte: Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers)
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