Cbic prevê que Minha Casa, Minha Vida fica pronto em 2012

Números da execução do programa, apresentados pela Caixa, deixam setor extremamente otimista

Até o final do ano que vem, será contratada a construção de um milhão de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Grande parte será entregue em 2011 e apenas uma parte residual ficará para entrega em 2012.

A afirmação foi feita pelo vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, depois de encontro com dirigentes da Caixa Econômica Federal, na tarde de 22 de outubro.

Segundo ele, o vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, e a superintendente de Habitação do banco, Bernadete Coury, apresentaram números da execução do programa que o deixaram otimista. “Nos deixa mais otimistas quanto ao andamento dos financiamentos, embora haja todo um processo burocrático, um arcabouço legal, que impede maior agilidade”.

Ele ressaltou que, apesar dos mais de três meses de greve dos funcionários da Caixa, desde que o programa foi efetivamente lançado, em abril deste ano, a Caixa já contratou mais de 89 mil unidades por todo o país e avalia a viabilidade técnica de mais 355 mil novas moradias projetadas. “Sentimos a disposição dos dirigentes da Caixa no sentido de acelerar as contratações.”

Anunciado em março, o programa Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de 1 milhão de moradias para reduzir o deficit habitacional brasileiro, estimado em torno de 7 milhões de moradias, com investimentos de R$ 34 bilhões – R$ 25,5 bilhões dos cofres da União, R$ 7,5 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Do total de moradias, 400 mil serão destinadas a trabalhadores com renda até três salários mínimos, 200 mil casas para quem ganha entre três e quatro salários, 100 mil casas para aqueles com renda de quatro a cinco salários, 100 mil para os que recebem entre cinco e seis salários mínimos e 200 mil moradias para trabalhadores com renda de seis a dez salários.

Os financiamentos serão para imóveis de até R$ 130 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Esse teto cai para R$ 100 mil nas outras capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes. O teto diminui para R$ 80 mil nos financiamentos habitacionais para os demais municípios.

Fonte: Agência Brasil

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Dicas para a análise de relatórios financeiros

Como anda o controle financeiro da sua empresa?

Fábio Astrauskas: “Informações financeiras não confiáveis aumentam a chance de decisões erradas”
Fábio Astrauskas: “Informações financeiras não confiáveis aumentam a chance de decisões erradas”

Relatórios gerenciais são imprescindíveis para a gestão financeira eficiente de qualquer empresa, independentemente do seu porte ou ramo. Para o economista Fábio Astrauskas, da Siegen - empresa especializada em consultoria empresarial - um relatório financeiro é, sobretudo, um reflexo das atividades principais da empresa que são produzir (bens ou serviços) e vender. “O relatório financeiro deve ser capaz de indicar qual a influência positiva ou negativa que as atividades citadas têm sobre o resultado econômico-financeiro da empresa”.

De acordo com o economista, todo o processo decisório nasce de dois elementos: informação e raciocínio. Isso indica que a análise dos dados do relatório financeiro é fundamental para a tomada de decisões sobre o rumo da empresa. “A probabilidade de tomar decisões certas está diretamente relacionada com a qualidade da informação e do preparo do executivo. Informações não confiáveis aumentam a chance de decisões erradas, mesmo que o executivo seja bem preparado” avalia Astrauskas.

Além dos dados de natureza contábil, um bom relatório financeiro deve apresentar informações sobre:

* Gestão do endividamento da empresa (passivo financeiro e contingente);
* Gestão do fluxo de caixa (contas a pagar, receber, estoques e disponibilidades);
* Gestão financeira estratégica (projeções de caixa, resultado econômico, opções de captação de recursos de curto e longo prazo).
* Adicionalmente pode ser importante apresentar também um painel com dados macroeconômicos e setoriais.

Evite erros

O economista da Siegen explica que os erros em relação aos relatórios financeiros geralmente são reincidentes e necessitam uma postura mais ativa por parte da gerencia. “É o mesmo erro de continuar fumando, mesmo sabendo que isso faz mal à saúde” exemplifica. No caso, a principal prejudicada é a saúde financeira da empresa que corre o risco até mesmo de fechar caso não seja dada a devida atenção aos relatórios.

Dentre os principais erros estão:

Relatórios imprecisos: o empresário recebe relatórios que sabe que estão imprecisos, mas não cobra a correção e a exatidão dos mesmos junto aos responsáveis.

Falta de interpretação e ação corretiva: o empresário recebe informações corretas, mas continua agindo sem considerá-las.
Para evitar transtornos, Astrauskas recomenda que todo empresário tenha noções básicas de contabilidade e receba relatórios contábeis mensalmente e atualizados. “Descuidar disso acarretará provavelmente em dois caminhos: (1) estagnação da empresa num patamar pequeno ou (2) crescimento desordenado com problemas sérios de endividamento (tributário em geral)”.

Dicas

Análise das ações em curso e das projeções
A análise deve ser feita tomando-se como ponto de partida o desempenho passado da empresa. A partir daí observar se as ações em curso (gestão do fluxo de caixa) estão alterando o desempenho e se as projeções futuras (gestão financeira estratégica) irão corrigir desvios.

Periodicidade
A periodicidade de análise do relatório financeiro irá depender de uma série de fatores. No entanto, a atenção deve ser constante como explica Astrauskas. “Imagine você dirigindo um automóvel. À sua frente está a estrada. Você deve manter os olhos atentos na maior parte do tempo para saber o que ocorre na sua frente. Ocasionalmente olha pelo retrovisor lateral ou traseiro. Se estiver na cidade, provavelmente irá olhar para os retrovisores com mais frequência. Também com os relatórios funciona assim”.

Ele orienta que dados retrospectivos devem ter periodicidade maior, pois refletem o que já passou. “O comum é analisar mensalmente” sugere. Informações de fluxo de caixa e faturas ser analisadas com periodicidade bem menor, ou seja, com mais frequência. “Diariamente em alguns casos, como, por exemplo, contas a pagar e receber, saldos de bancos etc.”.

Para ele, o ambiente em que a empresa está (crise, expansão, estabilidade) também afeta a periodicidade dos relatórios.

Dados específicos
As necessidades específicas de cada empresa irão impor relatórios diferenciados. Confira o exemplo do economista: Sua empresa é exportadora ou importadora? Precisa se financiar para exportar/importar? Nesse caso, o relatório financeiro deve ter considerações sobre câmbio, operações de hedge, e várias outras informações desnecessárias para empresas não dependentes de mercado externo.

Benchmarking
Para Astrauskas, a comparação de dados é sempre uma ferramenta de análise importante. Seja uma comparação direta com dados da concorrência ou com outro parâmetro pré-definido. As empresas fazem isso através do que conhecemos como benchmarking. “Isso permite relativizar o desempenho da empresa. Você pode correr melhor que seus colegas, mas provavelmente irá perder para o jamaicano Usain Bolt. Observe que daí decorre uma constatação.

Você deve escolher bem a entidade a ser comparada. Isso vai depender da análise de seus pontos fortes e fracos e dos seus objetivos. Se você é atleta de fim de semana, não use o Usain Bolt como benchmark. E se você for atleta de alta performance, mas for maratonista, também deve escolher outro parâmetro”.

Com empresas também funciona assim: Sua empresa é pequena, média, grande? Exportadora ou voltada para o mercado interno? Alta tecnologia ou mão de obra intensiva? Tudo isso pode fazer diferença na escolha dos parâmetros de comparação.

Ajuda especializada
Caso haja dificuldades em interpretar as informações dos relatórios ou dúvidas sobre qual é a decisão correta a tomar, o ideal é buscar auxílio e treinamento especializado. Informações sobre Gestão Financeira de pequenas empresas, por exemplo, podem ser obtidas no Sebrae.

Indicação de leitura: Saiba Mais sobre Gestão Financeira Sebrae/SP.

Fábio Bartolozzi Astrauskas é engenheiro e economista, defendeu tese na Universidade de São Paulo (USP) tendo como tema a nova Lei de Falências e a importância da recuperação das empresas. Sócio da consultoria Siegen, com mais de 14 anos de experiência na recuperação de empresas em crise e em sucessão familiar, Fábio Bartolozzi Astrauskas é engenheiro de minas graduado pela Escola Politécnica da USP e economista graduado pela FEA-USP. Tem MBA Executivo Internacional pela USP e é Mestre em Administração pela FEA-USP. Foi Técnico do Tesouro Nacional e chefe do setor de informática da Divisão de Arrecadação da 8a SRF. Na área privada, trabalhou na BASF S.A., onde foi gerente de linha de produtos. Atuou como gestor ou principal executivo em diversos clientes, sendo também, em alguns casos, membro do Conselho Administrativo É membro do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Na área acadêmica, foi professor adjunto do Centro Universitário FMU na Faculdade de Economia entre 1993 e 1999.

Dados do contato
Assessoria de imprensa da Siegen: Ana Carolina Rodrigues - email: ana@estudiodecomunicacao.com.br

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Cidade Administrativa em MG abrigará o maior prédio suspenso do mundo

Projeto é considerado um dos mais ousados do arquiteto Oscar Niemeyer

Vão livre de 147 metros é uma das características da obra projetada por Oscar Niemeyer
Vão livre de 147 metros é uma das características da obra projetada por Oscar Niemeyer

A Cidade Administrativa que está sendo construída em Belo Horizonte, Minas Gerais, é um verdadeiro desafio para engenheiros e operários. Ao todo, serão mais de 270 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 804 mil metros quadrados. O complexo compreenderá cinco edificações principais que vão abrigar a Sede do Governo, Secretarias de Estado, Centro de Convivência, auditório, prédio de serviços, além de unidades de apoio para equipamentos, praças de alimentação e restaurantes.

O objetivo do complexo é unir secretarias e órgãos no mesmo espaço físico, aumentando a eficiência dos serviços públicos, reduzindo procedimentos burocráticos e rotinas administrativas, e facilitando o acesso dos cidadãos aos serviços e setores da administração.

A obra, que une beleza e funcionalidade, está sendo considerada um importante marco da arquitetura moderna e urbanística de Belo Horizonte e do processo de expansão e valorização do Vetor Norte da Região Metropolitana de BH. A Cidade Administrativa fica na divisa dos municípios de Belo Horizonte, Vespasiano e Santa Luzia, às margens da MG-010.

Maior edifício suspenso do mundo

Uma das principais características da obra, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é o vão livre de 147 metros de comprimento e 26 metros de largura do edifício em que ficará a Sede do Governo. Para formar o vão, o bloco do edifício foi construído sobre colunas convencionais. Em outubro, os pilares provisórios foram retirados e um pórtico de concreto passou a sustentar o prédio.

Segundo dados da assessoria da Cidade Administrativa, com a retirada dos pilares o edifício fica totalmente sustentado por 30 tirantes formados por um conjunto de 36 cabos de aço. Ao todo são 1.080 cabos que estão presos em 15 vigas de concreto de 20 metros de comprimento e 3,4 metros de altura, localizadas na parte superior e apoiadas em dois grandes pórticos paralelos de concreto armado. A estrutura do prédio foi concebida para suportar cargas em torno de 34 mil toneladas. A estabilidade do bloco de concreto suspenso, contra a ação dos ventos, será garantida com o apoio das passarelas de acesso que fazem ligação com a torre de elevadores.

A futura sede abrigará cerca de 300 funcionários. Além dos quatro pavimentos, o prédio é formado por subsolo e pilotis, totalizando 21 mil metros quadrados de área construída. Em seu interior, haverá um salão de 1.200 m² que será destinado a solenidades oficiais, biblioteca e serviços de apoio.

Nos dois prédios de 15 andares, que comportarão as secretarias, vãos livres e elementos vazados também proporcionam soluções diferentes das estruturas tradicionais da engenharia. Para permitir os grandes vãos propostos pelo arquiteto, foram projetadas vigas protendidas, reforçadas com cabo de aço. A construção de cada edifício foi iniciada a partir do centro até as extremidades, em forma de pirâmide. Enquanto o setor 3 (central) concretava a laje seguinte, os setores vizinhos 2 e 4 iniciavam a próxima laje em andamento e os setores 1 e 5 (extremidades) começavam a ter sua construção liberada. O procedimento facilitou os trabalhos e garantiu mais agilidade à obra. Com 240 metros de extensão em curva, cada prédio terá área de 116 mil metros quadrados.

A obra está prevista para ser concluída em maio de 2010. De acordo com a assessoria de comunicação da Cidade Administrativa, as edificações já foram concretadas e entraram, agora, em fase de acabamento. O valor total da obra, de R$ 948 milhões, é custeado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).

Construção sustentável

O projeto da Cidade Administrativa está sendo desenvolvido de acordo com aspectos sustentáveis. O objetivo é reduzir impactos ambientais e promover a economia de recursos.

Para isso, os edifícios serão dotados de um sistema central computadorizado que vai controlar o uso de elevadores, lâmpadas e o ar-condicionado, evitando a climatização e a iluminação de ambientes vazios.

A fachada dos prédios será revestida com vidro de máximo desempenho, favorecendo a utilização de luz natural nos ambientes de trabalho, além de reduzir gastos com a refrigeração já que 70% da passagem de calor serão bloqueados pelo vidro. Além disso, a implantação de um sistema de esgotamento a vácuo reduzirá o consumo de água em 80% em relação à descarga convencional. As águas não poluídas provenientes das chuvas serão encaminhadas, através de drenos, para a lagoa e posteriormente poderão ser utilizadas para irrigação dos jardins.

A obra teve cuidados com o tratamento de resíduos, monitoramento de ruídos e de emissão sonora, controle da procedência dos materiais utilizados na obra e da regularização das áreas de "bota-fora".

Também está previsto um projeto de esgotamento sanitário inovador que utiliza o chamado "sistema a vácuo", que proporciona uma economia de 85% no consumo de água em comparação aos métodos tradicionais.

Acessibilidade

O projeto arquitetônico da Cidade Administrativa está adequado aos critérios de acessibilidade para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), o que possibilita a todos os cidadãos a utilização, com segurança, entendimento e autonomia, da estrutura que irá compor a nova sede do Governo de Minas Gerais.

Entrevistado: Paulo Boa Nova - Equipe de Comunicação Cidade Administrativa: comunicacao3@centroadministrativo.com.br

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Alvenaria vai predominar no Minha Casa, Minha Vida

Sistema construtivo, já enraizado na cultura brasileira, estará à frente da maioria das construções do programa habitacional

Professor Francisco Ferreira Cardoso: no Minha Casa, Minha Vida não há espaço para Professor Pardal
Professor Francisco Ferreira Cardoso: no Minha Casa, Minha Vida não há espaço para Professor Pardal

O lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida trouxe à tona uma série de processos construtivos. Alguns deles, miraculosos, prometem erguer casas populares em até um dia. Não que eles não possam ser cumpridos, mas para comprovar a capacidade inovadora precisam da aprovação do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), ligado ao Ministério das Cidades, e ser submetidos ao SINAT (Sistema Nacional de Aprovação Técnica de Produtos Inovadores).

São estes mecanismos oficiais que validam soluções inovadoras para a construção habitacional. É a partir deles que a Caixa Econômica Federal decide ou não liberar o financiamento para que estes sistemas construtivos integrem o Minha Casa, Minha Vida. São levados em conta itens como desempenho, durabilidade, conforto, segurança e sustentabilidade. Dentro deste cenário, o professor Francisco Ferreira Cardoso, da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), e que também faz parte do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, avalia que o programa vai privilegiar métodos tradicionais, com a alvenaria. “Não haverá Professor Pardal na construção das casas”, afirma.

A alvenaria, seja utilizando tijolos ou blocos de concreto, é, por excelência, o processo construtivo já enraizado na cultura brasileira, avalia Francisco Cardoso. “É a maneira brasileira de construir. Foi trazida pelos portugueses e é a que o brasileiro confia. Então, presumo, haverá pouco espaço no Minha Casa, Minha Vida para sistemas muito inovadores ou importados”, diz. O especialista considera que apenas os processos que permitam a industrialização, como os pré-fabricados e os sistemas com paredes de concreto feitos com fôrmas, devem competir com a alvenaria. “Como são sistemas que pressupõem valor agregado e velocidade da produção da obra também devem ser bem usados no programa”, completa.

O professor da USP analisa, porém, que, independentemente do sistema construtivo, é crucial que a que habitação a ser construída leve em consideração a questão do conforto termoacústico. “Essa é uma questão essencial, junto com a durabilidade e com a segurança estrutural. Não se pode sacrificar isso. Não se pode, em nome de uma possível inovação que reduza custos ou acelere prazos, pôr em risco o conforto e a segurança. Além disso, a sustentabilidade é outra questão essencial para o sucesso do Minha Casa, Minha Vida”, diz.

Para padronizar a qualidade das obras a serem erguidas em todo o Brasil, e levando em consideração as diferenças regionais, o IPT e Politécnica estão propondo a criação de um código de construção. Sua missão seria pegar as práticas tradicionais da alvenaria e combina-las para criar um padrão único. “O que sugerimos são boas práticas de construção. Não que estejamos questionando as tecnologias, mas sinalizando, por exemplo, que se adotem critérios na contratação de profissionais do setor, sejam engenheiros, arquitetos ou operários. Se eles tiverem uma base parecida, as diferenças nas construções serão pequenas”, prevê Francisco Cardoso.

Processo construtivo ideal é aquele que:
* Tem bom desempenho (durabilidade ao longo da vida útil da construção).
* Oferece segurança e conforto ao usuário.
* Preserva a saúde dos moradores.

Regras básicas na compra de uma habitação do Minha Casa, Minha Vida:
* Financiamento condizente com renda mensal.
* Localização.
* Potencial para receber melhorias.
* Capacidade de permitir a expansão da família.
* Luminosidade.
* Fazer uma compra racional e não emocional.

Entrevistado: Francisco Ferreira Cardoso: francisco.cardoso@poli.usp.br

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Pinte o telhado de branco e resfrie o planeta

Campanha One Degree Less, da Green Building Council Brasil, começa a ganhar adesão governamental no país

Lançada há um ano, a campanha One Degree Less começa a ganhar corpo no Brasil. Além da adesão de empresas e prefeituras, as companhias habitacionais passaram a se interessar pela ideia. A primeira a firmar um compromisso formal com o combate ao aquecimento global foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, a CDHU, que se compromete a passar a cobrir as casas que construir com telhas brancas ou pintá-las de branco.

Esse é o mote do One Degree Less (Um grau a menos), de iniciativa do Green Building Council Brasil. A intenção é reduzir em até um grau a temperatura nos grandes centros urbanos. Para isso, a campanha estimula o desenvolvimento da construção sustentável no país, por meio da adoção de telhados que refletem os raios solares. A ação é simples. Consiste no uso de tinta branca ou outro material de cor clara no revestimento dos telhados e coberturas.

Marcos Casado, gerente da GBC Brasil:  até o secretário de energia dos EUA, Steven Chu, aderiu
Marcos Casado, gerente da GBC Brasil: até o secretário de energia dos EUA, Steven Chu, aderiu

Com isso, contribui-se para o esfriamento da superfície urbana, uma das causas do aquecimento global. “Estamos focados nas chamadas ilhas de calor, os cool roofs. Além da pintura, estimulamos também o telhado verde”, explica Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil (GBC Brasil). O organismo firmou recentemente parceria com a prefeitura de Ilhabela, no litoral paulista, que passou a pintar de branco os telhados de todos os prédios públicos.

Medida semelhante está em estudo em Curitiba, onde um projeto tramita na Câmara de Vereadores com o objetivo de estimular o telhado verde que consiste em coberturas amplas de vegetação implantadas sobre lajes impermeabilizadas, com sistema de drenagem, que sejam capazes de captar água da chuva. Se aprovado, empresas que aderirem à ideia poderão ter incentivos fiscais, como desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

“Mas, independentemente de incentivos, qualquer um pode aderir. No caso do telhado branco basta comprar a tinta branca e mandar pintar as telhas. Hoje existem tintas que diminuem a necessidade de manutenção do telhado, facilitando ainda mais o dia a dia de quem adere à campanha”, explica Marcos Casado.

Mundialmente, o One Degree Less ganhou uma adesão importante: a do secretário de energia dos EUA, Steven Chu, após a posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Ele está ajudando a campanha a ganhar forte adesão nos Estados Unidos e também globalmente”, revela Casado.

Há algumas iniciativas muito importantes no Brasil, como parceria com a prefeitura de Ilhabela, que pintou de branco os telhados do Hospital Governador Mário Covas Júnior. A parceria com o DCHU também representa um importante avanço para a campanha.

Segundo o Green Building Council Brasil, não há ainda uma estimativa de quando a campanha realmente conseguirá baixar a temperatura em um grau nas chamadas ilhas de calor. A avaliação é que primeiro é preciso mudar um conceito cultural, para daí massificar a ideia. “O importante, nesta primeira etapa, é que a campanha está atraindo parcerias importantes”, diz o gerente da GCB, no Brasil.

Benefícios dos telhados brancos
* Diminuição das ilhas de calor dos prédios/casas
* Diminuição da emissão de CO2
* Fácil aplicação e pouca manutenção
* Reduz custo de ar condicionado em até 20%
* Ação eficiente no combate ao aquecimento global

Benefícios dos telhados verdes
* Controle do fluxo de água pluvial, o que ajuda na redução de enchentes
* Diminuição das ilhas de calor dos prédios/casas
* Economia com gastos de energia, principalmente ar condicionado
* Redução da reverberação de som, o que proporciona maior conforto acústico

Entrevistado: Assessoria de imprensa do GBC Brasil: debora@gwacom.com

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México construirá um museu debaixo d'água para proteger os recifes de coral

O México anunciou que planeja construir o maior museu subaquático do mundo

Créditos: Vanda Pereira Cúneo - Assistente de Marketing

México construirá um museu debaixo d'água para proteger os recifes de coral
México construirá um museu debaixo d'água para proteger os recifes de coral

O México anunciou que planeja construir o maior museu subaquático do mundo, com cerca de 400 peças feitas de concreto submersas no Mar do Caribe, perto de Cancun. O objetivo é proteger os recifes de coral.

O Museu de Esculturas Subaquático ficará no Parque Nacional Costa Ocidental. A área recebe cerca de 290 mil turistas por ano, que trazem muita riqueza econômica mas também ameaçam os recursos naturais da região. A ideia é reduzir o número de turistas nos recifes.

O concreto que será usado tem PH neutro, o que permite o nascimento de algas e a proliferação de invertebrados.

Jaime Gonzalez Cano, diretor do parque nacional, está confiante que os recifes de coral poderão se recuperar: "Com esse museu, poderemos garantir uma melhor distribuição dos turistas e um pouco de descanço para os recifes. Será como uma restauração, pois se os recifes ficarem mais saudáveis, eles conseguirão resistir aos furacões."

As 4 primeiras esculturas serão colocadas em novembro. A expectativa é que em 2010 o número suba para 250. As esculturas terão forma humana e uma base de 4 metros quadrados.

Jason de Caires Taylor será o responsável pelas esculturas, mas ele contará com a ajuda de outros artistas.

Fonte: UOL Viagem

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Itambé e Concrebras apresentam curiosidades do concreto no 51º Congresso Brasileiro do Concreto

Conheça algumas particularidades do concreto no Brasil e no mundo

Créditos: Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé e Engª Naguisa Tokudome – Assessora Técnico Comercial Itambé

CAREPACAREPA
Resíduo resultante da oxidação do aço em seu processo de produção.
Local da Produção: CHARQUEADAS/RS
Utilização: Substituição de parte da areia para a fabricação de piso intertravado (Paver)
Densidade: 2.451 kg/m3
Massa Específica: 5.410 kg/m3

CIMENTO PORTLAND CP III (NBR 5735)CIMENTO PORTLAND CP III (NBR 5735)
Cimento Portland obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland com escória granulada de alto-forno.
Local da Produção: EM TODO BRASIL, EXCETO NA REGIÃO SUL.
Utilização: Concreto e argamassa em geral.
Com adição de escória de alto-forno, resultante do tratamento de minério de ferro em siderúrgicas, tem teores compreendidos entre 35% e 70% da massa total. Oferece ótima proteção em ambientes agressivos e na mitigação das reações álcali-agregado.
Densidade: 1.120 kg/m3
Massa Específica: 3.030 kg/m3

CIMENTO PORTLAND CP IV (NBR 5736)CIMENTO PORTLAND CP IV (NBR 5736)
Cimento Portland obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland com materiais pozolânicos.
Local da Produção: REGIÃO SUL DO BRASIL
Utilização: Concreto e argamassa em geral.
Com adição de cinza pozolânica, resultante da queima de carvão em usinas termoelétricas, tem teores compreendidos entre 15% e 50% da massa total. Oferece ótima proteção em ambientes agressivos e na mitigação das reações álcali-agregado.
Densidade: 1.400 kg/m3
Massa Específica: 2.820 kg/m3

MICA XISTOMICA XISTO
Mineral de silicato de potássio hidratado que é britado e com boa resistência para uso no concreto.
Local da Produção: GOIÂNIA/GO
Utilização: Como material componente do concreto, agregado graúdo e miúdo.

PÓ DE CONCHAS DE MARISCO E OSTRAPÓ DE CONCHAS DE MARISCO E OSTRA
Pó resultante da moagem de conchas de moluscos lavados e secos.
Local da Produção: BIGUAÇU/SC
Utilização: Substituição de parte da areia para a fabricação de blocos e pisos intertravados (Paver)
Densidade: 1.390 kg/m3

SEIXO BRITADOSEIXO BRITADO
Material obtido pela britagem de seixo de rio.
Local da Produção: JOINVILLE/SC
Utilização: Em concreto de forma geral, inclusive com altas resistências.
Densidade: 1.300 kg/m3
Massa Específica: 2.600 kg/m3

AGREGADO LEVE DE CINZA POZOLÂNICAAGREGADO LEVE DE CINZA POZOLÂNICA
Reino Unido (Inglaterra)
A matéria prima deste agregado é a cinza pozolânica, resíduo das termoelétricas. O material é produzido por meio de peletização. São colocados água e cinza na “panela de peletização”, especialmente projetada para este processo e são formados péletes redondos (grãos). Estes são aquecidos numa fôrma sintética à temperatura entre 1000ºC e 1250ºC. O resultado é um material granular duro com estrutura interna alveolar, o que o torna um agregado leve. Os péletes são processados para adquirir a classificação requerida de acordo com a utilização final. Este agregado leve possui aproximadamente metade do peso de um agregado natural e quando aplicado no concreto, pode reduzir mais de 25% do peso morto enquanto mantém a performance estrutural requerida. Permite a fabricação de longas vigas em balanço ou peças com seções menores.

CASAS TEMPORÁRIAS EM FIBROCIMENTOCASAS TEMPORÁRIAS EM FIBROCIMENTO
África do Sul
Em 15 de janeiro de 2005, um incêndio se espalhou rapidamente na comunidade de Joe Slovo na Cidade do Cabo e deixou cerca de 3.800 pessoas desabrigadas. As famílias foram relocadas para o Delft TRA – Área de Relocalização Temporária, onde casas de diferentes materiais foram construídas. O principal material utilizado foi uma placa de fibrocimento (sem amianto) e cerca de 60 unidades foram entregues por dia. Uma pesquisa foi realizada com 41 moradores relocados e 54% se mostraram satisfeitos com as novas casas. Nos depoimentos, relataram que proporcionam melhor proteção contra intempéries, incêndios e melhores construídas se comparadas com as casas antigas. A insatisfação é em função do baixo isolamento térmico principalmente no inverno. Estas novas habitações respeitam uma organização que limita a distância de 2 metros entre uma construção e outra.

CONCRETAGEM EM LOCAL QUENTECONCRETAGEM EM LOCAL QUENTE
Qatar
O projeto de ampliação de porto de Ras Laffan contemplou a construção de 21 km de quebra-mar com aproximadamente 18 milhões de toneladas de rochas e 2.5 milhões de metros cúbicos de concreto. Uma particularidade de trabalhar no Golfo, são as condições climáticas com altas teperaturas e grandes variações durante o dia. Isto exigiu medidas preventivas para a concretagem como a limitação da influência do calor sobre a resistência. Foi estabelecido que o diferencial de temperatura da massa do concreto não poderia ser maior que 25ºC no momento da concretagem. Para atender esta exigência, foram criados sistemas de refrigeração para o agregado graúdo, água e cimento (resistente a sulfatos - moderado). O cimento foi resfriado através da utilização do gás nitrogênio, a brita com água gelada e ao invés de substituir a água de amassamento por flocos de gelo, foi optado usar água gelada.

CONSTRUÇÃO DE ESCOLA EM CONCRETO COM BAMBUCONSTRUÇÃO DE ESCOLA EM CONCRETO COM BAMBU
Ghana
De acordo com estudos do Inbar – International Network for Bamboo and Rattan, é estimado que ao redor do mundo, mais de 1 bilhão de pessoas vivem em casas de bambu. Estas construções são baratas, fáceis de aplicar e, se receberem tratamento adequado são duráveis. Para a construção da escola, o bambu foi empregado primeiramente como pilarete. Parte dele foi preenchido com concreto e fixado no piso com o auxílio de barras de aço previamente instalados. Depois, foi utilizado como “armadura” em toda as paredes para dar sustentabilidade. Uma tela hexagonal galvanizada foi colocada na parte externa das paredes para evitar a retração da argamassa. Após chapar a parede dos dois lados, o desempeno e acabamento foram realizados de forma convencional.

PAVIMENTO RÍGIDO RUGOSO PARA LOCAIS COM NEVEPAVIMENTO RÍGIDO RUGOSO PARA LOCAIS COM NEVE
Bélgica
Trata-se de um procedimento para tornar o concreto do pavimento rígido mais áspero ou rugoso. A idéia é evitar derrapagens de veículos por ocasião de nevascas que ocorrem em boa parte do ano. O projeto e a execução do pavimento são feitos de forma convencional, bem como o tipo de concreto utilizado neste tipo de obra e a forma de aplicação com máquina pavimentadora. A primeira diferença ocorre já na fase de acabamento com a aplicação de um aditivo retardador de pega na superfície lisa do concreto. O objetivo é retardar o endurecimento apenas superficial. A aplicação em seguida de filme plástico para a cura do concreto também é feita normalmente. No dia seguinte, ainda com o concreto com pouca resistência devido à ação do retardador, um equipamento de texturização remove a camada superficial, criando uma superfície áspera e antiderrapante.
Este processo também é utilizado na Áustria mas com o objetivo de reduzir o ruído causado pelo atrito entre pneu e pavimento.

REINSTALAÇÃO DO PAVERREINSTALAÇÃO DO PAVER
Holanda
Woonerfs ou woonerven é uma rua ou grupo de ruas onde pedestres e ciclistas possuem preferência legal ao invés dos carros. Muitas destas ruas na Holanda são de paver e algumas estão localizadas abaixo do nível do mar. Consequentemente, o subleito assenta e cria a necessidade de elevar a base entre 15 a 30 centímetros no período de 5 a 10 anos. O processo consiste na remoção dos pavers, adição de uma nova camada de areia e reinstalação dos mesmos pavers.


Dicas para agregar valor a produtos e serviços

Nem sempre o preço é o vilão das vendas

Quando as vendas estão baixas, geralmente o preço é considerado o vilão da história. Mas até que ponto isso se justifica?

Fabiano Simões Coelho
Fabiano Simões Coelho

Fabiano Simões Coelho, consultor de empresas e coordenador dos cursos de MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria da Fundação Getulio Vargas (FGV), se diz preocupado com os gestores que acusam a variável preço pelos insucessos de venda. Segundo ele, é comum escutar coisas como: “meu cliente só olha preço”, “meu produto é commodity” ou “para vender mais tenho que baixar meu preço”.

Mas será que o problema está realmente no preço? Será que a falta de um valor agregado ou percebido não está sendo determinante no resultado das suas vendas?

Definição de preço e valor

Preço é uma expressão monetária, o montante financeiro cobrado por determinado bem, um cálculo numérico dos custos envolvidos e também do lucro pretendido.

Valor é um conceito subjetivo, que envolve um conjunto de atributos inseridos e identificados naquele bem.

Mesmo se tratando de conceitos distintos, na hora de vender um produto ou serviço os dois caminham juntos e, portanto, ambos devem ser considerados nas estratégias de venda.

Para Fabiano Coelho, quando o cliente realiza uma compra, ele analisa os custos/benefícios do produto ou serviço, sejam eles monetários ou não. “A compra só será realizada se, depois desta análise, o cliente achar que ‘vale a pena’” diz.

Roberto Assef
Roberto Assef

Roberto Assef, diretor da Lucre Cursos e Treinamentos em Lucratividade, professor de pós-graduação e autor diversos livros sobre o tema, ressalva que este conjunto de atributos pode ou não ser percebido pelo comprador, que irá compará-lo aos preços praticados.

Guerras de preços podem ser desnecessárias quando se oferece valor

Para manter-se em destaque mesmo diante de uma competição mais acirrada por espaço no mercado, investir nos valores é a melhor saída. Roberto Assef destaca que “investir em valor é fundamental, sempre que o mercado alvo seja sensível a outros atributos diferentes do preço”.

Para Fabiano Coelho “as empresas que não possuem diferencial devem ter volume imenso, para compensar a baixa margem de lucro. Qualquer erro no cálculo do preço ou redução de preços por parte do seu concorrente faz com que a empresa deixe de vender. Por outro lado, quando sua empresa agrega valor passa a não correr o risco de entrar em guerras de preços e criará um laço muito importante com seu cliente. Quanto maior este laço emocional, menos seu cliente estará sujeito a sucumbir a promoções feitas pelos seus concorrentes”.

Existem técnicas de pesquisa de preços que indicam quanto o consumidor está disposto a pagar por determinado bem. Segundo Roberto Assef, a técnica mais utilizada é a da Análise Conjunta, que permite identificar o peso de cada atributo na decisão de compra, bem como os possíveis volumes de vendas, de acordo com os preços praticados.

Confira dicas dos consultores de como agregar ou alterar a percepção de valor de produtos e serviços

* Identifique o grau de utilidade que os consumidores atribuem aos níveis de cada atributo do seu produto ou serviço.
* Conheça os atributos que são importantes para influenciar a decisão de compra. “Não perca tempo e investimentos agregando coisas que o seu cliente não percebe. É desperdício”, ressalta Fabiano Coelho.
* Preocupe-se com os fatores racionais: maior qualidade, melhor atendimento, menor tempo ou burocracia de venda, etc.
* Tente captar o valor emocional – faça com que no subconsciente as pessoas desejem mais a sua marca.
* Preste atenção aos detalhes e observe constantemente os procedimentos de compra.- uma simples observação às vezes pode dizer inúmeras coisas. Mas não fique em sua sala. Vá a campo. Converse com os clientes.
* Venda soluções - tente entender o que o cliente realmente deseja. Pare de vender produtos para ingressar em algo maior: vender as soluções que o cliente necessita.
* Seu produto tem qualidades únicas? Procure uma maneira de evidenciar isso aos seus clientes.
* Fique atento às oportunidades. Um mesmo cliente pode ter análises diferentes de valor de acordo com as circunstâncias.

Entrevistados:
Roberto Assef é Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É diretor da Lucre Cursos e Treinamentos em Lucratividade. Autor dos livros “Gerência de Preços”, “Guia Prático de Formação de Preços” e “Guia Prático de Administração Financeira”, além de ter desenvolvido o software “Preço Certo”. É professor dos cursos de Pós-Graduação na Fundação Getúlio Vargas, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) e COPPEAD - UFRJ, além de proferir palestras em entidades patronais e Universidades.

Fabiano Simões Coelho é coordenador dos cursos de MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria da Fundação Getulio Vargas (FGV). Além disso, é consultor de empresas, palestrante do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ) e autor do livro Formação Estratégica de Precificação da Editora Atlas. Site do livro: www.precificacao.com.br

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Caroline Veiga DRT/PR 04882


Crédito imobiliário terá recursos abundantes

Especialista avalia que, com ou sem tributação da poupança, não faltará dinheiro para o financiamento habitacional

Miguel de Oliveira: dinheiro privado vai começar a competir com o público para financiar habitações no Brasil
Miguel de Oliveira: dinheiro privado vai começar a competir com o público para financiar habitações no Brasil

O governo estuda encaminhar ao Congresso um projeto que vai submeter a caderneta de poupança – cuja quase totalidade dos recursos são destinados ao financiamento habitacional – à taxação do Imposto de Renda.

O que isso vai afetar o crédito imobiliário?
Segundo o presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, independentemente da tributação ou não, o financiamento habitacional no Brasil só tende a crescer. Sua opinião se baseia no cenário econômico do país, que com juros baixos e previsão de grande crescimento em 2010, tornará abundante os recursos para o financiamento habitacional. Confira a entrevista:

A incidência de Imposto de Renda sobre uma parcela dos depósitos da poupança pode reduzir os recursos destinados ao financiamento imobiliário?
Não acredito nisso, pelo seguinte: a questão da poupança não está definida como será tributada. O governo pretendia iniciar o desconto do Imposto de Renda no ano que vem, mas há uma resistência no Congresso. Porém, o mais importante, no que concerne ao crédito habitacional, não será alterado. Independentemente da tributação, 65% do que é captado com cadernetas de poupança precisa ser destinado à habitação. Então a poupança continuará sendo uma fonte de recursos para o financiamento imobiliário. E não podemos esquecer que estamos num ambiente de crescimento. Isso quer dizer que as pessoas vão ter mais recursos para guardar, e tendo recursos para guardar vão guardar na poupança. Significa que os recursos da poupança vão crescer e vamos ter ainda mais dinheiro para financiar a habitação.

Se o governo lançou o Programa Minha Casa, Minha Vida, por que taxar a poupança, haja vista que se ela se tornasse mais atraente, e captasse mais recursos, haveria mais dinheiro para erguer habitações?
A questão não é tão simples assim, pois se o governo não mexer ela corre o risco de se tornar mais atrativa dos que os fundos, fazendo com os recursos aplicados na renda fixa migrem para as cadernetas. O governo tem medo disto, pois ao mesmo tempo em que haveria mais dinheiro para a habitação, em contrapartida o governo teria dificuldades para financiar a dívida pública. Então, não é uma coisa simples de resolver. É preciso mexer, mas encontrar um meio termo. A poupança precisa ser pouco estimulante para os grandes investidores e, ao mesmo tempo, continuar interessante para os pequenos investidores. É preciso uma equação de equilíbrio. É preciso uma equação de equilíbrio.

Do montante de recursos destinados à habitação, o dinheiro aplicado em caderneta de poupança representa quanto do bolo?
Hoje os bancos são obrigados a destinar 65% do que eles captam na poupança para o financiamento habitacional. De cada 100 reais, 65 reais têm que ser aplicados na habitação.

Esse modelo de financiamento habitacional já não precisaria de uma revisão ou ele ainda é eficiente?
É eficiente. A tendência com a economia melhor, com juros muito mais baixos, é que ele não se torne o único meio de financiamento habitacional. Hoje, quais são os recursos que financiam a habitação? Tem a poupança e o FGTS, que bancam a maioria, mas os bancos estão começando a colocar recursos próprios neste negócio. Por que não faziam isso antes? Porque agora, com o crescimento econômico e os juros mais baixos, a tendência é que os bancos invistam nos empréstimos para a economia real. O Santander, por exemplo, está abrindo o capital dele na Bolsa de Valores e prevê retorno de 15 bilhões de reais. Grande parte destes recursos que ele captar vai ser destinada para financiar habitação. Então, o que precisa agora, é que além dos recursos de poupanças, que além dos recursos de FGTS, surjam também os recursos dos bancos privados.

Outros países seguem modelo semelhante ao do Brasil. Na média, como funciona o financiamento habitacional lá fora?
Lá não existem regras como no Brasil, que obrigam os bancos a emprestar dinheiro para financiar habitação. Eles emprestam se é interessante para eles. Então, os bancos têm liberdade para emprestar. Só que lá eles são estimulados a emprestar. Por isso que o volume de crédito chega a 60% do PIB em alguns países e até 100% do PIB em outros. Aqui no Brasil, não passamos dos 3%.

Como as construtoras receberam essa notícia de taxação da poupança?
A princípio ficaram preocupadas, temendo que faltassem recursos para financiar habitação. Mas elas estão cientes de que existem outras formas de financiamento habitacional. As próprias construtoras estão abrindo capital para financiar diretamente imóveis na planta. E recursos para isso elas têm. As empresas que mais captaram dinheiro na bolsa de valores este ano foram exatamente as empresas de construção civil. Então, o temor inicial se dissipou. Elas estão convencidas de que a abertura de capital na bolsa de valores, a melhora do cenário econômico e a entrada dos bancos privados vão manter um cenário de recursos fartos.

O Brasil hoje tem um volume grande de trabalhadores que atuam na informalidade. Como os programas de financiamentos habitacionais poderiam se adaptar a esse setor da população?
O cenário de crescimento econômico tende a reduzir a informalidade. Mas enquanto ela não acaba, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tem mecanismos que procuram atender essa parcela da população, através de financiamentos para a baixa renda.

O financiamento de veículos hoje é muito mais ágil e, pela concorrência, até mais barato do que o imobiliário. Por que o financiamento imobiliário não poderia ser igual ao de veículos: mais ágil?
Isto é um processo. Não podemos esquecer que as taxas de financiamento habitacional estão a 18% ao ano e o financiamento de veículos acima de 50% ao ano. Então, o banco tem um retorno maior, que permite correr um pouco mais de risco. Outra coisa é que o financiamento habitacional necessita de prazos longos. Já o financiamento de veículos envolve 80 meses, no máximo. Como disse, é um processo. Hoje os bancos já estão mais flexíveis para financiar imóveis do que a alguns meses atrás. Acredito que daqui para frente teremos cada vez mais oportunidades de financiar imóveis, tanto quanto veículos.

Com o Minha casa, Minha vida, o Brasil conseguirá sanear seu déficit habitacional?
Vai melhorar. Nós temos uma carência muito grande e todas estas medidas melhoram a situação e vão reduzindo o déficit. Mas é fato que não vai ser isso que vai acabar com todas as deficiências do sistema habitacional.

Entrevistado: Miguel de Oliveira, presidente ANEFAC (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade): miguel@anefac.com.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Content


Emprego na construção civil aumenta em seis regiões metropolitanas, diz Dieese

Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Distrito Federal apresentam números melhores do que os do 2.º semestre de 2008

A ocupação na construção civil cresceu 2,1% no primeiro semestre de 2009, em comparação ao último semestre de 2008, em seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Distrito Federal. O dado consta do Boletim Trabalho e Construção, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o boletim, o setor incorporou 21 mil pessoas no período, passando a contabilizar 1.023 trabalhadores. A maioria das regiões teve aumento do número de postos de trabalho, com destaque para Recife (14,1%). Apresentaram recuos Belo Horizonte (-4,0%) e Porto Alegre (-3,1%).

A pesquisa indica que o número de trabalhadores assalariados aumentou na maioria das regiões que compõem o Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), com variações entre 16,7%, em Recife e 5,8%, em Belo Horizonte.

As retrações nas vagas ocupadas por trabalhadores com carteira assinada, no setor, ocorreram em São Paulo (-1,2%) e Porto Alegre (10,9%), por conta da diminuição das contratações. Os rendimentos cresceram 8% em Recife, 0,8% em Salvador e 0,5% no Distrito Federal. Em Belo Horizonte, os ganhos ficaram praticamente estáveis (0,1%) e recuaram em São Paulo (-8,5%) e Porto Alegre (-1,7%).

De acordo com o boletim, quando comparados ao primeiro semestre de 2008, o total de ocupados nos primeiros seis meses de 2009 aumentou 11,3%, com recuperação moderada em Porto Alegre (4,4%) e Belo Horizonte (5,6%).

A elevação foi mais expressiva no Distrito Federal (18,8%), em Recife (14,1%), São Paulo (13,3%) e Salvador (12%). As remunerações pagas no primeiro semestre de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, apresentaram retração em São Paulo (-10,4%) e crescimento em Belo Horizonte (19,7%).

Fonte: Agência Brasil

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Content