Mutirão habitacional

Prática pode contribuir para combater o déficit habitacional e a autoconstrução

Decorrente do desenvolvimento industrial das cidades, especialmente a partir das décadas de 50 e 60, o intenso processo de favelização no Brasil colocou o país entre os primeiros colocados no ranking do déficit habitacional.

Uma das características desta favelização, ou crescimento urbano desordenado, é a autoconstrução. O engenheiro civil Leandro de Oliveira Coelho, mestre em Habitação pela Escola Politécnica da USP, ressalta que essas residências são muitas vezes erguidas aos poucos, sem projetos legais e profissionais habilitados, em terrenos mais baratos ou mesmo em ocupações provenientes de invasões e de loteamentos clandestinos, sem qualquer infraestrutura.

Obras do Mutirão Recanto da Felicidade, no Jardim Educandário, São Paulo-SP - Créditos: Leandro de Oliveira Coelho
Obras do Mutirão Recanto da Felicidade, no Jardim Educandário, São Paulo-SP - Créditos: Leandro de Oliveira Coelho

Este cenário de acentuado déficit habitacional também deu origem a outra prática que, a partir dos anos 80, tornou-se bastante comum em muitas cidades brasileiras: a do mutirão habitacional. Diversas iniciativas surgiram com a intenção de organizar a força de trabalho da própria comunidade, oferecendo apoios técnico e jurídico, possibilitando assim condições de moradia mais dignas à população.

“Para se prover moradias de baixo custo por meio de procedimentos formais - incluindo o mutirão – é preciso superar inúmeros problemas” constata o engenheiro. De acordo com ele, diversos fatores contribuem para esta realidade no país como a baixa disponibilidade de terrenos e seu consequente alto preço; a dificuldade de aprovação de projetos devido a restrições urbanísticas e ambientais; a carência de engenheiros e arquitetos com experiência na área; a complexidade de viabilização de financiamentos públicos; entre outros. “Por tudo isso, a execução de habitações autoconstruídas, como nas favelas, se torna uma tarefa mais simples e acessível” diz.

Diferenças entre mutirão habitacional e autoconstrução
De acordo com a presidente do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SindiARQ-PR), Ana Carmem de Oliveira, o mutirão habitacional é quando um grupo de pessoas se reúne para construir uma ou mais edificações e a autoconstrução é quando a pessoa constrói sua própria moradia, sem o envolvimento de outras famílias. As autoconstruções, segundo a arquiteta, normalmente não possuem alvará e acompanhamento profissional, bem como não atendem aspectos técnicos básicos de conforto térmico, acústico e muitas vezes de segurança. “Havendo a participação de pedreiros podem ocorrer menos problemas técnicos, porém essas residências continuam irregulares perante os municípios” alerta.

Ana Carmem de Oliveira reforça que é possível realizar um mutirão habitacional seguindo os procedimentos padrões para execução de uma obra, desde que haja o acompanhamento de profissionais, tanto na fase de projetos como na execução.

O engenheiro Leandro Coelho confirma que, para grande parte dos profissionais envolvidos com o tema, mutirão habitacional é um sistema que envolve a participação dos futuros moradores de forma organizada, com o devido projeto e acompanhamento técnico. “Historicamente, os mutirantes realizavam todas as etapas da obra. Todavia, para se conseguir maior velocidade e presteza nos serviços, atualmente muitos programas optam por envolvê-los apenas em determinadas funções de apoio à obra e fiscalização, deixando os ofícios mais especializados a cargo de pessoal contratado” explica.

O engenheiro destaca ainda a importante função social dos mutirões. Segundo Coelho, uma prática comum em grande parte dos mutirões é a realização, em paralelo, de atividades de cunho social, educacional e de formação das famílias participantes. “O mutirão envolve aspectos como a conscientização sobre a complexidade do processo, o aprendizado e a formação profissional, a experiência de trabalho coletivo com os futuros vizinhos, o que pode proporcionar uma maior integração e solidariedade”.

O trabalho de construção em regime de mutirão está propenso aos mesmos problemas verificados nas obras desenvolvidas pelo sistema convencional. “Os serviços desempenhados coletivamente pelos futuros moradores demandam o mesmo rigor, orientação e acompanhamento técnico, a fim de se evitar atrasos, falhas na execução e acidentes de trabalho” ressalta o engenheiro.

Boas práticas de construção no regime de mutirão
Coelho diz que, embora existam experiências ruins - normalmente causadas por falhas na gestão do processo -, também há muitos casos bem sucedidos de obras realizadas a partir de mutirões, “inclusive com utilização de novas tecnologias e produção de habitações de qualidade superior e custos menores que aquelas edificadas por empreiteiras” garante.

Ele cita experiências que resultaram na criação de cooperativas de mão-de-obra, proporcionando uma alternativa de trabalho e geração de renda a seus participantes. “Alguns bons exemplos são, na Região Metropolitana de São Paulo, os mutirões Vila Nova Cachoeirinha, Jardim Brasília, Ernesto Che Guevara, Copromo, Recanto da Felicidade, Fazenda da Juta, entre outros”.

Para se obter resultados satisfatórios com o mutirão, o engenheiro acredita que é importante que os próprios profissionais da área física (engenheiros, arquitetos, mestres de obra) tenham a habilidade de conduzir sua tarefa de acompanhamento de uma forma mais pedagógica, integrada e menos autoritária.

Entrevistados:
Leandro de Oliveira Coelho
- Engenheiro Civil e mestre em Habitação pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Atua há quase 15 anos como projetista, coordenador de obras e consultor de programas e empreendimentos habitacionais diversos, incluindo mutirões, urbanização de favelas, moradias rurais e conjuntos convencionais. Atualmente é analista de infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no estado de São Paulo.
Ana Carmen de Oliveira – Arquiteta e Urbanista. Presidente do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná (SindARQ-PR)

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Cimento alimenta Brasil do futuro

Com crescimento sustentável, indústria do setor está pronta para as transformações que o país irá sofrer nos próximos anos

Desde 2006, a indústria cimenteira do Brasil experimenta aumento de demanda. Com 68 fábricas, e capacidade instalada de 63 milhões de toneladas por ano, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o setor seguirá fortemente requisitado nos próximos sete anos, pelo menos. Com PAC, Programa Minha Casa, Minha Vida, Copa 2014 e Olimpíadas 2016, o cimento tornou-se uma espécie de produto essencial na vida do país.

José Otávio Carneiro de Carvalho, vice-presidente executivo do SNIC
José Otávio Carneiro de Carvalho, vice-presidente executivo do SNIC

Sabedora dessa relevância, a indústria cimenteira não está acomodada. Desde 2005 vem mantendo um ritmo constante de investimentos, com aumento da produção de praticamente 50% neste período. Recente estudo do SNIC revela que o setor tende a crescer mais do que a projeção do PIB nacional até 2016. “Nós temos uma estimativa de crescimento para 2010 da ordem de 6% sobre 2009. Provavelmente desta ordem de grandeza em 2011, e daí para frente. A projeção é de um crescimento sustentável”, avalia José Otávio Carneiro de Carvalho, vice-presidente executivo do SNIC.

Além disso, a indústria cimenteira entende que as obras de infraestrutura programadas para os próximos anos servirão para o seu próprio crescimento. Para consolidar o aumento da demanda e tornar-se mais competitivo, o setor depende da evolução de dois setores: o energético e o rodoviário. Atualmente, segundo o SNIC, os níveis médios de consumo de energia térmica e elétrica giram em torno de 825 kcal por kg de clínquer e 107 kWh por tonelada de cimento, respectivamente, conforme o último levantamento oficial (realizado em 2003). Além disso, 94% da produção de cimento são transportadas por modal rodoviário. Diariamente, são oito mil caminhões carregados de cimento rodando pelas estradas do país.

Segundo José Otávio Carneiro de Carvalho, com a construção de novas hidrelétricas e o investimento em transportes ferroviário e fluvial, a perspectiva é que o cimento brasileiro irá tornar-se mais competitivo. “Sem dúvida nenhuma, criar melhores condições de infraestrutura vai melhorar também o nosso produto. Quanto menor o custo de logística, menor o custo por tonelada”, diz.

Apesar dos desafios, o SNIC descarta o risco de o Brasil vir a ter de importar cimento para seguir crescendo. “A indústria cimenteira está instalada há 50 anos no país e, desde então, é autosuficiente. A importação existente é tão marginal, que não é significante para as estatísticas. Além disso, os investimentos programados pela indústria para os próximos anos nos deixam tranquilos de que, qualquer que seja a demanda exigida, ela será suprida”, aposta o dirigente do SNIC.

Um dos trunfos da indústria cimenteira para seguir crescendo é que ela tem baixo custo ambiental, se comparada com a de outros países. Por usar energia limpa e alternativas de adições ao clínquer, como escória, cinzas voláteis e pozolana natural, o setor consegue reduzir sensivelmente a emissão de CO2 por tonelada de cimento produzido. “A emissão de CO2 se dá basicamente na fabricação do clínquer. Uma vez que você usa menos clínquer para fabricar cimento, consequentemente tem uma redução. O Brasil, neste comparativo, tem uma situação bastante privilegiada em relação ao resto do mundo”, comenta José Otávio Carneiro de Carvalho, concluindo: “Estamos prontos para os desafios que virão pela frente.”

Entrevistado: Assessoria de imprensa do SNIC: adriana.alves@fsb.com.br

Informação complementar
Acesse o link e tenha acesso ao relatório 2008 do SNIC
http://www.snic.org.br/25set1024/relat_2008-9.html

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Praia de Itaguaré, em SP, terá recifes artificiais para reconstituir ecossistema

A praia ganhará novos recifes artificiais a partir do ano que vem

Créditos: Vanda Pereira Cúneo - Assistente de Marketing

Praia de Itaguaré, em SP
Praia de Itaguaré, em SP

A Praia de Itaguaré, em Bertioga, ganhará novos recifes artificiais a partir do ano que vem. A exemplo do que foi feito entre 1997 e 2000, o local receberá dezenas de estruturas de concreto e aço que, submersas, têm a função de recompor o ecossistema marinho da região, além de inibir a pesca predatória. Nos próximos dias, técnicos da Fundação de Estudos de Pesquisas Aquáticas (Fundespa) iniciarão estudos para definir os pontos onde serão lançadas as estruturas. O trabalho de campo deve durar cerca de seis meses.

Com 3,5 km, a praia tem faixa larga de areia dura. Numa de suas extremidades, deságua o rio que leva o mesmo nome, onde é possível fazer passeios de barco ou canoas. Procurada por surfistas, é considerada praticamente a única praia virgem da região.

Entre as ações a serem executadas estão a identificação das espécies presentes na praia, bem como a análise dos sedimentos e das correntes marítimas que influenciam o ecossistema da região.

O próximo passo será fazer o licenciamento ambiental das áreas escolhidas e, posteriormente, o lançamento das estruturas, explicou o prefeito, que acredita que até junho de 2010 este trabalho esteja concluído.

O diretor de Operações Ambientais do Município, Bolívar Barbanti Júnior, explicou que, ao serem colonizados, os recifes artificiais imitam a natureza biológica do ecossistema marinho, agregando biomassa e biodiversidade.

A instalação de novos recifes artificiais em Bertioga deve contribuir para o aumento da produção de pescado na cidade. Isso porque, várias espécies de peixes de importância econômica e ecológica utilizam estes hábitats como abrigos contra predadores, além de funcionaram como áreas de crescimento, reprodução e alimentação.

Uma em cada quatro espécies marinhas vive em ambientes recifais, incluindo 65% dos peixes. Por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais, essas formações sofrem rápido processo de degradação. Justamente por esse motivo é que os recifes artificiais são usados como mecanismo de recuperação desses ecossistemas. Além disso, os recifes também podem alavancar a pesca esportiva.

A estrutura do recife artificial é feita em concreto ou aço, em formato que facilita a formação de criadouros de peixes e outras espécies marinhas. O modelo adotado pela Prefeitura de Bertioga também inibe a parelha, método de pesca em que dois barcos navegam lado a lado com grandes redes, varrendo toda a coluna de água e o fundo.

No período de 1997 e 2000 foram instaladas 200 estruturas de concreto e 90 de aço, em Bertioga, para recuperação do ecossistema costeiro e exclusão do arrasto de fundo.

Vogg Branded Content - Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Construindo Melhor

Ao utilizar o sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto, deve-se cuidar para que a resistência da argamassa de assentamento não ultrapasse a resistência do bloco e a resistência do graute de preenchimento deve ser ao menos o dobro da resistência do bloco.

Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé


Concresul, um case de sucesso em branding

Empresa gaúcha completa 30 anos, investindo em tecnologia e em novos negócios para manter sua marca em destaque

Um dos principais ativos de uma empresa é a sua marca. Segundo o consultor em branding, José Roberto Martins, ela é a união de atributos tangíveis e intangíveis de uma corporação. Por isso, reforça o especialista, a gestão da marca tem um valor econômico fundamental para o sucesso dos empreendimentos.

Martins define que o posicionamento de uma marca é conhecido através do compromisso que a organização assume consigo e com o mercado. "Atualmente, as empresas aprenderam que precisam se relacionar muito bem com vários tipos de público, inclusive o interno, sem o apoio do qual nenhum posicionamento vingará. Essa integração é que dá sentido à estratégia corporativa ou mesmo à lógica do termo branding", explica o consultor.

Dentro deste conceito, um case de sucesso de gestão de marca encontra-se na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde está sediada a Concresul. A empresa comemora 30 anos e tem sua marca relacionada a obras importantes no sul do país. Entre elas, as barragens do Salto do Jacuí e do Arroio de Taquarembó, além de atuar na ampliação do Trensurb, na região metropolitana de Porto Alegre. O próximo passo deverá ser a participação na construção da BR 448, também conhecida como Rodovia do Parque.

Pedro Reginato: “Busca constante do aprimoramento do nosso trabalho.”
Pedro Reginato: “Busca constante do aprimoramento do nosso trabalho.”

Para o sócio-gerente da Concresul, Pedro Antônio Reginato, a empresa é hoje sinônimo de investimento em tecnologia do concreto. “Nossa missão é prestar serviço a toda cadeia da construção civil e, por isso, buscamos constantemente o aprimoramento do nosso trabalho, tanto através do produto que entregamos aos clientes quanto da qualidade de nossos fornecedores”, afirma.

Um dos segredos da Concresul é ter um grupo de trabalho que sabe aliar uma política pés no chão com inovação. Em 1982, a empresa foi uma das primeiras a promover a entrega do concreto pronto na obra. Doze anos depois, em 1994, a Concresul ingressou no setor de pavimentação asfáltica, modernizando a tecnologia de insumos e ligantes. No ano seguinte, em 1995, foi a vez de investir em areia de britagem. “Com este novo produto, passamos a ter um controle de qualidade monitorado. Outros dois marcos importantes para este monitoramento foram a automação das centrais dosadoras de concreto, o que culminou com a conquista da ISO 9001, em 2003”, relata Pedro Reginato.

Concresul: um case de sucesso de gestão de marca
Concresul: um case de sucesso de gestão de marca

Os avanços da Concresul levaram à expansão da empresa, com a abertura de filiais em Nova Prata, Casca, Caxias do Sul, Garibaldi e Guaporé. A nova fronteira será a instalação de uma central dosadora de concreto em Veranópolis. Mas os investimentos não param por aí, sobretudo os na área de tecnologia. Recentemente, a empresa firmou parceria com a CIENTEC (Fundação de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul) para pesquisas em concreto.

Pela análise do consultor José Roberto Martins, a Concresul tem feito a lição de casa em sua gestão de branding ao longo destes 30 anos. “O uso da marca está relacionado com vários aspectos: lançamento ao mercado, manutenção no mercado, uso adequado, guarda e manutenção de informação centralizada e vigilância da marca”, resume.

 

Entrevistados:
José Roberto Martins, consultor da Global Brands: willian@evcom.com.br
Pedro Antônio Reginato, sócio-gerente da Concresul: pedro@concresul.com

 

Texto complementar

Dez dicas para construir marcas líderes

1. Capacidade de PD&I
Não adianta insistir com produtos e serviços ruins, complicados ou ultrapassados, que ninguém tem mais paciência de querer aprender a usar, manter ou arrumar. Se faz mal para o planeta e para os outros, também pode fazer mal para nós. Nesse ponto é fundamental que a empresa tenha capacidade de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação).

2. Fazer a diferença
Há produtos e serviços que se revelam cada vez mais substituíveis. É preciso estar atento às exigências do mercado para poder atendê-lo, de preferência fazendo a diferença.

3. Ajudar a economizar
Não importa se somos ricos ou pobres. Economizar em todos os níveis é modernidade permanente entre marcas inteligentes e engajadas socialmente.

4. Benefício hedônico
Se a marca massageia o nosso ego, destaca a imagem ou nos faz felizes, muito melhor.

5. Fuga da inércia
Tudo o que é bom é permanentemente provisório. É inesgotável o nosso desejo pela melhoria do que gostamos.

6. Planejamento integrado e continuado
A marca deve chegar ao mercado suportada por todas as áreas da organização, cujos profissionais devem ter formação superior de qualidade e atreladas à educação continuada. As marcas atingem diversos públicos: funcionários, autoridades, consumidores e parceiros. Todos na empresa devem corresponder às expectativas que a comunicação irá criar entre o público que a marca quer atingir.

7. Posicionamento diferenciado
O mercado a ser atendido provavelmente já está repleto de marcas. Se elas não são melhores que a sua, são, pelo menos, mais experientes. A sua marca deverá indicar ao público que ela irá compensar as deficiências das marcas existentes ou adicionar diferenciais desejados.

8. Um nome que simplifique a comunicação
Já são quase dois milhões de marcas registradas no Brasil. Não é nada fácil criar um nome (e domínio de internet) que seja registrável, fácil de pronunciar, memorizar e que signifique o seu posicionamento. Claro que se o que se irá vender for muito superior e diferenciado, o nome será apenas um detalhe. Mas quem foi que disse que o branding também não é feito de detalhes?

9. Comunicação inteligente
A internet ocupa rapidamente o espaço da TV, jornais e revistas. Tem também as mídias sociais que influenciam cada vez mais na compra de produtos e serviços, num universo de logotipos e embalagens cada vez mais parecidos uns com os outros. Bom design e comunicação criativa são recursos imprescindíveis, custe o que custar.

10. Pós-venda
A venda não acaba no balcão ou no fechamento do carrinho de compras do site. A maioria das empresas ainda não dá a devida atenção ao atendimento nos quase inevitáveis problemas com serviços e produtos. Em muitos casos, o orçamento de marketing e comunicação é superior ao que se investe no atendimento e esclarecimento aos consumidores.

Fonte: José Roberto Martins, consultor da Global Brands

Vogg Branded Content - Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Tire já sua empresa da zona de conforto

Especialistas alertam: é preciso ficar atento, mesmo quando tudo parece estar indo bem

Sua empresa tem obtido lucro, há sempre dinheiro em caixa, os resultados vão além das expectativas. Para você, falar ou até mesmo pensar em mudanças diante de um cenário desses está fora de cogitação? Então é melhor ficar atento, sua empresa pode estar na chamada zona de conforto e os especialistas garantem: isso não é tão bom quanto parece.

Como diagnosticar a zona de conforto

Mario Persona – “Saber quando se está numa zona de conforto é tão difícil quanto saber quando algo se tornou um vício”
Mario Persona

“Saber quando se está numa zona de conforto é tão difícil quanto saber quando algo se tornou um vício: o viciado sempre acha que está no total controle da situação” compara o consultor de empresas, Mario Persona. Na prática, quando a situação aparente é de tranquilidade, realmente é difícil achar que está se correndo algum risco.

Mario Persona faz um alerta em relação aos perigos da acomodação e da aversão a mudanças. “Se existirem numa empresa áreas, pessoas, produtos, metas ou qualquer coisa que esteja indo muito bem, mas que traga a etiqueta “Intocável”, é bastante provável que tenhamos diante de nós uma área ou toda uma empresa perigosamente confortável”.

Roberto Adami Tranjan
Roberto Adami Tranjan

Para Roberto Adami Tranjan, sócio-fundador da Cempre – Educação nos Negócios, em geral, lucro e dinheiro em caixa são os principais indicadores de sucesso de uma empresa. “É aí que reside o grande perigo de ingressar em uma zona de conforto sem perceber, porque tudo realmente parece estar bem ao redor” avalia. A zona de conforto não combina com o mercado, que está em contínua mudança. Também não combina com as necessidades e expectativas crescentes dos clientes. “O sucesso empresarial advém, portanto, de uma constante adaptação aos movimentos” sugere Tranjan.

Segundo ele, para detectar a zona de conforto em uma organização é preciso estar atento aos seguintes indicadores:
* As pessoas evitam riscos e é justamente disso que resulta o seu sucesso funcional;
* Os resultados vão além das expectativas, em vez das expectativas superarem os resultados;
* Existe dinheiro em caixa e esse é o grande paradoxo: a zona de conforto é um dos sintomas da crise da prosperidade;
* Tudo é proibido, a menos que seja permitido;
* Oportunidades são consideradas problemas;
* Há intenso controle sobre as pessoas;
* Falta brilho nos olhos do pessoal, que em geral adota uma atitude também apagada.

Para evitar a zona de conforto, Tranjan recomenda ter cuidado com a estabilidade, a aristocracia e a burocracia.

Características da estabilidade:
* Irregularidade nas reuniões das lideranças, e, quando são agendadas, as pautas se concentram mais nos fatores internos do que nos externos.
* As queixas dos clientes são consideradas inoportunas.
* Acredita-se que o melhor é não balançar o barco, para evitar marolas, com o intuito claro de deixar as coisas como estão.
* Procrastinação e complacência são as regras.

Características da aristocracia:
* A prosperidade que financia a zona de conforto é traduzida em privilégios pelos quais os clientes jamais pagariam. Por exemplos: a alta liderança faz as refeições em uma área separada; da mesma forma, viaja de primeira classe e quase sempre mais para turismo do que para os negócios; passa ser importante virar capa de revista de economia, acumular prêmios etc. Aparecer é mais importante do que ser.

Características da burocracia:
* O sistema técnico domina o sistema humano.
* Nada deve ser feito sem que esteja devidamente sacramentado em normas, sistemas e contemplado pelo orçamento. * Os meios prevalecem sobre os fins.

O que fazer para sair da zona de conforto
Se após ler as considerações feitas até aqui, você acredita que sua empresa realmente está numa zona de conforto, o importante é estar preparado para mudar e saber administrar essa mudança com agilidade e inteligência. De acordo com Mario Persona, o fato de tudo estar bem pode ou não ser uma indicação de perigo. “Muitas empresas vivem situações assim, mas são capazes de mudar rapidamente o que precisa ser mudado ao mais leve sopro de que aquela acomodação seja o caminho da estagnação, cuja etapa final é a morte por degradação”.

Para Roberto Tranjan a zona de conforto sempre existiu e deve ser vista como uma doença que deve ser combatida. “Isso não é modismo. É doença organizacional. E deve, sim, ser curada”. Ele complementa que a zona de conforto é uma cultura que se avizinha ou que já está instalada. “Isso tudo acontece ou aconteceu porque as pessoas da empresa, principalmente os líderes, acreditaram nessa cultura. Vivem em função dela. Então o que precisa mudar é o modelo mental dessas pessoas, principalmente dos líderes. Só a educação pode fazer isso”.

Procurar ajuda especializada é recomendável para se obter uma análise isenta dos processos. “É importante ressaltar que tudo depende de empresa para empresa, de situação para situação, de mercado para mercado. É impossível criar uma lista de coisas a serem feitas em situações assim sem todo um trabalho de consultoria específica para conhecer as particularidades da empresa, de sua equipe e do mercado onde atua” completa Persona.

Entrevistados:
Mario Persona
- Consultor, Escritor, Palestrante e Estrategista.
E-mail: contato@mariopersona.com.br
www.mariopersona.com.br
Roberto Adami Tranjan - Escritor, educador, consultor e conferencista.
Sócio-fundador da Cempre – Educação nos Negócios.
E-mail: roberto.tranjan@cempre.net
http://www.cempre.net/

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Caroline Veiga DRT/PR 04882


Escolas formam profissionais na construção civil para vagas da Copa e Olimpíadas

Empresas da construção civil já começam a selecionar mão de obra prevendo a demanda gerada pelos eventos esportivos

Rio - De olho nos investimentos que a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 vão trazer para o Rio, empresas do ramo da construção civil já começam a selecionar mão de obra. Quem não quer ficar para trás deve atentar para os cursos de formação inicial e continuada oferecidos, gratuitamente, pelo governo e pela Prefeitura do Rio. Os Centros Vocacionais Tecnológicos da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) têm capacidade para formar 10 mil por ano. Instituições do governo do Estado do Rio vinculadas à Secretaria de Ciência e Tecnologia, os CVTs oferecem qualificação em diversas áreas, inclusive na construção civil.

São 16 unidades distribuídas pelo estado. Em sete delas, é focada a capacitação para o setor. De acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, a fim de reforçar a qualificação, o governo, em parceria com a iniciativa privada, está levando professores aos canteiros de obras.

"O grande problema da construção civil é a formação de pessoal, como pedreiro, bombeiro hidráulico, eletricista. Além disso, grande parte da mão de obra existente é analfabeta funcional. Como solução para essas questões, criamos os CVTs modulares, que já são realidade no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Alemão. Em 60 dias, a estrutura é montada e lá, além da formação para construção civil, os trabalhadores recebem reforço escolar por meio do EJA (Educação de Jovens e Adultos)", explica o secretário.

A previsão do governo é, até o fim de 2010, chegar a 40 canteiros-escola. Hoje, há 15 em funcionamento. Para garantir uma das vagas em cursos de formação inicial e continuada, os candidatos podem se inscrever diretamente nos CVTs.

Para os que já têm o Ensino Fundamental e pretendem se qualificar, há o curso Técnico de Edificações. O acesso é por concurso e o aluno pode escolher se qualificar junto com o Ensino Médio ou depois. Edital e endereços dos CVTS estão no site www.faetec.rj.gov.br.

Fonte: O Dia

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Fórum debate modelo de habitações sustentáveis

Autoridades da América Latina e do Caribe avaliam qualidade de moradias sociais no continente

O aumento da oferta de habitações para a população de baixa renda sem comprometer a qualidade, desafio comum à maioria dos países em desenvolvimento, é o principal tema em discussão na 2.ª Reunião do Programa de Qualidade e Produtividade do Habitat, que acontece nesta semana no Rio. Durante três dias, representantes de países latino-americanos e caribenhos vão discutir critérios técnicos para garantir a sustentabilidade na construção civil.

Segundo a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, esse tipo de fórum serve, sobretudo, para apresentar os arranjos institucionais de cada nação para a questão da moradia. "Uma das contribuições que o Brasil traz para a discussão é o modelo que escolhemos que pressupõe a adesão e pactuação dos setores público e privado para a implementação de um sistema de qualidade tanto da questão dos materiais quanto da construção e de projetos e da inovação tecnológica", afirmou Inês.

Ela disse que o Brasil tem muito a aprender com a experiência dos países da América Latina e do Caribe. "A Argentina, por exemplo, tem um sistema de normalização muito bem consolidado, que serve de exemplo para outros países. Cuba também tem uma experiência exitosa na criação de um arcabouço de normas que possibilitaram a reabilitação urbana. Cada país, na sua especificidade, pode contribuir para uma discussão mais ampla."

A coordenadora-geral do Programa de Qualidade de Produtividade do Habitat, Maria Sallete de Carvalho Weber, lembrou que o Brasil tem um déficit de mais de 6 milhões de habitações e que um dos grandes problemas na área de construção civil é o baixo número de profissionais especializados. Sallete ressaltou que uma das ações do programa que coordena é justamente a capacitação de mão de obra para a construção civil.

O representante do Ministério de Vivienda e Urbanismo do Chile, Héctor López, disse que seu país conseguiu criar um conjunto de normas eficazes na eficiência energética, nas condições térmicas e acústicas das habitações sociais, que pode ser útil para os demais. "Do Brasil, aprendemos muito sobre certificação e controle de qualidade dos materiais. Também implementamos, a partir da experiência brasileira, iniciativas para certificar e creditar os trabalhadores técnicos de construção", informou López.

A 2ª Reunião do Programa de Qualidade e Produtividade do Habitat faz parte da programação da Assembleia Geral de Ministros e Autoridades Altas de Morar e Urbanismo da América Latina e do Caribe (Minurvi). É uma organização intergovernamental que atua na área de desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos. A primeira reunião foi no Chile, em março deste ano, e a próxima será no Equador, em março de 2010.

No Rio, a pauta da reunião inclui ainda assuntos como os sistemas de avaliação da conformidade dos materiais, a criação de uma cesta básica de materiais que permitam impulsionar o combate à não conformidade com as normas e a capacitação profissional no setor.

Fonte: Agência Brasil

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Desafio faz bem às empresas

Superar metas motiva quase 87% dos profissionais. Departamento de manutenção mecânica da Itambé comprova pesquisa

Ao contrário do que se possa imaginar, não é a possibilidade de acumular dinheiro o item que encabeça a lista de motivações dos profissionais das grandes empresas brasileiras. Segundo recente pesquisa da Catho Online, com 16.207 entrevistados, os desafios a vencer é que lideram as prioridades dos recursos humanos das corporações. Para 86,9% dos profissionais, superar metas, ultrapassar barreiras e sentir-se desafiado é o que os faz crescer nas empresas.

A pesquisa conclui que oferecer desafios é o que faz bem às empresas e é o que mantém os níveis motivacionais das corporações. “Obter altos índices de satisfação no trabalho resulta em retenção de talentos, maior produção e clima organizacional favorável, entre uma série de outros benefícios”, diz Adriano Meirinho, diretor de marketing da Catho Online.

Daniela Fernandes: a fórmula para a boa oferta de desafios de uma empresa passa pelas suas lideranças
Daniela Fernandes - Catho Online

Daniela Fernandes, coordenadora de Recursos Humanos da Catho Online, alerta que a fórmula para a boa oferta de desafios de uma empresa passa pelas suas lideranças. “O líder deve procurar reconhecer em cada integrante aquilo com que ele mais se identifica e sente prazer em realizar. Assim ele poderá delegar desafios que levem ao desenvolvimento de competências”, afirma, completando que o colaborador deve estar sempre antenado com a busca de resultados da empresa: “Ele não deve entrar na zona de conforto com o pensamento de que sabe tudo. É importante que sempre se mantenha atualizado.”

O departamento de manutenção mecânica da Cimento Itambé comprova que a avaliação da Catho Online está correta. Integrado por 49 profissionais, o setor já investiu, só este ano, em 2.183 horas de treinamento. O objetivo, além do aperfeiçoamento tecnológico, é aprimorar a responsabilidade e o compromisso dos colaboradores. “Nossa missão é árdua, pois a fábrica da Itambé funciona 24 horas por dia e 365 dias por ano. Assim, nossos desafios são constantes, mas eles estão amplamente voltados para o planejamento e a manutenção preventiva”, explica Celso José de Carvalho, gerente de mecânica da Itambé.

O comprometimento com os desafios fez com que o departamento de manutenção mecânica adotasse uma filosofia de trabalho que se propagou no Japão na década de 1980 e no Brasil a partir de 1990. Trata-se da Manutenção Produtiva Total, da sigla em inglês TPM, cujos pilares são:

A) Atividades que aumentam a eficiência do equipamento;
B) Estabelecimento de um sistema de manutenção autônomo pelos operadores;
C) Estabelecimento de um sistema planejado de manutenção;
D) Estabelecimento de um sistema de treinamento objetivando aumentar as habilidades técnicas da pessoa;
E) Estabelecimento de um sistema de gerenciamento do equipamento.

Esse trabalho fez com que a equipe obtivesse de alguns equipamentos da fábrica um desempenho e uma vida útil até 50% superiores. “Nosso conceito é não dar espaço para as improvisações. Os desafios são planejados e isso coloca a Itambé entre as cimenteiras mais eficientes em manutenção de equipamentos. Acho que esse é o desafio que mais motiva nossa equipe: transmitir confiança aos outros departamentos da empresa”, define Celso José de Carvalho.

Entrevistados:
Celso José de Carvalho, gerente de mecânica da Itambé: celso@cimentoitambe.com.br
Daniela Fernandes, coordenadora de Recursos Humanos da Catho Online: imprensa@catho.com.br

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330


Concreto translúcido pode ir além da estética

Material inventado na Hungria já é produzido no Brasil e, em larga escala, pode ser usado no trânsito e na segurança pública

Bernardo Fonseca Tutikian, da Univates: cada bloco, hoje, custaria cerca de R$ 200
Bernardo Fonseca Tutikian, da Univates

Criado em 2001, na Hungria, o concreto translúcido começa a ser testado no Brasil. Dois centros de pesquisa já conseguiram desenvolver o material no país. Um é o Laboratório de Materiais de Construção da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral, no Ceará, e o outro é o Laboratório de Tecnologia da Construção da Univates (Universidade do Vale do Taquari), em Lajeado, no Rio Grande do Sul. O objetivo dos pesquisadores brasileiros é conseguir reduzir o custo de fabricação do concreto translúcido, para que ele ganhe mercado.

Na Concrete Show, evento realizado em agosto em São Paulo, o material húngaro foi anunciado com o preço de R$ 2.400 o metro cúbico. Comparado com o preço do concreto convencional, que no Brasil é vendido a um custo médio de R$ 300 o metro cúbico, o translúcido importado chega a ser 900% mais caro.

Fôrma usada para a fabricação do bloco de concreto translúcido: fibra óptica com concreto autoadensável
Fôrma usada para a fabricação do bloco de concreto translúcido: fibra óptica com concreto autoadensável

No entanto, na Univates, os pesquisadores conseguiram fabricar blocos de concreto translúcido, que medem 29x19x9 centímetros, a um custo de R$ 80. Para o mercado - incluído impostos e frete -, o professor Bernardo Fonseca Tutikian, que coordena as pesquisas na universidade, estima que o bloco do material custaria R$ 200. “Por enquanto, a utilização dele é apenas estética, mas o avanço das pesquisas pode barateá-lo e ampliar seu uso”, afirma Tutikian.

O valor alto do concreto translúcido se deve ao fato de que ele utiliza fibras ópticas misturadas com concreto autoadensável. São as fibras que garantem luminosidade e transparência ao material. “A opção pelo autoadensável é que ele é uma categoria de concreto que pode ser moldado em fôrmas, preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa”, explica Bernardo Fonseca Tutikian.

Após a colocação do concreto na fôrma, ele precisa de um tempo de cura e de repouso em água para ficar pronto
Após a colocação do concreto na fôrma, ele precisa de um tempo de cura e de repouso em água para ficar pronto

O processo de fabricação do concreto translúcido é relativamente simples e sua resistência é igual à do concreto comum. São inseridas fibras ópticas no interior de uma fôrma e então o bloco é concretado. Em seguida, ele passa por um processo de cura e é submerso em água. Na Univates, a fabricação de cada bloco durou cerca de três dias. Na Universidade Estadual Vale do Acaraú o tempo foi de dois dias, em função das temperaturas mais elevadas no Ceará. A diferença do processo brasileiro para o húngaro é que no país europeu ela já está sendo produzido industrialmente.

Bloco de concreto translúcido da Univates: resistência igual ao do concreto comum, mas com luminosidade
Bloco de concreto translúcido da Univates: resistência igual ao do concreto comum, mas com luminosidade

Se vier a ser fabricado em larga escala no Brasil, o concreto translúcido pode ser utilizado em obras de trânsito e de segurança pública. Em Estolcomo, por exemplo, o material já foi aplicado em quebra-molas. Dentro de cada bloco de concreto translúcido foram colocadas leds (lâmpadas com baixo consumo de energia e alta durabilidade), que acendem ao escurecer e servem de alerta para os motoristas.

Em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde está em construção um presídio modelo, está em estudo a construção de uma cela experimental com concreto translúcido. “A ideia é conseguir iluminar as celas dos presos, sem usar interruptor, pois o preso quebra as lâmpadas e as utiliza como arma. É uma forma de iluminar a cela sem a possibilidade de o preso quebrar o material”, afirma Tutikian.

Sob o ponto de vista estético, o concreto translúcido é cada vez mais utilizado em obras comerciais no Japão e na Europa. A razão é que ele permite projetar detalhes diferenciados para fachadas, destacando logotipos de empresas e iluminação de ambientes, dispensando o uso de lâmpadas. “Com o avanço das pesquisas, no futuro ele vai chegar às residências”, avalia o professor Francisco Carvalho, que coordena as pesquisas na Universidade Estadual Vale do Acaraú.

Entrevistado: Bernardo Fonseca Tutikian: btutikian@terra.com.br

Vogg Branded Content – Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330