Brasil integra pesquisa mundial de Gestão de Pessoas

O objetivo é avaliar as principais preocupações dos profissionais de gestão de pessoas em relação ao futuro da atividade.

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil integra a pesquisa global promovida pela Federação Mundial das Associações de Gestão de Pessoas (WFPMA), em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), para avaliar as principais preocupações dos profissionais de gestão de pessoas em relação ao futuro da atividade. No Brasil, a pesquisa é coordenada pela ABRH-Nacional, que apresentará os resultados em setembro de 2010.

Segundo Michel Leicht, líder de projetos do BCG e um dos responsáveis pela pesquisa desde 2008, se considerarmos a estratégia, as métricas e os Recursos Humanos como os três vértices de um triângulo, é fato que os links entre estas atividades na maioria das empresas encontram-se rompidos ou inexistentes. “Quando há conexão entre estes aspectos, as áreas de Recursos Humanos conseguem avaliar claramente quantos e que tipo de profissionais vão precisar nos próximos 5, 10 ou 15 anos em função de uma estratégia de negócio claramente definida, o que se revela um fator de diferenciação mercadológica”, explica.

Em 2009, a principal preocupação de mais de 4 mil profissionais de gestão de pessoas em 83 países dizia respeito à gestão de talentos - uma competência pouco encontrada nas empresas e de elevada importância para o futuro. Segundo Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da ABRH-Nacional, a pesquisa tem revelado que as preocupações dos profissionais de gestão de pessoas no Brasil são muito similares, para não dizer idênticas, às de profissionais no resto do mundo, o que reflete a inserção do país na globalização.

“No Brasil, um dos aspectos mais apontados pelos profissionais de gestão de pessoas diz respeito à busca por um maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, o que diz respeito à qualidade de vida. Isso significa que as pessoas têm trabalhado muito e dedicado pouco tempo à vida em família, o que termina por impactar negativamente a qualidade do trabalho. Mas aqui ainda nos preocupamos muito com o desenvolvimento de lideranças, pois os líderes, de forma geral, ainda estão isolados e decidem por impulso, o que é ruim para os negócios”, assinala Chelotti.

Com o título “O futuro global das áreas de Recursos Humanos”, a pesquisa começou a ouvir profissionais do segmento em mais de 80 países a partir do dia 1.º de dezembro do ano passado.

Fonte: e-Press Comunicação


Como lidar com objeções

Saiba como encarar as objeções e sair vitorioso em uma negociação

Silvia Campos
Silvia Campos

Objeções são contestações ou retrucações feitas a partir de uma afirmação. Quando a circunstância envolve a comercialização de um bem ou serviço, aí a objeção torna-se praticamente um sinônimo de negociação.

Para a especialista em negociação, Silvia Campos, diretora-executiva e sócia da Editora Quantum, as objeções representam sempre uma oportunidade. “A pessoa, ao fazer uma objeção, está deixando claro que está em dúvida”. O pior cenário, segundo ela, é quando o cliente não se manifesta. Neste caso, o vendedor fica sem ter como reagir e argumentar.

Silvia não recomenda esquivar-se de objeções. Ela garante que é fundamental compreender os desejos e dúvidas do cliente. “O vendedor deve sempre querer saber o porquê da contestação. Se a dúvida é em relação ao preço, à forma de pagamento, ao produto, ao serviço, à entrega”. A partir destas indagações, o profissional deve direcionar os argumentos para que a objeção do cliente torne-se uma oportunidade de venda.

Entre as objeções mais comuns, as que se referem ao preço ganham em disparada. Para a especialista em negociação, esse tipo de contestação é absolutamente normal. “Por isso, inclusive, os vendedores costumam ter sempre uma carta na manga”. Ela alerta, porém, que não é válido entregar tudo no primeiro “choro” do cliente. “Vá cedendo aos poucos”, sugere.

Como objeções fazem parte de toda e qualquer negociação, é preciso estar preparado e com o argumento na ponta da língua. Para isso, Silvia indica estudar as objeções mais frequentes e a maneira de lidar com cada uma delas. Quando a objeção é inesperada, o vendedor deve ser ágil para localizar a informação que irá sanar a dúvida do cliente. Por exemplo, se uma pessoa está realizando uma compra em São Paulo e questiona sobre a possível incidência de um imposto para transportar o produto para outro local, o vendedor dificilmente terá essa informação. Porém, dependendo do caso, uma breve ligação pode resolver o problema e dar a segurança que o cliente necessita para fechar a compra.

De acordo com Silvia, nem sempre é possível dar exatamente o que o cliente quer. Mas, na maior parte dos casos, é viável oferecer outro benefício que seja vantajoso a ele.
Dicas para enfrentar as objeções:

· Nunca discuta, nem leve uma objeção para o lado pessoal.

· Escute, preste atenção. Questione. Saiba do quê o cliente está falando.

· Não perca a paciência. Explique com calma quantas vezes forem necessárias.

· Não perca a compostura, mesmo se o cliente perder a dele.

· Diferencie as objeções reais, que merecem uma atenção especial, daquelas que não passam de um simples desabafo do cliente, pois no fundo ele já está convencido da compra.

· Evite fazer perguntas abertas, como “Qual seria a melhor forma de pagamento para você?”. O ideal neste caso é apresentar de forma clara as opções reais de formas de pagamento.

· Quando o vendedor torna-se muito inflexível, pode parecer que está com má vontade ou que não tem interesse em realizar a venda. Conheça as flexibilidades de negociação disponíveis e não deixe de apresentá-las ao cliente.

· Esteja disposto a mudar, sempre. Não se acomode se as vendas vão bem e não terceirize a culpa se as vendas vão mal. Busque sempre o melhor para você, para a empresa e para o cliente.

· Seja confiante, porém tome cuidado para não ser arrogante.

· Mesmo com a recusa após uma longa negociação, seja paciente. Reveja todas as argumentações com o cliente e se mostre disponível para futuros negócios. Não feche portas.

· O cliente muitas vezes blefa. Ele pode dar uma informação fictícia para tentar influenciar a negociação a seu favor. Se o vendedor não estiver bem preparado, pode perder uma grande oportunidade de venda.

· Fale a verdade e apenas o que está ao seu alcance. Não faça promessas que não poderá cumprir.

· Lembre-se que a sua postura e a sua maneira de falar serão decisivas. Muitas vezes, mais importante do que o que está sendo dito, é a forma como está sendo dito.

· As objeções ajudam o profissional a crescer, aprender e adquirir experiência. Elas também são bem-vindas para o negócio, que pode evoluir através de melhorias nos seus produtos, processos e serviços.

Entrevistada
Silvia Campos é pós-graduada pela FGV - MBA em gestão empresarial, professora de negociação no Centro Europeu e autora do kit de negociação VendaMais. Foi, durante dez anos, diretora-financeira e se tornou uma especialista e estudiosa na área de negociação. É diretora-executiva e sócia da Editora Quantum.

E-mail
Contato: silvia@vendamais.com.br

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Solo Armado ou Terra Armada

Processo de contenção de aterros utiliza placas de concreto, armaduras e a própria terra como materiais
Engº Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica

A tecnologia, também conhecida como Solo Reforçado, não é nova. Registros históricos dão conta que, há muito tempo, esta técnica já era usada. Mas foi a partir dos anos 60 que ela ganhou desenvolvimento, com a patente do engenheiro francês Henri Vidal. Devido aos seus trabalhos, o sistema ficou conhecido no mundo todo e sua utilização é cada vez maior.

A ideia inicial de confinar aterros em situações específicas, onde não se tem espaço para as chamadas saias, se estendeu para diversas outras aplicações. O uso mais comum é junto aos encontros de pontes e viadutos de estradas e ferrovias, ou nos perímetros urbanos, onde os espaços são muito restritos e os prazos de execução das obras bastante curtos. Aterros em indústrias para contenção de encostas ou muros de arrimo são também aplicações comuns deste sistema.

Vantagens do solo armado

Segundo o Eng.º Marcos Fernandes, praticante e especialista no assunto, o sistema oferece diversas vantagens. “Além da agilidade com redução dos prazos de execução, as grandes alturas dos aterros são muito favorecidas com a terra armada e os custos ficam bastante reduzidos”, completa Marcos.

De concepção simples, o solo armado utiliza placas de concreto – chamadas de Escamas – e uma armadura nervurada de aço galvanizado, além da terra que compõe o aterro. As escamas são montadas à medida que a terraplanagem avança, de maneira que ao término do espalhamento e da compactação se tem o solo armado finalizado. Via de regra, as fôrmas das escamas são disponibilizadas para a obra que produz a quantidade necessária no próprio canteiro, portanto, sem custo de transporte e com redução de impostos. O concreto utilizado é o convencional, geralmente com resistência característica à compressão de 25,0 MPa. Um sistema de ligação com parafusos une as escamas com a armadura e garante a consolidação monolítica do maciço.

A norma NBR 9286 – TERRA ARMADA, fixa as condições para o projeto e a execução para terrenos reforçados por terra armada.

Fonte (fotos): www.terraarmada.com.br

Solo Armado ou Terra Armada 1
Solo Armado ou Terra Armada - Foto 1
Solo Armado ou Terra Armada 2
Solo Armado ou Terra Armada - Foto 2

UFPR constrói prédio sustentável

Obra será a primeira do poder público no Paraná a obter a certificação LEED concedida a edifícios verdes

Projeto do prédio sustentável da UFPR
Projeto do prédio sustentável da UFPR

Mais do que atender a necessidade de um espaço maior e mais moderno, a construção dos Laboratórios Integrados de Genética Humana (LIGH), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), deverá seguir uma série de diretrizes estabelecidas pelo Green Building Council (GBC). O objetivo é conquistar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida a edificações sustentáveis.

De acordo com Cris Lacerda, arquiteta da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura no Paraná (Asbea-PR) responsável pela coordenação dos trabalhos de consultoria e gerenciamento para o LIGH, a construção sustentável é importante por estar em harmonia com o ambiente e não prejudicar o curso da natureza. “No Brasil, atualmente, há um empate entre a quantidade de recursos naturais consumida e o que a natureza oferece. Se decidirmos agora pela construção sustentável, poderemos manter esse equilíbrio; se continuarmos na concepção tradicional e no atual ritmo de crescimento, logo estaremos na mesma situação dos países industrialmente desenvolvidos” alerta.

Cris ressalta que, para os edifícios serem sustentáveis, é imprescindível que os projetos sejam concebidos sob a ótica da sustentabilidade. “É o projeto arquitetônico que determina o impacto que o prédio vai exercer sobre o ambiente” afirma.

As estratégias adotadas pelo projeto arquitetônico, segundo a representante da Asbea, variam da análise do entorno ao grau de sustentabilidade dos materiais aplicados, passando por conforto ambiental, eficiência energética, uso racional de água e minimização de resíduos. Ela acrescenta que os demais projetos de engenharia devem ser realizados simultaneamente ao projeto arquitetônico, visando à sustentabilidade da obra como um todo. “É um trabalho horizontal, onde todos os profissionais contribuem com soluções”.

Como tornar uma obra sustentável

Como exemplo, Cris revela que na execução da obra do LIGH, projetada pelo arquiteto José Sanchotene, o objetivo é consumir menos recursos naturais e reduzir a produção de lixo. Quando estiver concluído, o edifício também poderá gerar energia e fornecer água para seu entorno, para outras edificações ou até mesmo para a cidade. Para isso serão adotas medidas como:

• Aproveitamento da energia solar para aquecimento de água e para a produção de água destilada.
• Aproveitamento das águas pluviais por meio de reservatório de captação.
• Utilização de madeiras de reflorestamento, materiais e insumos renováveis e reciclados.
• Instalação de telhado verde modular sobre a cobertura, aumentando o isolamento térmico e colaborando para a redução no consumo de energia.
• Uso de sistemas de automação nos projetos de iluminação, climatização, segurança e comunicação, permitindo uma gestão integrada e inteligente dos sistemas para reduzir o consumo de energia elétrica.
• Coleta e separação de resíduos gerados na operação de todo o edifício, especialmente nos laboratórios.
• Preservação e valorização da paisagem, possibilitando o mínimo impacto ambiental sobre o entorno.
• Implantação dos laboratórios de forma a otimizar o conforto térmico e a iluminação natural.
• Disposição dos laboratórios em um único pavimento, sobre pilotis, que colaborará para: a) um maior isolamento térmico do edifício; b) o uso de iluminação e ventilação naturais, gerando economia de energia elétrica e reduzindo riscos de contaminação; c) a preservação e cobertura das áreas de estacionamento; d) a possibilidade de intervir nas instalações dos laboratórios sem interrupção da rotina laboratorial ou riscos de contaminação.
• Criação de um grupo interno de implantação e monitoramento de práticas sustentáveis.

Para atestar a correta execução da obra, no que diz respeito aos critérios de sustentabilidade, o LIGH contratou o CTE (Centro de Tecnologia em Edificações), empresa com sede em São Paulo, associada ao Green Building Council. “O CTE fará o acompanhamento e produzirá os relatórios exigidos pelo processo de certificação” diz Cris Lacerda.

Investindo em sustentabilidade

Em relação aos investimentos, Cris Lacerda garante que a obra sustentável não é mais cara do que qualquer outra obra que preze pela qualidade. “A obra sustentável é uma obra de qualidade; portanto, o preço que se paga é pela qualidade. A vantagem da construção sustentável é que com as estratégias adotadas, principalmente para uso racional de água e consumo inteligente de energia, em pouco tempo, ou seja, em média três anos, há retorno do diferencial de investimento aplicado” avalia.

Para que outras obras adotem as práticas de sustentabilidade no Brasil, Cris acredita que é necessário que os incorporadores, construtores e projetistas estejam bem informados acerca das vantagens deste tipo de construção, pois isso permitirá que eles tomem a decisão já no início do empreendimento.

Sobre o LIGH

Iniciada em outubro de 2009, a obra que está sendo erguida no Centro Politécnico da UFPR, em Curitiba, deverá ser o primeiro prédio do poder público do Paraná e o terceiro no Brasil a obter a certificação.

A nova estrutura permitirá a união de dois laboratórios que já integram o departamento de Genética da UFPR: o Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade e o Laboratório de Citogenética Humana e Oncogenética. Esta união facilitará a interação entre pesquisa e atuação prática na formação dos alunos, além de ampliar a atuação dos laboratórios no suporte ao serviço de transplante de medula óssea do Hospital Erasto Gaertner. Além do laboratório, o prédio abrigará ainda o Memorial Newton Freire-Maia. A previsão é que o edifício seja concluído em outubro de 2012.

Clique aqui e saiba mais sobre a certificação LEED.

Entrevistada:
Arquiteta Cris Lacerda: cris@crislacerda.com.br

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Selo prédio verde: quem se habilita?

País persegue uma certificação mais tropical, mas, para isso, precisa formar um maior número de profissionais capacitados para fazer auditorias.

Daniela Corcuera: Brasil possui mais de 60 profissionais LEED APs e em torno de 10 empresas de consultoria para certificação.
Daniela Corcuera: Brasil possui mais de 60 profissionais LEED APs e em torno de 10 empresas de consultoria para certificação.

Desde o ano passado, a comissão gestora do certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) no país e o GBC (Green Building Council) Brasil têm atuado para criar uma certificação Green Building mais adaptada à realidade nacional. Atualmente, o sistema é totalmente calcado em requisitos criados nos Estados Unidos e alguns encontram dificuldades para se adequar à realidade nacional.

Para se chegar a uma certificação LEED com a cara do Brasil também é preciso capacitar profissionais no país que possam conduzir o processo de certificação. Uma das maiores incentivadoras deste processo é a arquiteta Daniela Corcuera. Mestre em Arquitetura Sustentável pela FAU-USP, ela é um dos cerca de 60 profissionais credenciados no Brasil para esse tipo de auditoria.

Na entrevista a seguir, ela revela como se chega à certificação Green Building e como o setor está trabalhando para formar novos profissionais e criar um modelo nacional para conceder o selo “prédio verde”. Confira:

Muito se fala em “prédio verde”, mas como se pode saber se uma edificação está apta para receber a certificação Green Building?

A certificação LEED é concedida a edifícios de alta performance ambiental e energética. Pelo sistema LEED 2009, atualmente vigente, é necessário a obtenção de um mínimo de 40 pontos (de um máximo de 110 pontos), além do atendimento dos chamados pré-requisitos, que são obrigatórios e variam de tipologia a tipologia. Para se ter certeza de que um empreendimento está apto a receber a certificação, recomenda-se a realização de uma Análise Diagnóstica, de modo a verificar a viabilidade técnico-econômica para obtenção da certificação. Nesta análise, realiza-se uma avaliação do empreendimento, de acordo com os critérios do sistema LEED e verifica-se a possibilidade de atendimento aos pré-requisitos obrigatórios e ao número mínimo de 40 pontos.

O Brasil hoje já possui profissionais capacitados para avaliar obras e conceder certificado LEED-NC?

A certificação é outorgada pelo GBCI (Green Building Council Institute), sediado nos Estados Unidos, através da análise documental do projeto e obra do empreendimento, no caso do sistema LEED NC (New Constructions: Novas Edificações). Os chamados LEED APs (Accredited Professionals: Profissionais Acreditados) são profissionais que atestaram conhecimento suficiente sobre o sistema e podem auxiliar na condução do processo de certificação, funcionando como facilitadores e gestores do processo. Contudo, a participação de um LEED AP não é obrigatória para a certificação, mas sim estimulada pela obtenção de um crédito adicional ao processo. O Brasil possui mais de 60 profissionais LEED APs e em torno de 10 empresas de consultoria para certificação (dados de setembro de 2009).

Quais os pré-requisitos que um profissional precisa ter para se qualificar a dar consultoria para as obras?

Não há pré-requisitos obrigatórios, impostos pelo USGBC (United States Green Building Council) ou pelo GBCI para a prestação de serviços de consultoria. O mercado, porém, tem sido seletivo em escolher empresas e profissionais experientes e conhecedores do sistema e das estratégias para a sustentabilidade na construção civil, nas áreas de energia, materiais, água, conforto ambiental e implantação. O gestor, sem dúvida, precisa ter perfil para trabalho em equipe e liderança. Também, de fundamental importância, são a ética e a idoneidade do profissional na preparação da documentação a ser encaminhada para análise do GBCI.

Quais as ações necessárias para a obtenção desta certificação junto ao USGBC?

O processo de certificação é todo realizado por meio de uma plataforma on-line do GBCI, através do preenchimento de formulários, planilhas e envio de documentação digital, como projetos, memórias de cálculo, relatórios e registros fotográficos. O processo tem inicio com o Registro do Projeto, quando são fornecidos os dados gerais do empreendimento. Na sequência, toda a documentação da fase Projeto é coletada e inserida na plataforma para a pré-análise da certificação. Ao término da obra, a documentação da fase Construção é inserida na plataforma e informações da fase Projeto podem ser corrigidas e atualizadas. Feito isto, o GBCI irá analisar toda a documentação e conceder ou não a certificação.

Como funciona o sistema de pontuação para a construção obter o certificado LEED-NC?

Para o sistema LEED de 2009, o empreendimento premiado com a certificação tinha que atingir as seguintes pontuações:
- Certificado: 40 a 49 pontos
- Prata: 50 a 59 pontos
- Ouro: 60 a 79 pontos
- Platina: 80 a 110 pontos

Já os créditos e pré-requisitos são distribuídos dentro de 7 categorias:

- Implantação Sustentável (Sustainable Sites)
- Eficiência Hídrica (Water Efficiency)
- Energia e Atmosfera (Energy and Athmosphere)
- Materiais e Recursos (Materials and Resources)
- Conforto Ambiental (Environmental Quality)
- Inovação e Projeto (Inovation and Design)
- Créditos Regionais (Regional Credits)

Em termos de normas da ABNT, quais devem ser contempladas para que o empreendimento adquira o conceito de prédio verde?

A normativa LEED segue as referências dos Estados Unidos e não da ABNT.

O Brasil caminha para ter um sistema de certificação Green Building com uma cara mais nacional e menos calcada em normas internacionais?

No Brasil estão em uso 4 sistemas para empreendimentos: o LEED, o AQUA, o Procel Edifica e o Casa Clima. O sistema LEED foi criado em 1999 pelo USGBC e é aplicado no Brasil seguindo o sistema original americano. A versão 2009 contempla a inclusão de 4 créditos regionais, que podem ou não ser pleiteados. No caso do Brasil, os créditos regionais ainda não estão disponíveis para aplicação, ainda que os trabalhos da chamada "tropicalização" estejam em andamento e já tenham sido concluídos para os sistemas New Constructions e Existing Buildings. Todo o processo é conduzido na língua inglesa, utilizando o sistema americano de medições (pés quadrados, Farenheits, etc), além da normativa estado-unidense. Já o AQUA (Alta Qualidade Ambiental) tem como base o sistema francês HQE, que foi totalmente traduzido para o português e adaptado às normativas e regulamentações brasileiras. O processo é conduzido por meio de auditorias documentais e físicas realizadas pela Fundação Vanzolini.

Prédio da UFPR deverá receber certificado LEED. Saiba mais.

Dados do entrevistada:

Daniela Corcuera é arquiteta e mestre em Arquitetura Sustentável pela FAU-USP. É consultora, atuando na área de materiais de construção e projetos. Ministra cursos e realiza palestras no Brasil e no exterior e é auditora AQUA pela Fundação Vanzolini, LEED Accredited Professional pelo USGBC (United States Green Building Council), membro do comitê de materiais para a tropicalização do LEED e membro da diretoria da ANAB Brasil (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica).

Entrevistado:
Daniela Corcuera: dcorcuera@casaconsciente.com.br
Site: www.casaconsciente.com.br

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Oceanário Brasil

O projeto que vai alavancar o turismo em Rio Grande

Créditos: Engº. Carlos Gustavo Marcondes - Assessor Técnico Comercial Itambé

Com o edital de licitação lançado no último dia 30 de outubro para a construção do Oceanário Brasil, Rio Grande passa a viver um momento de grande expectativa em relação ao turismo, que sofrerá um aumento contínuo de visitantes ao longo dos anos. O projeto da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) é inédito no país e é de grande alcance turístico, científico, tecnológico e educacional.

Rio Grande é uma cidade intrinsecamente ligada ao mar, que possui grande biodiversidade e muitos estudos reconhecidos direcionados ao ambiente marinho. Apesar de viver em uma cidade litorânea, desfrutando da gastronomia típica, do lazer e da renda que a atividade no mar proporciona, a população muitas vezes nem imagina as riquezas que o mar possui. Com o Oceanário, os moradores, estudantes, pesquisadores e turistas terão a oportunidade de conhecer os segredos do Oceano Atlântico e sua relação com as bacias hidrográficas brasileiras.

O Oceanário é um projeto do reitor da universidade, João Carlos Cousin, que surgiu durante a realização do seu mestrado e doutorado na cidade de Brest, na França. Cousin acompanhou o desenvolvimento da cidade com a construção de um Oceanário e planejou a obra para Rio Grande. "Irá alavancar ainda mais o desenvolvimento. Na América Latina, não temos um complexo desse porte. Vai ser um exemplo para o mundo em termos de construção, cuidados e manutenção", avaliou.

O Oceanário Brasil será construído em um Parque Ecológico, localizado entre o Balneário Cassino e os Molhes da Barra, em uma área de 176 hectares do lado do Oceano Atlântico. A previsão é de que no final de 2012, a obra esteja concluída. O investimento é de R$ 140 milhões. Atualmente, a Furg procura parcerias para a obra.

O Oceanário será dividido em Ala Norte, Sul, Leste, Oeste e Central. O complexo Oceanário contará ainda com um Centro de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação Oceanográfica, área de apoio técnico, Espaço Artesanal de Economia Solidária, torre mirante, teleférico, quiosques, lago e estacionamento. De acordo com o reitor da Furg, o Oceanário terá espelhos d'água, estrutura metálica e um tanque central, considerado um dos maiores do mundo.

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A ala Sul abrigará o espa%C


Cronograma impede aeroporto do futuro até 2014

Infraestrutura aeroportuária é uma das maiores preocupações no Brasil. Conheça o projeto que ajudaria a resolver esse gargalo

Até 2014, ano em que acontecerá a Copa do Mundo no Brasil, os aeroportos brasileiros deverão registrar um crescimento estimado de 51% no número de passageiros. Significa que, daqui a cinco anos, circularão pelos terminais aeroportuários cerca de 180 milhões de pessoas anualmente, segundo projeções da própria Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). A expectativa de demanda faz acender a luz de alerta nos organismos que avaliam a infraestrutura nacional. Para eles, é urgente resolver esse gargalo, sob o risco de o país enfrentar um grande "apagão aéreo" antes mesmo de a Copa aterrissar no Brasil.

O governo federal tem consciência do problema e promete, neste ano, criar uma autoridade aeroportuária para gerenciar obras nos principais aeroportos brasileiros. Segundo o ministério da Defesa, serão investidos R$ 4,6 bilhões na infraestrutura dos terminais. No entanto, as obras só devem começar em 2011. Até lá, será preciso alterar a legislação. O ministro Nelson Jobim defende que a Infraero tenha o mesmo tratamento que a Petrobras, com dispensa de licitação, e que seja permitida a privatização de aeroportos. "O problema está aí e, com Copa ou sem Copa, precisamos solucionar os problemas de infraestrutura nos aeroportos", diz Jobim.

Ricardo Guerra Florez
Ricardo Guerra Florez

A percepção dos especialistas é que o governo está acordando tarde para o problema. Para o arquiteto Ricardo Guerra Florez, a preocupação está com atraso de seis anos. Em 2004, ele ajudou a elaborar o projeto Aeroporto, Cidade, Metrópole: Políticas para uma gestão convergente, que propunha a reestruturação dos aeroportos de São Paulo. Se tivessem sido adotadas, as ideias teriam evitado o "apagão aéreo" de 2006 e 2007. Elas propunham um aeroporto para vôos domésticos no Campo de Marte, para desafogar Congonhas e devolver Cumbica à sua função original (os voos internacionais), e, além disso, previa a construção de um novo aeroporto na região do Grande ABC.

Esse novo aeroporto, infelizmente, não sairá do papel. Por dois motivos: o governo federal optou por reformar os aeroportos já existentes e porque não há mais tempo para uma obra desta envergadura. Ela precisaria pelo menos de 7 anos para entrar em operação plena, ou seja, para estar funcionando em 2014 a obra deveria ter começado em 2007. O aeroporto do futuro, como previa Ricardo Guerra Florez, seria erguido à sudeste do município de São Paulo, o mais próximo do Rodoanel, e seria concebido para suportar os crescimentos até pelo menos 2060. "Ele ocuparia uma área em região com inúmeras instalações industriais desocupadas e com transporte ferroviário já instalado e subutilizado. Seria construído dentro dos conceitos modernos de sustentabilidade, o que ajudaria a preservar a área, atualmente fortemente ocupada por invasões", explica.

Pistas para grandes supersônicos

Pela localização estratégica, o aeroporto do futuro permitiria aproximações e saídas com menor sobrevoo e seria projetado para receber as futuras aeronaves de grande porte, com capacidade de voar com até 1.000 passageiros e grandes quantidades de carga aérea e velocidade supersônica. "Seria o mais importante e estratégico aeroporto brasileiro para conexões internacionais no eixo Sul/Sul, ligando o Brasil à África, à Austrália e ao Oriente", define Ricardo Guerra Florez.

Isso demandaria a construção de pistas de rolamento com mais de 2.600 metros e largura mínima de 25 metros. Exigiria também o uso inédito na América Latina de concreto protendido aplicado pelo processo de Dywidag, para pavimentação de pistas de aeroportos. O sistema é o único que atende às exigências da tecnologia eletrônica dos novos aviões, com redução de custo de manutenção de juntas. Além de sistemas construtivos modernos, o aeroporto do futuro reuniria outros componentes necessários para obras desta envergadura, como:

- Dimensionamento para promover desenvolvimento social, urbano e econômico.
- Instalações concebidas e conectadas com o planejamento urbano das cidades.
- Conexão com transporte público de qualidade.

Aeroshopping

Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares em Maceió
Aeroporto Zumbi dos Palmares

Atualmente, no Brasil, a obra aeroportuária mais moderna está em Alagoas. No final de 2005 entrou em operação o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Com capacidade para 1,2 milhão de passageiros por ano, expansível para 2,5 milhões até 2014, ele segue o conceito de aeroshopping – uma combinação de terminal aéreo com espaço para 62 estabelecimentos comerciais de compras, lazer e arte.

Entre as inovações, o Zumbi dos Palmares conta com sistema de cogeração de energia, que permite uma forma de energia ambientalmente limpa, com a utilização de gás natural. Em sua central de água gelada existem dois grupos geradores movidos a gás natural, que fornecem energia elétrica para todo o aeroporto. Através do processo da cogeração, a água quente, utilizada para o arrefecimento dos geradores, assim como seus gases exaustos, são reaproveitados, gerando água gelada por meio de um chiller de absorção.

Além disso, é um dos poucos aeroportos do país totalmente climatizado, com sistema informatizado que regula desde a intensidade da iluminação e do ar refrigerado, até a velocidade das escadas rolantes. A pista, com 2,6 mil metros, permite voos Maceió-Londres, Maceió-Roma e Maceió-Cairo sem escalas ou conexões.

Entrevistados:
Arquiteto Ricardo Guerra Florez: fundacaorgf@gmail.com
Infraero: imprensa@infraero.gov.br

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Consumo Nacional

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Consumo Mundial

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Produção Mundial

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