Terreno e construção terão financiamento único

A autorização para a construção do Minha Casa, Minha Vida passará por avaliação da Caixa

A autorização para a compra de terreno pelas regras do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, só valerá para quem contratar junto um financiamento para a construção da casa própria --como a carta de crédito FGTS individual, que já é oferecida pela Caixa Econômica Federal.

A autorização para a compra do terreno poderá ser votada hoje no Senado e já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Para ser colocada em prática, será preciso a aprovação do presidente Lula e a regulamentação do Ministério das Cidades.

Segundo a secretária nacional da Habitação, Inês Magalhães, a exigência do financiamento para a construção será feita, pois só terá acesso à compra de terrenos quem realmente quer construir um imóvel. Por isso, de acordo com o projeto, eles terão que se comprometer a começar a construção em até seis meses.

Isso evitaria, por exemplo, a aquisição de lotes com juros baixos e prazos esticados de pagamento apenas para investimento. Em princípio, o programa do governo federal prevê subsídio para a compra de imóveis novos, de até R$ 130 mil, para quem ganha até R$ 4.650.

Se o projeto for aprovado, quem optar pela autoconstrução terá acesso às mesmas regras do Minha Casa, Minha Vida --como juros de 4,5% a 8,16% mais TR, de acordo com a renda, além de pagamento em até 30 anos.

Os benefícios

Pelo programa federal, o mutuário que perde o emprego pode ficar até 36 meses sem pagar a prestação. Outra vantagem é o seguro habitacional, que, por enquanto, é gratuito --e poderá passar a ser cobrado para quem tem mais de cinco salários mínimos, segundo Magalhães. Se aprovada, a cobrança será feita de acordo com a renda do mutuário.

As condições para a construção da casa própria, nesses casos, poderão ser feitas seguindo as mesmas regras da carta de crédito FGTS individual, oferecida atualmente pela Caixa. Nessa modalidade, é possível financiar até 100% da construção, no valor de até R$ 130 mil.

Com o projeto que está no Senado, o programa habitacional pode ter a inclusão de todos os municípios --que foi uma das reivindicações do Fórum Nacional de Secretários da Habitação, além da regularização de loteamentos públicos em Brasília. Antes, os municípios com menos de 50 mil habitantes não eram contemplados. No entanto, a votação do projeto poderá ser prejudicada devido às discussões da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.

Fonte: Folha de São Paulo (online) - 25/05/2010


Como utilizar o Marketing de Vendas para o benefício das marcas (Podcast)

 Marketing de Vendas como estratégia de crescimento de uma empresa. Como o valor da marca influencia na expansão dos negócios
 
por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content
 
Eloi Zanetti

Currículo:

Publicitário, consultor em Marketing e Comunicação, autor dos livros: Administração, Futebol & Cia; O Encantador de Clientes; O General que Sabia Ganhar Batalhas, entre outros.

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Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content


Como está a preparação do setor da construção industrializada para a Copa de 2014? (Podcast)

Construção civil na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. O cenário atual das estruturas de concreto no Brasil e como o país está se preparando para sediar esse evento mundial

por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content

Iria Doniak

Currículo:

Engenheira Civil, graduada pela PUC-PR em 1988, atua no setor de concreto desde 1986. Seu foco principal de atuação tem sido a construção pré-fabricada.

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Como está a preparação do setor da construção industrializada para a Copa de 2014? (Podcast)

Construção civil na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. O cenário atual das estruturas de concreto no Brasil e como o país está se preparando para sediar esse evento mundial

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Iria Doniak

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Engenheira Civil, graduada pela PUC-PR em 1988, atua no setor de concreto desde 1986. Seu foco principal de atuação tem sido a construção pré-fabricada.

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O bom planejamento para evitar futuros desastres

Impedir a ocupação irregular em áreas de risco e recuperar solos suscetíveis a desmoronamentos podem prevenir tragédias

por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content

Desastres como os que aconteceram no início do ano em Angra dos Reis e, mais recentemente, em Niterói, ambos no Rio de Janeiro, trazem para o foco da discussão a busca de alternativas para minimizar os riscos de deslizamentos em encostas. Pesquisadores são categóricos: a construção em áreas de risco, principalmente naquelas ocupadas de forma irregular, sempre irá representar algum tipo de perigo para os habitantes do local, no entanto, se houver um bom planejamento, a probabilidade de acidentes pode diminuir.

Luiz Antonio Bressani

O PhD, mestre em engenharia civil geotécnica, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Luiz Antonio Bressani, explica que regiões da serra do mar e ocupadas irregularmente são as que apresentam as características de áreas propensas a futuros problemas, como os desmoronamentos de terra. “Até mesmo os terrenos considerados estáveis, com construções planas, também podem trazer riscos, caso não tenham um bom projeto de engenharia. O mau corte do terreno, além de características do solo, como resistência e permeabilidade, também, são fatores que contribuem para os desastres”, ressalta Bressani.

O clima tem interferido diretamente para o agravamento das regiões de risco. “As chuvas fortes que ocorreram no Rio de Janeiro, no início deste ano, foram cruciais para o desastre em Angra dos Reis. Precisamos repensar os planejamentos habitacionais de lugares como Angra, preservando a vegetação da serra do mar. O clima está nos enviando um alerta”, comenta o mestre em engenharia civil geotécnica.

Pesquisas sobre população em áreas de risco, comportamento de solos tropicais, ensaios de laboratório, mapeamento geotécnico e instrumentação são temas de estudo do departamento de engenharia civil da UFRGS. Os estudos, coordenados pelo professor Bressani, nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul apontam risco de desmoronamento em áreas de encosta, devido à grande absorção de água da chuva. “Através da coleta de amostras de solo para uma avaliação da qualidade do terreno, podemos identificar locais propensos a gerar futuros problemas, principalmente, em regiões de ocupação irregular”, avalia.

Eduardo Del’Avanzi

No Paraná, engenheiros e estudantes da UFPR (Universidade Federal do Paraná) também estão realizando pesquisas de avaliação de risco em regiões da serra do mar. “Estudamos encostas, análise da resistência do solo, balanço hídrico e estimamos a variação da estabilidade do solo ao longo do tempo e, com base nessas pesquisas, diagnosticamos quando um solo está saturado ou não”, revela o professor da UFPR, doutor em engenharia civil Eduardo Del’Avanzi.  O professor da UFRGS, Bressani, ressalta que os desastres em regiões de solos escorregadios são também um problema social e econômico. Por isso, a importância da identificação dessas áreas, por parte do poder público, e a remoção da população que vive nesses locais, ou próxima a eles. “As pessoas devem ficar atentas ao menor sinal de rachaduras e trincas nas paredes das residências, pois elas apontam que alguma coisa não está indo bem”, ressalta.

Del’Avanzi ainda explica que quando um solo está muito saturado é porque apresenta todos os vazios preenchidos com água, o que é mais comum nas encostas. “As ocupações, em solos com essas características foram acontecendo de forma desordenada em várias regiões do país, fruto de um crescimento exagerado da população sem opção adequada de moradia. Os bairros foram sendo urbanizados e as cidades foram crescendo em torno da serra do mar e de aterros, sem nenhum planejamento correto de habitação. Para solucionar ou minimizar um risco, se deve fazer um planejamento da área voltado ao meio ambiente, tentando manter as drenagens naturais e analisar se a remoção é o único caminho”, avalia Del’Avanzi.

Recuperação do solo

Área de escorregamento de Caxias do Sul - RS

Nos locais considerados mais propensos a desastres é possível fazer um trabalho de engenharia, recuperando o solo suscetível a desmoronamentos com obras de estabilização. “Isso pode ser feito através de drenagens, medidas de contenção, mas também é importante destacar que ações dessa natureza, muitas vezes, podem ser inviáveis, pela falta de acesso das máquinas aos lugares de maior risco em encostas ou aterros. Por isso, prevenir a ocupação irregular deve ser prioridade dos governos, não investindo na urbanização dessas localidades. Cabe, também, às pessoas se conscientizarem da importância de evitar construir em áreas impróprias”, ressalta o doutor em engenharia Del’Avanzi.

Área com 5 casas destruídas em Gaspar - SC

Entrevistados:

Luiz Antonio Bressani
-PhD em engenharia em Soil Mechanics pelo Imperial College de Londres (1990),
-Professor Associado do Departamento de Eng. Civil da UFRGS.
-Experiência em projetos na área de Engenharia Civil, com ênfase em Taludes Naturais e Escavações atuando em pesquisas sobre Comportamento de Solos Tropicais, Ensaios de Laboratório, Mapeamento Geotécnico e Instrumentação.
-Participou na orientação de 33 dissertações de mestrado e sete teses de doutorado com mais de 100 trabalhos publicados na área.
Email: bressani@ufrgs.br

Eduardo Del’Avanzi
- Doutor em Engenharia Engineering - Environmental Geotechnics pela University of Colorado at Boulder (2004)
- Graduação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1991)
- Mestrado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1995) e doutorado em Civil - Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná
- Revisor de periódico da Journal of Geotechnical and Geoenvironmental Engineering
- Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Geotécnica. Atuando principalmente nos seguintes temas: Análise de Fluxo, Modelagem em centrífuga, solos não saturados.
Email: avanzi@ufpr.br

PERGUNTA: A INTERVENÇÃO DO HOMEM NA NATUREZA ESTÁ CONTRIBUINDO PARA ESSAS TRAGÉDIAS? DEIXE SUA OPINIÃO A SEGUIR.

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content


Nova norma da ABNT estabelece critérios para o uso de água em concreto

A determinação preenche uma lacuna que pode tornar o concreto mais durável

por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content

Desde a década de 40 – quando se iniciou a utilização das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para concreto em construção civil, que o Brasil não tinha um texto específico que tratasse da qualidade da água para amassamento do concreto. As empresas brasileiras, no entanto, seguiam as determinações de outros países, muitas vezes, europeias ou americanas. Com o início dos trabalhos sobre o tema no âmbito internacional ISO, o Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18) tomou como base o Projeto de Norma Internacional e criou uma norma para o Brasil, a NBR 15900Água para amassamento do concreto – com onze partes. E essa determinação pode interferir na durabilidade do concreto final.

A ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – procedimento, que substituiu a antiga NB 1 – Projeto e execução de obras de concreto armado - trazia alguns requisitos para a água de amassamento do concreto, porém sem tratar o tema com a profundidade necessária.

Somente em novembro de 2009 é que foi publicada uma norma que vale, especificamente, para a qualidade da água. O texto é válido para qualquer região do país, como referência na análise de água utilizada para amassar o concreto. Não é uma lei, mas serve como parâmetro para os laboratórios das empresas compararem a quantidade de elementos químicos presentes na água de determinado local, e se, no caso, essa fonte poderá ser aproveitada ou não.

Qual a melhor água para o concreto?

A água de abastecimento público é adequada para o concreto e já vem sendo utilizada, não necessitando de ensaio. A água potável que atende a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde é considerada dentro dos padrões exigidos pela norma do ABNT/CB-18 e pode ser utilizada sem restrição para a preparação do concreto. A água de esgoto, mesmo com tratamento, não é adequada para uso em concreto.

Quando a água vem de fontes subterrâneas, ou quando é de captação pluvial ou ainda oriunda de processo residual industrial, pode ser boa para uso do concreto, mas deve ser ensaiada. No caso de água salobra (água com salinidade entre a da água do mar e as chamadas águas doces) também pode ser utilizada, mas somente no concreto não armado. Em ambos os casos, segundo a norma, a água deve ser ensaiada. A água do mar não deve ser usada em concreto armado ou protendido.

O projeto da norma brasileira prevê, ainda, a reutilização de água de processos industriais em alguns casos, desde que atendidos os parâmetros exigidos para durabilidade do concreto e das estruturas de concreto. São eles:

• Lavagem de betoneiras;
• Processos de corte;
• Moagem;
• Jateamento;
• Fresagem de concreto.

• Durabilidade

A superintendente do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados, CB-18, da ABNT, engenheira Inês Laranjeira da Silva Battagin, ressaltou a importância da nova norma visando a durabilidade do concreto. “Além da limitação de teores que a norma impõe à água utilizada para o concreto, o texto faz referência às outras exigências já adotadas em outros documentos normativos, como a norma de preparo, controle e recebimento do concreto (ABNT NBR 12655); e a norma de avaliação e prevenção da reação álcali-agregado (ABNT NBR 15577) que também estabelecem requisitos visando a durabilidade do material”, salienta.

Critérios

A norma de água ABNT NBR 15900 foi dividida em onze partes. De acordo com o geólogo especialista em concreto e coordenador da Comissão de Estudos responsável pelo desenvolvimento desta norma, Arnaldo Battagin, a parte 1 – Requisitos – é a mais importante, porque classifica a água em função de sua origem e estabelece todos os requisitos que devem ser obedecidos para que possa ser usada para a preparação do concreto. Entre esses requisitos estão a quantidade de cloretos e de sulfatos aceitáveis na água, além de outros elementos e características físicas.

Quantidade de cloretos permitida na água de amassamento:

• Concreto protendido, até 500 miligramas de cloreto por litro de água;
• Concreto armado, 1000 miligramas de cloreto por litro de água;
• Concreto simples, até 4500 miligramas de cloreto por litro de água.

Para a quantidade máxima de sulfato, a norma especifica até dois mil miligramas por litro. Outro item é com relação à quantidade de álcalis no concreto. Segundo a norma, adotar medidas preventivas à reação álcali-agregado (RAA) pode assegurar maior durabilidade às estruturas de concreto. Por isso o equivalente alcalino de óxido de sódio não pode exceder 1500 miligramas/L ou se pode atender as exigências da ABNT NBR 15577.

Arnaldo Battagin

A segunda parte da norma aponta para coleta de amostras e a terceira prescreve como realizar a avaliação preliminar. As demais oito partes destacam os métodos de ensaio para se comprovar o atendimento aos requisitos. “É preciso que os critérios da norma sejam adotados e seguidos pelas empresas do setor da construção civil, zelando pela boa conduta e pelo bom aproveitamento da água”, comenta o especialista, Arnaldo Battagin.

Sustentabilidade

Segundo Arnaldo Battagin, a norma acena uma possibilidade das empresas reutilizarem a água de usinas concreteiras, colaborando com a sustentabilidade. “Uma vez que usamos a água que seria jogada fora estamos contribuindo com o meio ambiente”, analisa.

Atuar seguindo os princípios da sustentabilidade, buscando alternativas economicamente viáveis, ecologicamente corretas e socialmente adequadas tem sido uma das metas dos trabalhos de normalização do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT CB-18), como informa a superintendente do Comitê, Inês Laranjeira da Silva Battagin.

Entrevistados:
Arnaldo Battagin - Chefe dos Laboratórios da ABCP
E-mail: arnaldo.battagin@abcp.org.br
Currículo
• Geólogo pelo Instituto de Geociências da USP, em 1974.
• Chefe dos Laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP.
• Especialização nas áreas de tecnologia básica de cimento e concreto, durabilidade do concreto, técnicas experimentais, administração e gestão da qualidade.
• Palestrante e professor de vários cursos da ABCP.
• Participante de várias comissões de estudos de normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
• Autor e co-autor de cerca de 60 trabalhos técnico-científicos publicados em revistas e congressos nacionais e internacionais.
• Membro representante da Associação Brasileira de Cimento Portland no Conselho Diretor do Instituto Brasileiro do Concreto.
• Membro do Comitê de Gestão da Associação Brasileira de Cimento Portland.

Inês Laranjeira da Silva Battagin - Superintendente Comitê ABNT CB-18
Email: ines.consult@abcp.org.br
Currículo
• Engenheira Civil Superintendente do ABNT/CB18. Consultora da ABCP nas áreas de normalização técnica e patologias de edificações.
• Participante no desenvolvimento de normas técnicas - ABNT/CB-18 e ABNT/CB-02, ISO e MERCOSUL.
• Diretora de Publicações e Divulgação Técnica do IBRACON.
• Participante de Comitês Técnicos do IBRACON.

 

Glossário:

Água ensaiada: quando a água é submetida a algum tipo de ensaio para comprovar o atendimento a requisitos.

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content


Nova regra para o FGTS em consórcios

O conselho curador do FGTS aprovou ainda no ano passado e a medida passou a valer este ano para quitação de imóveis

por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content

No final de 2009 a Caixa Econômica Federal regulamentou a medida – aprovada pelo Conselho Curador do FGTS – que permite a utilização do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para liquidar, amortizar e pagar parte das prestações de consórcios imobiliários. O Brasil – que tem uma população de 87 milhões de trabalhadores ativos, segundo o IBGE – passa a oferecer mais vantagens a esses trabalhadores na aquisição da casa própria.

A nova regra vale para todos os trabalhadores que têm emprego fixo há mais de um ano, em uma mesma empresa, e que já tenham sido contemplados por um consórcio de imóveis. Os trabalhadores poderão utilizar o saldo do FGTS para fazer o negócio. Mas, o importante é que a medida vale apenas para quem já contribuía com o FGTS por mais de três anos e quem já pagava um consórcio imobiliário, foi sorteado, e agora pode quitar todas as parcelas pendentes com o valor disponível pela Caixa.

Antes o procedimento era parecido, porque a Caixa Econômica Federal também liberava o saldo do FGTS aos trabalhadores, mas não era permitido quitar um consórcio residencial, como agora. O benefício abre possibilidades de aquisição de um imóvel em um prazo menor, como destaca a superintendente de uma rede de consórcios imobiliários do Paraná, Tatiana Schuchovsky Reichmann. “Se antes era preciso pagar as parcelas, conforme a renda do trabalhador para poder ter acesso ao imóvel; agora, com o uso do saldo do FGTS, se acelera esse processo de aquisição do imóvel, sem alterar ou mexer na planilha de gastos mensais da família”, argumenta.

Regras

A nova medida, definida e aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, apresenta várias novidades. Entre elas: a localização do imóvel, que deve ser na mesma cidade onde reside o trabalhador – há mais de um ano - e onde ele exerça sua função profissional.

Outra questão importante é que o consorciado não pode ter financiamento ativo no SFH (Sistema Financeiro de Habitação) em qualquer região do território nacional. E, tanto o imóvel quanto a cota de consórcio, devem ter o mesmo titular do FGTS. Ou seja, de acordo com a Caixa Econômica Federal, para retirar o saldo do Fundo de Garantia é preciso ter o imóvel no nome da pessoa beneficiada para então quitar o consórcio.  Por isso, os pais não poderão usar esse saldo para adquirir imóveis futuros para os filhos, por exemplo.

O imóvel, no entanto, não pode ter um valor superior a R$ 500 mil e deve ser residencial, urbano e ter sido adquirido com recursos exclusivos da carta de crédito do consórcio. Tatiana avalia como positiva a liberação do FGTS pela Caixa. “Por que deixar o FGTS parado, rendendo pouco, se é possível quitar uma dívida antes do prazo terminar?”, ressalta.

Consórcios

Os interessados devem procurar a administradora de consórcios de imóveis – na qual já pagavam as parcelas da casa – e pedir a quitação, através da Caixa. “Já estamos prevendo um crescimento – pela busca de imóveis – em torno de 40%, até o final deste ano”, revela Tatiana Schuchovsky Reichmann.

A mudança é válida em todo Brasil e para todas as administradoras de consórcios imobiliários do país. E, de acordo com a superintendente da rede de imóveis do Paraná, os consórcios imobiliários foram equiparados aos financiamentos bancários, facilitando a abertura de novas linhas de créditos no Brasil. “Essa era uma demanda das administradoras de consórcios há muitos anos. Só esperamos que não haja muita burocracia para ser colocada em prática”, ressalta Tatiana.

Caixa Econômica Federal

Mais de 65 mil consorciados contemplados nos grupos de imóveis do Sistema de Consórcios impulsionaram o mercado imobiliário no país, em 2009, segundo dados da assessoria econômica da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). No primeiro mês deste ano, 5,2 mil pessoas foram contempladas no país.

O volume de participantes ativos passou dos 533 mil (recorde desde 2000), em dezembro do ano passado, 3,4% maior que os 515,3 mil de dezembro de 2008.  Em janeiro deste ano, havia 535,2 mil consorciados.  A comercialização de novas cotas chegou a 206,1 mil no período de janeiro a dezembro de 2009 (recorde desde 2000). Só em janeiro de 2010, ocorreram 18,8 mil novas adesões.

Entrevistada: Tatiana Schuchovsky Reichmann
- Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Positivo - PR
- Pós-Graduada em Negócios pelo Ibmec – SP
Email: ademilar@ademilar.com.br

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Griffe Arquitetura projeta complexo cultural, esportivo e de lazer do Sesc de Brasília

Sob modalidade do tipo técnica e preço, proposta do escritório goiano venceu concorrência pública aberta

O escritório goiano Griffe Arquitetura ganhou a licitação para a elaboração do projeto do complexo cultural, esportivo e de lazer do Sesc-DF (Serviço Social do Comércio - Administração Regional do Distrito Federal) a ser instalado em Brasília. A licitação foi do tipo técnica e preço.

Projeto da Griffe Arquitetura para o complexo

A proposta vencedora dividiu o complexo cultural, que será construído em um terreno de 26 mil m², em cinco blocos. No Bloco A, ficarão as oficinas culturais, o Centro de Formação Musical e uma grande praça coberta, uma das partes principais do empreendimento. "A Praça Coberta é o coração da proposta arquitetônica. Situada na confluência dos blocos, através dela é possível circular por todo o complexo. Por ser toda em vidro, permitirá total visibilidade do conjunto", diz o memorial descritivo da obra.

Já o Bloco B abrigará o Teatro Um, com capacidade para 781 lugares, e o Teatro Dois, que pode receber até 275 espectadores. Além disso, o edifício terá um Café que serve também para a Praça Coberta, camarins individuais e coletivos, copa, lavanderia, depósito cênico e salas de ensaio, de imprensa, estar e para a diretoria técnica.

Teatro Um
Empreendimento tem cinco blocos interligados

No Bloco C, por sua vez, estão os espaços de exposições e convenções, cinema, biblioteca, brinquedoteca, salão de festas e o restaurante, além dos ambientes de apoio como a oficina de manutenção, manutenção predial, depósitos, almoxarifado, estar dos funcionários e vestiários.

O Bloco D é ocupado pela academia, piscina, quadra de squash, bilhar e praça de jogos silenciosos. Na circulação foram criados jardins, mini praças com bancos e um visor de vidro que abre a visão para o ambiente da piscina. No Bloco E, por fim, ficarão o ginásio, sanitários públicos, vestiários dos atletas e os camarins individuais e coletivos, além de um estacionamento privativo para os funcionários do complexo. O edifício também abriga o Núcleo Gerencial, de Apoio e Supervisão de RH e o Serviço SESC.

O Complexo Cultural, Esportivo e de Lazer do Sesc-DF ainda terá um terraço panorâmico com vista para o lago e para a praça descoberta e um Teatro de Arena próximo ao ginásio.

Praça Coberta
Planta mostra empreendimento visto de cima

Critérios de avaliação

Segundo Valcir Toledo, chefe da seção de engenharia e manutenção do Sesc-DF, a comissão julgadora foi formada por sete membros funcionários da entidade, sendo dois engenheiros, dois arquitetos, dois técnicos da área de cultura e um técnico da área de esporte e lazer.

O projeto foi analisado quanto a implantação, programa de necessidades, organização do conjunto e funcionalidade, código de obras do Distrito Federal e normas gerais, acessibilidade, técnica construtiva, conforto ambiental, ecoeficiência, durabilidade de materiais, praticidade na manutenção e solução estética.

2º lugar
Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados - Brasília

Projeto segundo colocado

Com a finalidade de transformar o espaço do terreno em uma grande praça integrada com a cidade, o projeto foi dividido em três blocos, que se interligam espacialmente no pavimento térreo. No bloco 1 está o conjunto de teatros, no bloco 2 se encontram as atividades esportivas e no bloco 3 as atividades culturais e gerenciais/logística.

3º lugar
Oficina de Arquitetura - Rio de Janeiro

Terceiro lugar

O projeto é composto por uma praça suspensa, que direciona verticalmente o programa do Complexo Cultural, Esportivo e de Lazer, dividido em áreas de ação cultural, lazer e desenvolvimento físico desportivo.

4º lugar
TAO Arquitetura - Brasília

Quarto colocado

O complexo possui uma grande praça para o teatro e um único edifício que abriga todas as outras atividades previstas no edital. Segundo os arquitetos, o projeto foi inspirado nos 50 anos de Brasília e nas obras de Lúcio Costa.

5º lugar
Sebastião Lopes – MG

Fonte: Piniweb


Como se tornar um líder segundo Roberto Shinyashiki (Podcast)

Liderança pode ser nata e também desenvolvida. Saiba como ser um líder.

Roberto Shinyashiki

Roberto Shinyashiki: Médico-psiquiatra com pós-graduação em Gestão de Negócios (MBA - USP) e doutor em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP).

Clique no player abaixo e ouça um resumo da entrevista. Para ouvir a entrevista na íntegra clique aqui.

 


Pontes estaiadas: novidades no Brasil

Os resultados do III Congresso Nacional de Pontes e Estruturas revelam: a principal tendência para este setor da construção civil no país são as pontes estaiadas

A China, um dos países mais desenvolvidos economicamente do mundo, foi um dos primeiros a investir na tecnologia de pontes estaiadas. No Brasil, o setor de obras de arte da construção civil está em crescimento devido a um melhor planejamento e qualidade na execução das obras.

Esta é a principal tendência para o Brasil, resultado de um encontro entre 250 profissionais da área de engenharia e arquitetura do país e do exterior, no III Congresso Nacional de Pontes e Estruturas, realizado no final do mês de abril, no Rio de Janeiro, pela ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas) e pelo grupo brasileiro da IABSE (Associação Internacional de Engenharia Estrutural).

Pontes estaiadas

Ponte estaiada sobre o rio Pinheiros, em São Paulo: tendência no Brasil

O conceito de pontes estaiadas no Brasil pode ser considerado moderno. O modelo estaiado é uma opção de tecnologia para a construção de pontes, além dos modelos de ponte fixa e ponte pênsil. A sustentação dos tabuleiros é feita através de cabos de aço fixados em pilares de concreto moldados no local. A fixação dos cabos pode ser feita em forma de leque - um ponto fixo no pilar, ou forma de harpa - cabos paralelos partindo de vários pontos do pilar. "Hoje, no Brasil, há um investimento maior nesse tipo de estrutura, tanto do setor público como do privado, porque os órgãos públicos e as empresas estão percebendo o potencial da construção civil e isto tem contribuído, significativamente, para o desenvolvimento das regiões onde as pontes são contruídas", destaca Gilberto do Valle, presidente da Associação Brasileira de Pontes e Estruturas.

Congresso

Entre vários projetos e estudos apresentados durante o III Congresso Nacional de Pontes e Estruturas, Valle destacou os que apontaram o uso de concreto de alto desempenho, de alta resistência e auto adensável, indicados para concretagem de peças densamente armadas e estruturas pré-moldadas de grandes obras, como a ponte Octávio Frias de Oliveira, que atravessa o rio Pinheiros, em São Paulo. Esta ponte estaiada tem como base um único pilar central em forma de "xis" e a distribuição dos cabos foi projetada em forma de leque.

Outro destaque do congresso foram os projetos apresentados das pontes sobre o rio Negro, no Amazonas, onde foi utilizado concreto resfriado e um volume de 2.800 sacos de cimento por estaca; e o projeto da ponte sobre o rio Poty, em Terezina (PI), a primeira ponte do mundo com mirante e elevadores panorâmicos instalados em um pilar central.

Ponte Vasco da Gama, em Portugal, também no estilo estaiada

Ambos os projetos foram feitos no estilo de pontes estaiadas que se tornaram referência nacional e internacional, como explica o presidente da ABPE. "Esta é, sem dúvida, a maior tendência do Brasil. Mas, precisamos entender que, as medidas discutidas e vistas durante o congresso, servem de base para novos empreendimentos. No entanto, a mudança de aplicação dessas tendências na construção civil de estruturas e pontes não é súbita e sim, gradativa", avalia.

O Congresso Nacional de Pontes e Estruturas é realizado de dois em dois anos no Rio de Janeiro, mas há uma grande expectativa dos organizadores de que o próximo, em 2012, também aconteça em São Paulo, abrindo as possibilidades de discussão de obras e análise de futuros projetos entre associações, como o Ibracon (Instituto Brasileiro de Concreto) e profissionais da área.

Está marcado para setembro o Congresso Internacional de Estruturas e Pontes, em Veneza, na Itália. A ABPE já está acompanhando engenheiros brasileiros que irão participar expondo projetos feitos aqui no Brasil. Ainda não foram divulgados os trabalhos do Brasil inscritos no Congresso Internacional.

Pontes e concreto

Gilberto Barbosa do Valle - presidente da ABPE

De acordo com o presidente da ABPE, há também uma questão muito importante e que deve ser implantada por engenheiros na execução de uma obra: um planejamento para evitar o chamado colapso progressivo. Este estudo foi debatido durante o Congresso no Rio de Janeiro e traz uma abordagem voltada para o cuidado na construção. Segundo Gilberto do Valle, com o passar do tempo a estrutura de uma ponte pode ir se deteriorando e, por isso, antes de construir um empreendimento como esse se deve projetar levando em conta as forças da natureza. "Nestes casos, a escolha do material como o concreto, pode ser fundamental para a qualidade da obra", revela.

Outro fator importante destacado por ele é com relação à sustentabilidade. "Qualquer material utilizado numa obra de ponte, vai gerar algum impacto ao meio ambiente", diz. Ainda segundo Gilberto do Valle, esses congressos nacionais são de extrema importância para o setor, uma vez que a construção de obras de arte no país tem sido melhor planejada. "Tenho uma impressão positiva quanto ao crescimento de estruturas de pontes. Há mais qualidade nos processos contrutivos de pontes no Brasil e, por isso, vejo um volume maior de obras em várias regiões.", afirma.

Entrevistado

Gilberto Barbosa do Valle - Presidente da ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas)
E-mail: gdovalle@projest.eng.br
Site: www. abpe.org.br

GLOSSÁRIO:
Obras de arte - estruturas da construção civil realizadas de forma única, especial, como, por exemplo, pontes e viadutos;

Se você gostou da matéria e tem interesse em saber mais o sobre as pontes inovadoras recém construídas no Brasil, como a ponte sobre o rio Poty, em Terezina (PI), deixe seu comentário a seguir.