Estádio de Brasília é inspirado em Niemeyer
Sede brasiliense da Copa é uma das mais cotadas para sediar a abertura dos jogos.
Por: Lilian Júlio
Dando continuidade à nossa série sobre a Copa do Mundo de 2014, o Massa Cinzenta traz a você o projeto para o Estádio Nacional de Brasília, na capital federal do país. Hoje chamado de Estádio Mané Garrincha, a sede brasiliense para a Copa de 2014 será totalmente reformada e foi projetada pela Castro Mello Arquitetos – que há três gerações está envolvida em construções esportivas.
Analisado como um dos estádios mais caros da Copa de 2014, o Estádio Nacional de Brasília será executado pelas construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, que venceram a licitação com o preço de R$ 696 milhões. Com capacidade para 71 mil pessoas, é um forte candidato a sediar a abertura da Copa do Mundo.
O Estádio Mané Garrincha foi projetado em 1974 por Ícaro de Castro Mello e sua reformulação e transformação em Estádio Nacional de Brasília está a cargo do filho do arquiteto original, Eduardo de Castro Mello. Sua localização fica junto ao Eixo Monumental de Brasília, no espaço denominado como Centro Esportivo Ayrton Senna. “Nossa proposta para o novo estádio traduz a filosofia arquitetônica e respeita a imagem já consolidada de Brasília, que foi projetada por Niemeyer”, explica o arquiteto.
A preocupação dos arquitetos com um projeto visualmente agradável se justifica pela vizinhança: além de Brasília ter sido projetada pelo ícone da arquitetura, Oscar Niemeyer, o Eixo Monumental é onde se concentram as obras mais importantes do arquiteto. “Nós devemos apresentar uma solução que dialogasse com as obras de arte vizinhas”, afirma.
Mudanças estruturais
O projeto da Castro Mello envolve o rebaixamento do campo e a modernização de todo o espaço. “No novo estádio, a pista de atletismo desaparece, o campo de jogo é rebaixado em 4,50 metros e a arquibancada inferior se aproxima das linhas laterais e de fundo de campo”, revela Castro Mello.
Outra preocupação dos projetistas é a iluminação natural: a porcentagem de vidro é maior nas partes mais internas da cobertura, permitindo uma maior iluminação solar diretamente no gramado. Por mais que os espectadores estejam na sombra, os raios solares podem atrapalhar a visão do jogo. Para evitar este problema, a cobertura possui uma segunda membrana semitransparente, que difunde os raios solares mantendo a claridade sem incidência direta.
O Estádio Nacional de Brasília não foi projetado apenas para a Copa de 2014. “Existe uma proposta de cobertura retrátil para a parte central do estádio, que terá grande utilidade para a realização de shows artísticos”, afirma o arquiteto. “Afinal o desejo é que seja uma arena multiuso, mesmo após a Copa”. Apesar da retirada da pista de atletismo, o Estádio de Brasília será utilizado para shows e outros eventos, como as Olimpíadas de 2016.
Seguindo o conceito de EcoArena – que todos os estádios da Copa no Brasil devem seguir – o Estádio de Brasília irá reaproveitar a água da chuva para irrigar o campo e também utilizará energia solar fotovoltaica. “Ao se instalarem 13 mil metros quadrados de painéis fotovoltaicos o estádio poderá ser a primeira Arena Energia-Zero do mundo”, revela Castro Mello.
Conheça melhor o projeto
Depois de certa demora no processo de licitação, o Estádio Nacional de Brasília já está sendo erguido no lugar do Mané Garrincha. A previsão de conclusão é em dezembro de 2012, para que esteja apto a receber a Copa das Confederações em 2013. “Com esta estrutura, Brasília pretende sediar o jogo de abertura da Copa de 2014 e também participar da Copa das Confederações. Para isso, é necessário que o estádio esteja finalizado, no máximo, em dezembro de 2012”, explica Castro Mello.
Para agilizar o processo de construção, parte do estádio será erguida com estruturas pré-moldadas. “Os painéis de sustentação e o anel de compressão da cobertura serão em concreto moldado in loco. Já as arquibancadas e lajes serão pré-moldadas, pois são os sistemas mais indicados e representam o melhor custo-benefício”. Eduardo Castro Mello justifica ainda o uso do pré-moldado pelas características do projeto: em um estádio as peças se repetem com regularidade. Além disso, existe um prazo máximo para a conclusão da obra e o concreto pré-moldado ajuda a diminuir o tempo da construção.
Durante a obra serão utilizados:
- 129.279 m³ de concreto (sendo 69.219 m³ para as arquibancadas e 60.150 m³ para as estruturas da esplanada, rampas, pontes e colunas e anel de compressão);
- 14.627.080 kg de aço CA-50 para concreto armado;
- 431.375 m² de formas de compensado;
- 1.300.000 m³ de cimbramentos metálicos tubulares;
- 24.660 tirantes e
- 416.573 kg de aço para estruturas metálicas secundárias.
Entrevistado:
Eduardo de Castro Mello
Currículo:
Arquiteto e consultor em arquitetura esportiva. Desde 1970 projeta construções esportivas no Brasil e no exterior. É membro da Associação Internacional para Instalações Desportivas e Recreativas (IAKS), com sede em Colônia, na Alemanha, e, hoje, está à frente do escritório Castro Mello Arquitetura Esportiva.
Email/site:
castromello@castromello.com.br / www.castromello.com.br
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A psicologia positiva como fonte de lucro para as empresas (Podcast)
O psicoterapeuta Claudemir Oliveira, responsável durante 15 anos pela estratégia de treinamento do Walt Disney Company, explica como aplicar a psicologia positiva e focar nas potencialidades dos funcionários visando maior lucratividade.
Por: Vanessa Bordin
Currículo:
Jornalista pela escola de Comunicação Social Cásper Líbero, Pós-Graduado em Comunicação e Marketing e Comunicação Empresarial pela escola Superior de Propaganda e Marketing, Mestre em Psicoterapia pela Stetson University , presidente e fundador da Seeds of Dreams Institute, nos EUA, professor da Disney University. Tem passagem por grandes organizações, como American Airlines, United Airlines, entre outras.
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A inserção digital das empresas de construção civil
As principais empresas da construção civil já se adaptaram às ferramentas da internet.
Por: Camila Braga
O uso da internet vem crescendo exponencialmente em todo mundo e, no Brasil, o cenário não é diferente. Dados apontam que 34% dos brasileiros já possuem acesso à rede, seja de casa, do trabalho ou, inclusive, dos próprios celulares. No campo da construção civil, a internet é usada para troca de informações entre profissionais do ramo como cursos, notícias, dados sobre empreendimentos em todo o mundo e, também, como mecanismo de venda.
Construtoras e imobiliárias com sites diferenciados atraem a atenção de seus consumidores, despertando o interesse pelos seus produtos já no campo virtual. O comércio desse setor mudou bastante nos últimos dez anos, ainda que a compra de um imóvel, por exemplo, não seja feita integralmente pela internet, já que o papel do vendedor é fundamental em alguma etapa do processo. Patrícia Alves, responsável pela área de web do Grupo Thá, de Curitiba (PR), afirma: “creio que para um investidor, que está habituado à avaliação de imóveis e que conhece a região escolhida, esse processo (de compra) pode ser completado on line. No entanto, para o comprador de primeira moradia, certamente a visita ao plantão e a conversa pessoalmente com o corretor são imprescindíveis para que ele se sinta seguro para o fechamento da compra”.
Outro uso frequente da internet é como ferramenta de marketing. Divulgar, promover, posicionar de forma estratégica uma empresa ou produto, diante de um mercado específico. “Estar na rede já não é mais uma opção, é essencial para quem quer ser encontrado”, argumenta o consultor de marketing Olimpio Araujo Junior, da OAJ Gestão de Marketing. As empresas já deixaram o formato básico do site com endereço, telefone e email de contato para trás e hoje trabalham com recursos como fotos, vídeos da obra ou da planta e, inclusive, calculadoras de preço.
Segundo o consultor, não basta mais ter um site para divulgar seus imóveis e empreendimentos. “É preciso ser encontrado, é cada vez mais importante ser indicado e é indispensável ser interativo”. Estar presente na rede é fundamental, se posicionando e garantindo seu espaço no mercado. E para isso, é preciso contar com os profissionais e os recursos adequados: “é necessário trabalhar com o consumidor, entender o seu cliente, usar as ferramentas de marketing adequadas. Qualquer detalhe pode levar seu cliente para o concorrente, que seguramente estará trabalhando sua divulgação através de site e email”, afirma.
Recente pesquisa do IBGE “E-commerce x Varejo de materiais de construção” aponta que do total de entrevistados que diz aceitar receber material de divulgação, 87% afirma preferir recebê-lo por email. Isso demonstra a necessidade de se ter uma boa base de contatos atualizada e frequentemente trabalhada.
Casos de sucesso
Grandes empresas da construção civil já têm resultados expressivos com o uso da internet. A Apolar Imóveis, de Curitiba (PR), além de disponibilizar imagens de seus imóveis com preços e localização, possui ainda um simulador de crédito imobiliário para a compra de novos imóveis. Já a incorporadora Gafisa, de São Paulo, formatou seu site para ser lido também pelo Iphone. A Thá, também de Curitiba, por sua vez, leva o internauta por um tour virtual em todos os cantos do seu novo empreendimento, em 360º graus. “A Thá já está na internet há muitos anos, mas há aproximadamente dois anos o investimento cresceu tendo em vista as tendências de mercado e referências em pesquisa. Foram multiplicados os canais, investido em redes e conteúdos”, ressalta Patrícia Alves, responsável pela área de web da Thá.
Conforme o consultor Olimpio, a construtora Tecnisa tem 27% de seus produtos comercializados via web. Já 70% dos clientes da MRV Engenharia consultam seu site antes de comprar. No caso da Gafisa, as vendas on line representam 25% do total.
Redes sociais na Internet
Recentemente, novas comunidades ganharam força no meio digital. São as chamadas redes sociais, como o orkut, facebook e twitter, que vêm ganhando adeptos a cada dia. Nesses espaços, internautas dos mais diversos lugares trocam opiniões, ideias e informações sobre variados temas, baseadas em suas experiências pessoais. Isso faz com que as informações que circulam na rede sobre determinada empresa ou produto tenham um fundo verossímil muito maior do que se vindas somente da própria empresa.
Daí a importância de ter uma marca com muitos seguidores no twitter ou com muitos fãs no facebook. As redes sociais fornecem o que antes era mais complicado de se obter, a informação mais preciosa, opinião. Informação sobre a reputação de um produto ou empresa, vinda diretamente de quem já viveu a experiência desse produto. Existe uma grande diferença entre escutar a opinião de um vendedor e a de um comprador, finaliza Olimpio.
Entrevistado:
Olimpio Araujo Junior
- Licenciado em Geografia pela UEPG
- Master em Comunicação Integrada de Marketing da Fundação Getulio Vargas (FGV)
- MBA em Gestão Comercial pela FGV.
- Sócio Diretor da Curitiba Business School (CWBS), entre 2008 e 2009.
- Atualmente é Diretor da OAJ Gestão de Marketing, empresa que foi responsável pela gestão da comunicação e marketing do Instituto Superior de Administração e Economia/Fundação Getulio Vargas.
Email:
oaj@gestordemarketing.com.br
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Déficit habitacional: uma oportunidade para a construção civil do país
O anúncio do governo federal que pretende zerar o déficit habitacional de 5,8 milhões de domicílios abre novos caminhos para o setor
Por: Camila Braga
Há cerca de três meses, o ministro das Cidades, Marcio Fortes, anunciou que o déficit habitacional brasileiro havia sido reduzido de 6,3 milhões para 5,8 milhões de domicílios de 2007 para 2008. E acrescentou dizendo que esse número seria zerado até 2023, através de políticas de habitação e dos atuais programas do governo, como o Plano Nacional de Habitação (Planhab), Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com o Planhab, voltado para políticas de habitação, a previsão é que sejam construídas 35 milhões de moradias até 2023. Já o Minha Casa, Minha Vida, que tem por objetivo central combater o déficit habitacional, pretende contratar cerca de três milhões de projetos para a construção de novas residências, de acordo com o Ministério das Cidades.
A diferença entre os dois programas do governo federal é que enquanto o Minha Casa é um projeto de execução – contratação de projetos para construção de casas – , o Planhab é um planejamento de políticas habitacionais, compreendendo todos os programas habitacionais. Lançado em março de 2009, o Minha Casa já está na sua segunda etapa e foi tema de diversas matérias aqui no blog.
Recursos
Para que essas metas sejam atingidas, estima-se que a necessidade do Planhab para sanar o déficit habitacional seja da ordem de R$ 68 bilhões, vindos de diversas fontes, como o Orçamento Geral da União (OGU), FGTS, entre outros. Já o Minha Casa Minha Vida prevê investimentos de até R$ 34 bilhões, originados desde o OGU a fundos que atenderão formas de produção específicas: por exemplo, aportes ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), para produção habitacional por meio de construtoras; e ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), o mesmo fundo que já financiava o Programa Crédito Solidário, para produção por meio de cooperativas e associações habitacionais.
Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Cleandro Henrique Krause, esse anúncio demonstra um aquecimento na indústria da construção civil. “Já existem alguns projetos que sinalizam que muitas residências serão construídas, como o Planhab, e é através desses projetos que o déficit será equacionado”, afirma. Conforme o site do Planhab, o horizonte de planejamento para a construção das 35 milhões de habitações é o ano de 2023, com suas revisões correspondentes aos anos de elaboração dos Planos Plurianuais (PPA's): 2011, 2015 e 2019.
Regiões
Dos 5,8 milhões de domicílios, a maioria (82%) está localizada em áreas urbanas. As principais regiões metropolitanas do país abrigam 1,6 milhão desses domicílios, o que representa 27% da carência habitacional. O déficit representa 10,1% do estoque de domicílios do país. A análise por renda mostra que o déficit está concentrado em 82% da população que ganha até três salários mínimos e em 7% da que recebe de três a cinco salários mínimos.
De acordo com os dados oficiais do governo, referentes ao ano de 2007, o déficit habitacional está assim distribuído:
• Região Norte: 652.684 municípios
• Região Nordeste: 2.144.384 municípios
• Região Sudeste: 2.335.415 municípios
• Região Sul: 703.167 municípios
• Região Centro Oeste: 436.995 municípios
De acordo com o Ministério das Cidades, a concentração do maior déficit na região Sudeste se explica por ali estarem as grandes metrópoles, onde é mais frequente as áreas de invasão e as moradias em co-habitação, que caracterizam residências em déficit habitacional. O técnico Cleandro Henrique Krause contextualiza: “as regiões mais afetadas são Sudeste e Nordeste, somando 71,4% da carência habitacional. Mas, o déficit é qualitativamente diferente: no Sudeste é predominantemente urbano, enquanto que no Nordeste se concentra na área rural. Também é importante destacar que 28,9% do déficit está concentrado nos municípios das nove maiores regiões metropolitanas do Brasil”, explica.
Definição
Déficit significa “casas que devem ser construídas para dar conta das necessidades habitacionais das famílias”, afirma Cleandro. O cálculo do déficit habitacional é feito através de uma metodologia da Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte. São considerados em déficit os domicílios rústicos ou improvisados, aqueles que oneram excessivamente a família que ali habita (comprometimento maior que 30% da renda familiar com aluguel entre as famílias que ganham até três salários mínimos) e domicílios onde existe co-habitação, ou seja, mais de uma família morando na mesma residência.
Entrevistado:
Cleandro Henrique Krause
- Arquiteto graduado pela UFRGS
- Mestre em Planejamento Urbano e Regional UFRGS
- Técnico de Planejamento e Pesquisa pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA.
Site:
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Architectural Digest destaca paranaense como um dos profissionais mais importantes da arquitetura mundial (Podcast)
O arquiteto Marcos Bertoldi, que utiliza concreto armado em seus projetos, fala do reconhecimento internacional e da preferência pela matéria prima
Por: Vanessa Bordin
Currículo:
Arquiteto formado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), com especialização em Paisagismo. Possui mais de 25 anos de experiência profissional em Arquitetura, Arquitetura de Interiores Residencial e Comercial e Paisagismo e é conhecido por suas construções urbanas contemporâneas.
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Burj Khalifa, a pirâmide da era moderna
Empreendimento é o maior arranha-céu construído pelo homem
Por: Camila Braga
Quase um quilômetro. Essa é a altura do prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, nos Emirados Árabes, um dos ícones da construção civil mundial. Inaugurado em janeiro de 2010, o empreendimento possui 828 metros de altura, 160 andares e foi recorde mundial no uso de concreto bombeado – 605 m. A torre desenhada pela norte-americana, Skidmore, Owings e Merrill (SOM), custou, aproximadamente, US$ 4,1 bilhões de dólares e levou quase seis anos para ser concluída, envolvendo 380 engenheiros.
A estrutura que se ergue entre o deserto e o mar pode ser vista a 95 km de distância. Foram utilizados 330 mil m³ de concreto, 31.400 mil toneladas de aço e 28 mil painéis de vidros. O edifício tem 57 elevadores, que trafegam a uma velocidade média de 10 m/s. Três deles são rápidos parando apenas, além do térreo e do topo, nos andares 43, 76 e 123 – pisos estratégicos para mudanças de elevadores. Os demais param em todos os níveis solicitados.
No 124º andar está localizado o deck de observação mais alto do mundo. Além da vista, o visitante tem acesso a um moderno equipamento multimídia que conta a história do Burj Khalifa. O edifício abriga 1.044 apartamentos, 49 andares de escritórios e centros comerciais, restaurantes, uma mesquita e o primeiro Hotel Armani do mundo, com 160 apartamentos e diárias em torno de U$ 1.400,00. Áreas de entretenimento e lazer, espaços verdes e alamedas para pedestres fazem o Burj Khalifa um modelo de engenharia na composição de usos mistos.
O projeto da torre alia influências históricas e culturais à tecnologia de ponta para conseguir um edifício de alto desempenho, tornando o Oriente Médio modelo de desenvolvimento neste setor. Devido a sua grandiosidade e estrutura, o empreendimento é considerado uma pirâmide da era moderna.
A sustentabilidade também foi uma das preocupações da equipe que projetou o edifício. Para se ter uma ideia, a diferença de temperatura entre o solo (46° C) e o topo (38° C) pode variar em até 8° C. Um estudo com base em dados de satélite foi realizado para reduzir essa discrepância climática.
Com relação ao uso sustentável da água, o Burj Khalifa também é recordista. Ele possui um dos um dos maiores sistemas de recuperação de água condensada do mundo, o que significa o aproveitando de até 20 piscinas olímpicas de água por ano, além de ter uma das maiores pressões de água refrigerada já usada em um edifício para maximizar a eficiência. A água é aproveitada para a irrigação dos jardins e áreas verdes.
O que dizem especialistas
A questão que fica é a do que fazer com a estrutura gerada para uma grande obra como essa. Segundo o engenheiro, Luiz Cláudio Mehl, ex-presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, para a construção de um prédio como o Burj Khalifa, toda uma escala industrial foi criada, “indústrias que foram geradas para atender à demanda dessa construção agora não podem ficar paradas, para onde vão direcionar suas obras, o que fazer com a escala industrial ociosa?”, questiona.
Mehl relembra que no Brasil, inclusive, em meados dos anos 2000, o empresário Mário Garnero chegou a cogitar a hipótese de um empreendimento dessa estrutura, em São Paulo. “A ideia era construir o prédio mais alto do mundo (na época), com 508m de altura e 108 andares. Mas não houve quem investisse no projeto, nem o poder público”, afirma.
Resta saber o que farão com a escala industrial criada em Dubai. E aprender com a lição de mega empreendimentos. Afinal, ocupando 200 mil metros quadrados e com capacidade para 80 mil pessoas, um estádio também pode ser considerado mega empreendimento.
Curiosidades
Confira alguns dados curiosos do Burj Khalifa.
- Torre de Babel: no momento de pico de sua construção, 12.000 operários, de 100 nacionalidades, trabalhavam na obra.
- Maior construção do mundo.
- Maior número de pavimentos do mundo.
- Maior pavimento ocupado do mundo.
- Maior deck externo de observação do mundo.
- Maior distância percorrida por um elevador no mundo.
- Possui clube e fitness center com quatro andares.
VOCÊ ACREDITA QUE A INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE INVESTIR CADA VEZ MAIS EM GRANDES OBRAS, COM ESCALA INDUSTRIAL? PARTICIPE DA DISCUSSÃO DEIXANDO SEU COMENTÁRIO.
Entrevistado:
Luiz Cláudio Mehl
Engenheiro civil e pós-graduado em Gestão e Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. Empresário da construção civil e presidente da Filhos de Henrique Mehl S/A Indústria e Comércio. Exerceu cargos na área de Urbanismo da Prefeitura de Curitiba e aperfeiçoou seus conhecimentos de Administração Pública nas Prefeituras de Nova Iorque, São Francisco, Los Angeles e Charlotte (Carolina do Norte), nos Estados Unidos. Foi diretor de diversas associações representativas de classe, como Ademi/PR, Sinduscon/PR, fundador da Apeop/PR, Universidade Livre da Construção e CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção. É associado do IEP desde 1971. Foi presidente do Instituto de Engenharia do Paraná de 2005 a 2009.
Email: lcmehl@onda.com.br
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Junta Fria
Interrupções planejadas ou imprevistas em concretagem promovem o aparecimento da junta fria
Por: Engª. Giovana Medeiros – Assessora Técnico Comercial Itambé
A junta fria é formada pela interrupção do lançamento do concreto, além do tempo de início de pega. Requer precauções especiais para garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto pré-endurecido com o da nova concretagem.
A NBR 6118:2007, em seu Item 21.6 - Juntas de concretagem, estabelece:
"O projeto de execução de uma junta de concretagem deve indicar de forma precisa o local e a configuração de sua superfície".
"Sempre que não for assegurada a aderência e a rugosidade entre o concreto novo e o existente, devem ser previstas armaduras de costura, devidamente ancoradas em regiões capazes de resistir a esforços de tração".
As suspensões que ocorrem do lançamento do concreto podem ser programadas conforme o projeto, mas também podem ocorrer por uma situação imprevista mediante fatores como: quebra de equipamentos, acidentes, falta de energia, entre outros. As juntas podem ser feitas na vertical ou inclinadas, preferencialmente a 45º.
As juntas verticais sempre ocorrem em interrupções planejadas, existindo uma fôrma no local exato onde deve ocorrer a suspensão da concretagem. As interrupções planejadas devem ser coincidentes com as juntas de dilatação (NBR 6118:2007). Este tipo de junta tem a vantagem de facilitar o adensamento do concreto, e por ficar na posição vertical não há o aparecimento de matérias, como a nata, que possam prejudicar a aderência do concreto novo.
Os aditivos estabilizadores de hidratação do concreto são, hoje, uma boa ajuda para se evitar a formação de juntas frias planejadas. A concretagem pode ser interrompida e retomada no dia seguinte sem a formação da junta.
Já as juntas inclinadas podem tanto ser planejadas ou não, sendo que nesta segunda opção é importante que sua posição e situação sejam analisadas pelo projetista para indicação do melhor tratamento e prosseguimento dos serviços.
Para uma perfeita aderência entre a superfície do concreto já endurecido e o concreto novo, faz-se necessário tomar algumas precauções como:
1. As superfícies das juntas devem receber tratamento com escova de aço, jateamento de areia ou qualquer outro processo que proporcione a formação de dentes, ranhuras ou saliências;
2. A superfície da junta concretada anteriormente deve passar por uma limpeza (lavagem com água) dos materiais pulverulentos, nata de cimento, graxa ou quaisquer outros prejudiciais à aderência, obtida com os mesmos tratamentos citados no item 1;
3. Especial cuidado deve ser dado ao adensamento junto à interface entre o concreto já endurecido e o recém lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes;
4. No lançamento de concreto novo sobre superfície antiga pode ser exigido, a critério da Fiscalização, o emprego de adesivos estruturais.
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Mudanças organizacionais devem envolver toda a empresa
Ter um profissional responsável pela gestão da mudança é fundamental para o sucesso da transformação
Por: Lilian Júlio
Um dos significados para a palavra mudança é alteração ou transformação, seja ela física ou moral. E no dia a dia de uma empresa observamos que muitas vezes as mudanças são necessárias – mas nem sempre aceitas por todos os colaboradores. Dentro de uma organização uma mudança – seja ela tecnológica, estrutural ou cultural – pode significar oportunidade, processo, crescimento. Mas, para que ela seja bem aceita, é necessário que alguém se responsabilize por ela e se torne um gestor de mudanças.
O gestor da mudança deve ser a pessoa responsável por fazer a ligação entre as modificações que estão ocorrendo e os colaboradores. “Qualquer transformação atinge a cada pessoa de uma forma distinta e particular”, analisa Guilherme Junqueira, sócio da Value Point Consultoria de Gestão Empresarial. “A mesma mudança que para o corpo gestor pode ter um caráter positivo, para a massa da organização pode ter uma conotação de dificuldades e incertezas”, explica Junqueira. E é nesse ponto que entra a gestão de mudanças, disciplina dentro da área da Administração.
Aceitação
Junqueira explica que, para a maioria dos colaboradores, a mudança dentro de uma organização representa uma ameaça. “Isso acontece porque na maior parte dos casos esses colaboradores não participaram ativamente do processo decisório e da construção da mudança e acabam não a compreendendo completamente”, afirma. “Cabe ao responsável gerenciar essas situações e informar adequadamente os colaboradores do que está acontecendo”.
As maiores dificuldades no processo de uma mudança geralmente envolvem questões culturais. “As mudanças culturais tendem a ser as mudanças com maior dificuldade para implementação, muito em função do maior conteúdo de intangíveis envolvido em uma mudança cultural. Além disso, nos processos de mudança de cunho tecnológico ou estrutural, aspectos culturais costumam estar dentre os componentes fundamentais que podem facilitar ou bloquear uma mudança”, analisa Junqueira, que recentemente publicou – juntamente com seu sócio na Value Point, José Luiz Bichuetti – um artigo sobre gestão de mudanças na Harvard Business Review Brasil.
Neste artigo Junqueira e Bichuetti dão dicas sobre como o gestor deve agir. Algumas dessas dicas Junqueira reforça, principalmente, sobre características importantes para a gestão. “O responsável pela gestão deve saber qual a mudança que se quer efetuar e acreditar nela. Em segundo lugar, deve ter uma abordagem estruturada para promover essas mudanças, obedecendo a sequência ideal das coisas e saber o que pode acontecer e como se posicionar”.
Outra característica fundamental é a capacidade de empatia. “Compreender as dificuldades reais dos envolvidos e também as inseguranças que uma mudança causa, faz parte do processo de transformação de uma empresa”. Mesmo com a compreensão adequada às vezes é preciso saber a hora certa de parar de tentar a conciliação. “O gestor deve saber de antemão que, em muitos casos, se não em todos, a empresa terá de desligar alguns profissionais que não querem ou não conseguem se adaptar ao novo momento”.
Mudança bem sucedida
O artigo publicado por Junqueira e Bichuetti ensina como garantir o sucesso de uma mudança. Confira as dicas abaixo.
Visão da mudança: a liderança deve desenvolver a visão de onde quer chegar com o processo da mudança. Em alguns casos a visão ainda é preliminar e deve ser desenvolvida ou ajustada ao longo do processo.
Abordagem simples e adaptada à cultura da empresa: embora as mudanças sejam normalmente de natureza complexa, as metodologias dos processos de mudança não precisam ser. Quanto mais simples e adaptadas à cultura da empresa, melhor.
Envolvimento adequado da organização: deve-se reconhecer que pode haver diferentes graus de envolvimento de acordo com os níveis da organização. À alta administração nada menos que o comprometimento total através da própria liderança do processo de mudança.
Comunicação a todos os níveis organizacionais: a comunicação deve-se dar através de diversas frentes e meios, mostrando-se fundamental ao envolvimento dos níveis de média gerência e operacionais.
Tempo para amadurecimento e absorção da mudança: toda organização requer tempo para amadurecer e absorver mudanças. Porém, tome cuidado para não cozinhar as mudanças com o passar do tempo.
“Mais do que comum, sempre há resistência a mudanças”, lembra Junqueira. Segundo ele os gestores devem saber atuar sobre as resistências considerando sua natureza: se a resistência diz respeito a aspectos técnicos ou a aspectos comportamentais. “Haverão resistências voltadas a aspectos técnicos, para as quais a abordagem requer discussões racionais, e resistências relacionadas a aspectos comportamentais, que nada tem a ver com a solução técnica proposta – e nesses casos a tratativa deve envolver soluções diferentes”.
Apesar das dicas, Junqueira compreende que cada situação possui graus diferentes de dificuldades de adaptação e gestão. “A prática nos mostra que os processos de mudança precisam ser analisados e gerenciados de forma estrutura e particular a cada situação”, resume.
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Entrevistado:
Guilherme Junqueira
É sócio da Value Point Consultoria de Gestão Empresarial. Consultor de gestão, com foco em estratégia, organização e eficiência operacional em projetos desenvolvidos no Brasil e no exterior. Foi sócio da Roland Berger Strategy Consultants e gerente da Coopers & Lybrand. Graduado e mestre em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica - USP, graduado em Física pelo Instituto de Física-USP e possui MBA em Finanças pelo INSPER/IBMEC-SP.
Email: guilherme.junqueira@valuepoint.com.br
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
4ª edição da Concrete Show South America vai discutir a Copa do Mundo de 2014
Empresas da construção civil do país preparam inovações para atender a demanda por obras previstas para a Copa
As estimativas iniciais prevêem que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil exigirá investimentos de R$ 59,5 bilhões, nas diversas áreas, dos quais os estádios e seus entornos representarão cerca de 10% desse total.
Esses recursos serão aplicados em mobilidade urbana (metrô, corredores de ônibus, VLT – veículos leves sobre trilhos) e interurbana, especialmente em aeroportos (R$ 5,4 bilhões) e no trem-bala São Paulo-Rio de Janeiro (R$ 30 bilhões). Essas cifras vêm movimentando o segmento de construção civil e infraestrutura de forma positiva e empresas brasileiras estão concentradas, no momento, em buscar inovações para atender à demanda.
Uma oportunidade para fazer um balanço de como anda este processo e saber o que haverá de novidades nos preparativos do Brasil para receber a competição será a 4ª edição da Concrete Show South America, a maior e mais representativa feira sobre tecnologia em concreto para construção civil da América Latina. O evento será realizado entre os dias 25 e 27 de agosto em um total de 36.400 m² de área de exposição indoor e outdoor do Transamérica Expo Center, em São Paulo.
A feira vai contemplar um programa inédito dedicado ao assunto: o Concrecopa 2010. Temas como a construção de estádios, instalações esportivas e de toda a infraestrutura que a Copa do Mundo de 2014 demandará no Brasil serão debatidos durante o encontro.
A Concrete Show se consolidou como o divisor de águas do segmento. A partir dela, não só novos negócios, mas novas tendências do mercado surgem para definir os rumos do setor. Por conta disso, “o Brasil da Copa terá grande destaque”, destacou Cláudia Godoy, diretora geral da UBM Sienna, empresa responsável pela realização do evento no Brasil.
Segundo Cláudia, o programa especial dedicado à Copa do Mundo no Brasil terá palestrantes de renome nacional e internacional que apresentarão cases de sucesso internacional, além de tecnologia em edificação de estádios, instalações esportivas e infraestrutura. A contribuição que o Concrecopa 2010 proporcionará não está apenas nos caminhos que os segmentos de infraestrutura e construção vão tomar. Pela característica técnica do evento, muitas novidades no que diz respeito à tecnologia e serviços serão apresentados para que o País faça a Copa do Mundo mais marcante de todos os tempos, disse.
Sobre a Concrete Show
A Concrete Show South America, a maior e mais representativa feira sobre tecnologia em concreto para construção civil da América Latina, chega a sua 4ª edição com crescimento de 30% em relação à edição de 2009 e de 203% ao longo dos três anos de evento. O evento ocupará, entre os dias 25 e 27 de agosto, um total de 36.400 m² de área de exposição in door e out door do Transamérica Expo Center, em São Paulo, um crescimento de 203% em relação a primeira edição da Concrete Show. O número de expositores também aumentou de 200, em 2007, para 400, em 2010. “Além de impulsionar e alavancar bons negócios entre os principais players do segmento, o evento é o ponto de encontro das empresas que estão lançando novos equipamentos, maquinários, aditivos, produtos, serviços e soluções em sistemas construtivos à base de concreto”, ressaltou Cláudia.
A Concrete Show terá, nesta edição, macro-temas que nortearão o evento a fim de atender à demanda do mercado aquecido e ávido por soluções tecnológicas. São eles: O Concrecopa, que apresentará o tema Brasil dos Esportes: infraestrutura e instalações esportivas, Controle de qualidade/laboratórios, Retrofit, Demolição, Reciclagem, Capacitação e mão de obra (o grande gargalo do setor), Industrialização das edificações e Construção Sustentável. Além disso, haverá, durante a feira, o Concrete Congress, que apresentará um programa com 140 palestras simultâneas.
Serviço
Concrete Show South America 2010
De: 25 a 27 de agosto, no Transamérica Expo Center, rua Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, 387, das 13h às 20h
Organização e promoção: UBM Sienna
Informações: www.concreteshow.com.br ou concrete@concreteshow.com.br
Telefone: (11) 4689-1935 (11) 4689-1935
Fonte: Concrete Show – data: 06/07/2010
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Por: Vanessa Bordin – Branded Content Vogg
Currículo:
Especialista em Gestão e Vendas, mestre em Negócios e Empreendedorismo. Autor de livros na área e palestrante de gestão em todo Brasil.
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