Copa 2014: Arena Fonte Nova

Estádio de Salvador para a Copa 2014 ocupará uma área de 12 mil metros quadrados

Por: Lilian Júlio
A Arena Fonte Nova terá capacidade para 50 mil pessoas

Como uma das sedes da Copa do Mundo 2014, o estádio Octávio Mangabeira – conhecido como Fonte Nova – em Salvador, na Bahia, deveria passar por reformas e atender às exigências da Fifa para receber os jogos do próximo mundial de futebol. No entanto, o governo do estado da Bahia optou por demolir o antigo estádio e construir a Arena Fonte Nova, já que o custo da reforma seria superior ao da nova construção.

A Arena Fonte Nova será um estádio mais moderno e sustentável do que o antigo Octávio Mangabeira – pelo menos é o que garante o seu projeto. A capacidade e o conforto serão ampliados e até mesmo o concreto utilizado na obra será fruto de reciclagem, inovando a forma de se construir um grande estádio.

A Nova Fonte Nova

A estrutura da Nova Fonte Nova abrigará 50.433 – serão 45 mil cadeiras, 70 camarotes (com possibilidade da construção de mais 30), 1978 vagas de estacionamento, 81 sanitários, 12 elevadores, 39 quiosques, restaurante panorâmico com vista para o estádio e sala de imprensa. Além disso, o Museu do Futebol, o Fun Shop e o Business Lounge (com 1130 cadeiras VIPs) funcionarão independentemente dos jogos. No total, o novo estádio terá uma área de 12 mil metros quadrados.

O custo final da obra será de R$ 591 milhões

A Arena Fonte Nova deve estar pronta em dezembro de 2012. De acordo com a assessoria de imprensa do Consórcio Fonte Nova, responsável pela execução do projeto e formado pelas empresas OAS e Odebrecht, a intenção é de que o novo estádio seja uma das sedes da Copa das Confederações em 2013. O custo da obra será de R$ 594 milhões, custeados por uma parceria público-privada. E a arena não será utilizada apenas para eventos esportivos: shows de grande porte (inclusive internacionais), congressos e eventos empresariais transformarão a Nova Fonte Nova em referencial.

Sustentabilidade

Todos os estádios da Copa 2014 devem ser arenas sustentáveis. Para atender a demanda do projeto Green Goal, da Fifa, a Arena Fonte Nova trabalhará com princípios de sustentabilidade: economia de água, reuso de esgoto tratado, aproveitamento da chuva para irrigação, reciclagem do lixo gerado, sustentabilidade energética e ventilação e iluminação natural são características do novo estádio de Salvador.

Mas, o principal diferencial é a reciclagem do concreto: após a implosão do Octávio Mangabeira (agendada para 29 de agosto) os resíduos serão separados e reciclados com um equipamento de britagem capaz de processar 100 m³ de concreto por hora. O material será reutilizado no novo estádio, diminuindo a produção de resíduos e o custo final da obra.

Na sua opinião, qual fator é o maior responsável pelos atrasos nas obras para a Copa de 2014? Faça o seu comentário.

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content

Novas tecnologias em paredes de concreto

Com custos competitivos de construção e prazos menores de execução e acabamento, as paredes de concreto despontam como alternativa para diversos tipos de edificações

Por: Michel Mello

As novas tecnologias de construção em paredes moldadas ou pré-moldadas em concreto, já estão disponíveis para todos os canteiros de obras do país. São sistemas de componentes modernos, que apresentam menor dependência em relação à qualidade da mão de obra e custos reduzidos. As paredes de concreto são indicadas para todas as tipologias de construção e podem ser utilizadas em obras de pequeno, médio e alto padrão, devido a sua grande versatilidade.

Ary Fonseca, consultor da Associação Brasileira de Cimento Portland, especialista em sistemas de concreto

“O que define a escolha de paredes de concreto é uma análise de custos com base em demanda e quantidade”, afirma o consultor Ary Fonseca, especialista da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em paredes de concreto. “São sistemas que aliam prazos rápidos à alta competitividade, porque incorporam características de racionalização e industrialização em uma mesma obra”, afirma o especialista.

As paredes de concreto podem ser moldadas no local, pré-moldadas ou mesmo pré-fabricadas. Isso reduz os prazos de execução e desenvolve uma logística própria de reorganização das obras. O projeto e a execução em estruturas pré-moldadas e procedimentos técnicos ligados a esse segmento atingiram, em três anos, 50 mil unidades construídas. “E a perspectiva para o setor é que até 2013 tenhamos entre 50 a 100 mil novas unidades”, prevê Ary Fonseca.

“Em razão da demanda reprimida do segmento, eu acredito que a utilização das paredes de concreto seja uma das alternativas mais competitivas no mercado”, antecipa Ary. E o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS), como o programa de habitação do governo federal, Minha Casa, Minha Vida (MCMV), tem apostado nessa alternativa de construção por apresentarem diversas facilidades como tempo reduzido de execução, baixo custo de produção e menor dependência de mão de obra especializada.

Tipologias da construção

As paredes de concreto podem ser utilizadas em edificações de casas térreas, assobradadas, edifícios de até cinco pavimentos padrão, edifícios de até oito pavimentos com esforço e, em casos especiais, dependendo da especificidade, em edifícios de até 30 pavimentos. Podem ser empregados os métodos de sistema celular ou sistema convencional.

No Brasil são definidos quatro tipos específicos de concreto para esse sistema, são eles:
• Concreto celular;
• Concreto com elevado teor de ar incorporado;
• Concretos com baixa massa específica; e
• Concreto autodensável.

  
O concreto é adensado às paredes através de formas fixas que podem ser de metal, madeira ou mista. Essas formas são colocadas provisoriamente até a secagem final do concreto, no processo chamado de solidificação.

Os tipos de formas mais empregados em sistemas de paredes de concreto são as formas metálicas, compostas de quadros e chapas metálicas. As formas mistas são uma combinação de formas metálicas e compensados, onde quadros da peça metálica são cobertos por chapas de madeira. Já as formas plásticas são quadros e chapas feitos de plástico reciclável. Também existem os sistemas trepantes utilizados em edificações de múltiplos pavimentos.

Vantagens

Entre as diversas vantagens que as paredes de concreto apresentam, podemos destacar a alta produtividade e a rapidez com que se executam as obras. Possui um custo global competitivo, em relação ao custo tradicional e pode ser executada, simultaneamente, estrutura e a vedação.  Dispensando assim a utilização de revestimentos.

Outra vantagem deste tipo de construção é que dispensa a mão de obra qualificada. Com um treinamento básico e simples, operários podem realizar diversos tipos de montagem das partes de concreto.

Entrevistado
Ary Fonseca
- Graduado em Engenharia Civil com extensão acadêmica em Engenharia de Produção na Construção Civil, pela Fundação Vanzolini - Universidade do Estado de São Paulo (USP).
- Especialista em Gestão de Negócios - Fundação Getúlio Vargas (FGV).
- MBA em Negócios - Gestão, Estratégia e Operação - Fundação Dom Cabral.
- Coordenador de desenvolvimento de mercado, no segmento edificações da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
- Possui mais de 25 anos de experiência no setor da construção civil, com diversificada trajetória profissional (siderurgia, infraestrutura, edificações).
Email: ary.fonseca@abcp.org.br

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Mestrado em Habitação é ferramenta para a qualificação do profissional

Com nota quatro pela Capes o mestrado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas é procurado por diferentes profissionais

Por: Lílian Júlio
O mestrado trabalha com as seguintes áreas de conhecimento: Planejamento, Gestão e Projeto e Tecnologia em Construção de Edifícios

Para capacitar profissionais da construção civil o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, criou o mestrado profissional em Habitação. O curso existe desde 1998, mas com o crescimento do setor e a necessidade de qualificação profissional na área a procura pelo mestrado tem aumentado. “Normalmente são duas turmas por ano e, excepcionalmente em 2010, abrimos três por causa da demanda dos alunos” conta o professor Douglas Barreto, coordenador do mestrado.

O mestrado em Habitação do IPT possui avaliação com nota quatro pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que avalia todos os cursos de pós-graduação do Brasil – as notas vão de um a cinco. A pontuação elevada pode ser justificada pelo rigoroso planejamento que o IPT desenvolveu antes de abrir o mestrado. “Durante quatro anos – entre 94 e 98 – nós fizemos treinamentos de profissionais para habitação em parceria com o Japão e as experiências desses treinamentos valeram como suporte para a instituição do mestrado profissional”, explica o professor Barreto.

A maioria dos alunos que procuram o curso é composta de engenheiros civis e arquitetos, mas a formação dos profissionais varia. “Temos, também, físicos, outros tipos de engenheiros e até mesmo advogados e economistas, que buscam conhecimento na sua área de atuação”, afirma. E é esse o foco do mestrado: ampliar a capacitação do profissional no seu próprio campo de atuação – seja planejamento, projeto ou qualquer outro que envolva edificações. “Com uma capacitação, o profissional dá um salto de qualidade muito grande, contribuindo inclusive para a empresa como um todo”, justifica Barreto.

Conteúdo do mestrado

O mestrado profissional em Habitação oferece duas áreas de conhecimento: Planejamento, Gestão e Projeto e Tecnologia em Construção de Edifícios. “Cada área é voltada para determinados temas e o profissional escolhe em qual delas quer desenvolver sua pesquisa”, conta o coordenador. O curso possui duração de 24 meses – durante o primeiro ano o aluno cursa sete disciplinas (de acordo com sua área de estudo) e, depois disso, desenvolve sua pesquisa e dissertação.

A área de Planejamento, Gestão e Projeto é voltada para questões mais abrangentes, como habitação, arquitetura, urbanismo e construção civil envolvendo também planejamento, gestão econômica, programas habitacionais e sustentabilidade. As principais disciplinas nesta área são:

- Racionalização, custo e qualidade do empreendimento habitacional
- Geotecnia aplicada ao meio urbano e fundações dos edifícios
- Habitação de interesse social: gestão da produção e avaliação pós-ocupação
- Análise de custos e de viabilidade de empreendimentos
- Projetos arquitetônicos e urbanísticos sustentáveis
- Sistemas integrados de saneamento urbano
- Políticas públicas e privadas de habitação e urbanismo

Já a área de Tecnologia em Construção de Edifícios aborda questões mais práticas de uma construção, como sistemas, componentes, materiais e técnicas construtivas, instalações prediais, manutenção e restauro de edificações e economia de água e energia. As disciplinas são:

- Sistemas construtivos para habitação: inovação e desempenho
- Alternativas e inovações tecnológicas do concreto nas construções
- Materiais e técnicas de acabamento, revestimento e de restauro de edifícios
- Sistemas prediais e segurança contra incêndio
- Sistema da qualidade no projeto e construção de edifícios
- Patologias das edificações
- Desempenho térmico e acústico de edifícios
- Vedações verticais de edifícios

“Como o curso é voltado para profissionais que já estão atuando é ideal que o aluno possa escolher que área deseja seguir – ele monta a sua grade curricular com as disciplinas que garantam as informações para ele desenvolver o seu trabalho”, justifica Barreto.

Para quem deseja participar da próxima seleção para o mestrado profissional em Habitação a próxima turma será selecionada em outubro. As inscrições são feitas pelo site www.ipt.br.

>>Entrevistado
Douglas Barreto
É coordenador do curso de mestrado profissional em Habitação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Possui doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1998) e pós-doutorado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil – Lisboa.
Email: mestrado@ipt.br

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Sucessão empresarial: êxito com o assessment

Como preparar o próximo líder da sua empresa sem perder a rentabilidade

Por: Camila Braga

Diretor geral, presidente, dono, CEO, seja qual for o cargo, todos sabem apontar quem é o líder de uma empresa. Mas, quando é chegado o momento de substituí-lo é que a corporação pode passar por problemas, pois o eleito pode não estar no mesmo nível de performance do líder anterior. Para combater esse entrave na sucessão empresarial é que muitas empresas têm recorrido ao assessment, uma ferramenta que organiza as informações disponíveis sobre cada funcionário, de maneira a identificar as características e atributos de cada profissional, quanto ao desempenho, potencial de crescimento e liderança, bem como, fragilidades e pontos a serem melhorados.

Carla Mello: “um processo de sucessão bem estruturado traz enormes ganhos”

Para Carla Mello, diretora geral da Acta e DBM, multinacional especializada em outplacement, a pessoa escolhida para substituir aquele que deixa o cargo de líder leva uma média de nove meses para atingir o mesmo nível de desempenho do anterior. “Isso gera um declínio de produtividade e rentabilidade para a empresa”, explica.

De acordo com uma pesquisa realizada pela DBM com aproximadamente 490 empresas brasileiras de médio e grande porte, quase 62% delas, atualmente, não têm uma política para trabalhar a sucessão empresarial. Carla Mello adverte: “muitas vezes se tem um ótimo especialista, um bom líder para determinado projeto, mas esse profissional ainda não está apto para ser um gestor. As empresas não dão a devida importância, mas um processo de sucessão bem estruturado traz enormes ganhos: diminui o tempo que o novo líder leva para se adaptar ao cargo de gestão e com isso evita que empresa tenha essa queda de rentabilidade”.

Benefícios

O assessment traz benefícios tanto para as empresas que aplicam a ferramenta quanto para cada profissional que passa pelo processo. Para as empresas, a grande vantagem do assessment é conseguir ajustar pessoas, processos e estruturas às necessidades do ambiente corporativo, de forma mais ágil. As organizações também passam a contar com colaboradores mais preparados, cientes de suas capacidades e do que precisam otimizar.

Já do lado do profissional, o benefício do assessment é a motivação que gera nos funcionários, que conquistam posições por meritocracia, ou seja, por fazer merecer. Colaboradores com capacidades iguais – capacidades essas mapeadas pelo assessment oferecido pela empresa – têm chances iguais de alcançar um posto e todos lutam por isso. Sem falar que um funcionário que percebe que a empresa está investindo na sua carreira, se sente mais motivado para trabalhar, produz mais e é mais fiel à companhia.

Na prática

Na hora de aplicar o assessment na sua empresa é importante observar alguns pontos para que o procedimento tenha êxito, como definir quais as competências profissionais que realmente importam para a sua organização, já que nem toda habilidade é pertinente a todo negócio. 

Carla lembra que a ferramenta do assessment deve ser aplicada no desenvolvimento do profissional dentro da organização e não em candidatos de fora da empresa, já que para esse tipo de recrutamento existem outras técnicas. A especialista explica que a empresa de consultoria que aplica o assessment apenas mapeia as características dos profissionais, mostrando a cada um deles seus pontos fortes e suas fragilidades, que podem ser supridas via uma leitura, um curso ou simplesmente entrar num foro de discussão. Mas, quem toma a decisão final sobre quem será o novo líder é a própria organização.

Quem aplica o processo de assessment são empresas de consultoria de gestão empresarial e ele dura de 90 a 120 dias. Grandes organizações já adotaram essa ferramenta, com sucesso, como Renault, Volvo, Nutrimental e Zilli Engenharia.

>> Entrevistado
Carla Virmond Mello
- Sócia fundadora da ACTA Desenvolvimento e Educação, empresa  que atua desde 1995 em desenvolvimento organizacional e planejamento de carreira. Diretora DBM Paraná e Santa Catarina. Mestre em engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), especialista em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Contato: http://www.acta.com.br

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Curso de Gestão e Tecnologia de Sistemas Construtivos de Edificações

Como integrar os sistemas construtivos e de edificações com a formação de profissionais especialistas em materiais e a demanda do crescente mercado da construção

Por: Michel Mello

O Departamento de Engenharia Civil (DECiv), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para o VI Curso de Especialização em Gestão e Tecnologia de Sistemas Construtivos de Edificações. Esta especialização procura integrar a diversidade das questões gerenciais e tecnológicas envolvidas nas etapas da produção da construção civil, análise de viabilidade e planejamento do empreendimento. E com isso, formar profissionais especializados e capazes de enfrentar os desafios do mercado.

O crescente mercado da construção exige dos profissionais uma qualificação constante.

A busca por tecnologias inovadoras no setor da construção civil que permitam melhores desempenhos e atuação no mercado. “Este é o princípio que norteia o curso de pós-graduação desde o seu início a mais de dez anos”, afirma o Guilherme Aris Parsekian, que é um dos coordenadores e idealizadores do programa.

Histórico

O curso foi elaborado pelos professores Guilherme Aris Parsekian, José Carlos Paliari e Simar Vieira de Amorim no ano de 1999, que já previam a necessidade de profissionais especialistas no setor de edificações. Na visão dos coordenadores o tempo de formação acadêmica dos engenheiros civis era pequeno. Era necessário oferecer um programa que tratasse especificamente de edificações.

Para suprir esta demanda, vem sendo realizado a cada dois anos o curso de especialização que busca a qualificação de diretores, engenheiros, gestores e outros profissionais ligados à área de produção das edificações. A proposta ultrapassa os limites do canteiro de obras e inclui uma busca constante por novas tecnologias e processos mais atuais de edificação. Os materiais são uma preocupação à parte, desde a concepção do empreendimento, as atividades de planejamento e projeto até a fabricação de materiais e componentes.

“O programa é ofertado para suprir a forte demanda por capacitação e nivelamento dos profissionais, pois em um curso de engenharia não há tempo e nem espaço para a execução de projetos em edificações”, afirma o professor Guilherme.

“O resultado disso é que temos um déficit por profissionais capacitados em sistemas construtivos e de edificações no mercado brasileiro. Daí surgiu o curso de especialização para suprir a demanda crescente, já que o Brasil se encontra em um forte movimento de expansão do setor da construção civil”, completa.
 
Disciplinas X Mercado

As disciplinas ofertadas pelo curso procuram abranger conteúdos dinâmicos e atuais, de acordo com a realidade e a necessidade do mercado. E nesse contexto, visa instruir o aluno, que é um profissional do segmento da construção, aos novos processos empregados em edificações e materiais.

Jorge Aoki, gerente da Assessoria Técnica da Cia. de Cimento Itambé, diz que “um dos pontos que merecem destaque no curso de especialização é a prerrogativa de aliar a teoria com a prática. Trazendo as perspectivas da realidade enfrentada diariamente em uma construtora, ou mesmo em um canteiro de obras, para a sala de aula”. 

Jorge também destaca que: “as disciplinas ligadas aos sistemas construtivos são de fundamental importância nos currículos, pois ensinam os alunos a conhecer os materiais. Hoje em dia o mercado apresenta uma grande diversidade de materiais com qualidades distintas. Em um canteiro de obras é essencial que o profissional da construção saiba comparar questões como qualidade dos materiais, regularidadedesvio padrão – e preço final do produto. Os melhores são aqueles que cumprem todos estes aspectos”, afirma. 

Grade curricular

A grade curricular do curso de especialização enfatiza diversas disciplinas todas relacionadas ao tema edificação e sistemas construtivos. Destacamos abaixo aquelas que tratam diretamente de processos relacionados à construção e à utilização de materiais como cimento e concreto.

Tecnologia dos Sistemas Construtivos em Estruturas de Concreto
Discute as tecnologias de produção das estruturas de concreto armado para edifícios, com abordagem conceitual e aplicada. Ênfase na visão sistêmica à gestão do processo de produção, a racionalização construtiva e as novas tecnologias para o incremento de produtividade.

Tecnologia dos Sistemas Construtivos Industrializados
Abordagem dos aspectos relacionados aos sistemas estruturais industrializados que utilizam aço, madeira e concretos pré-fabricados como também os sistemas complementares de vedação e fechamento e a compatibilização entre os vários subsistemas.

Tecnologia dos Sistemas Construtivos em Alvenaria Estrutural e de Vedação
Trata de conceitos sobre o projeto de vedações verticais e de edifícios de alvenaria estrutural. Levando em consideração o comportamento estrutural, racionalização e compatibilização entre os subsistemas arquitetura, instalações e estrutural.

Tecnologia de Produção de Revestimentos de Argamassa e Cerâmicos
Trata dos subsistemas de revestimentos verticais e horizontais em argamassa e cerâmicos no que diz respeito ao projeto, à produção e ao controle. Enfatiza a racionalização construtiva como meio de evolução tecnológica dos métodos construtivos apresentados.

Durabilidade dos Materiais e Componentes da Construção Civil
Fornecer ao aluno conhecimentos relativos aos principais aspectos inerentes à durabilidade dos materiais e componentes de construção civil e suas inter-relações com o processo construtivo. Serão também descritas as propriedades físicas e mecânicas dos materiais e suas relações com os fenômenos relativos à deterioração, além de aspectos pertinentes ao impacto da tecnologia da construção no desenvolvimento sustentável e no meio ambiente.

Estrutura do curso

São oferecidas 30 vagas e o curso é realizado a cada dois anos. As aulas são presenciais e têm duração de 380 horas-aula. Essa especialização conta com uma extensa equipe de especialistas da UFSCar, USP, UFRJ, UNESP e de outras renomadas empresas que atuam no projeto e na gestão de obras de engenharia. Considerado entre os cinco melhores do país, o curso conta, também, com docentes de outras instituições que, somados aos da UFSCar, conferem ao mestrado o caráter interdisciplinar proposto pelos idealizadores.

>> Entrevistado
Guilherme Aris Parsekian
- Engenheiro Civil pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
- Coordenador do curso de Engenharia Civil da UFSCar
- Mestre em Engenharia de Estruturas - Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP)
- Doutor em Engenharia Civil – Escola Politécnica da Universidade do Estado de São Paulo (EPUSP)
- Pós-doutorado na Universty of Calgary
Email: parsekian@ufscar.br

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A normatização dos sistemas de construção (Podcast)

Roberto Falcão Bauer analisa as perspectivas para o setor da construção civil a partir da ótica das revisões das normas técnicas a serem implementadas em relação ao desempenho de edificações de até cinco pavimentos

Por: Michel Mello
Roberto Falcão Bauer

Currículo:
Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de Taubaté, especialista em Patologia de Materiais, Estruturas e Habitabilidade, pelo Instituto Eduardo Torroja de La Construcción y Del Cemento em Madrid, Espanha. É presidente do Instituto Falcão Bauer da Qualidade, professor na disciplina de Materiais de Construção Civil, no curso de Engenharia Civil da Universidade de Taubaté, em São Paulo, desde 1997. Professor, desde 1987, do curso sobre Tecnologia de Concreto e Aço para Mestres e autor de diversos artigos técnicos sobre Tecnologia e Patologia do Concreto, Argamassas e Materiais de Construção.

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Expansão da linha 1 da Trensurb

Obra no metrô gaúcho alia respeito ao meio ambiente a inovações tecnológicas

Por: Michel Mello

Metade da obra de expansão da linha 1 do metrô de Porto Alegre, capital gaúcha, já está concluída. Integrando as obras do PAC no estado do Rio Grande do Sul, o empreendimento teve investimento, até agora, de R$ 720 milhões, e conta com mais de nove quilômetros de extensão, onde serão utilizados 46.000 m³ de concreto. O metrô de Porto Alegre é operado em conjunto pelo governo federal, governo do estado e pela prefeitura de Porto Alegre através da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A (Trensurb).

A cobertura da Estação da Liberdade conta com um novo sistema de iluminação solar

A obra é executada pelo Consórcio Nova Via, uma parceria entre as construtoras Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Toniolo/Busnello e T’Trans. E vem sendo realizado por trechos independentes durante a sua execução, o que garante maior agilidade e rapidez ao empreendimento. No mês de junho de 2010, a obra de expansão chegou à metade, com 4,9 km já concluídos.

Para o engenheiro Rudimar Berti, gerente de Produção do Consórcio Nova Via, as principais dificuldades durante a execução das obras são as condições climáticas e as dificuldades em se construir em uma indústria a céu aberto. “Ficamos sempre à mercê de dias ensolarados ou pelo menos sem chuva para termos um bom rendimento no trabalho. Até o frio é um componente complicador, pois reduz a eficácia da reação química que ocorre durante o processo de cura do concreto, aumentando o tempo para utilização das peças que são produzidas”, afirma.

O cimento da obra foi fornecido pela Cia. de Cimento Itambé. A Concresul, de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, instalou uma moderna central de concreto automatizada com capacidade de 55 m3/hora e três silos para estocagem do cimento. Esta central atende tanto o concreto para as fundações e pilares como para as vigas pré-moldadas e aduelas das pontes.

Ao término, o projeto do metrô ligará as cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo, integrando a região metropolitana a capital do estado, com 21 estações, totalizando mais de 44 km de extensão. O maior impacto desta obra para as duas cidades é a conquista de um equipamento de transporte público barato, seguro e moderno, para uma demanda superior a 300 mil usuários.

Respeito ao meio ambiente

Foi construída uma indústria de pré-moldados no local, o que diminui o tempo de execução dando mais agilidade na entrega de materiais no canteiro de obras. Esta alternativa também não produz um grande volume de entulho, garantindo menor volume de lixo. Foram utilizadas, também, formas metálicas em arco nas estruturas, sempre que possível, reduzindo a utilização de madeira.

A construção da ponte sobre o Rio dos Sinos utilizou o sistema de balanço sustentável

O sistema utilizado para a construção das pontes é chamado de balanço sucessivo. Este método pode ser aplicado a qualquer tipo de tipologia – vigas contínuas, arcos e tirantes – que é feito a partir de um escoramento no pilar de partida. A cada três dias um trecho novo é concretado. E isso garante a estabilidade do processo. Por outro lado, exige um engastamento garantido do balanço. Após a colocação de treliças metálicas a obra avança simetricamente com o dispositivo de deslocamento da forma até a metade do vão subsequente.

O processo de construção em balanços evita a colocação de pilares no leito do rio. Deste modo, reduz o impacto ambiental. Não obstruindo o curso e não alterando a vazão do Rio dos Sinos, pois não há pilares no leito do curso d´água. O Sinos possui um histórico problemático para a população de São Leopoldo. No último mês de julho de 2010, alagamentos e inundações deixaram 59 famílias desabrigadas. Em 2006, ocorreu no Rio dos Sinos um crime ambiental de grandes proporções, que afetou todo o ecossistema e causou a morte de muitas espécies de peixes e aconteceu durante a época de desova. Este incidente é considerado pelos ecologistas como a maior tragédia ambiental dos últimos 40 anos no Rio Grande do Sul.

Soluções inovadoras

Uma das novidades é a construção de bicicletários no interior do saguão. Esta iniciativa oferece aos usuários a possibilidade de uma locomoção de baixo custo de carbono. E pode trazer iniciativas de negócios de engenharia verde como o aluguel de bicicletas, sistema semelhante ao Vélib da França.

A iluminação também inova e acrescenta um velho novo componente – a luz do sol. Integrada a um sistema de adequação da entrada da quantidade de luz nas estações do metrô, que controla o acendimento das luzes e garante uma maior economia de energia elétrica. Contribuindo desta maneira para uma pegada ambiental em equilíbrio e em busca da sustentabilidade ambiental urbana.

Entrevistado
Rudimar Berti
Currículo
- Gerente de Produção do Consórcio Nova Via
- Engenheiro Civil formado Pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
- Especialista em Gerência da Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- MBA em Finanças Empresariais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)
- Tem 32 anos de experiência em construção pesada, sendo 22 anos em obras de grande porte.
Email: rudimar.berti@tbsa.com.br

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O uso do concreto armado nas construções de Carlos Bratke (Podcast)

Um dos arquitetos mais experientes e arrojados do país, Carlos Bratke, fala da evolução da arquitetura e do uso de materiais como concreto pré-moldado e concreto armado em projetos brasileiros

Por: Vanessa Bordin
Carlos Bratke

Currículo:

Bratke formou-se pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, (1967), com pós-graduação em Planejamento e Evolução Urbana, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Arquiteto reconhecido mundialmente com trabalhos realizados na América Latina e nos EUA. Foi presidente do IAB, diretor do Museu da Casa Brasileira e presidente da Fundação Bienal de São Paulo (1999/2002).

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Gestão de estratégia

Apenas planejar uma estratégia não é suficiente para o sucesso: a execução deve ser acompanhada corretamente

Por: Lilian Júlio

Planejar uma estratégia não é mais garantia de sucesso para a empresa. A revista Fortune publicou a seguinte frase: “menos de 10% das estratégias formuladas são efetivamente executadas”. A mesma questão é levantada por Larry Bossidy, ex-presidente da Honeywell, lembrando que a maioria das estratégias falha porque não é bem executada. Já que apenas a execução é tão importante para o sucesso, como gerir uma estratégia? 

“Gestão e planejamento da estratégia estão intrinsecamente ligados”.

Fanny Schwarz é sócia diretora da Consultoria Symnetics Brasil e conta que é importante trabalhar planejamento e execução em conjunto. “A gestão de forma integrada ao planejamento da estratégia é primordial para o sucesso da empresa”, explica. “Gestão e planejamento são um processo contínuo e estão intrinsecamente ligados”.

“O planejamento estratégico tem grandes benefícios que não devem ser deixados de lado, mas é importante trabalhar com as duas frentes em conjunto”, avalia Fanny. De acordo com a consultora, os principais benefícios do planejamento são ter um objetivo delimitado de qual é o posicionamento que a empresa quer alcançar e alinhar os líderes da organização. “O alinhamento começa na liderança da empresa e atinge todos os colaboradores”.

O gestor da estratégia

Para garantir a boa execução da estratégia é importante que a empresa defina um líder responsável por ela: o gestor daquela estratégia. “Este líder deve ser referência para os colaboradores, mas também deve ouvir a organização e os funcionários acerca da aplicação da estratégia. É manter o processo vivo na organização”, explica Fanny. Ela lembra que, em muitas estratégias, estamos lidando com mudanças. “A organização está saindo de um patamar e implementando uma nova realidade. Existe uma série de desafios, então é importante saber lidar com as dúvidas que forem surgindo”.

Saiba mais sobre como gerir uma mudança na matéria Mudanças organizacionais devem envolver toda a empresa (http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/mudancas-organizacionais-devem-envolver-toda-a-empresa/).

A principal atuação do gestor da estratégia deve ser montar a sua implementação. Uma dica de Fanny é que a empresa desenvolva um programa de acompanhamento. “Esse monitoramento pode acontecer tanto informal – no cotidiano da empresa – quanto formalmente, em reuniões pré-agendadas”, explica. Ao gestor cabe levar o grupo de líderes e funcionários a refletirem sobre a estratégia, inclusive avaliando o que deve ser modificado ao longo do trabalho. “A boa combinação do formal com o informal é fundamental para alavancar e até mesmo manter uma empresa no mercado”, justifica a consultora.

Passo a passo da gestão

A gestão da estratégia deve ser adaptada à realidade da empresa, mas existem passos que podem ser utilizados em qualquer situação.

- Definir a estratégia. Nesse ponto é feito o planejamento, que define quais são os objetivos da empresa.

- Traduzir a estratégia. Muitas vezes os pilares estratégicos não estão numa linguagem adequada a todos os funcionários, então é preciso traduzi-los em objetivos claros para a empresa.

- Alinhar a estratégia na organização. Aqui começa o desdobramento da estratégia, com as equipes entendendo seu papel dentro do planejamento.

- Vincular alteração com estratégia. Quais serão as mudanças na rotina da empresa? Quais serão os projetos (com começo, meio e fim) que irão contribuir para a aplicação da estratégia?

- Monitoramento da estratégia. Aqui o gestor deve manter uma disciplina de acompanhamento da estratégia e dos colaboradores da empresa.

- Aprendizado da estratégia. O monitoramento contínuo traz oportunidades de reflexão. A estratégia continua válida? O aprendizado se dá por reestruturações da estratégia.

A partir desse ponto Fanny conta que o processo vira um ciclo – a etapa de aprendizado se funde com a do planejamento. “Esse processo deve ser incentivado para que a empresa sempre cresça e aprenda com suas experiências”, afirma Fanny, de forma a dar continuidade ao círculo virtuoso da boa estratégia.

Entrevistada:
Fanny Schwarz
Currículo
Fanny Schwarz é Sócia Diretora da Consultoria Symnetics Brasil, uma empresa de Consultoria e Educação Latino Americana focada em Gestão da Estratégia. Fanny possui mais de 13 anos de experiência em gerenciamento estratégico.

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