A inovação em gestão de pessoas transforma talentos em lucratividade (Podcast)
O especialista Idalberto Chiavenato debate as inovações em gestão de pessoas, empowerment e como transformar talentos humanos em lucratividade para as empresas. Confira
Por: Michel Mello
Currículo:
Presidente do Instituto Chiavenato e conselheiro do CRA/SP. É um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos. Doutor e mestre em Administração pela City University of Los Angeles/CA, EUA, especialista em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Sua extensa bibliografia abrange mais de 30 livros de grande destaque no mercado, além de uma infinidade de artigos em revistas especializadas.
Clique no player abaixo e ouça agora um resumo da entrevista. Para ouvir a entrevista na íntegra clique aqui.
Redes sociais
Veja como manter a privacidade nas comunidades virtuais e a forma adequada de utilizá-las a seu favor
Por: Marina Pastore
Antes utilizadas apenas para entretenimento, as redes sociais serviam para entrar em contato com os amigos e também para “investigar” a vida alheia. Mas, este cenário mudou e o Facebook, Twitter e Orkut também passaram a ser alvo dos empregadores e profissionais de RH, que utilizam estes sites para analisar os perfis de possíveis candidatos ou até mesmo para monitorar seus funcionários.
Muitas pessoas podem considerar como uma invasão de privacidade ter seu perfil pesquisado pelas empresas. No entanto, para o coach e vice-presidente da Top Executives Net, rede social focada no segmento corporativo, Octavio Pitaluga Neto, não se trata disso. “Foi o próprio usuário que postou o conteúdo. As pessoas têm a opção de deixar as informações como privadas, mas se escolheram deixar públicas, elas estão sujeitas a isso”, afirma.
“A liberdade de expressão está garantida pela Constituição Federal, mas o excesso da liberdade de expressão é punido tanto pelo Código Civil como pelo Código Penal. Podemos publicar o que pensamos, mas respondemos pelo que postamos”, adverte Patricia Peck Pinheiro, advogada especialista em Direito Digital autora do livro “Direito Digital”.
Tropeços virtuais
Cometer uma gafe na internet muitas vezes pode custar caro. No caso de candidatos a uma vaga de emprego, por exemplo, ter uma comunidade que diz “odeio trabalhar” ou postar fotos comprometedoras em sua página da internet podem minar as chances de ser contratado ou até mesmo de participar de um processo seletivo.
E quem já está empregado também não escapa de ser monitorado. Criticar a empresa em que se está trabalhando, falar mal de colegas ou clientes e o excesso de exposição da imagem são alguns dos problemas que podem gerar demissão por justa causa.
“Hoje as empresas estão mais rigorosas, com aplicação de ética e princípios de governança corporativa. E algo publicado na internet se torna de conhecimento público, não dá mais para fazer ‘vista grossa’ e o envolvido quase sempre perde o emprego”, diz a advogada.
Pitaluga apresenta uma solução para evitar que as empresas se envolvam em escândalos cibernéticos por conta de atitudes dos funcionários: definir um líder-coach especializado em redes de relacionamento e realizar um treinamento com a equipe. Segundo ele, a Companhia pode orientá-los sobre como se apresentar nas redes sociais.
Utilizando as redes sociais a seu favor
Para conseguir bons resultados no campo profissional nas redes sociais, Pitaluga sugere adotar um posicionamento claro na internet, sendo criterioso e seletivo. É preciso ter em mente quem você é, o que faz de bom e oferece de valor. Se a intenção é arranjar um emprego ou alavancar a carreira, é aconselhável focar o conteúdo das comunidades virtuais no trabalho, evitando expor a vida pessoal.
Caso o profissional queira impressionar possíveis recrutadores através de seu perfil on-line, o coach apresenta algumas sugestões:
- manter uma rede de contatos razoável (quanto mais, melhor), pois estes candidatos podem representar uma oportunidade de negócio para a empresa;
- colocar informações sobre a atividade profissional que exerce;
- evitar a divulgação de material que possa prejudicá-lo, tais como brincadeiras e fotos comprometedoras.
Redes sociais para “turbinar” sua carreira ou a empresa:
LinkedIn: é uma rede social direcionada para contatos profissionais. O perfil do usuário traz informações sobre seus conhecimentos e realizações na carreira. Para as empresas, pode representar uma boa oportunidade para recrutar funcionários ou para entrar em contato com clientes e fornecedores de serviços.
Indica: assim como o LinkedIn, é uma rede de contatos profissionais, porém oferece a possibilidade de usuários indicarem pessoas para concorrer às vagas das empresas. Também pode recompensar os “indicadores” que fizerem boas recomendações. O grande benefício deste site para as organizações é que ele permite anunciar vagas, aplicar testes on-line e fazer uma pré-seleção dos candidatos.
Viadeo: permite anunciar vagas, encontrar clientes e especialistas no setor, além de propiciar o encontro com antigos colegas de trabalho ou de escola.
Twitter: o microblog permite postar apenas mensagens com até 140 caracteres. Cada vez mais as empresas têm utilizado esta ferramenta para fazer contato direto com os clientes. Os profissionais também podem fazer o uso do site para divulgar seu trabalho e suas ideias.
Facebook e Orkut: são os dois sites que mais reúnem usuários brasileiros. O intuito principal é o de trocar mensagens entre amigos. Embora não tenham caráter profissional, é bom ser cuidadoso com as informações postadas nestas redes sociais, pois um recrutador pode estar de olho nelas. As empresas, por sua vez, podem utilizar estas comunidades virtuais para divulgar seus produtos e serviços.
Entrevistados:
Octavio Pitaluga Neto
- Vice-presidente da rede de relacionamento Top Executives Net, focada no segmento corporativo.
- Coach internacional de negócios, palestrante, treinador, business networker.
- Colunista do Clube do Vendedor (http://www.clubedovendedor.com.br).
- Atuou como diretor do Ecademy, plataforma de business networking para o Brasil e América Latina.
- Trabalhou na Grupo Tele2 Europe, 3C Communications, Seara Alimentos (Grupo Cargill) e Kanematsu do Brasil.
- Possui MBA/MBI pela RSM Erasmus University (Holanda) e especialização em Comércio Exterior pela UFRJ/ECEX.
Contato: http://www.topexecutivesnet.com
Patricia Peck Pinheiro
- Advogada especialista em Direito Digital, sócia fundadora do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados (PPP Advogados).
- Formada pela Universidade de São Paulo, com especialização em negócios pela Harvard Business School, MBA em marketing pela Madia Marketing School.
- É autora do livro “Direito Digital”, co-autora do audiolivro e do pocket book "Direito Digital no Dia-a-Dia", e também co-autora do audiobook “Eleições Digitais”.
- Colunista do Conta Corrente da Globonews, do IDG Now e articulista do Valor Econômico, Revista Visão Jurídica, Revista Partner Sales, entre outros.
- Ministra aulas na pós-graduação do Senac-SP, Impacta, IBTA, Fatec-SP, assim como realiza treinamentos in company para diversas empresas.
Contato: www.pppadvogados.com.br
Leia mais sobre o assunto e saiba como as empresas de construção civil utilizam a internet.
Link: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/a-insercao-digital-das-empresas-de-construcao-civil/
Interatividade
O que você acha das empresas que utilizam as redes sociais para recrutar profissionais? O uso das redes de relacionamento pelos funcionários pode atrapalhar as organizações?
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
A Norma Técnica de Desempenho ABNT NBR 15.575 em discussão
Construtoras pedem maior prazo de adequação à Norma de Desempenho para edificações habitacionais de até cinco pavimentos
Michel Mello
A Norma Técnica de Desempenho para edificações habitacionais de até cinco pavimentos –ABNT NBR 15.575 – Partes 1 a 6 – foi publicada no dia 12 de maio de 2008 e entrou em vigor em 12 de maio de 2010. Mas, ainda hoje é motivo de muita polêmica no setor da construção civil. O Item 1.2 do escopo da norma determina que ela não se aplica a projetos protocolados nos órgãos competentes até seis meses após a data da entrada em vigor. Portanto, a validade real é no dia 12 de novembro de 2010, quando todos os projetos protocolados devem obedecer ao que determina a NBR 15.575: 2008. Uma questão que chama atenção é o pedido de prorrogação do prazo para a validade desta norma, solicitado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC junto ao Comitê Brasileiro da Construção Civil – CB - 02 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
O objetivo da norma é estabelecer critérios de desempenho para atender às exigências dos usuários de edifícios habitacionais, independentemente da maneira como a obra foi construída, atender, bem como, definir critérios mínimos para materiais em termos de desempenho acústico, térmico, de iluminação, hidráulica, dentre outros, além das características técnicas de pisos e coberturas em edificações de até cinco pavimentos. E essa parcela da construção inclui, desde os programas habitacionais de moradias populares como o Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, do governo federal, até edifícios com cinco pavimentos, o que engloba as diferentes classes sociais e as diversas tipologias da construção. Além disso, a NBR 15.575 inclui um mecanismo de rastreabilidade para a construção, que permite, em casos de falhas de materiais ou estruturas, indicar e determinar responsabilidades.
No embate em prol da qualidade das edificações, estão de um lado as construtoras, representadas pela CBIC e sindicatos da construção civil, que argumentam que precisam de mais tempo para adequação à norma e citam o aumento de custos para construção. Incluindo a sobretaxação do valor de obras junto ao Tribunal de Contas da União – TCU. Já a ABNT, pretende validar a norma e realizar alterações pontuais em termos necessários.
Posição da ABNT
O superintendente do CB-02 da ABNT, Carlos Borges, afirma que: “todas as normas técnicas têm por objetivo melhorar a qualidade das obras, regular o mercado e atender ao consumidor de imóveis quanto as suas necessidades. As normas são um meio para que este objetivo seja atingido, mas não são absolutas e perfeitas e podem eventualmente existir tecnologias não normatizadas que também atendam aos mesmos objetivos”. O superintende garante que: “A atualização das normas técnicas não acompanha a velocidade das mudanças tecnológicas e é legítimo que em algumas situações possam ser utilizadas soluções não normatizadas, desde que haja comprovação sobre sua eficácia. Quanto mais rapidamente as normas forem atualizadas, menor será esta defasagem, daí a necessidade de uma mudança permanente”, completa. Confira a entrevista completa.
Existem questões sobre o desempenho acústico, térmico e de iluminação, além das características técnicas do piso em edificações de até cinco pavimentos que precisam de mudanças e maior discussão. É o que alega o setor da construção civil. Em sua opinião, a ABNT NBR 15575 perturba as construtoras?
ABNT: A norma foi publicada em 12 de maio de 2008 e teve dois anos de carência para que o setor da construção civil se preparasse para atendê-la. Isto não aconteceu na prática e, com a vigência da norma, agora há uma preocupação do mercado quanto à dificuldade de atender aos requisitos de desempenho e o aumento de custo decorrente de sua aplicação. Acho que a norma precisa de revisão, de discussão, sem dúvida e poderia até ter a sua vigência adiada, mas de nada adianta isso acontecer se não houver um comprometimento setorial de mudança verdadeira na forma de conceber, projetar e executar as edificações para o desempenho.
Haverá prorrogação de prazo para a entrada em vigor da ABNT NBR 15.575?
ABNT: Será feito um pleito para a ABNT neste sentido e entendo que seja sensato adiar o prazo de vigência por certo período.
Há um argumento que essa norma pode impactar as construções, sobretaxando as obras pelos TCUs e, inclusive, trazendo impactos ao PMCMV. Isso realmente pode acontecer? Existem medidas para contrabalançar esse efeito?
ABNT: Grande parte da Norma de Desempenho, mais de 80%, significa simplesmente atender a normas técnicas já vigentes. Ela remete a 157 normas prescritivas existentes e para quem já as atende, o impacto nos custos é pequeno. Durante o processo de elaboração da NBR 15.575, se procurou definir níveis de desempenho compatíveis com a realidade técnico-econômica brasileira, mas existe uma abertura para revisar aquilo que eventualmente esteja exagerado ou tecnicamente difícil de ser atendido. Como ninguém ainda aplicou integralmente a norma, há muita desinformação e muita gente reclamando mais pelo medo do desconhecido do que propriamente por entender o que está sendo cobrado. De qualquer forma, a decisão de atender a norma é uma decisão da empresa e não do departamento de engenharia, pois os empreendimentos precisam ser concebidos desde a fase inicial para o desempenho. Uma obrigação do incorporador é identificar riscos previsíveis na época do projeto e caracterizar as condições do entorno, como o nível de ruído externo, clima, insolação, contaminações etc. Precisamos ter uma visão global da construção e não pensar apenas no custo da construção.
Posição das construtoras
Georgia Grace Bernardes, consultora especialista da CBIC, órgão de classe que representa as construtoras, argumenta em razão da prorrogação e esclarece na entrevista a seguir.
Qual a razão do pedido de prorrogação da data de entrada em vigor da ABNT NBR 15575?
CBIC: A cadeia produtiva da construção vem se reunindo sistematicamente para discutir as implicações da exigibilidade da norma e reconhece o importante avanço que o documento traz. Contudo, faltam informações técnicas (resultados de ensaios) de desempenho dos materiais e sistemas construtivos por parte dos fabricantes. O que inviabiliza a elaboração de novos projetos baseados em desempenho, já que o número de laboratórios capacitados é muito pequeno no país. Logo, existe a necessidade de investir em desenvolvimento e inovação de produtos e isso gera uma preocupação com o aumento de custos das obras. A isso se soma a necessidade de aprimorar o conceito vida útil de projeto e as responsabilidades decorrentes. Com isso, desenha-se um contexto de mercado ainda não preparado para atender a NBR 15575.
Quais pontos da norma geram mais dúvidas?
CBIC: Com relação ao desempenho acústico, há dúvidas sobre isolamento de janelas, portas externas, lajes e pisos. Já o desempenho térmico necessita de maior clareza nas metodologias de ensaio. O desempenho de iluminação, o coeficiente de atrito do piso e a vida útil do projeto que precisam de mais esclarecimentos também.
As mudanças geradas pela NBR 15575 podem aumentar os custos de programas habitacionais como PMCMV?
CBIC: Com certeza. Um exemplo disso é que hoje no mercado de janelas, apenas os modelos conhecidos como 'top de linha', ou seja, aqueles que possuem vidros duplos de 9mm e são usados em construções de alto padrão, atendem o parâmetro de desempenho acústico. Precisam ser desenvolvidos cálculos completos e consistentes para mensurarmos o real impacto na construção.
Adequação à NBR 15.575
Além disso, a Caixa Econômica Federal – CEF vem intermediando as discussões entre os diversos setores envolvidos e também alterando padrões e requisitos para os projetos de financiamento. Desde 2009, a Caixa vem financiando apenas obras em que o uso de madeiras tenha origem de procedência certificada. Esse é um grande passo em direção à normatização em termos de materiais e processos.
E está marcada para o dia 03 de setembro, às 14h, uma reunião na sede da ABNT. No encontro serão debatidos os termos de um possível adiamento da entrada em vigor da NBR 15575. Aguarde mais informações em nossa cobertura exclusiva sobre a repercussão da norma técnica de desempenho.
Entrevistados:
Carlos Borges
Currículo:
- Engenheiro civil, diretor da Construtora Tarjab.
- Superintendente do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02).
- Coordenador da elaboração da norma ABNT NBR 15575:2009 - partes 1 a 6;
- Membro do Conselho Consultivo do SindusCon-SP e vice-presidente do Secovi-SP.
Contato: carlos.borges@tarjab.com.br
Georgia Grace Bernardes
Currículo:
- Engenharia Civil pela Universidade Federal de Uberlândia.
- Especialista em MBA em Gestão Ambiental.
- Consultora da CBIC desde janeiro de 2010.
Contato: assessoria.tecnica@cbic.org.br
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Concrete Show apresenta novidades para o mercado
Evento brasileiro sobre concreto é o segundo maior do mundo
Por: Lilian Júlio
A quarta edição da Concrete Show aconteceu nos últimos dias 25, 26 e 27 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Em três dias de evento foram recebidas cerca de 25 mil pessoas, em 36.500 m² de exposição, além de congressos e eventos paralelos. “Desde a primeira edição – em 2007 – a Concrete cresceu 203%. Esse crescimento está refletindo o momento da construção civil brasileira, que é a bola da vez no mundo”, conta Cláudia Godoy, diretora da Sienna Interlink, empresa responsável pela organização do evento.
A afirmação de Cláudia é confirmada pelo fato de que a Concrete Show South America 2010 é o segundo maior evento do mundo em tecnologia de concreto e o maior da América Latina. “O objetivo é trazer tecnologias e soluções em concreto e, para isso unimos, exposições e conferências técnicas sobre o tema”, revela. Dos 400 expositores presentes, 100 são de outros países – empresas que estiveram pela primeira vez no Brasil mostrando suas novidades. “A Concrete é uma importante plataforma para lançar produtos e novas tecnologias”, analisa.
Segundo Cláudia a grande novidade da Concrete Show foi a PaveSand – uma areia especial para selagem de juntas de pisos ou placas de concreto maciço. De acordo com a empresa produtora – PaveSystems –, quando umedecida, a PaveSand se comporta com uma cola, promovendo a ligação dos grãos de areia e estabilizando a junta, efeito que não acontece com a areia comum.
“Além desse produto, temos também as placas de concreto permeável, que podem ser a solução para diminuir as enchentes”, declara Cláudia. Na Concrete Show também foram lançadas novidades em andaimes e elevadores de obras (pela Mecan), recicladores de concreto e água residual (pela Bibko Systems), novos sistemas de pesagem e outros produtos – envolvendo o concreto e suas tecnologias.
Eventos paralelos
Quem visitou a Concrete Show 2010, pode conferir, além dos lançamentos, debates acerca do concreto: a Concrete Congress. As discussões foram divididas em temas como Controle de Qualidade e Laboratórios e Industrialização das Edificações. No total, foram 15 seminários com mais de 150 palestras simultâneas durante a feira.
Um dos grupos de trabalho mais concorridos foi o Concrecopa, programa dentro do macro tema Brasil dos Esportes: Infraestrutura e Instalações Esportivas. “Na Concrecopa focamos os trabalhos no que o concreto pode trazer de soluções para a construção responsável para a Copa de 2014”, explica Cláudia. “Não apenas construir, mas oferecer opções de acessibilidade e qualidade sustentável nestas edificações”.
Expectativas
Para a próxima edição da Concrete Show – que já tem data marcada para acontecer, entre 31 de agosto e 02 de setembro de 2011 – as expectativas são de um crescimento maior ainda. “2010 foi o último ano de evento no Transamérica. Na próxima edição, iremos para um local maior para abrigar ainda mais expositores e visitantes”, revela Cláudia. “Queremos trazer novas empresas e levantar outros debates sobre o concreto. E com a Concrete Show nós podemos fazer isto”, finaliza.
Entrevistada:
Cláudia Godoy - Diretora da Sienna Interlink
concrete@concreteshow.com.br
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Brasil aposta em energias renováveis
A busca por soluções sustentáveis no setor energético ganha força com a produção de energia eólica e a construção de novos parques eólicos
Por: Michel Mello
Chamam-se de energias renováveis aquelas obtidas a partir dos recursos naturais. As fontes destas formas de energias estão baseadas na luz do sol, no vento, nas águas da chuva, fontes térmicas de calor e no movimento de fluxo e refluxo das marés. Também são consideradas renováveis, pois cumprem um ciclo natural e dele são constantemente reabastecidos. Isso quer dizer que as energias renováveis nunca se esgotarão.
Apesar do enorme potencial, o mercado brasileiro investe pouco no segmento de energias renováveis e na diversificação da matriz energética. O Ministério de Minas e Energia indica que o desenvolvimento dessas fontes está em uma nova fase no país. E que a iniciativa tem o caráter estrutural e pretende promover ganhos em escala, aprendizagem técnica-tecnológica e desenvolver a competitividade industrial para os próximos anos.
O Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) tem por objetivo principal financiar, através do suporte do BNDES, projetos de geração de energias a partir dos ventos, energia eólica, das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e a partir de matérias orgânicas para conseguir gerar biomassa.
Em 2009, a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de aproximadamente 158 gigawatts. O suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois países como o Brasil, onde a média nacional foi de 70 gigawatts calculadas em janeiro de 2010. As energias renováveis são alternativas de emissões de baixo carbono na busca por uma matriz energética limpa e menos poluente.
E alternativas existem em todos os segmentos. É o caso da energia eólica que é captada através das pás de aerogeradores. Esta é uma modalidade que cresce globalmente e que apresenta grandes vantagens. A primeira e mais importante é que a energia eólica possui geração zero de emissão de carbono. E apesar do custo inicial, sua manutenção é baixa e não há necessidade de alimentação por combustíveis.
Parques eólicos
A energia eólica é captada através de turbinas localizadas em usinas chamadas de parques eólicos. O Parque Eólico do Horizonte é um investimento privado da EDP Renováveis, e que entrou em funcionamento no ano de 2003. São oito aerogeradores modelo E40 600 KW, com 46 metros de torre mais 23 metros de pá. Sua capacidade de produção é 0,6 MW de energia cada, gerando 4,8 MW no total. Essa produção é suficiente para abastecer, aproximadamente, uma população de 30.000 habitantes por mês.
Já o Parque Eólico Água Doce, também pertencente a holding internacional EDP Renováveis, conta com 15 aerogeradores, modelo E40 600 KW, cada um deles com 63 metros de torre mais 23 metros de pá.
Segundo o mais recente estudo do Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (Cepel), do Ministério de Minas e Energia, o potencial eólico do Brasil chega a 143 mil MW, o que equivale a dez usinas de Itaipu. No final de 2007, a potência eólica instalada no país era de 247,5 MW, ou seja, pouco mais de 0,2% do potencial brasileiro e apenas 0,25%, dos 99,7 GW de capacidade total instalada em todo o setor elétrico brasileiro.
Torre sobre dunas
O Complexo de Osório foi inaugurado no final de 2006, como parte do Proinfa. O parque é composto pelas usinas eólicas: Osório, Sangradouro e Índios, nas quais estão instalados 75 aerogeradores modelo E70 de 2000 KW, com torres de concreto de 98 metros de altura.
Tradicionalmente, os aerogeradores eram projetados considerando torres de aço, sejam treliçadas ou cônicas. Entretanto, a Wobben Windpower – empresa responsável pela construção dos aerogeradores ou turbinas eólicas – vem desenvolvendo, há alguns anos, as torres de concreto para seus aerogeradores e têm se mostrado eficazes e seguras.
"A maior dificuldade resolvida também pioneiramente pela Wobben foi instalar torre para aerogeradores sobre dunas. E consideramos um desafio o transporte dos segmentos de concreto que exigem uma carreta para cada segmento, sendo que os primeiros três segmentos foram divididos em duas partes para ser transportado. Isso totalizou 27 carretas para cada torre", afirma Fernando Scapol, gerente de produção da Wobben, que é responsável também pelas turbinas eólicas dos parques Horizonte e Água Doce.
No caso dos aerogeradores utilizados para o Parque Eólico de Osório, as torres de concreto são protendidas e possuem 25 segmentos: um de aço e 24 de concreto. Na montagem, os segmentos são colocados e, posteriormente, são feitas trações nos cabos de protensão fixados na base de concreto.
As bases de concreto ou bloco de fundação são projetadas de acordo com as características do solo, definidas após a execução das sondagens. Além disso, dependem do potencial eólico do local, definido com o estudo de micrositing, no qual avalia os dados de vento medidos e a topografia do terreno. Com este estudo também é definida a altura de torre mais adequada, dentro dos requisitos de segurança e produção de energia. No Parque de Osório foram utilizadas torres de concreto de 98 metros e blocos de fundação circulares com estacas, devidos as condições do solo local.
Dados complementares: Aerogerador E70 / 2000 KW
- Altura da torre: 98 m
- Material: concreto e aço
- Peso da torre: aprox. 840 toneladas
- Bloco da fundação: circular
- Volume estimado de concreto: 460 m³
- Aço consumido na fundação: 45 toneladas
Entrevistado:
Fernando Scapol
Administrador de empresas com pós-graduação em Produção. Trabalha na Wobben desde 1998 e já atuou como gerente de Produção de Pás, gerente da Garantia da Qualidade e atualmente ocupa o cargo de gerente geral Administrativo.
Email para contato: marcelle.ilva@wobben.com.br
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Passeios públicos: o desafio de desenvolver e integrar
Planejamentos claros e objetivos ajudam a superar rapidamente os obstáculos da construção, além de traçar um panorama sobre a cidade e um modo de agir e pensar os espaços públicos
Por: Michel Mello
O engenheiro colombiano German Madrid é especialista em desenvolvimento urbano e planejamento de espaços públicos. Um dos autores do Manual de Desenho e Construção do Espaço Público e idealizador do Passeio Público de Medelín, na Colômbia. Ele comenta as questões mais importantes a respeito do uso e ocupação dos espaços públicos, da fase de planejamento até a execução e término das obras.
Os aspectos considerados durante o planejamento e a execução do Passeio Público de Medelín, na Colômbia, surgiram a partir da decisão dos administradores de valorizar o espaço público, como elemento de transformação e dignificação do meio urbano e, por consequência, a vida dos cidadãos. Para German Madrid, “isso se enquadra em um modelo de cidade que busca se desenvolver em direção ao futuro. Para além das administrações. É necessário definir quais projetos podem trazer mais benefícios em termos de bem estar, seja funcional, físico ou estético para as cidades”.
A cidade funciona como um todo, um tecido orgânico que envolve pessoas e lugares, anseios e necessidades. E o espaço público é o local onde tudo isso se encontra. Nas cidades modernas, os espaços públicos devem atender as necessidades de todos, incluindo portadores de necessidades especiais. “A busca por outros conteúdos de melhorias sociais deve ser constante. Como os meios de transporte, a renovação do ambiente urbano ou de marcos históricos, as melhorias sociais de habitação e zoneamento, medidas educativas, de recreação ou turísticas”, afirma o engenheiro.
Manual de construção
Na cidade de Medelín, através de um decreto municipal foi criado um manual que determinou o uso de regras comuns à construção: Manual de Desenho e Construção do Espaço Público. A elaboração desse manual, ou código de normatização específica, foi fundamental para superar as diferenças em busca de parâmetros e atenção e critérios em todas as obras. E deste modo, atender as certificações da ISO, de forma a construir espaços adequados com diferentes materiais atendidos pela normatização desse manual.
As construções na cidade de Medelín agora estão de acordo com o manual, que destaca o papel do concreto, pré-fabricado ou obras construídas no local, como matéria-prima dominante para a construção de espaços públicos. Seja em termos de estrutura ou em termos de acabamento. German ressalta: “o caráter orgânico das cidades torna pouco viável o uso de materiais de alto custo ou que sejam exclusivos para os espaços públicos exteriores”.
Como coordenar todos os elementos funcionais e construtivos de um projeto, para que estes atendam as necessidades de todos os cidadãos, incluindo os deficientes físicos e visuais? A única maneira de obter êxito foi a partir da elaboração do Manual de Desenho e Construção do Espaço Público, que se tornou obrigatório na cidade de Medelín, e é um grande passo na busca da normatização e na criação de critérios para a construção.
Brasil
Para German, “no Brasil existem obras de grande qualidade em matéria de espaços públicos, sejam eles históricos ou recentes. Mas, identifico temas que exigem atenção, são eles: a qualidade dos materiais e da construção, além da unificação dos critérios e normatizações utilizados em desenhos e plantas estruturais. A falta de clareza conceitual em muitos aspectos é um fator negativo para as obras no país”.
Os países da América Latina estão cada vez mais conscientes da importância das normatizações técnicas adequadas às diversas condições climáticas, uso do solo e outros fatores. Esses países estão enxergando além das fronteiras e estudando conjuntamente, além de trocarem experiências dentro e fora da América do Sul. E desta maneira, aproveitando o conhecimento adquirido e desenvolvido em outros lugares. Prova disso é que o Manual de Medelín serviu de base para a cidade de São Paulo revitalizar obras de passeios públicos e espaços comuns.
O documento proporciona uma nova visão sobre a cidade e acerca do desenvolvimento humano e urbano também. “O tema acessibilidade foi negligenciado por muito tempo. Não só no Brasil, mas em toda América Latina. Logo, surge a necessidade de tornar a cidade realmente habitável para todos. Incluindo os deficientes físicos como cidadãos plenos”, destaca German Madrid.
Já a execução de pré-fabricados em concreto serão cada vez mais importantes para aumentar a sustentabilidade das obras públicas e a redução dos serviços e custos de manutenção. “A partir de agora, as indústrias desenvolverão produtos derivados ou complementares ao concreto com características técnicas e estéticas especiais, potencializando assim o uso do concreto na construção dos espaços públicos com características próprias de cada cidade.
Entrevistado:
German G. Madrid
Currículo:
- Engenheiro civil e mestre em Ciências pela Universidade de Medelín.
- Foi Diretor do Departamento Técnico do Instituto Colombiano de Produtores de Cimento (ICPC).
- Consultor em pavimentos de concreto pré-moldados e espaços públicos, destinados a pré-moldados, designers, construtores, desenvolvido na América Latina.
- Co-autor do Manual de Design e Construção de Componentes do Espaço Público (MPE), que integra conceitos urbanísticos e técnicos para um trabalho coerente de desenvolvimento do espaço público, incluindo a atenção aos deficientes físicos.
- É membro honorário da Associação Argentina do Bloco de Concreto (AABH).
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Gestão de logística
Uma logística adequada pode aumentar a produtividade e reduzir custos das empresas
Por: Camila Braga e Marina Pastore
Para entender o que é logística, basta imaginar o que seria de uma empresa como os Correios, por exemplo, sem uma estrutura bastante organizada para receber, armazenar e entregar as correspondências. E é exatamente desta parte que a logística cuida. Em síntese, é possível dizer que gestão de logística se trata do processo de controle do fluxo dos produtos dentro da empresa, desde o momento da entrada até sua efetiva entrega ao destinatário final.
Edgar de Souza Júnior, gerente comercial e de logística da Rodolatina Transportes, acredita também que a logística pode ser definida como uma área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.
O consultor de negócios Rogério Dequech, da consultoria GO4!, exemplifica: “em uma indústria, a logística inicia pela compra das matérias-primas, armazenamento e movimentação de estoques de produtos semi-acabados e acabados e o transporte dos produtos até os clientes”.
Para Dequech, ter uma gestão de logística adequada traz alguns benefícios relevantes para as empresas : “produtividade, velocidade no atendimento de pedidos e redução de custos, o que em última instância deve conduzir à fidelização e ampliação da base de clientes”.
A logística é necessária para praticamente todas as empresas. Algumas organizações são mais dependentes (varejo, distribuição e indústrias) e outras menos (serviços), mas a necessidade em se ter um departamento específico depende de cada caso, na opinião de Dequech. “Em empresas menores, para adequação de gastos, as atividades que compõem a logística podem ser tratadas pelas demais áreas”, sugere.
Como implantar?
Para implantar a logística em uma empresa, é preciso começar com um diagnóstico, através do qual se deve entender e desenhar os processos relacionados à gestão da cadeia de abastecimento da empresa, segundo Dequech.
Num segundo passo, é preciso analisar como melhorar a eficiência de cada uma das atividades que fazem parte da logística, automatizando e estudando a possibilidade de terceirizações. Procurar uma empresa que seja referência nesse assunto em seu setor de atividade também pode ser uma boa ideia para quem é iniciante.
Terceirizar ou não?
Algumas empresas optam entre terceirizar toda a parte logística ou apenas parcialmente. Na opinião de Edgar de Souza Júnior esta é uma estratégia que pode funcionar bem. “Por definição, qualquer atividade que não seja ‘fim’ de uma empresa é desejável que seja terceirizada, não só o transporte ou a logística. É melhor deixar alguém mais focado, que invista mais tempo e inteligência em atividades que são ‘meio’, responsável por esta tarefa. Com isso, a organização pode obter menores custos e melhor qualidade/produtividade”.
Já Dequech acredita que a terceirização da logística depende da atividade e do porte da empresa. Para ele, na maioria dos casos, gera maior eficiência com menor custo. No entanto, há setores da economia nos quais manter uma parcela de frota própria torna-se uma decisão estratégica. É preciso analisar se o preço do serviço não afetará a margem do negócio ou se irá comprometer o atendimento aos clientes.
Entretanto, Edgar adverte que o operador logístico terceirizado tem que realizar as atividades com qualidade superior e custo competitivo em relação ao que a empresa conseguiria. Esta é a lógica da terceirização.
Entrevistados:
Rogério Dequech
Sócio-diretor da Go4! Consultoria de Negócios. Atuou em cargos de diretoria nas empresas ALL, Delara e Perfipar, onde participou de movimentos de fusões e aquisições. Graduado em Engenharia Elétrica e pós-graduado em Computer Science e em Business. Possui MBA – Controller pela Universidade de São Paulo (USP) e MBA – ex pela St Jonh’s University, de Nova Iorque.
Contato: http://www.go4.com.br/
Edgar de Souza Júnior
Gerente comercial e de logística da Rodolatina Transportes. Engenheiro mecânico com pós-gradução em administração de marketing, trabalha há 15 anos na área de logística, tendo atuado no Consórcio Vale do Rio Doce/Cesa e na Rodolatina.
Contato: edgar@rodolatina.com.br
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Evento discute infraestrutura brasileira para a Copa de 2014
A 2ª Edição do World Cup Infrastructure Summit acontece entre os dias 20 e 21 de setembro, em São Paulo
Por: Lilian Júlio
O que precisa ser feito em relação à infraestrutura brasileira para a Copa do Mundo de 2014? Este é o ponto principal das discussões que serão feitas na 2ª Edição do World Cup Infrastructure Summit, nos dias 20 e 21 de setembro deste ano, na cidade de São Paulo. O evento é realizado pela Viex Americas, empresa de eventos de infraestrutura, energia e recursos naturais. “Durante dois dias, representantes do governo e dos comitês da Copa das cidades-sede irão debater como estão e o que ainda é necessário para as obras em infraestrutura”, conta Edson Favero Jr., sócio-diretor da Viex Americas.
De acordo com estimativas do Ministério do Turismo são esperados cerca de 500 mil turistas durante os jogos da Copa do Mundo. Para receber esse volume de fãs do futebol, o Brasil precisa passar por várias mudanças. “São necessárias obras em infraestrutura de estádios, mobilidade urbana, acesso às cidades, transporte e segurança. No World Cup Infrastructure Summit tomaremos como exemplo as obras realizadas em outros países-sede, como a África do Sul”, explica Favero.
Investimentos
De acordo com Favero, a principal preocupação para a Copa do Mundo é a questão do transporte – especificamente os aeroportos brasileiros, classificados por Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como o maior problema para o Mundial de 2014. “O volume de passageiros durante a Copa deve crescer consideravelmente. Como os turistas irão chegar ao país, se deslocar entre as cidades-sede e o transporte dentro de cada cidade são pontos a serem estudados com atenção”, afirma.
O Brasil precisa de investimentos – e para Favero conquistar esses investimentos envolve dar segurança ao investidor. “O país precisa definir um marco regulatório para o setor aeroportuário e garantir ao investidor que todas as obras serão cumpridas”, explica. O país deve aproveitar a possibilidade de crédito e investir em diversos setores, além dos complexos esportivos. “Os investimentos precisam estar não apenas nos estádios. A Copa é uma excelente oportunidade para que o país tenha investimentos concretos em saneamento básico, transporte, segurança e telecomunicações”.
Uma solução para angariar fundos para as obras da Copa 2014 são as Parceiras Público-Privadas (PPPs). “Algumas cidades-sede estão adotando o modelo de PPPs e assim conseguem viabilizar empreendimentos que sejam interessantes para o investidor e tragam benefícios para a população a longo prazo”, revela Favero. “Esse modelo pode ser aplicado não apenas nos estádios, mas também em rodovias e saneamento, por exemplo”.
Temas concorridos
Durante o World Cup Infrastructure Summit vários temas serão abordados, mas dois painéis serão os mais concorridos: o painel de abertura, com uma abordagem mais geral, e o que trata sobre as Iniciativas e Necessidades de Obras de Infraestrutura Apontadas Pelas 12 Cidades-Sede. “Serão debates nos quais todos os participantes têm dúvidas e por isso serão discussões muito interessantes”, afirma.
Um dos participantes dos painéis é Ricardo Araújo, especialista em Gestão de Instalações Esportivas. Para ele, eventos como este são primordiais para que o país esteja pronto para receber a Copa. “Eventos que envolvam diversos setores da sociedade e que permitam a discussão e reflexão desses temas por uma parcela ampla da população contribuem para uma melhor preparação do Brasil”, afirma.
No painel em que participará – na abertura do fórum – Araújo irá abordar como os investimentos públicos e privados devem se adequar aos preparativos para os mega-eventos esportivos no Brasil. “Vamos focar principalmente na questão da sustentabilidade e dos legados que esta preparação deixará para o país”.
Confira a programação completa do evento:
20 de setembro (segunda-feira)
Manhã
- Abertura do Fórum
- Iniciativas e Necessidades de Obras de Infraestrutura Apontadas Pelas 12 Cidades-Sede + Rio de Janeiro 2016
Tarde
- Financiamento e Investimentos
- Cases Internacionais de países que sediaram grandes eventos esportivos
Noite
- Coquetel
21 de setembro (terça-feira)
Manhã
- Painel – Infraestrutura Nacional - Aeroportos - Portos - TAV - Saneamento
- Painel – Turismo e Capacidade Hoteleira
Tarde
- Painel – Transporte - Mobilidade Urbana e Acessibilidade
- Painel – Estádios
As inscrições para o evento podem ser feitas no endereço www.codesan2010.com.br.
Entrevistados
Edson Favero Jr.
- Especialista em Administração e Publicidade
- Coordenador do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Oswaldo Cruz
- Sócio-diretor da Viex Americas: www.codesan2010.com.br
Ricardo Araújo
- Economista, pós-graduado em Marketing, MBA em Administração e Especialista em Gestão de Instalações Esportivas.
- Consultor de empresas e órgãos públicos
- Criador do blog Novas Arenas: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/novas-arenas/
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Retração - Redução de Efeito e Compensação
A retração do concreto pode gerar fissuras e rachaduras. Nestes casos é necessário realizar a cura eficiente no acabamento final de uma estrutura de concreto
Por: Engº. Jorge Aoki – Gerente de Assessoria Técnica Itambé e Engª. Giovana Medeiros – Assessora Técnico Comercial Itambé
A retração é o processo de redução de volume que ocorre na massa de concreto, ocasionada principalmente pela saída de água por exsudação (retração plástica e por secagem ou hidráulica). Entretanto, existem outros fenômenos no concreto que também provocam outros tipos de retração: retração química, retração autógena e térmica.
Retração plástica
Ocorre pela perda de água do concreto por exsudação, em seu estado fresco. Este processo é acelerado pela exposição de sua superfície às intempéries como vento, baixa umidade relativa do ar e aumento da temperatura ambiente.
Retração por secagem ou hidráulica
Ocorre da mesma maneira que a retração plástica, porém com o concreto já no estado endurecido.
Retração química
Ocorre devido à redução de volume desde o momento que se inicia a hidratação, pois os produtos gerados neste processo têm volumes menores que àqueles materiais que deram origem à reação (cimento e água).
Retração autógena
A água utilizada na reação de hidratação sai dos poros capilares do concreto e, assim, reduz seu volume.
Retração térmica
É a retração provocada pelo calor liberado na reação de hidratação. Esta reação é exotérmica e o calor liberado expande o concreto em um primeiro momento. Ao se resfriar ocorre uma redução de volume denominada retração térmica.
Quando se fala em retração no concreto e seu efeito mais comum – o aparecimento de fissuras e trincas, a primeira ideia é fazer uma cura eficiente para evitar a perda rápida da água e o aparecimento das tensões causadoras. Mas, podemos atuar também preventivamente, ou seja, com uma quantidade reduzida de água no traço do concreto. Neste caso, a exsudação também será pequena e como consequência final, uma pequena retração plástica ou por secagem. Os dois processos – cura e redução de água – atuam sobre o mesmo problema, ou seja, o fenômeno da saída de água do concreto, mas a cura é facilitada quando o volume de água da exsudação é menor.
Outra forma de compensar parte da retração é a utilização de expansores, que têm a função de aumentar o volume da massa e, assim, equilibrar a redução provocada pela retração. Os expansores, geralmente à base de derivados de alumínio, têm atuação reduzida e, neste caso, compensam apenas uma pequena parte da redução de volume. São utilizados em calda para injeção, argamassas de preenchimento, groutes, dentre outras aplicações específicas. O cuidado importante é a realização de ensaios prévios para a verificação do efeito sobre a resistência mecânica e o acerto da dosagem adequada.
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Gestão de riscos em projetos
Riscos são inevitáveis. Estar preparado para eles é o que faz a sua empresa se destacar no mercado
Por: Camila Braga
Prever o comportamento das bolsas de valores ou mesmo ter certeza sobre se a previsão do tempo vai se confirmar é algo que ainda não conseguimos fazer. Em contrapartida, podemos estar preparados para administrar resultados positivos ou negativos. A incerteza faz parte da rotina e disso trata a gestão de riscos: planejar ações e estar preparado para imprevistos.
O panorama atual é de um mercado globalizado e dinâmico, mas, ao mesmo tempo, incerto e turbulento. Com relação aos riscos, no entanto, as empresas brasileiras mantêm uma cultura de não fazer um planejamento prévio para eventuais surpresas e, caso elas ocorram, resolvê-las com base no improviso, o que pode afetar a rentabilidade da companhia.
O engenheiro e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), José Angelo Santos do Valle, co-autor da obra Gerenciamento de Riscos em Projetos, da editora Fundação Getulio Vargas, espera que essa posição dos gestores mude: “esperamos que a partir de agora as empresas substituam esse alto grau de improviso por um planejamento das suas ações, já que o improviso leva a um desperdício de recursos”.
Tipos de riscos
Os riscos podem ser classificados em diferentes grupos, de acordo com o tema que envolvem. O empresário e também professor da FGV, Alonso Mazini Soler, outro co-autor da obra Gerenciamento de Riscos em Projetos, exemplifica: “na construção de uma obra, por exemplo, você pode ter desde riscos técnicos, riscos legais, riscos de algum acidente até o risco de enfrentar a greve de algum sindicato local e ter a obra paralisada por alguns dias. É importante que a empresa se questione sobre a possibilidade de todos eles”.
Alonso Mazini ressalta ainda que nem todos os riscos são negativos: “há coisas que o acaso pode fazer acontecer e que podem trazer um impacto positivo para a vida da empresa, mas a grande sacada é aprender a lidar com o que não é certo e tirar proveito disso, seja potencializando os impactos positivos ou minimizando os negativos, e não deixar a empresa ficar a mercê do que não se tem controle”.
De acordo com o professor Angelo do Valle, não existe risco zero, sempre há a possibilidade de falhar de alguma forma. Toda e qualquer atividade tem seu risco, sejam riscos econômicos de operações financeiras, falhas técnicas de um projeto e até mesmo risco moral. “Quando você fala alguma coisa, há o risco de desagradar alguém, um parceiro, um colega de trabalho, um amigo. Acontece sem querer e sem planejar. Temos que estar preparados para a surpresa, que é inevitável. Ajustar-nos para não perder dinheiro com essas oscilações é gerenciar os riscos do cotidiano”.
Como gerenciar os riscos
Para auxiliar na gestão de riscos existem softwares específicos, empresas de consultoria e inclusive uma disciplina sobre o assunto nos cursos de especialização em gestão empresarial. “Mas o passo a passo pode ser feito até num pedaço de saco de pão”, afirma o professor Angelo. E ensina como deve ser um esquema básico para isso:
identificação de riscos -> análise de riscos -> plano de ação -> monitoramento de riscos
Na fase de identificação dos riscos, a empresa deve se perguntar o que é que pode dar errado naquele determinado projeto, com base em informações vindas de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto. “Adotando uma metodologia questionadora, a organização se compromete a levantar todos os possíveis ‘pode ser’, como: pode ser que meu material seja de má qualidade, pode ser que passe a vigorar uma lei contrária aos meus interesses, pode ser que meu empregado falte por motivo de doença, pode ser que chova por uma semana e as obras tenham que ser suspensas”, enumera o professor Mazini.
Já na fase de análise de riscos é feita uma ponderação. De todos os riscos levantados, com quais a empresa deve se precaver? O objetivo da gestão de riscos é evitar que a empresa perca dinheiro com o acaso, porém seria ilógico investir sem necessidade em planos B. Por isso, o gestor deve analisar, dentre os riscos levantados na fase anterior, aqueles com maior impacto e maior probabilidade de acontecer e para esses elaborar um plano de ação, que vai variar conforme o risco e a empresa.
Por fim, é importante lembrar que o processo de gerenciamento de riscos implica um contínuo monitoramento. Ainda que os processos dentro de uma empresa não aconteçam de forma isolada, cada parte possui impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. Portanto, o processo de gestão de riscos é cíclico, a cada nova etapa é necessário analisar os novos impactos e questionar novos riscos. Tudo para estar preparado para o acaso.
Entrevistados
Jose Angelo S. Valle
- Engenheiro Civil, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
- Consultor de empresas nacionais e multinacionais em Gerenciamento de Projetos.
- Professor e coordenador Acadêmico do Curso MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getulio Vargas (FGV).
- Co-autor do livro “Gerenciamento de Riscos em Projetos” da Editora FGV.
- Participou da elaboração da Norma Internacional ISO 31000, da International Standards Organization, com correspondente na ABNT – NBR 31000, sobre Gerenciamento de Riscos.
- Foi um dos introdutores no Brasil da metodologia internacionalmente reconhecida e consagrada do PMI – Project Management Institute, o maior grupo formalmente organizado de Gerentes de Projeto do mundo.
- Fundador e ex-presidente da Seção Regional Rio de Janeiro do PMI.
- Conferencista. Apresentou diversas palestras e trabalhos em todo Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, sobre Gerenciamento de Projetos.
Alonso Mazini Soler
- Sócio diretor da J2DA Consulting.
- Doutor em Engenharia de Produção pela POLI-USP.
- Trabalhou 14 anos nos ambientes de projetos, consultorias e educação da HP e IBM Brasil.
- Atualmente ministras aulas para os programas de MBA em Gerenciamento de Projetos da FIA-USP e FGV.
- Pensador e crítico das práticas atuais do moderno Gerenciamento de Projetos.
Contato: amsol@j2da.com.br