O Marketing Industrial em tempos de mídias sociais e internet (Podcast)

O presidente do Instituto de Marketing Industrial, José Carlos Teixeira Moreira, fala sobre a função do Marketing Industrial, business to consumer e redes sociais como aliadas da gestão

Por: Michel Mello
José Carlos Moreira Teixeira

Currículo: José Carlos Moreira Teixeira
- Engenheiro Mecânico graduado pela Faculdade de Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – FEIPUC –SP.
- Especialista em Marketing Industrial no Brasil, Estados Unidos, França e Suíça.
- Diretor Presidente do Instituto de Marketing Industrial;
- Executivo-Professor da Escola de Marketing Industrial;
- Professor responsável pela cadeira de Marketing Industrial do Programa de
Educação Continuada da FGV-SP;
- Fundador e Diretor do Ateliê de Tecnologia Tempo & Espaço – Escola de
Empreendedores;

Clique no player abaixo e ouça a entrevista.


Campanha Mundial Colored Concrete Works

Pigmento Bayferrox e sistema construtivo REDMIX pretendem inovar obras de concreto

Por: Michel Mello

Com o objetivo de apresentar ao mercado brasileiro estudos de casos, tecnologias, conceitos técnicos de aplicações e as vantagens do sistema construtivo tipo REDMIX, concreto colorido arquitetônico, a Lanxess Energizing Chemistry do Brasil realizou no último mês de setembro o 1º Fórum Colored Concrete Works. O evento teve a participação de um seleto público-alvo composto por projetistas, engenheiros e arquitetos do Brasil e do exterior, reunidos com um único objetivo: aumentar o uso do concreto pigmentado nas obras do país.

O sistema foi desenvolvido pela matriz da Lanxess na Alemanha e procura estimular o uso do concreto pigmentado Bayferrox em obras. Uma das vantagens deste sistema é dispensar a pintura, pois incorpora o pigmento à massa, diminuindo a manutenção das fachadas integralmente.

O pigmento é encontrado em sacos de 20 e 25 kg e pode ser incorporado à massa de duas maneiras:

- a primeira, conforme recomenda o fabricante, é que seja adicionado à dosagem de 4 a 5 % sobre o peso do cimento na própria usina concreteira;

- o segundo modo seria fazer a mistura no local da obra, dentro do caminhão betoneira.

Concreto

Giselle Martins, coordenadora da Lanxess para a América Latina, ressalta que “é muito importante caminhar junto com os clientes nesse processo de construção, com as concreteiras e todo segmento envolvido, pois somente dessa maneira temos o retorno e a possibilidade de conhecer sobre as obras e suas necessidades”.

A coordenadora também destaca que a Lanxess tem entre suas motivações para investir no Brasil as obras da Copa 2014, das Olimpíadas 2016 e fomentar alternativas para projetos arquitetônicos de um modo geral.

“Trata-se não apenas de um sistema construtivo, mas sim de propor uma inovação nesse segmento e de fornecer respostas a projetos em termos de materiais, inovando em concreto colorido. Parafraseando o arquiteto Jesús Marino Pascual: ‘Trata-se de colocar cor, no design dos projetos e com isso modificar o papel e a posição das obras em um contexto arquitetônico e urbanístico’”, enfatiza Giselle Martins.

A coordenadora ainda destaca as obras realizadas em São Paulo, “onde o diferencial não é apenas conceitual, mas uma tendência que vai desde a concepção até a composição de todo o conjunto arquitetônico integrado, como as obras do Hotel Unique, assinado pelo arquiteto Ruy Otake, e o projeto da Praça das Artes, anexa ao Teatro Municipal de São Paulo”.

Lanxess Energizing Chemistry do Brasil

A Lanxess é parte do grupo Químico Bayer da Alemanha e nasceu há seis anos, a partir de um projeto chamado Inorganic Pigment Group. Essa proposta tem como finalidade desenvolver novos materiais de construção, sistemas construtivos como o REDMIX, tintas e plásticos pigmentados. No 1º Fórum, a Lanxess também mostrou cases mundiais de obras realizadas com o uso do concreto colorido. O destaque é para as obras:    

- Hotel ESO, Cerro Pantanal, Chile

Hotel ESO, Cerro Pantanal, Chile

A fachada é toda feita em concreto tipo REDMIX e procura integrar o prédio do hotel como parte dos elementos da paisagem. Quem desenvolveu a obra foi o escritório da Auer+Weber+Architekten, de Munique, na Alemanha, e a gerência do projeto ficou a cargo dos arquitetos Philipp Auer e Dominik Schenkirz, em conjunto com a equipe Robert Giessl, Michael Krüger, Charles Martin.
Dados técnicos
Período de construção:
1998 – 2002
Espaço bruto: 12.000 m²
Volume bruto: 40.000 m³
Área interna líquida: 8.000 m²
Pigmento: BAYFERROX® 600 N 2,3%, calculado no cimento
Concreto: Classe de resistência à compressão C20/25 (B25) e C27/37 (B35)

- Bodega Antión, La Rioja, Espanha

Bodega Antión, La Rioja, Espanha

A obra do arquiteto Jesús Marino Pascual transformou uma adega em um destacado centro de visitação. “A bodega não é apenas um lugar para fazer e armazenar o vinho, é também definido como um centro de visitação, onde os hóspedes podem aprender detalhes sobre vinho", disse Pascual.
Dados Técnicos
Período de Construção: 2004 – 2007 
Equipe técnica: J.M.P. y Asociados S.L. – Arquitetura Miguel Blanco G.E. ingenieros
Empresa construtora: ACCIONA
Área: 14.166,70 m²
Pigmento: Amarelo formirapid®, Bayferrox® 920
Quantidade: 12.000 m³ de concreto

Entrevistada:
Giselle Martins
Currículo
- Engenheira Química pela Escola de Engenharia Mauá.
- Pós-graduada em Administração Industrial na Fundação Vanzolini da Universidade de São Paulo.
- Coordenadora de pesquisa e desenvolvimento de materiais de construção, em duas grandes cimenteiras do país.
- Em 2004, iniciou suas atividades na Lanxess, no departamento de Assistência Técnica da unidade de negócios Pigmentos Inorgânicos.
- Desde 2007, lidera o time de técnicos no Brasil, além de prestar suporte aos clientes B2B na América Latina, pertencentes aos segmentos de construção, tinta e plástico.
Contato: giselle.martins@lanxess.com

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content

Telhas de concreto

Novos modelos e cores invadem o mercado da construção

Por: Michel Mello

As telhas de concreto apresentam inúmeras vantagens em sua utilização. Entre elas está o fato de que o desenho arquitetônico da obra ganha um aspecto inteiramente diferente, onde o telhado ganha destaque e passa a compor e integrar a estrutura da obra. Apresentam-se em uma grande diversidade de cores e modelos, proporcionando mais opções em termos de design de projeto. Telhas claras são indicadas para regiões de clima quente e as escuras para as regiões mais frias. As telhas de concreto não quebram durante a instalação o que aumenta a vida útil do telhado.

Essas peças garantem maior resistência e proteção contra os elementos, como maresia e abrasividade do mar, características das regiões litorâneas do Brasil, eliminando as despesas com a manutenção. Sua utilização faz com que a estrutura do telhado não sofra sobrecarga de peso, normalmente causada pela chuva, pois não há absorção de água pelas telhas que pode ser arrastada pelo vento e penetrar no forro.

Linha de produção

As telhas de concreto são produzidas a partir da adição de pigmentos coloridos diretamente à mistura planetária com utilização de cimento Portland de alta resistência inicial, areias e agregados selecionados – finos, médios e grossos – com adição de água na quantidade suficiente para cada traço de mistura desejada. Assim, obtemos uma mistura homogênea e que esteja pronta para o processo de produção.

Depois disso, o material bruto é levado à estufa de vapor para secagem em formas plásticas ou de alumínio, com processo semiautomático. As telhas saem moldadas e precisam ser extraídas do cabeçote do molde, ou das gaiolas de secagem (rack).

Após esse processo, as telhas de concreto, coloridas ou convencionais, estão prontas para serem enviadas ao consumidor. Existe uma grande variedade de cores, modelos e formatos, pois o mercado está em um momento de forte demanda.

Tegolieiras

Dobleday Lima Balassa

As telhas de concreto proporcionam garantia de robustez à construção, além de resistência mecânica e qualidade estética inalterável no tempo. O gerente comercial do Grupo Brasitalia, Dobleday Lima Balassa, afirma que “as telhas em concreto possuem garantia de 20 anos. Além disso, a manutenção é reduzida somente à estrutura de montagem”.

Dobleday também destaca que “entre o leque de cores disponíveis a mais difícil de obter é o ‘verde exército’. Por isso, apresenta custo mais elevado em relação às outras, pois usa um pigmento importado”.

O volume de vendas, segundo Dobleday, aumentou em 50% em relação ao ano passado. “A cor mais procurada é a cinza pérola. Por isso, mesmo o prazo de entrega está em torno de 30 dias. O preço médio é de R$ 1.400,00 o milheiro” destaca o gerente.
 
A Brasitália atende os estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo. E, de acordo com o gerente comercial, a maior demanda é para o mercado interno, ou seja, os paranaenses consomem boa parte da produção das telhas de concreto. Para Balassa, “essas vendas são em boa parte impulsionadas pelo bom momento que atravessa o setor da construção. Programas como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, alavancaram as vendas”.

Cores da Brasitália
Linha Cinza
- cinza pérola (na cor do cimento);
- grafite; marrom;
Linha Colorida
- canela;
- vermelha;
- verde cana;
- amarelo colonial;
- imbuia (vinho);
Linha Branca
- branca;
- pêssego;
- marfim;
- verde exército;
- goiaba; e
- amarelo ouro.

Entrevistado
Dobleday Lima Balassa
Currículo

- Graduação em Contabilidade pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
- Graduação em pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
- Pós-graduado em Gerenciamento de Micro e Pequenas Empresas na Universidade Federal de Lavras.
- Supervisor e Gerente da área Comercial da Unidade de Jussara do Grupo Brasitália.
Contato: ditaliajussara@grupobrasitalia.com.br

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Sistema Construtivo Concreto Leve Polimerizado

Incorporação de microbolhas de ar ao concreto garante isolamento térmico e maior volume 

Por: Michel Mello
A utilização do SCCPL é indicada para a construção de casas populares

O Sistema Construtivo Concreto Leve Polimerizado (SCCLP) é indicado para a produção de habitações populares, pois concentra alto desempenho e custos bastante competitivos em um mesmo empreendimento. Além disso, sua utilização permite tempo recorde de construção visto que pode ser construída uma casa por dia através de um jogo de forma, tendo 80% da mão de obra não especializada. Para isso, é necessário, apenas, treinar uma equipe para montagem das formas. A fundação pode ser tipo “RADIER”, de sapata corrida ou outro tipo qualquer de fundação

Esse sistema se caracteriza como uma linha de produção montada no canteiro de obras. Tem como princípio básico a utilização do concreto leve para moldagem in loco na construção de todas as paredes de uma só vez, utilizando uma forma modular. Podem ser inseridas durante a execução das partes: hidráulica, elétrica, armaduras e esquadrias

Após desenformar as paredes, estas já estão alinhadas, prumadas e rebocadas. Faltando apenas a estucagem. Depois disso, a casa está pronta para receber a pintura e cobertura do telhado e o acabamento. O SCCLP moldado in loco promove redução de até 20% no custo final da obra, comparado com os sistemas construtivos convencionais. 

Minha Casa, Minha Vida 

O concreto leve polimerizado é ideal para ser empregado em programas de habitação, como o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), do governo federal, ou ainda em cooperativas ou em grandes projetos imobiliários. Ele substitui com muitas vantagens os sistemas construtivos convencionais. Também pode ser empregado como fechamento de vãos e, ainda, ser combinado a estruturas de aço ou outros tipos de sistemas de pré-fabricados

Concreto leve 

O Concreto Leve Polimerizado está patenteado sob número MU 7801176-0. Sua composição é obtida a partir de uma mistura de agregados inertes (pedra e areia), cimento Portland, água e do Polímero METAPOP®, que foi especialmente desenvolvido para esta finalidade.
Esse polímero é adicionado diretamente no equipamento de baixa rotação (betoneira, caminhão-betoneira ou bomba processadora de concreto) que, sob agitação, incorpora micropartículas de ar ao concreto, tornando-o mais leve e resistente. 

Yukiharu Takaki

 

Para o engenheiro, Yukiharu Takaki, da Construpor, “a partir da adição deste polímero, que é um incorporador e fluidificador, à massa universal, obtém-se as microbolhas de ar. Assim, conseguimos maior volume de concreto, mais leve e menos dilatado”. 

O engenheiro destaca ainda que “podemos obter um concreto melhor, com maior volume, sem o problema das fissuras e já de acordo com as especificações da NBR 15.575, a Norma de Desempenho. Entre as várias tecnologias e sistemas construtivos, este apresenta as vantagens dos sistemas pré-fabricados in loco, com as características do método construtivo tradicional”. 

Sequência do SCCLP 

Fundação: radier ou convencional.
- Montagem das formas;
- Colocação dos kits de hidráulica;
- Colocação das armaduras treliça zincada;
- Concretagem. 

Entrevistado
Yukiharu Takaki

Currículo
- Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (USP).
- Sócio proprietário da Construpor Ltda.
Contato: construpor@construpor.com 

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Copa 2014: Estádio Castelão terá projeto de reurbanização

Projeto prevê a ampliação do Parque Ecológico Cocó e integração com áreas urbanas

Por: Michel Mello
Maquete do novo Estádio Castelão, em Fortaleza, uma das sedes da Copa 2014.

O Estádio Governador Plácido Castelo, ou Castelão como é conhecido, fica em Fortaleza (CE), e será um dos estádios-sede da Copa do Mundo de 2014, sendo considerado um dos mais modernos do Ceará. O projeto de adequação e reforma da arena e o plano diretor do entorno do Estádio Castelão estão a cargo do escritório de arquitetura de Hector Vigliecca & Associados, que fará a adaptação do espaço às normas da Fédération Internationale de Football Association (Fifa).

O projeto do novo estádio é do arquiteto Ronald Werner, que inclui a elaboração de um plano para a orientação do crescimento urbano que será direcionado à parte sul da cidade. E isso compreende a ampliação da rede de transportes, melhorias em termos de adensamentos habitacionais e a criação de mecanismos que possam atrair investimentos privados. Além da ampliação do Parque Ecológico do Cocó, uma área de proteção ambiental com mais de mil hectares, que acompanha o curso do Rio Cocó

Werner: Esse projeto será um motor para o desenvolvimento da região e estabelecerá uma nova urbanização da área.

Para Werner, diretor do projeto do Castelão, “o interessante desta obra é que o estádio se encontra em uma área urbana em vias de consolidação e este empreendimento, junto com o Centro Olímpico e o centro comercial que será ao lado do estádio e cuja construção está prevista para depois da Copa, será um motor de desenvolvimento e estabelecerá uma centralidade de animação urbana, já que todo o conjunto está previsto para receber vários outros eventos e, portanto, facilitar a sua sustentabilidade financeira”.

Obra

O projeto está em fase de licitação e, em virtude de adições aos termos do processo, essa fase está atrasada e deve terminar somente no mês de novembro. O valor da obra está orçado, inicialmente, em R$ 450 milhões e o tempo previsto para a duração da obra é de dois anos e meio a partir da data de início da obra. Com isso, o Brasil está atrasado para a Copa das Confederações 2013 e esse evento corre o risco de não acontecer.

Leia a seguir a entrevista com o arquiteto e conheça mais detalhes sobre o projeto de reestruturação do novo Estádio Castelão.

Quais os desafios de construir um estádio para a Copa 2014?
Ronald Werner:
O grande desafio, no caso do Castelão, é conseguir transformar um estádio existente, de modo a atender todos os requisitos da Fifa para a Copa do Mundo de 2014. Outro desafio é modificar uma estrutura urbana já existente em termos de acessos e estacionamentos, que hoje são deficientes.

Quais inovações traz o projeto do Estádio Governador Plácido Castelo?
Werner:
O estádio, que é um dos mais importantes do Brasil, deverá receber inovações nos aspectos de conforto, segurança e sustentabilidade. Principais novidades da obra são:
- 100% dos assentos cobertos com uma cobertura de 55 metros de balanço;
- 45 camarotes, lounges e assentos de hospitalidade;
- estacionamento para 1.750 veículos, saída e rotas de emergência dentro das mais avançadas normas de segurança;
- uma praça elevada com vista em 360˚ para separação de público;
- uso de energia eólica e fotovoltaica para alimentar parte do estádio;
- utilização de água de reuso nos vasos sanitários;
- emprego de concreto de alto desempenho em toda a obra.

Como reurbanizar as áreas adjacentes ao estádio e integrar o Parque do Cocó?
Werner:
O estádio foi analisado considerando o desenvolvimento urbano do entorno da obra com a elaboração de um plano diretor e plano-base para o bairro de Passaré.  A proposta é dar sequência ao Parque do Cocó, aproveitando a geografia do local e com isso valorizar as áreas do entorno para um melhor desenvolvimento urbano.

Como modernizar, ampliar e adaptar esse estádio ao padrão Fifa?
Werner:
A geometria existente do estádio permite uma adaptação adequada às novas recomendações da Fifa. Os principais itens da modernização serão:
- o rebaixamento do gramado;
- a reconstrução da arquibancada inferior;
- a introdução de um setor inteiramente novo de arquibancadas que atenda as exigências de áreas de vestiários, imprensa e hospitalidade; e
- uma cobertura totalmente nova.

Qual o sistema construtivo utilizado?
Werner: A estrutura das arquibancadas será mista: parte em concreto armado e parte em concreto pré-fabricado. A estrutura da cobertura será em treliças de aço e a cobertura em telhas de alumínio com cobertura de mantas tipo TPO.

Entrevistado
Ronald Werner
Currículo

- Graduado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU Mackenzie.
- Arquiteto associado à Hector Vigliecca & Associados, desde 2005.
Contato: vigliecca@vigliecca.com.br

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Pesquisa revela comportamento de compradores de imóveis em Curitiba e região

Sinduscon/PR analisou a intenção para a compra de imóveis no último trimestre

Por: Michel Mello

O Sindicato das Indústrias da Construção do Estado do Paraná (Sinduscon-PR) realizou uma pesquisa em que procura conhecer os hábitos de consumo, as preferências e a intenção de compra relacionada a imóveis na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no Paraná. O comportamento dos compradores de imóveis foi muito bem delineado nesta pesquisa, que também realizou um mapeamento sócio-econômico dessa parcela com potencial de compra de imóveis.

Franck: Existe um mercado promissor nas cidades da região metropolitana de Curitiba

Com base nesse levantamento foi possível visualizar a situação do mercado de imóveis na capital e na região metropolitana e sua relação com o desenvolvimento urbano. Para o presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Franck, a pesquisa revela “que há uma demanda grande por imóveis que não está sendo atendida nas principais cidades da Região Metropolitana de Curitiba — 10% das famílias que vivem naquelas cidades procuraram um imóvel nos últimos três meses. Destes, 60% não encontraram o que buscavam”.

Os objetivos da pesquisa foram conhecer:

• Quem procurou imóveis nos últimos 3 meses;
• Quem realmente comprou imóveis;
• Qual o tipo de imóvel comprado;
• Qual a preferência, em faixa de valores;
• Finalidade da compra;
• E que meios de pesquisa de imóveis são utilizados.

Faixa de valores de imóveis

Os imóveis mais procurados segundo os dados elaborados pela pesquisa revelam que 92% de todos os imóveis comprados custaram no máximo R$ 150 mil. Isso reflete também que a parcela da população que mais tem consumido imóveis é a classe C. E isto, se deve em parte a novas linhas de crédito disponíveis e o financiamento do governo federal como o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Já imóveis com valores entre R$ 150 e R$ 250 mil representam 8% do volume de vendas. Não sendo tabulados pela pesquisa produtos entre R$ 250 e R$ 400 mil e imóveis com valores superiores a esses no período.

Tipo do imóvel

O tipo de imóvel mais procurado na Região Metropolitana de Curitiba foram casas representando 72% dos entrevistados. Lotes e terrenos aparecem na segunda posição com 14%; apartamentos tiveram o terceiro lugar, 8%; e sobrados com 6% de todo o universo pesquisado.

As casas são o tipo de imóvel preferido e também o mais procurado entre os compradores, não compradores e possíveis compradores. Em uma das perguntas: “Se fosse trocar de imóvel qual seria o tipo escolhido?”, 66% dos entrevistados responderam casa, seguidos de sobrados e em último lugar da preferência aparecem os prédios de apartamentos.

Meio de procura de imóvel mais utilizado

A sondagem também demonstrou que o meio de pesquisa mais utilizado na busca por imóveis na região da grande Curitiba é a internet e os plantões das imobiliárias. A indicação de conhecidos continua eficaz. Placas de imóveis ainda funcionam e o jornal já não é mais como era antigamente.

Curitiba X Região Metropolitana

Um total de 10% das famílias da RMC procuraram imóvel nos últimos três meses. Deste total, 60% não encontraram o tipo de imóvel que buscavam.  Segundo dados do IBGE, a RMC possui aproximadamente 1,4 milhões de habitantes, com isso a média é de 3,5 moradores para cada residência. O que significa que 24 mil famílias deixaram de comprar.

Ou a oferta atual naquelas cidades não atende ao desejo das pessoas (tipo de imóvel, tamanho, localização) ou ultrapassa o poder de compra dos potenciais consumidores. A diferença entre os padrões de consumo de imóveis entre Curitiba e RMC torna-se evidente quando os dados relacionados ao tipo de habitação preferido aparecem. Em Curitiba, a grande maioria da população prefere apartamentos e sobrados. Enquanto que na RMC a procura é por casa.

“Aproximadamente 24 mil famílias deixaram de comprar imóvel, por algum motivo. Além disso, 68 mil famílias afirmam que têm intenção de comprar uma habitação nos próximos dois anos, o que sinaliza para as empresas do setor um leque de oportunidades. Quer dizer, há um mercado promissor nestas cidades”, afirma Franck.

Entrevistado
Hamilton Franck
Currículo

- Presidente do Sinduscon do Paraná.
- Engenheiro civil.
- Participou da construção das Usinas de Itaipu, Foz de Areia, Angra I e Tucuruí.
- Diretor da H. Franck Construção Civil.
- Como responsável técnico, Franck tem um acervo de mais de 210 mil m2 de área construída.
- Especialista em Qualidade e Produtividade pela University of South Florida –Tampa – USA.
Contato: imprensa@sindusconpr.com.br

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Pequena Central Hidrelétrica - PCH

Grandes empresas fomentam a construção de PCHs no país acreditando na geração e distribuição descentralizada de energia

Por: Michel Mello

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define a Pequena Central Hidrelétrica, ou PCH, como usinas hidrelétricas de pequeno porte e com capacidade instalada de geração superior a 1 megawatt (mW) e inferior a 30 mW. Com área de reservatório inferior a 3 km².

Uma PCH resulta em um menor impacto ambiental e também prestam à geração descentralizada de energia.

São classificadas conforme o desnível da queda d'água e pela capacidade de geração em:
- Micro: com potência < 100 Kilowatt (kW);
- Mini: entre 100 e 1000 kW; e
- Pequena: entre 1 megawatt (mW)  e 30 (mW).

Representação de uma PCH completa operando a fio d´água

As PCHs operam a partir de um fio d'água, ou seja, onde o reservatório não permite a regularização do fluxo d´água. O que ocasiona, em épocas de estiagem, uma vazão disponível menor que a capacidade das turbinas e, em muitas vezes, pode ocorrer a ociosidade da central hidrelétrica.

Por esse motivo, o custo por kW da energia elétrica produzida pelas PCHs é maior que o de uma Usina Hidrelétrica de Energia de grande porte (UHE). Neste modelo, o reservatório pode ser operado para diminuir a ociosidade ou desperdício de água.

Ivandel: É preciso que as pessoas acreditem no potencial das PCHs em relação à sutentabilidade, crescimento e geração de renda

Para Ivandel Hambus, diretor do Portal PCH, “o que determina a instalação de uma pequena central hidrelétrica é um levantamento do potencial hídrico do rio, um projeto básico sobre a capacidade de geração, além do cálculo do custo do empreendimento. Somente de posse desse número é que saberemos se é viável ou não a instalação de uma PCH” .  

“Atualmente existe um cálculo que para cada 1 mW gerado em um PCH o custo é de R$ 4 milhões. Por isso, esse tipo de empreendimento demanda estudos prévios para verificar a sua viabilidade”, afirma Ivandel.

Investimento em PCHs

Ivandel destaca ainda que “dentre os diversos fatores, é importante mencionar que o retorno do investimento é em curto prazo, em função da tendência de aumento no custo de energia elétrica. Hoje a PCH é uma energia limpa e viável que promove uma geração distribuída. E proporciona um desenvolvimento econômico e sustentável”.

O Brasil produz atualmente cerca de 114.051.711 kW e importa dos países vizinhos 7.000.000 kW.  Em função dessa demanda, a previsão é que até o ano de 2050 teremos uma necessidade de geração de energia na ordem dos 400.000.000 kW. E isto ocorrerá automaticamente a partir da entrada de outros produtos que necessitarão de energia elétrica. “Desta forma, para ter uma indústria competitiva no mercado, o Brasil precisa ter uma visão voltada à geração e consumo de energia elétrica de sua planta”, enfatiza Ivandel.

Capacidade instalada

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, a capacidade instalada das PCHs no país é de cerca de 3.270.874 kW de potência outorgada e potência fiscalizada pela Aneel de 3.222.497 kW, com 375 usinas em operação, representando 2,90% de toda a energia gerada no país. Existe espaço para mais 2.200 unidades apenas para suprir a demanda interna.

É importante destacar que o custo da energia elétrica produzida por uma PCH é maior que o de uma Usina Hidrelétrica de Energia (UHE). Pois nessa modalidade de usina, o reservatório é operado de forma a otimizar a ociosidade ou desperdício de água. Porém, as PCHs são dispositivos que resultam em um menor impacto ambiental e geram energia de forma descentralizada e limpa.

As PCHs são utilizadas em rios de pequeno e médio portes que tenham desníveis significativos durante seu percurso, com capacidade de gerar potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas.

Empresas

As resoluções elaboradas pela Aneel permitem que a energia gerada nas PCHs entre no sistema de eletrificação, sem que o empreendedor pague as taxas pelo uso da rede de transmissão e distribuição. O benefício vale para quem entrou em operação até 2003. As PCHs são dispensadas ainda de remunerar municípios e estados pelo uso dos recursos hídricos.

Ivandel finaliza com o seguinte: “grandes empresas como Seara, Sadia, Gerdau e Vale investem, atualmente, nesse tipo de usina a fim de baratear seus custos de produção. Sendo que o gasto com energia elétrica representa pelo menos 40% de qualquer produto no país. E esse é um gasto que pode e precisa ser barateado. Uma solução está na construção da PCH”.

Entrevistado
Ivandel Hambus
Currículo
- Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
- Pós-graduado em Finanças e Custos pelo Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG).
- Atua no mercado de PCHs há 18 anos.
Contato: ivandel@portalpch.com.br

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content

EcoTech 2010

São Paulo recebe em dezembro o maior evento de Arquitetura e Construção Sustentável

São Paulo irá sediar nos dias 2 e 3 de dezembro o maior evento do país nas áreas de Arquitetura e Construção Sustentável. O EcoTech chega à sua quinta edição repetindo o sucesso e dando continuidade ao grau de excelência dos debates, troca de experiências e geração de conhecimento alcançados nos anos anteriores. O evento, organizado pela Academia de Engenharia e Arquitetura (AEA) e pela Arqpress, será realizado no NOVOTEL Jaraguá SP Conventions, região central da capital paulista.

O EcoTech 2010, que tem como tema principal “Desafios e Tendências para uma Arquitetura Sustentável: Materiais e Energia”, vai colocar em pauta questões diretamente ligadas à Sustentabilidade, analisada sob o ponto de vista da melhoria da eficiência energética das edificações e na definição de critérios que estejam focados na especificação de materiais utilizados na construção que atinjam um novo patamar de qualidade.

“A busca pela Sustentabilidade no setor da Construção Civil supõe o trabalho coletivo, inter e multidisciplinar. Dessa forma, o EcoTech 2010 tem como grande objetivo ampliar e avançar o debate pela busca de melhores respostas e modelos utilizados no segmento junto a importantes e renomados profissionais que atuam no segmento, do Brasil e do exterior, como já aconteceu nas edições anteriores”, afirma Cristiano Moura, Sócio-Diretor da AEA.

O Fórum EcoTech já alcançou uma dimensão globalizada e, para a edição deste ano, estão confirmadas as presenças de grandes expoentes da arquitetura internacional, como Blaine Brownell (da empresa Transmaterial, dos Estados Unidos), Bill Dunster (da Bedzed, Inglaterra) e Marc Hole (da EM2N, Suíça), além de importantes nomes do cenário brasileiro, como Newton Massafumi (Gesto Arquitetura), Marcelo Morettin (Andrade Morettin), José Armênio de Brito Cruz (Piratininga), Cláudio Conz (Anamaco), Ricardo Baitelo (Greenpeace), Gilson Paranhos (IAB), Sílvio Melhado (Poli-USP) e Cecília Mueller (Escritório Arq Eficiente).

O debate terá a participação de vários participantes especialmente convidados para a ocasião, entre os quais arquitetos, acadêmicos, engenheiros, líderes do Terceiro Setor e representantes do Poder Público. A plateia, por sua vez, contará com a presença de um seleto público formador de opinião, composto por profissionais ligados, de forma direta ou indireta, aos segmentos de Arquitetura e Construção Sustentável, de organizações públicas, privadas e do Terceiro Setor, incluindo arquitetos, engenheiros, projetistas, construtores, incorporadores, agentes do mercado imobiliário, consultores, professores, pesquisadores e estudantes.

Para Fernando Mungioli, Diretor da Arqpress, editora responsável pela Finestra, revista que há 15 anos dedica-se às questões da tecnologia aplicada à arquitetura e ecoeficiência, suscita o debate de um tema que, além de atual, envolve importantes aspectos inerentes à boa arquitetura. “Sustentabilidade não é um assunto para o futuro. Trata-se de um tema que já se faz presente, pois bons projetos de arquitetura têm que apresentar, obrigatoriamente, um viés sustentável, visando o melhor aproveitamento possível dos recursos naturais”, aponta.

Estruturação
A programação do EcoTech 2010 foi elaborada e está sob a responsabilidade da arquiteta Daniela Corcuera, Diretora Técnica do evento, profissional do setor e acadêmica com grau de Mestre em Arquitetura Sustentável.

“A crescente demanda por conhecimento a respeito da Sustentabilidade nas áreas de Arquitetura e Construção é o catalisador deste Fórum. A questão da eficiência energética é um tema obrigatório, pois cerca de 75% do custo das edificações está diretamente relacionado à sua operação. No entanto, cada vez mais os aspectos referentes aos materiais utilizados ganham importância, não apenas pelo fator econômico. A Análise do Ciclo de Vida (ACV), vista desde a extração e fabricação até o descarte e reciclagem, torna o estudo dos materiais um elemento vital na busca de novas alternativas sustentáveis em Arquitetura e Construção”, garante.

O EcoTech 2010 está estruturado em três sessões de debate, que irão acontecer na manhã e na tarde do dia 2 e no período da tarde do dia 3 de dezembro. Os temas abordados serão, respectivamente, “Energia”, “Materiais” e “Projeto Integrado”.

Na manhã do dia 3, acontecem, simultaneamente, dois workshops: “Energia” e “Materiais”. Eles foram agregados ao EcoTech 2010 como forma de tornar ainda mais ativa a participação dos grandes nomes internacionais, oferecendo uma oportunidade para que transmitam ao público mais informações e com maior profundidade dentro de suas respectivas especialidades.

Além disso, nos dias 1° e 4 de dezembro, acontece o chamado “Arquitetura in Loco – Green Buildings em São Paulo”, com visitas programadas a algumas edificações da capital paulista que já empregam conceitos de Sustentabilidade em seus projetos, tais como o Novo Pavilhão Hospital Israelita Albert Eintein (Pavilhão Vick e Joseph Safra), Rochaverá Corporate Towers, Eldorado Tower, Edifício Harmonia e a Megaunidade Santana do Laboratório Delboni Auriemo.

Inscrições
Os profissionais e empresas interessados em se inscrever no EcoTech 2010 poderão fazê-lo diretamente no site oficial do evento (www.forumecotech.com.br). Na página eletrônica, é possível escolher o tipo de inscrição desejada e preencher uma ficha de pré-inscrição. A efetivação da inscrição será efetuada pela equipe da Academia de Engenharia e Arquitetura (AEA).

É importante ressaltar que as inscrições para os workshops não poderão ser adquiridas de forma desvinculada do restante do evento. Dessa forma, os profissionais inscritos no EcoTech 2010 que quiserem aproveitar estas oportunidades para aprofundar seus conhecimentos poderão fazê-lo ao complementar o valor da inscrição. Por outro lado, os interessados em participar do “Arquitetura in Loco – Green Buildings em São Paulo” poderão fazer sua inscrição, independentemente de sua participação nos fóruns e/ou nos workshops.

Histórico do EcoTech
Nas edições anteriores, o EcoTech contou com a colaboração de importantes palestrantes internacionais, como o arquiteto espanhol Luis de Garrido (Anavif) e os norte-americanos Rives Taylor (Gensler), Chad L. Oppenheim (Oppenheim) e Russel Gilchrist (SOM), além dos arquitetos brasileiros Siegbert Zanettini, Roberto Loeb e Marcelo Romero, entre outros.

Em 2009, o EcoTech aconteceu de maneira não centralizada, com eventos realizados em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Para 2010, os esforços estarão concentrados em etapa única, o que transformará a edição deste ano em um núcleo de debates sobre Arquitetura e Construção Sustentável sem precedentes na história da arquitetura brasileira.

Serviço

5° Fórum Internacional EcoTech – Arquitetura e Construção Sustentável

Data: 2 e 3 de dezembro de 2010
Local: Novotel Jaraguá São Paulo Conventions - Rua Martins Fontes, nº 71 - Centro, São Paulo/SP
Reservas de estadia: (11) 2802-7009/7042/7040

Programação:  

FÓRUM: Manhã 02/12/10 - MATERIAIS
FÓRUM: Tarde 02/12/10 - ENERGIA
WORKSHOPS SIMULTÂNEOS Manhã 03/12/10
FÓRUM : Tarde 03/12/10 - PROJETO INTEGRADO
 
Inscrições:  www.forumecotech.com.br  - Tel. (11) 2626.0101

Informações para a Imprensa: TextoAll Comunicação  www.textoall.com.br  
Laura de Oliveira - Cel. (11) 7697-1118 - email: laura@textoall.com.br
Carla Mourão - Cel. (11) 9188.3333 - email: carla@textoall.com.br


Os desafios e as perspectivas para o setor da construção (Podcast)

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc), Wagner Lopes, discute inovações em termos de materiais e sistemas construtivos, as demandas do segmento da construção civil, Concrete Show 2010 e o futuro das obras no Brasil. Confira.

Por: Michel Mello
Wagner Lopes

Currículo: Wagner Lopes
- Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc) desde 2001.
- Engenheiro formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
- Atua no setor de concreto dosado em central, há mais de 25 anos.

Clique no player abaixo e ouça agora um resumo da entrevista. Para ouvir a entrevista na íntegra clique aqui.


As melhores práticas em placas de concreto

As aplicações e benefícios de placas de concreto no pavimento e o uso do concreto compactado a rolo (CCR)

Por: Michel Mello
Concreto compactado a rolo (CCR) com a adição de cimento e brita para homogeneizar a mistura

Sobre placas de concreto usadas em revestimentos de pavimentos rígidos, o Massa Cinzenta entrevistou o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor técnico da Amodal Serviços de Engenharia Ltda., o engenheiro civil, Mário Henrique Furtado Andrade, que comenta as principais vantagens desse sistema. Que vão desde os aspectos ambientais das obras em pavimentos de concreto, concreto compactado a rolo (CCR), ou concreto seco, até as políticas de redução, reuso e reciclagem dos materiais (3R´s). Usa-se nesse sistema menos material entre agregados e insumos, consome-se menos energia, além de outros aspectos.

>> Quais seriam as aplicações e os benefícios do uso de placas de concreto?
Mário Henrique Furtado Andrade: As placas de concreto são indicadas em locais onde existe um tráfego muito intenso ou pesado, por exemplo, com caminhões passando várias vezes ao dia. Ou então locais que tenham solos com depósitos aluvionares que apresentam baixa resistência a percolação. As suas aplicações urbanas podem ser em vias expressas canalizadas para ônibus ou outros locais com tráfego intenso como interseções, pontos de paradas, rotatórias onde exista o tráfego lento que é prejudicial ao pavimento asfáltico que é flexível e sofre deformações. As vantagens são as seguintes:
- menor custo de manutenção;
- menor custo de operação;
- menor custo repassado ao usuário;
- vida útil mais longa;
- maior ciclo de vida que representa um custo global ou custo total mais barato.

>> Em se tratando de pavimento urbano, que vantagem há em utilizar placas de concreto?
MHFA: A utilização de placas de concreto possibilita uma redução em termos de custos globais. Um exemplo é a iluminação pública que pode representar uma redução de até 30% nesse tipo de gastos. O piso de concreto é mais claro. Ele produz um contraste noturno, pois a cor do concreto é mais clara e isso representa maior segurança, pois aumenta a visibilidade dos motoristas. Ele também não deforma e as condições da pista se mantêm por até 20 anos sem a necessidade de intervenções. Existe nesse caso das placas de concreto uma maior aderência pneu/pavimento o que resulta em uma melhor frenagem, onde não há acúmulo de água em sua declividade transversal e longitudinal.

Mario Henrique Furtado Andrade

>> O que são as camadas recicladas com cimento e cal? E onde utilizá-las?
MHFA: O reaproveitamento pode ser feito de duas maneiras: As camadas recicladas com cimento são aquelas que podem ser usadas na recuperação de pavimentos degradados ou na recuperação de revestimentos antigos de bases cimentadas. Esse sistema é mais econômico que as recapagens asfálticas convencionais e apresenta maior durabilidade. Nesse sistema, é adicionado ao cimento, pedra brita para realizar a homogeneização da mistura com a parte do pavimento existente. Reaproveitadas após a trituração em uma máquina fresadora e misturadas a um novo revestimento. Quando utilizamos a cal é para homogeneizar o solo da fundação local para a melhoria do terreno. Em terrenos considerados ruins, com alta percolação, onde o objetivo é aumentar a resistência e durabilidade da base, ou para obter um pavimento mais delgado. Essa técnica pode evitar a remoção e a substituição dos pavimentos sem agredir o solo com remoção de terra.

>> Comente sobre as novidades do setor de pavimentos em se tratando de sistemas e materiais construtivos?
MHFA: Nos últimos anos, houve um grande incremento em termos de materiais. O maior destaque está no aumento das usinas de concreto dosadoras e misturadoras de alta produção no país. Em termos de sistemas de concreto compactado a rolo (CCR), podemos destacar a vidro acabadora de alto desempenho. A reciclagem é um termo muito em voga atualmente e extremamente necessária em se tratando de obras. Essa técnica tem tido bastante repercussão e hoje já é uma preferência quando se trata da recuperação de bases, tanto em termos de quantidade e qualidade de materiais.

Entrevistado
Mario Henrique Furtado Andrade
Currículo  
- Engenheiro Civil pela Universisade Federal do Paraná (UFPR).
- Mestre em Engenharia de Transportes – Universidade de São Paulo(USP).
- Doutorando Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
- Engenheiro Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).
- Consultor autônomo SET/ Roy Jorgensen.
- Representante Regional da Associação Brasileira de Pavimentação (ABPV).
- Professor da Universidade Federal do Paraná.
- Diretor Técnico Amodal Serviços de Engenharia Ltda.
- Diretor Técnico Afirma Consultoria e Projetos Ltda.
- Consultor da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Contato: mariohenrique@ufpr.br; mario.henrique@afirma.eng.br

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content