Arranha-céu na Arábia Saudita promete ser o maior do mundo

Construção terá unidades residenciais, hoteleiras e recreativas.
Crédito: New Murabba

O governo da Arábia Saudita anunciou recentemente a construção de um arranha-céu em forma de cubo, que ganhou o nome de Mukaab. O edifício será construído no distrito de New Murabba, localizado a oeste da capital Riad.

Com 400 metros de altura, bem como comprimento e largura, o projeto tem como objetivo ser a maior estrutura já construída pelo homem. A construção ficará em uma área de 19 km2 e oferecerá mais de 25 milhões de metros quadrados de área útil. De acordo com os criadores do Mukaab, New Murabba Development Company, sua infraestrutura seria o equivalente a 20 vezes o edifício Empire State, de Nova York

Tal como o a cidade linear The Line, o Mukaab faz parte da Visão 2030, que visa abrir o país para o resto do mundo. O custo do projeto não foi divulgado, mas é financiado pelo Fundo de Investimento Público, o fundo soberano da Arábia Saudita, com o objetivo de gerar uma receita projetada de 180 bilhões de reais (US$ 48 bilhões) e diversos empregos. A previsão é que o arranha-céu seja finalizado até 2030.

Interior do Mukaab

Na parte interna do Mukaab, haverá uma torre interna em espiral envolta por uma cúpula. Este ambiente usará imagens projetadas para oferecer uma experiência imersiva 360º aos seus visitantes.

O local abrigará unidades residenciais, hoteleiras e recreativas. Ao todo, estima-se que serão 104 mil residências, além de 980 mil metros quadrados de espaços comerciais e 1,4 milhão de metros quadrados de escritórios. Além disso, contará com atrações culturais, turísticas e comerciais.

Na parte interna do Mukaab, haverá uma torre interna em espiral envolta por uma cúpula.
Crédito: New Murabba

Exterior

Com uma fachada composta por formas triangulares sobrepostas, o design da parte exterior do edifício foi inspirado na arquitetura Najdi moderna – um estilo nativo da Arábia Saudita.

Novo distrito de Murabba

Além da construção do arranha-céu, a área ao redor, o novo distrito de Murabba, também contará com áreas verdes e caminhos para caminhada e ciclismo, a fim de criar alternativas de transporte sustentável para as comunidades locais. O bairro terá seu próprio sistema de transporte interno e é projetado para oferecer instalações residenciais, de trabalho e de entretenimento dentro de um raio de 15 minutos a pé. 

Ainda, a região ganhará um novo museu, uma universidade de tecnologia e design e um teatro imersivo.

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP


Estudo traça panorama da construção civil em 2023 e aponta tendências

Estudo mostra que pedreiros ganham mais em Santa Catarina.
Crédito: Envato

Santa Catarina é o Estado do Brasil onde os pedreiros ganham mais, com média de R$ 2.199,15 por mês, enquanto o Rio Grande do Norte registra o menor valor, com média de R$ 1.608,52. Esses são alguns dos dados divulgados na primeira edição do Estudo Obramax, que apresenta um panorama da atual conjuntura dos profissionais da construção civil e aponta tendências para o setor. 

Divulgado em março, o levantamento contou com entrevistas de funcionários de todas as áreas da cadeira de produção e também de empresas especializadas, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

A pesquisa completa reúne, além das diferenças salariais por região, informações sobre desafios da profissão, tecnologia, reconhecimento no trabalho, modelos de contratação e entrada das mulheres na construção, entre outros tópicos - e também compartilha o índice previsto de crescimento e os custos do setor.

Carteira assinada e profissionalização

De acordo com dados do IBGE, a construção civil registrava 7,5 milhões de trabalhadores em 2021, época da última divulgação, sendo que 3,2 milhões correspondiam a funcionários com carteira assinada e R$ 3,8 milhões eram de informais, além de cerca de 319 mil empregadores.  

A incidência de informalidade é maior nas regiões Norte e Nordeste, com aproximadamente 80% do total, e Sul e Sudeste aparecem com os menores índices, com o Rio Grande do Sul chegando a 48,6%. 

Por outro lado, a CBIC afirma que 90% das construtoras enfrentam dificuldades para a contratação de profissionais qualificados, principalmente em relação a pedreiros (segundo 82% das empresas), carpinteiros (79%), mestres de obras (75%) e encarregados de obra (70%). 

Neste contexto, a realização de cursos profissionalizantes se torna um grande diferencial para que os interessados possam chegar mais bem preparados ao mercado.

Mudanças econômicas na última década

De acordo com o Estudo Obramax, a construção civil brasileira passou por mudanças drásticas nos últimos 10 anos, fazendo com que a participação do setor no PIB (Produto Interno Bruto) caísse de 6,5% para 3,3%. “A questão fiscal somada à queda do investimento público refletiu nesta queda de participação do setor na economia”, explica Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos de Construção da FGV Ibre.

O faturamento das construtoras bateu recorde em 2013, com R$ 179,6 bilhões, baixando para R$ 49,6 bilhões em 2017. No último ano antes da pandemia, o setor chegou a R$ 58,9 bilhões, mostrando recuperação, e, em 2021, ano com dados mais recentes, o volume aumentou e contabilizou R$ 68,3 bilhões

Previsão de crescimento de 4,5% em 2023

De acordo com a consultoria Prospecta Analytica, a previsão é de que haja um crescimento de 4,5% da construção civil em 2023. Os motivos para essa projeção são a recuperação econômica do Brasil, a desaceleração dos custos dos materiais e o ânimo do mercado após a pandemia. 

O índice também leva em conta o investimento de R$ 10 bilhões anunciado em janeiro para o programa Minha Casa, Minha Vida, pelo Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. Mas os resultados práticos desse aporte financeiro só começarão a ser vistos no segundo semestre, segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC. “Para fazer com que o país cresça realmente, para que tenha desenvolvimento social e desenvolvimento humano, é necessário investimento para gerar resultado futuro para as pessoas."

Fontes

Estudo Obramax
CBIC
FGV Ibre
IBGE

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Fabiana Seragusa 
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Decretos trazem novas regras para o Saneamento

Decretos flexibilizaram a transição para o Novo Marco Legal do Saneamento.
Crédito: Envato

Em abril, o governo federal publicou os Decretos 11.466 e 11.467 (DOU de 5/4/2023), que regulamentam os dispositivos das leis de Saneamento, em especial o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020). Segundo o governo, o objetivo da nova regulamentação é garantir as condições necessárias para a universalização dos serviços até 2033. Espera-se que as mudanças realizadas tragam investimentos de R$ 120 bilhões até 2033, de acordo com o governo

Os decretos regem a Lei 11.445/2007, modificada pela Lei 14.026/2020, que define as diretrizes para o saneamento no país. De acordo com o governo federal, a norma estabelece que os serviços devem garantir abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

“Os decretos flexibilizaram bastante a transição para o Novo Marco Legal do Saneamento, dando mais fôlego para estatais e municípios se adequarem, porém, reduzindo a velocidade que vinha vindo de interesse, de segurança e de oportunidades para o setor privado”, afirma Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Coinfra/CBIC).

Fim do limite para Parcerias Público-Privadas (PPP)

Uma das medidas alteradas foi o fim do limite de 25% para a realização de Parcerias Público-Privadas (PPP) pelos estados. “Com isso, busca-se ampliar a participação da iniciativa privada e atrair novos investimentos para o setor”, informou o governo.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) vê com bons olhos esta mudança. E o Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) lembra ainda que priorizaram o critério de menor tarifa nas concessões, em detrimento do critério de maior outorga. “Com isso, evitaram que as concessões possibilitem às administrações públicas fazerem caixa para aplicação em custeio ou em outras áreas”, aponta o órgão.

Flexibilização da transição para o Novo Marco Legal do Saneamento

Na opinião do Sinduscon-SP, a flexibilização da transição para o Novo Marco Legal do Saneamento ajuda as estatais e municípios a se organizarem. “Só que, ao mesmo tempo, isto causa um adiamento das oportunidades para o setor privado entrar neste mercado”, pondera. 

Os decretos ampliaram de dezembro de 2023 para dezembro de 2025 o prazo para a regularização dos contratos vigentes. Segundo o Sinduscon-SP, muitos deles estão irregulares. “Estas mudanças possibilitarão a prestação direta, sem licitação, de empresas estatais nas estruturas de regionalização, artifício recém-utilizado pela Cagepa – Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, com questionamento em ação que corre no STF”, destaca o órgão.

De acordo com o Governo Federal, as alterações possibilitarão que 1.113 municípios voltem a acessar recursos de saneamento básico do Governo Federal para que cumpram a meta de universalização, dando nova oportunidade para que empresas estaduais possam comprovar sua capacidade econômico-financeira de realizar os investimentos. Pelas regras atuais, esses 1.113 municípios, que reúnem 29,8 milhões de brasileiros, tiveram seus contratos com os prestadores estaduais declarados irregulares e, portanto, não poderiam contar com verbas federais para buscar a universalização.

A respeito do assunto, a CBIC levanta algumas indagações: "Seria possível um Decreto permitir a regularização de um instrumento que a Lei reconheceu como irregular? E na prática, como poderia um contrato classificado como vínculo precário em sua formulação ser regularizado?"

Segundo o Governo Federal, tudo isso deve seguir uma rigorosa fiscalização. “As agências reguladoras vão acompanhar o cumprimento das metas com transparência. Os que não cumprirem as metas serão impedidos de receber recursos públicos”, informou o órgão.

Fontes

Carlos Eduardo Lima Jorge é presidente da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Coinfra/CBIC)

Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP)

Governo Federal

Contatos:

Assessoria de imprensa CBIC – ascom@cbic.org.br 
Assessoria de imprensa Sinduscon – SP - dbarbara@sindusconsp.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
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Projeto do novo Complexo do Pacaembu ganha prêmio internacional de arquitetura

Fachada do novo Complexo do Pacaembu, que acaba de ganhar um prêmio internacional.
Crédito: Divulgação

O projeto de reforma do Complexo do Pacaembu foi o vencedor da categoria Novo e Antigo do prêmio AR Future Projects, promovido pela revista britânica “The Architectural Review”. O anúncio foi realizado em 14 de março, e a premiação oficial está marcada para junho, em Londres, na Inglaterra.

A prestigiada revista também destacou o projeto brasileiro, assinado pelos escritórios Raddar e Progen, como sendo um dos dois competidores mais “altamente recomendados” pelos jurados da premiação, que incluíam urbanistas, empresários e arquitetos. Alguns dos outros vencedores foram o Anthony Timberlands Center (Vencedor Geral), em Arkansas, EUA; o Kaya Medical Campus (Cívico e Comunitário), em Kaya, Burkina Faso; a Trondheim Central Station (Infraestrutura), em Trondheim, Noruega; e o Cais (Hotelaria e Lazer), em Florianópolis, outro destaque brasileiro.  

Projeto do novo Pacaembu

O Complexo do Pacaembu é administrado pela concessionária Allegra Pacaembu, que, em janeiro de 2020, assumiu a gestão do local por 35 anos, com o objetivo de “entregar de volta à cidade um equipamento totalmente restaurado e modernizado, respeitando a sua história e amplificando seu significado”. A previsão de investimento é de mais de R$ 400 milhões.

As arquibancadas serão refeitas, e o gramado, reconstituído.
Crédito: Divulgação

Iniciadas em junho de 2021, as obras preveem a construção de um edifício de nove andares, com quatro deles subterrâneos. Todo o processo de reforma, modernização e restauro terá como norte o conjunto arquitetônico original, seguindo as aprovações dos Conselhos Estadual e Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e das Secretarias Municipais competentes.

Com finalização das obras prevista para janeiro de 2024, o espaço contará com um edifício multifuncional integrado ao clube poliesportivo, um complexo para eventos, hotel, estacionamentos, galeria de arte e um centro de medicina esportiva. O local onde abriga, atualmente, o antigo estacionamento será transformado em uma praça interna de convivência, com ampla oferta de alimentação e serviços.

Segundo a ARE Arquitetura, responsável pelo projeto arquitetônico, o local contará com climatização completa, aquecimento da piscina, carregadores para veículos elétricos e sistema de monitoramento inteligente, com alarmes remotos. Além disso, as arquibancadas serão inteiramente refeitas, e o gramado, reconstituído.

A previsão é de que o Complexo receba cerca de 7 mil pessoas por dia.
Crédito: Divulgação

A ideia dos responsáveis é que o novo Pacaembu receba diariamente mais de 7 mil pessoas, com acesso gratuito, além, claro, do público que irá prestigiar os jogos e os eventos especiais. Com isso, o número deverá chegar a 3 milhões de visitantes por ano. 

Inaugurado em abril de 1940, o estádio do Pacaembu surgiu com a promessa de se tornar o mais moderno da América Latina, oferecendo ao público esporte, cultura e lazer, além de valorizar a região central de São Paulo.

Fontes
Allegra Pacaembu
ARE Arquitetura

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Representantes da construção enviam ao governo sugestões para o Minha Casa, Minha Vida

Presidente da CBIC e presidente-executivo da Secovi-SP participaram de encontro com o deputado Marangoni.
Crédito: Reprodução/CBIC

Representantes do setor da construção foram até Brasília, em 26 de abril, para um encontro com o deputado federal Fernando Marangoni (União-SP), relator da medida provisória do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o evento contou com a presença de outras importantes entidades, como a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o Secovi-SP e o Fórum Norte e Nordeste

A intenção foi destacar pontos que, segundo os especialistas, precisam ser aprimorados nesta nova edição do programa, para reduzir a insegurança jurídica e estimular mais empresas a participarem do processo. Lembrando que o Minha Casa, Minha Vida, voltado a famílias de baixa renda, foi retomado oficialmente no dia 14 de fevereiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ter sido substituído em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro, passando a se chamar Casa Verde e Amarela.

"O programa habitacional é essencial para reduzirmos o déficit de moradias e levar bem-estar a milhares de famílias", afirmou o presidente da CBIC, José Carlos Martins. "É preciso mitigar eventuais riscos e promover medidas que incentivem as empresas brasileiras a operarem no programa. Por isso, estamos em encontros constantes com o relator da matéria, para levar nossa experiência, subsídios e informações técnicas que podem contribuir com a construção do melhor texto para o país."

Segundo Martins, alguns dos temas discutidos durante a conversa foram vícios construtivos, custas cartoriais, desvio de destinação do FGTS e Regime Especial de Tributação (RET). "Estamos com diversos pontos de atenção na matéria em tramitação e já levando nossa experiência para melhorar a atratividade do programa."

Fernando Marangoni, que foi escolhido como relator da MP do Minha Casa, Minha Vida em 13 de abril, disse, na ocasião, que a intenção era fazer um trabalho técnico e transparente. "Vamos promover audiências públicas e ouvir as principais autoridades do segmento habitacional para apresentar um texto que atenda às necessidades de moradia da nossa população. Vamos aprimorar a legislação e garantir mais dignidade a todos."

Durante o encontro organizado pela CBIC, o deputado disse já ter recebido mais de 290 pedidos de emenda e que reuniu outros 229 projetos de lei com temas relacionados, que tramitam no Congresso Nacional. De acordo com ele, após as análises, haverá a elaboração de um projeto substitutivo para a criação de um programa sólido. "A proposta é dar resultado. É ver um programa de habitação bem construído, que entregue moradia para as famílias e que fortaleça a construção, o setor responsável pelas cidades e a força motriz do desenvolvimento econômico e social do país."

José Carlos Martins, presidente da CBIC, durante comissão mista no Congresso Nacional.
Crédito: Reprodução/TV Senado

CBIC na comissão mista do Congresso

No dia 27 de março, o presidente da CBIC também participou de uma audiência pública na comissão mista do Congresso Nacional, que analisa a Medida Provisória. José Carlos Martins voltou a defender mudanças no modelo do programa, com destaque para o chamado Sub 50, destinado a cidades de até 50 mil habitantes, correspondente a mais de 87% dos municípios. 

Segundo Martins, é necessário um modelo que garanta o acompanhamento com responsabilidade, e que, ao final, o empreendimento seja entregue com toda a documentação, já que o projeto antigo causou paralisação de obras e queda na qualidade dos imóveis.

“O morador da cidade de até 50 mil habitantes não pode ser tratado como se fosse de categoria menor, ele tem o mesmo direito de quem está na cidade grande. A moradia tem de ser digna”, afirmou. "É impossível fazer a casa com R$ 35 mil", concluiu, citando que o modelo anterior, com valores baixos e que contou com a adesão de entidades de crédito habitacional privadas, dava indícios de fracasso.

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
TV Senado

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Edifício residencial em Joinville usa construção hiperestática

A interconexão em construções hiperestáticas é um aspecto crucial no projeto e construção de estruturas complexas.
Crédito: Perville Engenharia

Nos Estados Unidos, as técnicas de construção pré-fabricada e pré-moldada são amplamente utilizadas, não apenas como soluções práticas para muitos desafios de construção, mas também como soluções estéticas. No Brasil, essas técnicas são bastante empregadas em pontes, viadutos, dormentes de trem, na indústria e em edifícios-garagem. Recentemente, a Perville Engenharia e Empreendimentos utilizou a estrutura pré-fabricada hiperestática na construção de um edifício residencial em Joinville (SC). Essa técnica consiste em utilizar elementos de concreto que são montados e consolidados no local e são altamente resistentes a cargas e esforços, garantindo uma maior segurança

Estrutura pré-fabricada hiperestática 

De acordo com o Marco Antonio Kruger, engenheiro civil da Perville Engenharia, e  Leticia Meurer, técnica em Química e responsável pela qualidade de fabricação da Perville, as estruturas hiperestáticas apresentam mais restrições nas ligações de suporte, o que exige uma análise mais detalhada do projeto e torna o processo construtivo menos comum.

Estruturas hiperestáticas apresentam uma estética diferenciada devido aos grandes vãos que permitem um layout otimizado.
Crédito: Perville Engenharia

“As estruturas hiperestáticas geralmente são utilizadas em obras que requerem maior capacidade de carga ou resistência a deslocamentos. Essas construções são compostas por peças estruturais que formam um conjunto complexo e rígido. Esta estrutura, por sua vez, se torna muito mais rígida do que as obras pré-fabricadas comuns. Além disso, ela se assemelha a uma estrutura moldada in loco, o que garante uma velocidade de execução muito mais rápida do que a convencional", explicam os profissionais da Perville

Com essa técnica, é possível evoluir a partir do modelo inicial e projetar diversas obras, incluindo edifícios comerciais, unidades escolares e edificações industriais, além de edifícios residenciais com vários pavimentos. "O fato da estrutura ser mais rígida permite que essas edificações tenham uma altura maior, o que possibilita a construção de uma quantidade maior de pavimentos", afirmam Leticia e Kruger.

Ainda, essas estruturas são altamente resistentes a abalos sísmicos e permitem reduzir o número de pilares necessários para sustentá-las. “Consequentemente, elas se mostram extremamente úteis em áreas urbanas densamente povoadas”, destacam os profissionais da Perville.

Estética diferenciada

A utilização de lajes alveolares pode cobrir vãos de até 20 m sem necessidade de escoramento durante a instalação.
Crédito: Perville Engenharia

Além das vantagens técnicas, as estruturas hiperestáticas apresentam uma estética diferenciada devido aos grandes vãos que permitem um layout otimizado. Além disso, elas não possuem consoles, o que melhora sua estética arquitetônica, segundo Leticia e Kruger.

Técnica italiana

O edifício construído em Joinville utilizou uma técnica adquirida pela Perville Engenharia e Empreendimentos, em 2016, na Itália. Leticia e Kruger apontam que o país é referência em inovação de sistemas construtivos pré-fabricados. “O país investe constantemente em pesquisas e inovações na área da construção civil e é conhecido por sua excelência de design em estruturas de concreto pré-fabricado”, justificam os profissionais da Perville.

Entrevistados

Leticia Meurer é técnica em Química e responsável pela qualidade de fabricação da Perville Engenharia
Marco Antonio Kruger é engenheiro civil da Perville Engenharia

Contato
perville@perville.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP


Prefeitura de Manaus utiliza pavimento de concreto em região portuária

Para evitar problemas com o trânsito, a obra foi realizada em três fases.
Crédito: Antônio Pereira/Semcom

A prefeitura de Manaus (AM) entregou em março a obra de implantação do pavimento rígido na região conhecida como porto Chibatão. O trecho que recebeu a pavimentação de concreto fica entre avenidas Presidente Kennedy e Rodrigo Otávio, no bairro Colônia Oliveira Machado.

Este complexo portuário amazonense é considerado um dos maiores portos privados da América Latina. Nesta região, há um intenso tráfego de caminhões com contêineres, que fazem a rota do porto Chibatão até as empresas do Distrito Industrial. De acordo com o prefeito da cidade, David Almeida, essa obra é uma reinvindicação antiga, de mais de três décadas. 

As obras foram iniciadas em julho de 2022 e concluídas em março de 2023. Para David, a mudança traz mais agilidade e fluidez ao trânsito. Além da inserção do pavimento de concreto, foi aumentado o raio da pista. Desta forma, as carretas poderão fazer o retorno e se dirigir ao Distrito Industrial.

Processo de implantação do pavimento rígido

Primeiramente, antes da troca de pavimentação, foi realizado um estudo a respeito dos problemas de afundamento na área. Por meio desta avaliação, foi possível verificar que o antigo pavimento, feito apenas com massa asfáltica e sem a concretagem, era frágil e flexível. Isto fazia com que ele não suportasse o peso das carretas que transitam diariamente nessa região. 

Para evitar problemas com o trânsito, a obra foi realizada em três fases. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), responsável pela execução dos serviços, um dos grandes desafios foi o período chuvoso, que comprometeu o andamento da obra.

Após o estudo, foi realizada a demolição do pavimento existente e serviços de terraplanagem. Esse passo permitiu a recuperação base e sub-base do solo. Posteriormente, foi aplicada uma camada de 20 cm de espessura de concreto compactado a rolo. Para estabilizar e regularizar a base, também houve a inserção de 20 cm de concreto armado. Esse processo possibilita a sustentação das cargas, sem deformidades na pista.

“Foram mais de 750 m3 de concreto, entre concreto armado e compactado a rolo, com camada dupla de aço nesse trecho, para que suporte o fluxo de carretas e carros pesados que trafegam por aqui. Sem dúvida, é uma obra importante”, destacou o secretário da Seminf, Renato Junior. 

Por fim, as equipes finalizaram os serviços de revitalização do entorno, com recuperação das calçadas, meio-fio e sarjetas. 

Essa não foi a primeira vez que a Prefeitura de Manaus implantou o pavimento rígido em um trecho com intenso movimento de veículos pesados. Em 2021, a técnica foi empregada nas vias do Distrito Industrial e na Bola da Suframa.

Fontes
Prefeitura de Manaus e Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf)

Contato
Assessoria de imprensa: semcommanaus@gmail.com

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP


Conheça os estádios da Copa de 2026

Em 2026, pela primeira vez na história, a organização da Copa do Mundo será dividida entre três países: Estados Unidos, Canadá e México. Em junho de 2022, as cidades-sede foram anunciadas pela FIFA. Na nova edição do torneio, todos os 16 estádios já estariam construídos - alguns deles precisarão de atualizações ou a adição de campos de grama para sediar jogos.

Conheça os estádios que devem fazer parte da próxima Copa e seus projetos:

  1. SoFi Stadium – Los Angeles, Estados Unidos

Assista ao vídeo aqui  

Considerado a casa dos times de futebol americano Los Angeles Rams e Los Angeles Chargers, este estádio foi inaugurado em setembro de 2020, e possui capacidade para até 70.240 espectadores (expansível para 100.240 em eventos especiais). Ele foi projetado para ser diferente de qualquer outro estádio em qualquer lugar, uma reflexão do estilo de vida descontraído do sul da Califórnia. Com um design moderno e elegante, conta com um teto translúcido de ETFE (etileno tetrafluoretileno), que além de ser resistente à intempéries, permite a entrada de luz natural e proporciona uma sensação de estar ao ar livre.

  1. Mercedes-Benz Stadium – Atlanta, Estados Unidos
No Mercedes-Benz Stadium, o design do telhado é inspirado na forma da asa de um falcão.
Crédito: Mercedes-Benz Stadium

Inaugurado em 2017, Mercedes-Benz Stadium é um estádio de futebol americano e futebol, com capacidade para cerca de 71.000 espectadores. Uma das características mais marcantes do estádio é o seu teto retrátil que se assemelha a uma lente de câmera. O design do telhado é inspirado na forma da asa de um falcão e é composto por almofadas de ETFE de três camadas, em balanço em oito "pétalas" retráteis de 1.600 toneladas cada. O projeto arquitetônico do Mercedes-Benz Stadium foi elogiado por sua inovação e sustentabilidade. O estádio possui uma série de recursos ecológicos, incluindo painéis solares, sistemas de coleta de água da chuva e um sistema de reciclagem de resíduos. Inclusive, ele recebeu a certificação LEED platinum do Green Building Council dos Estados Unidos.

  1. Estadio BBVA - Monterrey, México
Estádio BBVA tem vista para o Cerro de la Silla.
Crédito: Populous

 O design do Estádio BBVA é baseado em uma ideia de integração com a paisagem natural da região, bem como a utilização de tecnologia avançada para maximizar a experiência do público. Uma das características mais notáveis do estádio é o seu telhado inclinado e contínuo, que cobre todo o estádio e protege os espectadores do sol e da chuva. O telhado é suportado por um sistema de cabos de aço e estruturas metálicas que o mantém suspenso sobre o campo. O estádio também possui um sistema de iluminação LED de última geração, que permite a projeção de diferentes cores e efeitos para criar uma atmosfera única durante os jogos. O estádio utiliza uma série de tecnologias avançadas para reduzir seu impacto ambiental, como sistemas de captação de água da chuva, sistemas de tratamento de água e uma planta de energia solar que gera eletricidade para o estádio.

  1. Levi's Stadium - Santa Clara, Estados Unidos
Levi’s Stadium recebeu a Certificação LEED Ouro para Operações e Manutenção de um Edifício Existente.
Crédito: Levi’s Stadium

O Levi's Stadium é um dos estádios mais inovadores e tecnologicamente avançados da NFL hoje em dia. É o primeiro estádio novo da NFL a receber a certificação LEED® Gold. Inaugurado em 2014, tem capacidade para mais de 68.000 pessoas e oferece uma experiência de jogo inigualável. Além de oferecer tecnologia de ponta, como Wi-Fi de alta velocidade em toda a área do estádio e telões em alta definição, o Levi's Stadium também é pioneiro em sustentabilidade. A certificação LEED® Gold é concedida a edifícios que atendem aos rigorosos critérios de desempenho ambiental e sustentabilidade, e o Levi's Stadium conseguiu essa conquista graças à implementação de tecnologias sustentáveis ​​e à adoção de práticas ecológicas em todos os aspectos da construção e operação do estádio.

  1. MetLife Stadium - Nova Jérsei, Estados Unidos
MetLife Stadium foi nomeado o "Estádio Mais Verde" da NFL.
Crédito: MetLife Stadium

Composto por uma camada externa de persianas de alumínio e vidro e estabelecido em uma base de pedra calcária, a fachada do estádio serve como uma tela neutra que, com simples mudanças na iluminação interior, pode assumir as cores de qualquer um dos times da NFL. A cor clara do exterior também realça o impacto da sinalização que promove os patrocinadores principais do estádio. O MetLife Stadium foi nomeado o "Estádio Mais Verde" da NFL pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e tem sido consistentemente reconhecido pela Green Sports Alliance por sua liderança na promoção da sustentabilidade em instalações esportivas.

  1. Estádio Akron - Guadalajara, México
Com design inspirado em um vulcão, estádio é caracterizado por aberturas que permitem entrada de luz natural.
Crédito: Estádio Akron

 Projetado pelo escritório de arquitetura mexicano Legorreta + Legorreta, o estádio foi inaugurado em 2010. Seu design faz alusão à figura de um vulcão. Sua fachada apresenta uma combinação de formas geométricas e cores vibrantes, incluindo o vermelho, branco e azul, que são as cores do clube Chivas. A fachada também é caracterizada por grandes aberturas que permitem a entrada de luz natural no interior do estádio. No interior, o estádio foi projetado para proporcionar uma excelente experiência aos espectadores. Os assentos são amplos e confortáveis, e a inclinação da arquibancada garante que todos os espectadores tenham uma boa visibilidade do campo.

  1. AT&T Stadium – Arlington, Estados Unidos

Assista ao vídeo aqui  

Inaugurado em 2009, é a casa do time de futebol americano Dallas Cowboys. A arquitetura do estádio foi projetada pelo escritório de arquitetura HKS, Inc. O objetivo era criar uma estrutura icônica e inovadora que combinasse tecnologia avançada, conforto para os espectadores e respeito pela tradição do futebol americano. Um dos destaques é o teto retrátil formado por uma estrutura de aço e tecido, com uma superfície total de cerca de 80.000 metros quadrados. Quando fechado, o teto é suportado por oito colunas de aço, cada uma com 91 metros de altura.

  1. BMO Field - Toronto, Canadá
Estádio tem arquibancada única em forma de U.
Crédito: BMO Field

O BMO Field é um estádio localizado em Toronto, no Canadá, inaugurado em 2007 e utilizado principalmente para jogos de futebol. O estádio tem capacidade para 30.000 espectadores e é composto por uma arquibancada única em forma de U, que envolve o campo de jogo em três lados. A arquibancada tem quatro níveis de assentos, incluindo um nível de suítes de luxo e um nível de assentos premium. O telhado do estádio é composto por uma estrutura em treliça de aço, que se estende sobre toda a arquibancada, protegendo os espectadores da chuva e do sol. O design do telhado também inclui painéis de policarbonato translúcido, que permitem a entrada de luz natural no estádio.

  1. Lincoln Financial Field - Philadelphia, Estados Unidos
Estádio tem fachada de vidro que permite entrada de luz natural.
Crédito: Lincoln Financial Field

O Lincoln Financial Field é um estádio de futebol americano localizado em Philadelphia, Pensilvânia, nos Estados Unidos. Sua arquitetura é caracterizada por linhas modernas e curvas fluidas, que proporcionam uma sensação de movimento ao redor do estádio. Outra característica notável da arquitetura do Lincoln Financial Field é a grande fachada de vidro que permite a entrada de luz natural no interior do estádio. 

  1. NRG Stadium - Houston, Estados Unidos
NRG Stadium é um dos primeiros estádios no mundo a ter um sistema de iluminação LED totalmente integrado.
Crédito: NRG Park

A arquitetura do NRG Stadium foi projetada pelo escritório de arquitetura Populous e é caracterizada por suas linhas curvas e formas abertas. A fachada do estádio é revestida por uma malha de aço que cria um efeito visual interessante. O interior do estádio é dividido em dois níveis principais, cada um com uma grande quantidade de assentos confortáveis e espaçosos. Além disso, o NRG Stadium é um dos primeiros estádios no mundo a ter um sistema de iluminação LED totalmente integrado, que permite uma maior eficiência energética e uma iluminação mais uniforme.

  1. Gillette Stadium – Foxborough, Estados Unidos
Estádio investiu US$ 225 milhões em reformas.
Crédito: Gillette Stadium

O Gillette Stadium é um estádio multiuso e é a casa do New England Patriots, time de futebol americano da NFL, e do New England Revolution, time de futebol. O estádio tem um formato oval e uma fachada de tijolos vermelhos, que lembra a arquitetura colonial da região de Massachusetts. Uma das características mais marcantes da arquitetura do Gillette Stadium é o seu gramado natural, que é mantido em perfeitas condições mesmo nos meses mais frios do ano, graças a um sistema de aquecimento subterrâneo. Recentemente, ele passou por uma reforma, que incluiu a reformulação da praça Enel, um aprimoramento do seu icônico farol, um novo painel de vídeo de alta definição, a adição de espaços de hospitalidade e funções, novas e melhoradas áreas de concessão e outras amenidades para os fãs.

  1. Lumen Field – Seattle, Estados Unidos
Lumen Field apresenta uma cobertura retrátil, que pode ser fechada em caso de mau tempo.
Crédito: Lumen Field

Tal como o Gillette Stadium, ele é utilizado tanto para jogos de futebol americano como de futebol. A arquitetura do Lumen Field é marcada por suas linhas limpas e modernas. O estádio apresenta uma cobertura retrátil, que pode ser fechada em caso de mau tempo, e tem capacidade para acomodar mais de 68 mil espectadores em eventos esportivos. Além disso, o Lumen Field tem vários recursos sustentáveis, como uma parede verde e sistemas de coleta de água da chuva. Um dos elementos mais impressionantes do Lumen Field é sua "Muralha do Som", que é formada por um grupo de assentos localizados no extremo sul do estádio e que foram projetados para criar uma barreira de som que reverbera pelos demais setores do estádio.

  1. BC Place – Vancouver, Canadá
Fachada do estádio é marcada por iluminação inspirada na Aurora Boreal.
Crédito: BC Place

Inaugurado em 1983 e passou por uma grande reforma entre 2009 e 2011, que atualizou sua estrutura e tecnologia. O estádio tem formato de domo, com um teto retrátil feito de tecido de fibra de vidro e Teflon, suportado por uma estrutura de cabos de aço tensionados. O tecido permite a passagem de luz natural durante o dia e é resistente às condições climáticas extremas da região. A reforma realizada entre 2009 e 2011 incluiu melhorias na acessibilidade, segurança e sustentabilidade do estádio. Foram instalados novos sistemas de iluminação, ar-condicionado e áudio, além de um sistema de captação de água da chuva para uso na irrigação dos jardins e limpeza das áreas externas.

14. Hard Rock Stadium - Miami, Estados Unidos

Hard Rock Stadium ganhou nova cobertura ao ar livre.
Crédito: Hard Rock Stadium

Inaugurado em 1987 como Joe Robbie Stadium, ele passou por várias reformas ao longo dos anos, incluindo uma grande renovação concluída em 2016. A estrutura do estádio é composta por uma mistura de concreto, aço e vidro, e apresenta um design moderno e elegante. Em 2016, uma nova cobertura ao ar livre se tornou o elemento arquitetônico característico do estádio, proporcionando proteção contra o clima e sombra ao sol. Ainda, este elemento também capta e amplifica o ruído da multidão, aprimorando a experiência de jogo.

  1. Arrowhead Stadium - Kansas City, Estados Unidos
Estádio é composto por estrutura circular de concreto pré-fabricado.
Crédito: Populous

O estádio foi inaugurado em 1972 e passou por várias reformas ao longo dos anos, incluindo uma grande renovação concluída em 2010. A arquitetura do estádio é caracterizada por uma estrutura circular de concreto pré-fabricado, com uma cobertura de metal em forma de arco que se estende por todo o perímetro do estádio. Uma das características mais distintas do estádio é a sua grande placa de vídeo de alta definição, que é uma das maiores telas de exibição em qualquer estádio de esportes do mundo. Além disso, o Arrowhead Stadium é conhecido por seu alto nível de ruído, o que o torna um ambiente intimidante para os adversários.

  1. Estádio Azteca - Cidade do México, México
Design do estádio é marcado por uma estrutura em concreto armado e aço.
Crédito: Estadio Azteca

O Estádio Azteca é famoso por ter sediado duas finais de Copas do Mundo da FIFA, em 1970 e 1986. A arquitetura do Estádio Azteca foi projetada pelos arquitetos mexicanos Pedro Ramírez Vázquez e Rafael Mijares Alcérreca. O design é caracterizado por uma estrutura em concreto armado e aço, com uma forma elíptica que proporciona excelente visibilidade para todos os assentos. O estádio é composto por três níveis de arquibancadas, sendo que o primeiro nível é dividido em três anéis, enquanto os dois níveis superiores são mais estreitos. Há também áreas VIP, camarotes e espaços para imprensa. Um dos aspectos mais impressionantes da arquitetura do Estádio Azteca é o seu teto, que é sustentado por uma estrutura de aço e cobre grande parte das arquibancadas.

Fonte
FIFA

Contato
media@fifa.org

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP


Executivos discutem influência dos juros e da reforma tributária no mercado imobiliário

Rodada de Negócios fez projeções para o setor imobiliário.
Crédito: Envato

Executivos de alguns dos principais bancos brasileiros participaram da 1ª Rodada de Negócios Imobiliários de 2023, realizada em 3 de março pela Comissão da Indústria Imobiliária (CII), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O objetivo foi discutir questões atuais relacionadas aos juros e à reforma tributária - e sobre como esses assuntos podem impactar o mercado imobiliário.

Representantes do Bradesco, do Itaú Unibanco e do Santander estiveram presentes no encontro, que, segundo o presidente da CII, Celso Petrucci, foi uma grande oportunidade para tratar de propostas inovadoras para o ambiente de negócios. "A participação dos executivos dos bancos é importante e estratégica para a compreensão do cenário como um todo e para pensar caminhos viáveis para melhores créditos imobiliários, especialmente para pequenas e médias empresas", afirmou.

Durante o evento, o superintendente do Itaú Unibanco, Milton d'Ávila, disse que os últimos dois anos foram os melhores em relação à concessão de crédito imobiliário e que, "ainda que 2023 seja um cenário desafiador, ainda é possível que seja o terceiro maior ano da história".

Segundo ele, a expectativa é o aumento do número de canteiros de obras nos próximos dois anos, e, sobre o custo de mão de obra, garante que o pior já passou. "Os juros estão mais altos, mas a conta ainda fecha. Como as vendas estão ocorrendo, a gente deve passar com muito mais tranquilidade do que em 2014 e 2017", destaca o executivo. "As empresas se reinventaram e estão investindo em governança, com um alto nível de organização, profissionalismo e menor número de dívidas."

D'Ávila também destaca o subsídio de taxa para projetos sustentáveis oferecido pelo banco, em uma iniciativa chamada plano empresário verde. "Já são R$ 3 bilhões em financiamentos de projetos dessa modalidade", explica.

O diretor de Crédito Imobiliário do Bradesco, Romero Albuquerque, disse que a reforma tributária, as definições de agendas do governo e seus impactos sobre os índices fiscais serão determinantes para as futuras decisões advindas das negociações com os incorporadores. E afirmou que, mesmo que em 2022 os lançamentos imobiliários tenham caído em torno de 8% e as vendas em cerca de 3%, não há sobreoferta de imóveis. "Se a gente parasse hoje, o estoque acabaria em novembro, a nível nacional. É um mercado ainda saudável."

Durante a Rodada de Negócios, o executivo de Negócios do Santander, Sandro Gamba, aproveitou para falar sobre as modalidades de financiamento, explicando que, no caso de pessoas físicas, o banco privilegia aquelas que utilizem recurso do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). “Vimos que, em janeiro de 2023, a saída da poupança foi recorde, então entendemos que esse cenário pode continuar”, explicou. “A gente tem que discutir outras propostas e formatos para a garantia dos próximos financiamentos”, completou.

Ainda sobre o assunto, Celso Petrucci pontuou que, hoje, as maiores operações bancárias são as de crédito imobiliário, principalmente as de pessoa física. "É a carteira com maior garantia e com menor inadimplência. Uma das operações mais seguras."

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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Rios Pinheiros e Tietê passam por obras de revitalização; veja projetos

Rio Pinheiros passa por novas obras na ciclovia.
Crédito: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

O Governo do Estado de São Paulo tem como meta promover a recuperação ambiental de dois rios que se tornaram símbolos da capital paulista: o Pinheiros e o Tietê.

No fim de março deste ano, o programa chamado de Novo Rio Pinheiros, lançado em 2019, deu início a uma série de obras que visam reverter os processos erosivos, melhorar o escoamento do canal e levar mais segurança aos usuários dos parques do entorno, em um processo que deve durar cerca de 90 dias. Já na área de ciclovia, a interdição de um trecho de 2,3 km, realizada em 2013 por conta da construção da Linha 17 - Ouro do metrô, está sendo desfeita, para a recomposição da pista de ciclismo

As medidas fazem parte de um projeto ambicioso que pretende revitalizar o rio por meio de ações de saneamento, manutenção e educação socioambiental. Segundo dados divulgados, até o momento, mais de 650 mil imóveis já foram conectados ao sistema de tratamento de esgotos, e a expansão do serviço de saneamento, promovida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), deve beneficiar mais de 3 milhões de pessoas, evitando que todo o resíduo orgânico desses locais chegue até o canal. 

O programa também prevê o desassoreamento ao longo de seus 25 km de extensão, removendo toda a sujeira de dentro do rio. A ideia não é apenas melhorar a qualidade da água, mas, ainda, revitalizar toda a redondeza, fazendo com que o cidadão usufrua desse espaço, seja por meio da ciclovia ou das áreas verdes previstas.

Ações no Rio Tietê

Projeto IntegraTietê pretende revitalizar o rio. Crédito:
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Seguindo o modelo de sucesso do Novo Rio Pinheiros, o Governo de São Paulo lançou o programa IntegraTietê, em 31 de março. A iniciativa prevê várias medidas de curto, médio e longo prazo, a serem cumpridas até 2026, com investimentos de R$ 5,6 bilhões. A meta é realizar, entre outras ações, a ampliação da rede de saneamento básico, o desassoreamento, a recuperação da fauna e da flora e o monitoramento da qualidade da água.

A integração entre governo, iniciativa privada e sociedade civil é um dos pilares desse novo projeto. "Sabemos do tamanho do desafio que é o Tietê. Para isso, pretendemos tratar o rio como uma política do Estado. Integrar todos os atores envolvidos no processo traz uma melhor governança para as ações", disse Natália Resende, Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. "Além disso, acreditamos que as PPPs [Parcerias Público-Privadas] conferem um ganho de escala e, consequentemente, mais eficiência para o projeto, a longo prazo."

Serão cinco frentes de atuação ao logo dos 1.100 km do rio, o maior do Estado: saúde e qualidade de vida; controle de cheias; turismo; lazer e integração; e eficiência logística. Para se ter uma ideia, do investimento total, cerca de R$ 3,9 bilhões serão destinados à área de expansão da rede de saneamento e gestão de resíduos, com incremento da capacidade de tratamento de esgoto e expansão das redes e coletores tronco.  

Fontes
Governo do Estado de São Paulo
Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience