Cientistas estudam fazer tijolos com solo lunar

Este bloco de construção de 1,5 tonelada foi produzido como uma demonstração das técnicas de impressão em 3D utilizando solo lunar.
Crédito: ESA

Que tal morar na lua, em um prédio com vista para o planeta Terra? Esta ideia tem um ar de filme de ficção científica, mas parece ter inspirado um grupo de cientistas chineses. O país pretende construir uma base na lua dentro de cinco anos e, segundo Ding Lieyun, um cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, o tijolo utilizado na obra será feito de solo lunar.  

Mas os chineses não são os primeiros a ter essa ideia – em 2018, a Agência Espacial Europeia anunciou que estava trabalhando com materiais que simulam poeira lunar para a construção de tijolos.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA), para a transformação da poeira lunar em cimento, basta esmagá-la, queimá-la e comprimi-la. "Você pode criar blocos sólidos com isso para construir estradas e plataformas de lançamento, ou habitats que protejam seus astronautas do ambiente lunar hostil", afirmou Aidan Cowley, conselheiro científico da ESA com uma vasta experiência em lidar com solo lunar.

O solo lunar é um material basáltico composto por silicatos, material que é encontrado em regiões vulcânicas. "A Lua e a Terra compartilham uma história geológica comum, e não é difícil encontrar material semelhante ao encontrado na Lua nos remanescentes de fluxos de lava", explica Aidan.

Para fazer os testes, a agência tem utilizado pó vulcânico decorrente de erupções que ocorreram há cerca de 45 milhões de anos em uma região perto de Colônia, na Alemanha. O substituto de poeira lunar ganhou o nome de EAC-1

Um dos desafios de se trabalhar com este material é o fato de que a poeira lunar possui uma carga elétrica devido à constante radiação que recebe, segundo a Agência Espacial Europeia. Isso pode fazer com que as partículas se levantem da superfície. Erin Tranfield, membro da equipe de tópicos sobre poeira lunar da ESA, acredita que ainda é necessário entender completamente sua natureza eletrostática.

Missão chinesa na lua

Recentemente, mais de 100 cientistas, pesquisadores e empreiteiros espaciais chineses se reuniram recentemente em uma conferência na cidade chinesa de Wuhan para discutir formas de construir uma infraestrutura na lua para que astronautas permaneçam por lá mais tempo para realizar pesquisas.

A diferença para o projeto desenvolvido pela Europa é que a China está trabalhando com amostras provenientes da lua, obtidas durante a missão Chang'e-5 em 2020. Além disso, Ding Lieyun, um cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, revelou que um protótipo de robô com seis pernas e semelhante a um inseto chamado "super pedreiro" está sendo construído. Segundo o cientista, ele poderia montar esses tijolos impressos de forma semelhante às peças de Lego. 

Fontes

Aidan Cowley é conselheiro científico da Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA)

Ding Lieyun é cientista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong.

Contatos:
ESA assessoria de imprensa: bernhard.von.weyhe@esa.int
Ding Lieyun: dly@hust.edu.cn

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Marina Pastore
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Secovi-SP lança Anuário do Mercado Imobiliário 2022 em formato eletrônico

Representantes do Secovi-SP apresentam o Anuário do Mercado Imobiliário 2022.
Crédito: Arquivo Secovi-SP

O Anuário do Mercado Imobiliário 2022 foi lançado em formato eletrônico pelo Secovi-SP em março deste ano, com novidades referentes ao processo de obtenção dos dados.

A publicação, que possibilita um amplo diagnóstico do setor a partir de estudos e sondagens, contextualizando o cenário macroeconômico, agora ampliou o número de cidades abrangidas pelas pesquisas de mercado imobiliário do interior e do mercado de loteamentos do Estado de São Paulo - em parceria com a Brain Inteligência Estratégica e com a Aelo, respectivamente.

“Outra novidade foi o lançamento da nova ferramenta de georreferenciamento, o Mapa Secovi-SP, com mais de 300 camadas de dados, além de informações demográficas, perfil social, tradução do Plano Diretor Estratégico em parâmetros de uso e uma análise completa do entorno”, explica Ely Wertheim, presidente executivo/CEO do Secovi-SP. “A plataforma possui funcionalidades que ajudam a reduzir riscos de investimentos e a potencializar as análises de viabilidade.”

PIB e empregos na construção

Um dos dados registrados pelo novo Anuário mostra que, em 2022, houve crescimento de 2,5% nas atividades imobiliárias, número superior ao que foi obtido no ano de 2021 (2,1%), mas abaixo da variação do PIB total (2,9%). Já em relação ao PIB da Construção em geral, o crescimento foi de 6,9%, segundo relatório do IBGE - índice corroborado, de acordo com a publicação, pelo aumento da ocupação da atividade e por 2022 ter sido um ano eleitoral.

Quando o assunto é o número de postos de trabalho com carteira assinada, a construção civil responde por aproximadamente 5,9% do total de empregos do país todo, chegando a cerca de 2,5 milhões. No ano passado, o estoque de empregos da construção civil foi 8,4% superior a 2021.

Lançamentos e vendas no mercado imobiliário

Celso Petrucci durante lançamento do Anuário 2022.
Crédito: Arquivo Secovi-SP

A Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário mostra que, em 2022, foram lançadas na capital paulista 75.692 unidades residenciais, uma queda de aproximadamente 8% quando comparado com 2021 (que computou 81.841 unidades). 

Já em relação à comercialização, houve o registro de 69.340 unidades residenciais novas vendidas na cidade de São Paulo, um crescimento de 5% sobre o ano anterior (com 66.092 unidades). Esse foi o melhor ano da série histórica de vendas. 

"Os indicadores demonstram que 2022 foi um ano com bom desempenho do mercado. Apesar da queda de 8% no volume de unidades lançadas na cidade de São Paulo, observou-se crescimento de 5% nas vendas, com importante participação do segmento econômico”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. “No que se refere a tipologia, os imóveis de 2 dormitórios mantiveram a liderança, bem como as unidades com área entre 30 m2 e 45 m2, na faixa de preço entre R$ 240 mil a R$ 500 mil."

Clique aqui para acessar a versão eletrônica do Anuário 2022. 

Fontes
Secovi-SP
Ely Wertheim, presidente executivo/CEO do Secovi-SPCelso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP

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Fabiana Seragusa 
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Tratado de Itaipu completa 50 anos

Hidrelétrica de Itaipu.
Crédito: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Em abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram um documento que continha os estudos técnicos e entendimentos diplomáticos para aproveitamento dos Recursos Hídricos do Rio Paraná, no trecho entre Guaíra e Foz do Iguaçu. No ano seguinte, foi criada a Itaipu Binacional, responsável por construir e gerenciar a usina. Dez anos depois, ela finalmente começou a gerar energia. O total pago pelo empreendimento hidrelétrico de Itaipu foi de USS 63,5 bilhões – esse valor inclui desde desapropriação de terras à construção de casas e pagamento das empreiteiras.

O ano de 2023 também marcou a liquidação da dívida contraída para a construção da hidrelétrica. As últimas parcelas foram pagas à Eletrobras e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e somam US$ 115 milhões. De acordo com o ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira, a quitação abre caminho para a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina.

Curiosidades de uma obra colossal

Até hoje, a obra de Itaipu é considerada a maior do Brasil e a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, perdendo somente para Três Gargantas, na China. Seu reservatório tem capacidade para um volume de 29 bilhões de m³ e 170 km de extensão. Com 196 metros, a altura da barragem principal equivale a um prédio de 65 andares. Já o seu vertedouro tem vazão máxima de 62,2 mil m³/s, o que corresponde a 40 vezes à vazão média das Cataratas do Iguaçu

Em sua obra, o volume de escavações de terra chegou a 23,6 milhões de m³, 8,5 vezes superior ao do Eurotúnel (que liga França e Inglaterra sob o Canal da Mancha). Já o volume de concreto utilizado foi de 12,7 milhões de m³ - este número seria suficiente para construir 210 estádios de futebol como o do Maracanã, no Rio de Janeiro. Por fim, a quantidade de ferro e aço utilizados permitiria a construção de 380 Torres Eiffel.

Modernização e evoluções tecnológicas

Com o objetivo de garantir o adequado desempenho da hidrelétrica, concebeu-se o Plano de Atualização Tecnológica (PAT), um projeto de grande envergadura, superando até mesmo a própria construção da usina em termos de complexidade. Em março de 2022, celebrou-se o primeiro acordo referente ao PAT, com o Consórcio Modernização de Itaipu (CMI). O projeto completo estipula uma década de atividades e implica um aporte financeiro de aproximadamente US$ 1 bilhão.

Uma dessas ações foi o recente escaneamento 3D de toda a Área Industrial. Este processo criou uma espécie de retrato tridimensional fidedigno de toda área industrial, incluindo a parte externa, segundo Angelo Mibielli, representante da Superintendência de Engenharia no Colegiado de Apoio da Gerência Executiva do Plano da Atualização Tecnológica (PAT). Este processo possibilitará converter este material para o formato BIM e, consequentemente, facilitará o acesso às informações referentes à usina, como medidas exatas de todas as dimensões, incluindo metragem de cabos, fibras óticas, tamanhos de máquinas, espaços etc.

Outra atualização tecnológica que está sendo realizada atualmente na usina é a substituição de todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado, das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento. Este processo é necessário para implantar tecnologias digitais mais atuais nos sistemas e equipamentos elétricos e eletrônicos, segundo a gerente executiva do Comitê Gestor do Plano de Atualização Tecnológica, Renata de Biasi Ribeiro Tufaile.

Ainda, uma modernização será feita na Subestação da Margem Direita, que liga Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas, que transmite parte da energia de Itaipu ao Brasil.

Por fim, a Itaipu Binacional também vem investindo desde 2018 em obras de infraestrutura na região Oeste do Paraná, o que inclui estradas, aeroportos, ponte, hospitais, praças e ciclovias. 

Fontes

Angelo Mibielli é representante da Superintendência de Engenharia no Colegiado de Apoio da Gerência Executiva do Plano da Atualização Tecnológica (PAT).

Renata de Biasi Ribeiro Tufaile é gerente executiva do Comitê Gestor do Plano de Atualização Tecnológica. 

Contato
Assessoria de imprensa: imprensa@itaipu.gov.br

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Marina Pastore
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Governo sanciona lei para estimular uso de água das chuvas e cinzas

Águas de chuva e as águas cinzas deverão passar por processo de tratamento que assegure sua utilização segura.
Crédito: Envato

O governo federal sancionou uma lei para estimular o uso de água das chuvas e o reaproveitamento não potável das águas cinzas em novas edificações e nas atividades paisagísticas, agrícolas, florestais e industriais. São identificadas como águas cinzas aquelas descartadas pelas residências por pias, ralos, máquinas de lavar e chuveiros. O governo ainda fará um decreto para regulamentar esta legislação.

De acordo com Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), quem regulamenta a questão do uso da água são os municípios, uma vez que é a responsabilidade deles e está ligado ao código de obras. “Há municípios que já colocaram isso em suas legislações e há outros que alteram quando saí uma nova lei. A grande dificuldade é que nem sempre os legisladores são técnicos. O Sinduscon e outros órgãos sempre fazem um trabalho de recomendação junto a eles. Ao invés de simplesmente estipular como obrigatório o uso de água das chuvas, eles podem se basear nas normas brasileiras. Desde 2019, já temos três normas que tratam deste assunto: ABNT NBR 16.782:2019 – Conservação de água em edificações – Diretrizes e procedimentos; ABNT NBR 16.783:2019 – Uso de fontes alternativas não potáveis em edificações; e ABNT NBR 15527 – Aproveitamento de água de chuva de coberturas para fins não potáveis — Requisitos. Nestas normas, nós frisamos que o mais importante é você fazer a gestão da água, ao invés de pensar em usar altas tecnologias e estação de tratamento de água. A partir do momento em que você faz um estudo do seu empreendimento, você vê quais as melhores soluções que devem ser aplicadas. Nós temos bastante receio de simplesmente tornar obrigatório o reuso da água. É importante determinar a porcentagem que será reutilizada e para que irá utilizar. Há questões como: é preciso colocar em todos os banheiros? Em um prédio, isso pode tornar totalmente inviável. Por isso, sempre recomendamos direcionar para as normas técnicas. Inclusive, há um guia feito em parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o Sinduscon-SP, que discorre sobre normas de conservação de água, fontes alternativas não potáveis e aproveitamento de água de chuva em edificações”, explica Lilian. 

A lei 14.546 (DOU de 5/4/2023) também recomenda que “a rede hidráulica e o reservatório destinado a acumular águas de chuva e águas cinzas das edificações devem ser distintos da rede de água proveniente do abastecimento público. As águas de chuva e as águas cinzas passarão por processo de tratamento que assegure sua utilização segura, previamente à acumulação e ao uso na edificação.”

O maior cuidado que precisa ter é com a qualidade da água, para evitar a contaminação. “Se você for utilizar uma água de fonte alternativa no edifício, é preciso ter uma tubulação só para ela. Não dá para misturar com a água potável que vem da concessionária. É preciso ter indicações nas torneiras, uma vez que o usuário não poderá tomar esta água. Caso contrário, seria preciso fazer um tratamento muito mais oneroso e que, consequentemente, só pode ser feito em grandes empreendimentos uma vez que é preciso ter uma estação de tratamento para que esta água seja potável. Também é preciso fazer uma educação ambiental dentro do empreendimento. É um tema que sempre tem que ser repassado para os usuários e é uma campanha que tem que ser feita de tempos em tempos para reavivar a memória. A questão da manutenção também é muito importante para evitar vazamentos”, pontua Lilian. 

Na opinião de Lilian, para que a lei funcione, primeiramente tem que partir dos órgãos públicos. “O governo precisa dar o exemplo, porque ele é um grande consumidor. Em segundo lugar, seria importante remeter às normas técnicas. Além disso, é importante ter uma campanha educacional sobre o uso consciente da água”, sugere. 

Combate a desperdícios

Outro ponto relevante desta legislação é o combate ao desperdício. De acordo com o autor do projeto de lei, senador Laércio Oliveira (PP-SE), o volume total de água desperdiçada corresponde hoje a 6,5 bilhões de metros cúbicos. Este número corresponde a sete vezes a capacidade do Sistema Cantareira, na Grande São Paulo.

Para isso, a lei propõe que as concessionárias devem “corrigir as falhas da rede hidráulica, de modo a evitar vazamentos e perdas e a aumentar a eficiência do sistema de distribuição; e fiscalizar a rede de abastecimento de água para coibir as ligações irregulares”.

Na opinião de Oliveira, esta medida favorece o controle da poluição de córregos, rios e lagos; promove a preservação dos mananciais hídricos e auxilia no combate à possibilidade de inundações. 

“As perdas na rede também custam para as concessionárias. Mas hoje já há Estados e municípios que colocam essas regras, principalmente nas novas concessões. A tendência é elas se tornarem competitivas apesar de sabermos que ainda falta muito – principalmente nas cidades mais antigas e consolidadas. A questão é como o órgão público pode fazer o controle e monitoramento da concessionária, além de estabelecer metas e colocar esses pontos nas licitações”, conclui Lilian. 

Fonte
Lilian Sarrouf é coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) do SindusCon-SP.

Contato
Assessoria de imprensa Sinduscon-SP: dbarbara@sindusconsp.com.br

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Marina Pastore
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Ampliação do Porto do Rio de Janeiro será realizada com técnica inovadora

O equipamento Ramlift será utilizado na ampliação do Porto do Rio.
Crédito: Divulgação

O Porto do Rio de Janeiro, inaugurado em 1910 e localizado na costa oeste da Baía de Guanabara, será ampliado em quase 100 metros com a extensão de seu cais, para poder receber maior número de embarcações e com maior porte.

A ICTSI Rio, que administra a Rio Brasil Terminal, um dos terminais conteineiros do Porto do Rio, contratou a Carioca Engenharia para a realização da obra. A empresa, com 76 anos de experiência no planejamento e execução de grandes projetos de infraestrutura, principalmente no segmento portuário, irá utilizar neste novo trabalho um de seus equipamentos diferenciados e exclusivos para execução de obras marítimas: o Ramlift.

Trata-se de um bate-estacas flutuante com cerca de 45 metros de comprimento, 17 metros de largura e mais de 50 metros de altura da torre. Possui energia de cravação de mais de 20 toneladas-metro e é dotado de martelos hidráulicos ou pneumáticos à vapor ou ar comprimido. Uma das principais vantagens da utilização deste equipamento é o tempo gasto para a fundação da estaca, que passa a ser feito em poucas horas - um equipamento convencional gasta, em média, mais de 1 dia por estaca, com o agravante de que a soldagem dos segmentos é executada no mar, sem a qualidade proporcionada pela soldagem realizada no canteiro de obras.

Com as obras, o Porto do Rio poderá receber mais e maiores embarcações.
Crédito: Divulgação

Segundo Gustavo Maschietto, diretor de Engenharia e Operações da Carioca, "as estacas visam dar segurança aos projetos face às peculiaridades do solo, seja em terra ou sob as águas, aliadas às demais características da obra, o que torna indispensável a escolha de um equipamento adequado à fase de fundação”.

O uso dessas novas e modernas ferramentas para a fundação das bases de portos e pontes em áreas de grande profundidade permite a colocação de estacas tubadas e pré-moldadas de até 60 metros de comprimento - o equivalente a um prédio de 20 andares. Feito para a engenharia em alto mar, o Ramlift realiza o processo necessário completo, levantando e cravando estacas de até 100 toneladas em diversas profundidades, com alta precisão de centímetros, além de oferecer atualizações em tempo real via GPS. 

O projeto de ampliação do Porto do Rio de Janeiro tem como objetivo atrair novos negócios para a cidade, já que mais e maiores embarcações terão acesso ao local. Atualmente, as principais cargas do Porto referentes à importação são de trigo, produtos siderúrgicos e concentrado de zinco. Já as principais cargas de exportação incluem ferro gusa, produtos siderúrgicos e veículos. 

Fontes
PortosRio
Carioca Engenharia

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Fabiana Seragusa 
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Atividade na construção civil tem leve alta em abril

Confiança dos empresários do setor da construção civil diminuiu.
Crédito: Envato

Em março de 2023, o nível de atividade no setor atingiu 49,5 – em janeiro, ele estava em 44,5. O ápice desde 2018 foi em agosto de 2022, com 55. Isso foi o que mostrou o estudo Conjuntura da Construção Civil, realizado pelo Departamento da Indústria da Construção e Mineração - Deconcic/Fiesp. 

Ao analisar o nível de atividade de Construção de Edifícios, tem-se o índice de 47,9 para março – 3,8 pontos a mais que em janeiro. Com relação às obras de infraestrutura, março atingiu a pontuação de 47,4 – em janeiro, este índice era de 41,6. 

Confiança da construção civil

De acordo com o levantamento da FIESP, o setor da construção civil está pouco confiante. Em abril de 2023, manteve-se no patamar de 95,4, isto é, com a manutenção do indicador abaixo de 100. A pontuação vai de 0 a 200 e só considera um cenário otimista a partir de 100.  

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, as empresas assinalaram a demanda insuficiente, como uma das principais dificuldades enfrentadas. 

Apesar deste resultado, ele ficou um ponto acima do que foi registrado em março. Ana Maria vê que esta melhora foi influenciada tanto pela percepção em relação à situação corrente, quanto pelas expectativas, mas ainda sem recuperar o patamar de outubro do ano passado, que foi de 101,7. A coordenadora destaca ainda a melhora das expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias.

“O mercado imobiliário tem mostrado grande resiliência e sustentado aumento nas vendas de imóveis novos, a despeito da piora nas condições de crédito”, pontuou Ana Maria. 

Expectativa de crescimento

O ano de 2022 foi marcado por um desempenho positivo do setor da construção civil, com crescimento de 6,9%. Em 2023, o crescimento deve se manter, no entanto, a sondagem da Confederação Nacional da Indústria com a Câmara Brasileira da Construção (CBIC), fez com que alguns índices fiquem mais baixos. “Em dois anos, o setor teve um crescimento de atividade de quase 18,8%. Mesmo tendo esse crescimento forte no ano passado, nos últimos três meses de 2022, a construção registrou queda no seu ritmo de atividades. Ou seja, quando a gente compara o último trimestre de 2022 com o terceiro trimestre, nós observamos que a construção registrou uma queda de 0,7% no seu nível de atividades. Isso não acontecia desde o segundo trimestre de 2020, desde quando a pandemia efetivamente se instalou no Brasil. Depois de mais de dois anos de incremento de atividades, nós tivemos então um resultado negativo no final do ano. Mesmo com este resultado negativo, diante de todos os indicadores que nós tínhamos disponíveis, a expectativa era que a construção crescesse 2,5%. No entanto, refizemos esta projeção, que agora deve ser 2,0%. Ainda há esperança de crescimento e com alta superior à economia nacional, mas com menor nível de atividades, o indicador de confiança dos empresários acabou reduzindo. E, apesar de ainda demonstrar confiança, o indicador encontra-se em patamar bem próximo da estabilidade. O menor dinamismo das atividades, nos primeiros meses do ano certamente influenciam as expectativas para os próximos seis meses”, aponta Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

De acordo com a sondagem CNI/CBIC, a elevada taxa de juros passou a ser apontada como o principal problema enfrentado pela indústria da construção no terceiro trimestre de 2022. No primeiro trimestre de 2023, 37,4% das empresas assinalaram a taxa de juros como um dos três principais problemas enfrentados no período. O estudo ainda apontou que o segundo problema mais citado foi a elevada carga tributária, seguido pela falta ou alto custo da matéria-prima. 

Investimentos por Nível de Governo

De acordo com levantamento da Fiesp, em 2022, o investimento do Governo Federal na construção civil foi de R$ 23,7 bilhões, enquanto os governos estaduais investiram R$ 93 bilhões, e os municipais R$ 79,7 bilhões. No total, foi um investimento de 196,4 bilhões. No ano anterior, o valor investido foi de R$ 118,2 bilhões. 

No governo de São Paulo, foram R$ 25,7 bilhões investidos em construção civil. Já na prefeitura de São Paulo foram R$ 4,4 bilhões. 

Fontes
Ana Maria Castelo é coordenadora de Projetos de Construção do FGV IBRE.
Ieda Vasconcelos é economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Contatos:
Assessoria de imprensa – assessoria.fgv@insightnet.com.br
Assessoria de imprensa CBIC – ascom@cbic.org.br

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Marina Pastore
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FEICON traz lançamento de aplicativos da construção civil

Aplicativos facilitam a rotina no canteiro de obras, além de ajudar a evitar desperdício.
Crédito: Envato

O número de construtechs e proptechs cresce no Brasil.  Em 2022, foram registradas 1.068 startups ativas, alta de 11,8% em relação às 955 empresas mapeadas em 2021 no país, segundo o 7º Mapa de Construtechs e Proptechs, publicado pela Terracotta Ventures. Durante a FEICON, alguns aplicativos e plataformas foram apresentados para o público e prometem auxiliar na construção civil e nas obras. Confira!

Smart Sky Tech Hub

A Smart Sky, um hub de tecnologia da construção civil, aposta em um processo digital que transforma espaços reais em modelos gêmeos digitais. Para isso, utiliza ferramentas que capturam o estado real de um ambiente ou canteiro de obra levantando informações das suas características, cores e dimensionais a fim de obter um levantamento de todas as informações possíveis, melhorando a eficiência do input para modelos BIM. Neste processo, são usados equipamentos como Drones (precisão centimétrica) e Laser Scanners (milimétrica), Matterport, visual live e câmera 360.

Uma das empresas que contratou este serviço, a Direcional Engenharia, teve uma redução de 85% no SLA (Service Level Agreement) de levantamentos topográficos. Além disso, hoje a empresa possui sua própria frota de drones, o que possibilita acompanhar à distância o andamento da obra, mapear processos erosivos, dispensar o uso de guindastes ou andaimes para a realização de inspeções prediais e análises estruturais e monitorar áreas de risco. Outra empresa, a RAC Engenharia, contratou a plataforma SITESCAN, que faz parte do hub e permite fazer o levantamento preciso das áreas do projeto para poder integrar com o modelo BIM. Outra funcionalidade do SITESCAN é realizar um acompanhamento preciso de movimentação de terraplanagem para melhor realizar o planejamento, cálculo e medição para pagamento de terceiros. 

Landapp control

Segundo o Instituto Ethos, Organização Não Governamental (ONG) especializada em meio ambiente, a construção civil é a maior geradora de lixo e o destino correto do entulho produzido pela atividade deve ser a prioridade das cidades brasileiras.

Para os profissionais que desejam solicitar e gerir o transporte de materiais e resíduos da sua obra com transparência e sustentabilidade, o aplicativo Landapp Control pode ser uma boa solução. Por meio de tecnologia e big data, ele permite acompanhar em tempo real o transporte, além de oferecer rastreabilidade, gestão e maior controle no canteiro pelos profissionais de obra. O app foi realizado pela Landapp, uma startup de ecossistema de logística da construção civil que conecta construtoras e caminhoneiros a empresas de terraplanagem, recicladoras para destinação correta de resíduos e reaproveitamento de matéria. 

Calculadora de gastos

Durante a FEICON, a construtech FastBuilt apresentou uma plataforma com diversas soluções para gestão do pós-obra. Um dos lançamentos é a calculadora de gastos, que permite às construtoras visualizarem o alto custo que pode ser evitado no pós-obra através de uma boa gestão de assistências técnicas. Segundo a empresa, ela ajuda a construtora a entender o quanto ela vai gastar com pós-obra ao longo de cinco anos

Nela é possível adicionar informações como o valor do CUB atualizado, o número de apartamentos do empreendimento e a metragem aproximada de cada um. A calculadora vai gerar automaticamente o valor aproximado dos gastos com o pós-obra e quantos apartamentos a construtora “perde” com esse valor. 

Fontes
FEICON
Landapp Control
Smart Sky
FastBuilt

Contatos:
FEICON - patricia@kbcomunicacao.com.br
Landapp Control – contato@landapp.com.br
FastBuilt - bruna@trevocomunica.com
Smart Sky - contato@smartsky.tech

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Marina Pastore
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Nova usina solar de Curitiba ocupa lugar de antigo aterro sanitário

Usina solar conta com 8,6 mil painéis fotovoltaicos.
Crédito: Reprodução/Site Prefeitura de Curitiba

Desativado em 2010, o aterro sanitário localizado no bairro do Caximba, em Curitiba, deu espaço oficialmente, no último dia 29 de março, ao projeto Pirâmide Solar do Caximba, marcando a celebração dos 330 anos da cidade. 

A usina solar conta com quase 8,6 mil painéis fotovoltaicos, que, de acordo com a estimativa da prefeitura, possibilitará uma economia mensal de 30% no valor da conta de energia de prédios públicos do município, representando, assim, cerca de R$ 2,6 milhões a menos, por ano, na fatura. 

Caximba vai virar bairro sustentável em Curitiba
Bairro Novo do Caximba terá pavimento de concreto

“O valor é suficiente para construir um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), para transformar aproximadamente 660 metros de ruas de saibro em ruas com pavimentação de boa qualidade e completa estrutura de drenagem”, destacou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca. “Ou, ainda, subsidiar mil refeições por dia, durante um ano e meio, do programa Mesa Solidária, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade.”

O empreendimento possui pouco mais de 100 mil de área do aterro, e, desse total, 48 mil m² são ocupados pelos painéis. A mão de obra utilizada na instalação desses painéis foi totalmente local, empregando 140 pessoas apenas no canteiro de obras. Nesta fase do projeto, 222 unidades consumidoras irão receber a energia gerada pela Pirâmide Solar.

Marilza do Carmo Oliveira Dias, Secretária Municipal do Meio Ambiente, aproveitou a inauguração da usina para ressaltar a importância desse movimento de transição energética. "É uma questão necessária para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e a emissão de gases. Assim, a nossa cidade vem se tornando protagonista em relação às mudanças climáticas", avalia. 

Estratégias para produção de energia renovável

Empreendimento possui cerca de 100 mil m² de área.
Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

A Pirâmide Solar do Caximba é uma das ações que integram o projeto Curitiba Mais Energia, que tem como objetivo a produção de energia renovável para combater e mitigar as mudanças climáticas, possibilitando, além disso, economia para os cofres públicos.

O programa também engloba os painéis instalados no Palácio 29 de Março, no Complexo Imap do Parque Barigui e na Galeria das Quatro Estações, dentro do Jardim Botânico. Os próximos projetos preveem a inclusão de sistemas fotovoltaicos nos telhados dos terminais de ônibus do Santa Cândida e do Boqueirão (ambos com serviços já em andamento) e no Terminal do Pinheirinho (licitação em fase final). 

A Pirâmide Solar é fruto de uma colaboração do grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática e da empresa alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, especializada em projetos de desenvolvimento sustentável em escala mundial

O programa é financiado pelo Ministério Federal Alemão para o Desenvolvimento Econômico e Cooperação (BMZ), pelo Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS) e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Fontes
Prefeitura Municipal de Curitiba
Rafael Greca, prefeito de Curitiba
Marilza do Carmo Oliveira Dias, Secretária Municipal do Meio Ambiente

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Fabiana Seragusa 
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Projeto deixa rua de Jundiaí mais segura e acolhedora

Medidas moderadoras de tráfego, como uma chicana, foram implementadas.
Crédito: Bruno Batista/WRI Brasil

A iniciativa Ruas Completas SP concluiu seu primeiro projeto-piloto realizado em Jundiaí (SP), transformando a rua Lacerda Franco em um local mais arborizado, seguro e atrativo para as crianças.

A ação é uma parceria entre a WRI Brasil, a Vital Strategies, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Instituto Cordial e a Respeito à Vida (Detran-SP), que têm como objetivo reduzir as mortes e as lesões no trânsito. Outras 19 cidades do Estado de São Paulo fazem parte do projeto, além de várias outras localidades pelo país. 

Em Jundiaí, houve intervenção em aproximadamente 400 metros da via, com ampliação do espaço reservado para pedestres e ciclistas, que passou de 37,6% para 55% da área de rua. Uma ciclofaixa bidirecional foi criada, além de extensão da calçada, com triplicação do número de bancos distribuídos pelo espaço. Novos vasos, balizadores e tachões também foram colocados para aumentar a segurança e a tranquilidade de quem estiver por ali. 

Na rua Lacerda Franco, agora há a chamada Área da Infância de Jundiaí, que abriga, desde 2021, um espaço municipal instalado em um prédio histórico - com atividades educativas e culturais dedicadas especialmente às crianças. Com a reestruturação do entorno do local, agora é possível que os pequenos brinquem ao ar livre, com mais conforto e segurança, em um amplo espaço de lazer.

Diminuindo a velocidade dos carros

Antes e depois do trecho da rua Lacerda Franco, em Jundiaí.
Crédito: Bruno Batista/WRI Brasil

A principal medida para evitar acidentes foi a diminuição da velocidade máxima da via para 30 km/h, além de uma sinalização especial dizendo que aquela é uma Área da Infância. As primeiras ações de monitoramento da rede Ruas Completas SP mostram que as mudanças já surtiram efeito, e que as motocicletas e os carros, que antes atingiam média de 50 km/h e 40 km/h, respectivamente, agora trafegam a 20 km/h. Uma queda significativa, já que, de acordo com dados da WRI Brasil, cada 1 km/h mais lento pode representar 4,5% menos ocorrências fatais. 

Além disso, a implementação de uma chicana (medida de moderação de tráfego que faz com que o veículo precise contornar uma pintura, por exemplo) serve para dificultar o acesso a velocidades elevadas. “Em Jundiaí, nossos investimentos com campanhas de conscientização e fiscalização estão focados justamente nisso: diminuir as mortes no trânsito”, disse o gestor de Mobilidade e Transporte, Aloysio Queiroz, durante a seleção do município para o projeto Ruas Completas SP. “Nos últimos anos, o número de acidentes tem diminuído na nossa cidade, mas ainda é possível conquistar números melhores.”

Para realizar as obras de acordo com a necessidade do local, a prefeitura ouviu moradores e fez reuniões com comerciantes, para colher percepções e saber dos anseios de cada grupo.

Além de Jundiaí, a rede inclui as seguintes localidades do estado de São Paulo: Araraquara, Bauru, Bebedouro, Campinas, Campos do Jordão, Capão Bonito, Catanduva, Diadema, Francisco Morato, Guarulhos, Jacareí, Limeira, Piracicaba, Registro, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santo André, São José do Rio Preto e São José dos Campos.

Fontes
WRI Brasil
Frente Nacional de Prefeitos
Prefeitura de Jundiaí

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience


Mudanças no FGTS causam impacto no financiamento imobiliário

 Alterações no FGTS impactam diretamente o setor da habitação.
Crédito: Envato

No início de abril, o Ministério das Cidades publicou a Instrução Normativa nº 11/2023 para modificar itens relacionados ao Orçamento Operacional do FGTS, referente à área de habitação, alterando a Instrução Normativa nº 40/2022, do então Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Assim, o valor mínimo para o financiamento de imóveis novos passou de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,7 bilhões. Já o valor máximo dos recursos destinados a imóveis com valores superiores a R$ 500 mil subiu de R$ 600 milhões para R$ 1,35 bilhão

O Governo Federal também elevou o volume de recursos do FGTS no apoio à Produção de Habitações, que passou de R$ 40,4 bilhões para R$ 42,9 bilhões, e no programa Pró-Cotista, indo de R$ 2 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

Mudança na correção do FGTS

Ainda sobre FGTS e habitação, o Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando uma mudança na forma de correção do FGTS: atualmente, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço rende a Taxa Referencial (TR) acrescida de 3% ao ano, e a proposta é que passe a ser a TR somada a 6% ao ano. 

O julgamento já tem dois votos a favor da mudança, compartilhados pelos ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça, mas foi paralisado em 27 de abril após o pedido de vista (mais tempo para estudar o caso) feito por Nunes Marques.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antônio França, essa alteração vai encarecer o crédito imobiliário e excluir o acesso de famílias de baixa renda. “O julgamento mexe com a estrutura que propicia que uma grande parte dos cotistas do FGTS possa receber recursos ou subsídio para adquirir a casa própria.”

Segundo França, se o FGTS passar a render mais, as taxas de juros para o crédito imobiliário ficarão mais caras, deixando os valores das parcelas mais altos, tirando, assim, a possibilidade de 13 milhões de famílias terem seus imóveis. Além disso, também cairá o ritmo da incorporação imobiliária. “Na média, 2,7 milhões de empregos diretos e indiretos são criados por ano. Pode haver uma perda de 1,3 milhão de empregos se essas medidas forem implantadas”, explica o presidente da Abrainc. 

Ainda não há data marcada para a finalização do julgamento no STF. 

Dados do FGTS no financiamento imobiliário

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) destacou a situação atual e perspectivas de financiamento para o setor imobiliário.

Os dados divulgados durante a Reunião Plenária do Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic/Fiesp), em 26 de abril, mostram que 2022 registrou um volume de financiamento com recursos do FGTS e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) de R$ 241 bilhões, o 2º melhor resultado histórico - ficando atrás apenas de 2021, que chegou a R$ 255 bilhões. Desse montante, R$ 62 bilhões vieram do FGTS, enquanto R$ 179 bilhões, do SBPE. 

Em relação ao número de unidades entregues, 2022 chegou ao total de 1,15
milhão, também abaixo apenas do observado em 2021, que teve 1,23 milhão. O
FGTS foi responsável por 439 mil dessas unidades, e o SBPE, por 713 mil.

A Abecip apresentou, ainda, as expectativas para 2023, de acordo com estimativas e o orçamento previsto para cada sistema. A previsão é de que o volume de financiamentos caia 8%, passando de R$ 241 bilhões para R$ 221 bilhões. A participação do FGTS, no entanto, deve aumentar 5%, mas a do SBPE pode cair 13%.  

Fontes

Ministério das Cidades
Abrainc
Abecip

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience