Alta de juros deixa mercado imobiliário preocupado

Medidas tomadas pela Caixa, aliadas à burocracia, dificultam desligamentos habitacionais, atrasam repasses a construtoras e frustram compradores

Por: Altair Santos

Recente anúncio da Caixa Econômica Federal sobre o aumento de juros dos financiamentos habitacionais passou a afetar alguns processos vinculados à compra de imóveis. Contratos aprovados até 19 de janeiro, e emitidos até 30 de janeiro deste ano, conservaram a taxa antiga e não foram atingidos. No entanto, aqueles que não tiveram seus processos aprovados estão sujeitos a novos obstáculos. Para o comprador, pode gerar frustração em relação ao sonho da casa própria. Já, para construtoras e incorporadoras, traduz-se em atraso dos recursos do financiamento, fazendo com que as empresas arquem com o ônus financeiro para a realização da obra. Isso, dependendo do tamanho da companhia, pode colocar em risco seu fluxo de caixa. É o que explica, na entrevista a seguir, a especialista em direito imobiliário, Lourdes Helena Rocha dos Santos. Confira:

Lourdes Helena Rocha dos Santos: aumento de juros encarece a parcela do financiamento

O aumento de juros por parte da Caixa, para financiar imóveis, tende a tornar mais lento o processo de liberação de financiamento aos compradores de imóveis?
Entendo que não deve aumentar o tempo para aprovação do crédito. Diferentemente de outros bancos que negociam taxa de juros caso a caso, a Caixa já tem os parâmetros definidos, cabendo ao proponente optar pela condição que melhor se enquadra para sua realidade. Embora a Caixa também tenha anunciado a redução da meta de concessão de empréstimos e financiamentos, a projeção é expandir o volume em 20% em relação a 2014, o que indica que a instituição não deve ser mais rigorosa no processo de análise de crédito do que no ano passado.

Que impacto isso deve ter para construtoras e incorporadoras?
O encarecimento do custo de captação de recursos no mercado financeiro limita o valor máximo de financiamento compatível com a renda do comprador e desestimula o acesso a esse mecanismo. Na prática, pode levar o comprador a optar por imóveis de menor valor e aumentar a parcela paga com recursos próprios.

É possível que esse aumento também dificulte a conquista da casa própria?
Sim, o aumento de juros encarece a parcela do financiamento, que é limitada a 30% da renda mensal do mutuário. O aumento do custo financeiro diminui o potencial de financiamento, dificultando a compra do imóvel.

Sobre processos de desligamento habitacional, como isso está impactando o setor de construtoras e incorporadoras?
A demora no desligamento da unidade habitacional traz consequências para comprador e construtora. O resultado é um retardamento do repasse dos recursos da parcela do financiamento, que tem como ônus os encargos financeiros sobre o valor do empréstimo que lhe foi concedido para a realização da obra. Para o comprador, o atraso faz com que tenha que esperar mais tempo para receber a chave do imóvel. Isto pode gerar uma frustração em relação à aquisição e até o desembolso de um valor maior de recursos do que o planejado, pois, em alguns casos, ele ainda terá que manter o aluguel.

Para tornar mais claro, a senhora poderia explicar o que é o processo de desligamento habitacional?
O processo de desligamento é a fase que compreende a assinatura do financiamento, em que o comprador toma empréstimo junto ao agente financeiro para quitar o saldo devedor do contrato e a construtora recebe este valor do banco, e dá a quitação ao comprador, transmitindo-lhe a propriedade do imóvel. O bem fica alienado ao banco até a conclusão do pagamento.

Construtoras menores podem sofrer maior impacto nesta demora nos processos de desligamento habitacional?
Sim, é comum que na venda de imóveis na planta a maior parte do preço seja paga através de financiamento imobiliário, e a demora no recebimento desse valor afeta principalmente as incorporadoras que dispõem de menor fluxo de caixa.

Em 2014, houve quantos processos de desligamento habitacional e qual a previsão para 2015?
Não temos como precisar essa informação, mas é possível ter uma ideia aproximada do tamanho desse mercado com base nos dados de unidades entregues monitorados pelas entidades de classe do mercado imobiliário. Em Curitiba, por exemplo, segundo dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), no ano passado foram mais de 9 mil unidades entregues, em empreendimentos verticais. Para esse ano, a associação prevê a entrega de mais seis mil apartamentos.

A burocracia é a grande responsável por essa demora nos desligamentos habitacionais ou tem também o componente econômico?
O processo de desligamento passa pela análise de crédito do comprador, avaliação do imóvel feita por engenheiro habilitado pelo banco, análise jurídica do comprador, do vendedor e do imóvel e emissão, assinatura e registro do contrato de financiamento na matrícula do imóvel. Cada uma dessas etapas tem um prazo próprio, sendo a tramitação no registro de imóveis o principal deles. Atualmente, o prazo médio de realização de um desligamento, para que o processo seja considerado bom, é de 30 a 45 dias após a emissão do Habite-se e da averbação da conclusão das obras.

Habitações construídas dentro do programa Minha Casa Minha Vida também enfrentam esse problema?
No Minha Casa Minha Vida, o financiamento costuma ocorrer de forma antecipada, pelo modelo associativo da Caixa, durante a construção. Isto reduz o impacto da burocracia, mas não o elimina. Se houvesse menos burocracia, os processos seriam mais rapidamente analisados e aprovados e o cronograma das obras, sem dúvida, teria seu prazo reduzido com ganhos para os compradores e para a incorporadora.

Entrevistada
Lourdes Helena Rocha dos Santos, especialista em direito imobiliário, sócia e advogada do escritório Santos Silveiro Advogados, com sede em Curitiba-PR e Porto Alegre-RS
Contato: lourdes@santossilveiro.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Normas técnicas têm potencial para aliviar falta d’água

Para o especialista em gerenciamento de recursos hídricos, Plínio Tomaz, a ABNT precisa começar a pensar em uma normalização para o reúso

Por: Altair Santos

Boa parte das soluções para economizar água durante a crise hídrica está nas normas técnicas relacionadas à construção civil – tanto as voltadas para a execução de obras quanto às relacionadas a equipamentos que consomem água dentro das habitações, como chuveiros, torneiras e bacias sanitárias. Quem afirma é o professor Plínio Tomaz, consultor em saneamento e diretor-presidente da agência reguladora dos serviços públicos de saneamento básico da prefeitura de Guarulhos, em São Paulo. “Acho excelente, por exemplo, as normas relacionadas à construção industrializada do concreto, assim como a Norma de Desempenho e as que normalizam a fabricação de peças”, diz.

Plínio Tomaz: norma para reúso de água pede prioridade

Plínio Tomaz atuou em um fórum promovido pelo SindusCon-SP, dia 25 de fevereiro de 2015, na cidade de São Paulo, cujo tema era a crise hídrica. No debate, ele compartilhou da ideia de que o poder público precisa trabalhar na gestão da demanda de água, como já fizeram cidades como Nova York e Cidade do México. Nestas localidades, as prefeituras tomaram a iniciativa - entre outras ações práticas - de substituir vasos sanitários que consumiam mais de 6,8 litros de água por descarga. “No Brasil, desde 1995 estas peças vêm passando por um processo de normalização pela ABNT e economizam água, assim como torneiras de fecho automático e reguladores de vazões”, ressalta.

O especialista defende, no entanto, que é preciso ir um pouco mais além. Na opinião dele, é necessário pensar no reúso do esgoto para consumo humano. “A tecnologia nessa área avançou muito. Existem diversos sistemas de segurança que garantem a qualidade da água”, afirma, assegurando que em sua gestão Guarulhos já trata de 50% do seu esgoto e estuda atingir a meta de 100% em dois anos. Para tal, ele apoia a mobilização para que se crie uma norma para reúso de água em vários setores, incluindo o canteiro de obras. “Por faltar uma norma de reúso, hoje a utilização de água no canteiro de obras está limitada à produção de concreto não estrutural. Já com a obra pronta, restringe-se a limpeza de pisos, rega de canteiros e uso em bacias sanitárias”, explica.

Atualmente, para o aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis é usada a ABNT NBR 15527: 2007 (Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis).

Outras medidas
Na mesa redonda sobre crise hídrica, ocorrida no SindusCon-SP, além de propostas para uma norma técnica específica para o reúso da água, os debatedores também sugeriram que haja o incentivo ao IPTU Verde. A medida cria isenções tributárias para práticas de sustentabilidade.

Também se falou de estímulos às construções verdes, as quais podem gerar economia de até 40% no consumo de água. Na cidade de São Paulo, outros dois projetos em andamento na Câmara Municipal também tratam do tema. Um deles aborda o reúso de água da chuva para a cura de concreto não estrutural, para a limpeza de galerias e para a lavagem de caminhões de lixo. O mesmo tipo de água também poderia ser usado na limpeza de calçadas e para a lavagem de veículos em lava-car.

Entrevistado
Engenheiro civil Plínio Tomaz, diretor-presidente da agência reguladora dos serviços públicos de saneamento básico da prefeitura de Guarulho-SP

Contatos
pliniotomaz@uol.com.br
www.pliniotomaz.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Escritórios com arquitetos e engenheiros viram tendência

Criado em 2011, Conselho de Arquitetura e Urbanismo ordena funções entre profissionais e facilita união para que obras tenham mais qualidade

Por: Altair Santos

Desde a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), em 2011, que ajudou a definir as funções exercidas por arquitetos e engenheiros, tornou-se tendência escritórios unirem os dois profissionais. A simbiose tem funcionado bem para projetos arquitetônicos e de interiores, combinados com serviços de reforma e gerenciamento das obras. “Esta é uma fórmula de trabalho eficiente, pois o arquiteto não se aprofunda na parte estrutural, como concreto armado, fundações e materiais, assim como engenheiros não conseguem atingir a mesma eficiência que os arquitetos têm no que diz respeito ao aproveitamento dos ambientes, espaços, conforto e beleza do projeto”, diz a engenheira civil Elaine C. Baggio Camargo que, em parceria com a arquiteta Fernanda Bittencourt, comanda o escritório Traço Final Arquitetura e Interiores, em Curitiba.

Arquiteta Fernanda Bittencourt e engenheira Elaine Baggio: união de profissionais gera obras com mais qualidade

Outra demanda que esse tipo de escritório atende é a personalização de apartamentos. Quando de comum acordo com a construtora, no momento da compra do imóvel na planta é dada a possibilidade de transformar o espaço para que ele fique de acordo com o que o proprietário deseja. Por isso, podem ser feitas alterações no layout, no tipo de piso, na disposição dos ambientes e nos pontos de energia elétrica e hidráulica. “Entre as vantagens, a personalização na planta evita a necessidade de reformas posteriores e conserva a garantia e a assistência técnica da construtora. Ela também dispensa serviços antes executados por terceiros, que poderiam danificar os realizados pela própria construtora, além de ajudar o meio ambiente, pois evita o descarte de entulho”, explica Fernanda Bittencourt.

Niemeyer é exemplo
Engenheira e arquiteta lembram que a criação do CAU, o qual desvinculou a arquitetura do CREA, lançou incertezas que agora começam a se dissipar. “Os conselhos estão esclarecendo este conflito e ordenando o que cada profissional pode fazer, através de resoluções. Por isso, parcerias como a nossa têm grandes chances de aumentar, protegendo a sociedade do exercício ilegal e incorreto das profissões”, define Fernanda Bittencourt. Já Elaine Baggio completa: “O futuro aponta para uma necessidade crescente de integração entre as áreas de arquitetura e engenharia, visando a redução de tempo de desenvolvimento dos produtos e o tratamento adequado de projetos complexos.”

A maior demanda para escritórios que unem os serviços de engenheiros e arquitetos é por reformas de casas para fins residenciais e comerciais, apartamentos e escritórios. “O projeto feito pelo arquiteto envolve menos cálculos e muita criatividade, mas ele depende das viabilidades técnicas propostas pelo profissional de engenharia. Um exemplo notório que podemos usar seriam as obras do arquiteto mais famoso do Brasil, Oscar Niemeyer. Elas não seriam viabilizadas sem a participação na concepção estrutural de engenheiros como Joaquim Cardoso. Ele (Niemeyer) tinha o conhecimento intuitivo e seus engenheiros traziam aquilo à compreensão cientifica”, analisa Elaine Baggio. Fernanda Bittencourt acrescenta que o trabalho em equipe permite o crescimento profissional, atualização de conhecimentos e troca de experiências e saberes. “Sem esta integração, os dois profissionais saem perdendo”, finaliza.

Entrevistadas
Fernanda Bittencourt, arquiteta formada pela PUCPR em 2002 (CAU A69276-0), e Elaine Baggio, engenheira civil formada pela TUIUTI-PR em 2004 (CREA PR94927/D). As profissionais são sócias da Traço Final Arquitetura e Interiores.

Contato: contato@tracofinal.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Brasil tem piso industrial de concreto premiado nos EUA

Obra construída pelo Grupo Zorzin, em parceria com a Concresul, ganha troféu Golden Trowel, na mais recente edição do World of Concrete

Por: Altair Santos

No World of Concrete 2015, uma obra brasileira ganhou reconhecimento internacional. Durante o evento recentemente ocorrido em Las Vegas, nos Estados Unidos, o piso industrial de concreto desenvolvido para o centro de distribuição do Grupo Tramontina, em Garibaldi-RS, conquistou o prêmio Golden Trowel, na categoria planicidade e nivelamento. O troféu contempla o trabalho do Grupo Zorzin, da cidade de Getúlio Vargas-RS. “Concorrer com obras do mundo todo, e obter a premiação, demonstra que estamos capacitados e seguindo as tendências tecnológicas internacionais para atender os altos padrões de exigência no que se refere a pisos de alto desempenho”, diz Ivan Roberto Zorzin, diretor da empresa.

Piso construído no centro de distribuição do Grupo Tramontina, em Garibaldi-RS, bateu recorde mundial de nivelamento

O piso premiado teve como fornecedor de concreto a Concresul, também do Rio Grande do Sul, e que tem entre seus fornecedores a Cia. de Cimento Itambé. Para o engenheiro da concreteira de Bento Gonçalves-RS, Airton Fontanive, a premiação internacional tende a alavancar o mercado de pisos industriais. “O reconhecimento da qualidade do produto fabricado no Brasil virá através do aumento de demanda e da comprovação de que o setor nacional de pisos industriais possui tecnologia, fornecedores e equipamentos capazes de produzir com qualidade internacional”, atesta, completando que a sinergia dos vários setores envolvidos na fabricação do piso vencedor foi fundamental para a conquista.

O piso construído pelo Grupo Zorzin bateu o recorde mundial de nivelamento, na categoria “Narrow Strip”, alcançando índices técnicos de Ff 155.1 (planicidade)/Fl 125 (nivelamento). O recorde anterior era de 2011, com planicidade (Ff) de 183.6 e nivelamento (Fl) de 100,1, também de uma empresa brasileira: a GNP Construtora, de Campinas-SP. Tanto para Ivan Zorzin quanto para Airton Fontanive, as características do concreto foram decisivas para se alcançar patamares tão elevados de qualidade. “A resistência do concreto permitiu acabamento e durabilidade adequadas ao que exigia o projeto”, define Zorzin. O material usado no centro de distribuição do Grupo Tramontina precisou de especificações especiais.

Características técnicas
A particularidade da obra exigiu que houvesse reforço estrutural do piso, que foi projetado com as seguintes características:
- Fibra de Vidro Estrutural Anti-Crak® HP 67/36, Álcali Resistente
- Módulo de Elasticidade > 72 GPa
- Resistência à Tração > 1.700 MPa
- Fator de Forma > 67
- Fibra da Owens Corning, que aumentou a resistência à flexão e ductilidade, adicionando dureza, resistência à fadiga e impacto ao concreto.

O engenheiro Airton Fontanive complementa ainda que, além das tradicionais especificações de resistência à compressão (fck) e resistência a tração na flexão (fctM,k) existiram especificações rígidas quanto ao tipo e o consumo de cimento por m³, módulo de elasticidade, consistência, fator água/cimento e quantidade de água por m³. “Todas essas atribuições influenciam na qualidade final de um piso de concreto, e elas envolvem soluções técnicas, projeto específico do piso, mão de obra qualificada, equipamentos, fornecedores e produtos de qualidade”, reitera Ivan Roberto Zorzin. A obra consumiu aproximadamente 2.900 m³ de concreto.

Antes de vencer o Golden Trowel, o piso executado pelo Grupo Zorzin também recebeu menção honrosa no 6º Prêmio ANAPRE de Planicidade e Nivelamento, disputado em 2014. A ANAPRE é a Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho, da qual a Zorzin é filiada. A empresa tem 15 anos de atuação e experiência no segmento.

Entrevistados
- Ivan Roberto Zorzin, gestor empresarial pela FGV-SP e diretor do Grupo Zorzin
- Engenheiro civil Airton Fontanive, responsável técnico da área de concreto da Concresul

Contatos
ivan@zorzin.com.br
airton@concresul.com

Créditos Fotos: Divulgação/Grupo Zorzin e Concresul

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 


Bolha está desinflando (Podcast)

Para o analista econômico, e comentarista da Rede Globo, crise vai forçar redução nos preços dos imóveis

Por: Altair Santos
Samy Dana: recomendação é esperar que os preços dos imóveis encolham.

Entrevistado
Economista, Samy Dana é Ph.D em business, professor da FGV, colunista do jornal Folha de S. Paulo, da Revista Você S/A, da Rádio Globo, comentarista da GloboNews e da Rede Globo de Televisão.
Contato
caro.dinheiro@grupofolha.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Clique no player abaixo e ouça a entrevista na íntegra.


Minha Casa Minha Vida não contém déficit habitacional

Pesquisa encomendada pela CBIC, e realizada pela FGV, revela que programa deveria entregar 1,1 milhão de unidades habitacionais por ano

Por: Altair Santos

A pesquisa Políticas Permanentes de Habitação – A importância do programa Minha Casa Minha Vida, revelada no final de 2014 pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), traz dados que mostram que o MCMV está longe de cumprir seu papel: reduzir o déficit habitacional no país. Pelo contrário, ainda que tenha entregado pouco mais de 2 milhões de unidades desde que foi criado, em 2009, e com 1,5 milhão em fase de construção, o programa não consegue acompanhar a demanda da sociedade.

Volume de unidades habitacionais do MCMV não acompanha demandas da sociedade brasileira

O estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), detecta que o Minha Casa Minha Vida só conseguiu reduzir cerca de 8% do déficit habitacional. Em 2009, a carência de moradias era de 5,7 milhões, baixando para 5,2 milhões em 2014. Os dados da pesquisa foram baseados em números fornecidos pela Caixa Econômica Federal e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Ainda segundo o levantamento, até 2024 o Brasil ganhará mais 16,8 milhões de famílias. Para atender o déficit já existente, e ainda suprir o que será gerado nos próximos nove anos, o MCMV teria que entregar 1,1 milhão de habitações por ano.

Quatro categorias compõem o déficit habitacional brasileiro, de acordo com o estudo da FGV: habitações precárias (favelas), coabitação (famílias que dividem uma mesma casa), locatários e adensamentos populacionais. Destes grupos, apenas um reduziu significativamente desde o lançamento do MCMV: o de coabitação, que caiu 24,12%. O segmento de habitações precárias teve um recuo de 18,99%. O adensamento baixou 5,45%, enquanto o setor de locações não reduziu. Pelo contrário, aumentou 13,49% no período 2009 e 2014. A pesquisa deduz que esse crescimento se deve à elevação da renda, o que aumentou o número de casamentos e fez subir a quantidade de pessoas morando sozinhas.

Ponto de vista das construtoras
Para cumprir com a meta estimada de entregar 1,1 milhão de moradias a cada ano, o investimento do governo teria de ser de R$ 760,6 bilhões em um período de nove anos - até agora, foram investidos R$ 223 bilhões no programa. Boa parte deste dinheiro seria em forma de subsídios, já que as classes que mais dependem do MCMV estão na faixa de um a três salários mínimos. Para a FGV, o aumento no volume de unidades produzidas pelo Minha Casa Minha Vida só seria possível se houvesse mais oferta de terrenos, mais contrapartida de estados e municípios e mais investimento em produtividade por parte das empreiteiras.

Apesar de o MCMV não ter conseguido cumprir sua função, até o momento, as construtoras são praticamente unânimes em relação ao programa. Para 93%, ele é visto como “importante” para o setor da construção civil. As empresas também entendem que o Minha Casa Minha Vida teria produzido muito mais unidades não fossem gargalos como burocracia, carga tributária e falta de incentivos para a adoção de sistemas construtivos industrializados. Para a autora da pesquisa, a coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, o país tem uma dívida enorme com uma parcela significativa da população que ficou à margem do mercado imobiliário, por causa das restrições de renda, mas avalia que são necessárias mudanças no programa. “É da máxima importância para as empresas que o programa se transforme em uma política de estado”, afirma.

Confira o estudo completo da FGV.

Entrevistado
CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) (via assessoria de imprensa)
Contato: comunica@cbic.org.br

Crédito Foto: Olga Leiria/Cohapar-PR

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

RS ergue 1ª obra com nível superior da NBR 15575

Edifício Chronos Residencial, em construção em Novo Hamburgo, atende as especificações mais rigorosas das seis partes da Norma de Desempenho

Por: Altair Santos

Existem três níveis de qualidade na Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575): mínimo, intermediário e superior. Em Novo Hamburgo-RS, o edifício Chronos Residencial será o primeiro empreendimento brasileiro a atender o nível superior das seis partes da norma, no que se refere à segurança estrutural, segurança contra o fogo, estanqueidade, desempenho térmico, desempenho acústico, desempenho lumínico, funcionalidade e acessibilidade, durabilidade e manutenibilidade, conforto tátil e antropodinâmico e impacto ambiental.

Edifício Chronos Residencial: todas as seis partes da Norma de Desempenho cumpridas em nível superior

A obra está sob a responsabilidade da construtora e incorporadora Athivabrasil, para quem o empreendimento é um “divisor de águas” no setor imobiliário nacional. “Trata-se de uma quebra na zona de conforto da construção civil. Pela primeira vez, uma empresa toma a atitude imperativa de mostrar que é possível atingir o nível superior da Norma de Desempenho sem um grande impacto no trabalho, apenas cuidando dos pontos essenciais e atuando em conjunto com a universidade para atingir esse objetivo”, afirma Laci Todeschini diretora de comunicação e marketing da empresa.

A universidade que participa do projeto é a Unisinos-RS, através de seu departamento de engenharia civil e do ITT Performance (Instituto Tecnológico em Desempenho e Construção Civil). “O ITT acompanha todas as etapas, projetos, execução da obra e compras de materiais. Ele verifica se tudo atende ao desempenho superior. É um acompanhamento integral e permanente. Além do constante monitoramento e dos testes, são realizadas reuniões semanais entre engenheiros, arquitetos e técnicos para que se mantenha o foco no cronograma e no cumprimento do projeto. Tudo fica disponível em uma intranet exclusiva de comunicação entre eles, que vai registrando resultados e tarefas”, explica Laci Todeschini.

Obras do Chronos Residencial: concreto projetado para que estruturas tenham vida útil de 75 anos

Selo de garantia

Os compradores de imóveis no Chronos Residencial também têm como acompanhar o processo de construção. “Eles podem solicitar reuniões com os engenheiros para ter acesso aos resultados dos testes. Além disso, no final da obra o ITT Performance irá emitir um selo de comprovação do atendimento de todos os requisitos do nível superior da Norma de Desempenho. Ao receberem as chaves, os proprietários também ganharão um manual de uso, operação e manutenção, onde serão especificados os direitos e os deveres de todos os envolvidos na construção e na manutenção do prédio”, completa Laci Todeschini.

O responsável pelos projetos da Athivabrasil é o engenheiro civil Eduardo Frapiccini. Já o responsável pela participação e certificação do ITT Performance é o doutor-engenheiro Bernardo Tutikian. Quanto ao uso do concreto, o material foi pensado para que toda a estrutura do Chronos Residencial tenha vida útil de 75 anos – a norma estabelece o mínimo de 50 anos. O prédio, que tem sua conclusão prevista para julho de 2016, consumirá 4.500 m³ de concreto. A partir do Chronos, todos os empreendimentos da construtora deverão atender a Norma de Desempenho em seu nível superior. “Investimos e dominamos o conhecimento e a tecnologia para atingir o nível máximo da norma. Seria impróprio, e inadmissível, retroceder”, finaliza a diretora da empresa.

Laci Todeschini: a partir do Chronos, todas as edificações da Athivabrasil atenderão a Norma de Desempenho em seu nível máximo

Entrevistada
Arquiteta Laci Todeschini, diretora de comunicação e marketing da Athivabrasil Empreendimentos Imobiliários
Contatos
laci@cataniastudio.com
midias@cataniastudio.com

Créditos Fotos: Divulgação/Athivabrasil

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Nova revisão da ABNT NBR 6118 começa a ser preparada

Futura atualização da ABNT NBR 6118 entra em fase de planejamento. Antes, norma para projeto de estruturas de concreto busca certificação ISO

Por: Altair Santos

A edição revisada da ABNT NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento – vigora desde 29 de maio de 2014. Passado menos de um ano de sua atualização, a norma técnica mais importante para os projetistas da construção civil prepara-se para outra mudança. Ainda em 2015, uma emenda à NBR 6118 será colocada em votação popular para melhorar o texto que trata de verificação do projeto.

Sueli Bacchareti Bueno: ABECE e Ibracon mantém comitê ativo para analisar e preparar revisão em 2019

Segundo a ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), Suely Bacchereti Bueno, a emenda é para deixar explícito que é necessário promover a verificação do projeto. “Não se trata de uma errata à norma, mas de uma emenda que destaca a importância da verificação. Afinal, essa é uma norma que prioriza a segurança das edificações e também a segurança da sociedade”, ressaltou a engenheira, no mais recente debate sobre a NBR 6118 realizado no Instituto de Engenharia.

O prazo legal para uma nova revisão da norma para projetos de estruturas de concreto é 2019. No entanto, Alio Ernesto Kimura, secretário da comissão que analisa permanentemente a NBR 6118, afirmou que esta é uma norma em que a “revisão é infinita”. “Como abrange a tecnologia do concreto, precisa de revisão constante”, disse, também em palestra no Instituto de Engenharia, lembrando que o Brasil é o único país da América Latina a ter uma norma própria para projetos de estruturas de concreto.

Acreditação ISO
Porém, antes de qualquer alteração na norma, a prioridade é acreditá-la perante a ISO. O texto já foi traduzido para o inglês e uma comissão formada por especialistas de cinco países irá analisá-la. “Austrália, Índia, Coreia do Sul, Japão e EUA vão analisar o novo texto”, revela Suely Bueno. Segundo ela, o plano é que até o próximo congresso do Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto), que acontece em outubro de 2015 em Bonito-MS, a NBR 6118 já tenha obtido a certificação ISO.

A engenheira alertou também que o Brasil, como signatário da ISO, tem obrigação de manter suas normas atualizadas. “Ainda mais por tratar-se de uma norma tão importante como a 6118. Já foram promovidas novas reuniões para futuras revisões e, entre os itens relevantes para as atualizações que virão, estão estruturas de pilar e paredes, colapso progressivo, biela e tirante, estado multiaxial de tensão, punção e força cortante e blocos sobre estacas”, relatou.

Alio Ernesto Kimura: compatibilização com Norma de Desempenho fará parte da nova revisão

A recente revisão da ABNT NBR 6118 também não teve tempo de criar uma compatibilização com a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575 - Edificações habitacionais – Desempenho). Isso será feito nas novas revisões da 6118. “Essas revisões exigem muita responsabilidade do setor. Por isso, é importante haver mais engajamento. Também é relevante que novos profissionais entrem no processo de revisão, para que as comissões se renovem. Afinal, as revisões são infinitas”, finalizou Suely Bacchereti Bueno.

Para ver a íntegra da entrevista sobre a ABNT NBR 6118, acesse o link http://www.institutodeengenharia.org.br/site/videos/canal/cod_canal/2622/consideracoes-sobre-a-nova-norma-nbr-6118-2014

 

 

Entrevistados
- Engenheiro civil Alio Ernesto Kimura, sócio-diretor da TQS Informática e secretário da revisão da norma ABNT NBR 6118:2014
- Engenheiro civil Suely Bacchereti Bueno, diretora do escritório técnico Júlio Kassoy e Mário Franco Engenheiros Civis Ltda., ex-presidente da ABECE e coordenadora da comissão de revisão da NBR 6118
Contatos
jkmf@jkmf.com.br
comercial@tqs.com.br

Créditos Fotos: Divulgação/ABECE e Divulgação/Cia. Cimento Itambé

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Brasil conquista certificação sustentável nível máximo

Edificação anexa ao prédio da sede da Bayer, na cidade de São Paulo, conseguiu o inédito selo LEED-NC Platinum, do U.S Green Building Council

Por: Altair Santos

Considerada de nível máximo, a certificação LEED-NC Platinum, do U.S Green Building Council, que reconhece as melhores estratégias e práticas sustentáveis, foi concedida pela primeira vez a uma edificação brasileira. O prédio EcoCommercial Building é corporativo e atende a empresa Bayer, na cidade de São Paulo. Multifuncional, a construção cumpriu exigentes quesitos de eficiência energética, utilizando modernos sistemas de automação de luz e de ar-condicionado, além de ser totalmente integrado com o paisagismo que o cerca. Assinado pelo escritório de arquitetura Loeb Capote, o prédio conta com mais de 20 tecnologias relacionadas a materiais e sistemas construtivos.

O EcoCommercial Building está anexo à sede da Bayer, em São Paulo, e cumpre 69 práticas de construção sustentável

De acordo com Felipe Faria, diretor manager do GBC Brasil, que é quem acompanha o cumprimento das certificações LEED no país, o que levou o EcoCommercial Building a atingir a categoria Platinum foi que ele maximizou o atendimento de diversas práticas referentes à certificação. “O edifício teve um ótimo desempenho relacionado à eficiência energética, através da produção de energia renovável com células fotovoltaicas. É um dos únicos empreendimentos do Brasil que produzem toda a energia que consome, tornando-se autossuficiente”, afirma. Para chegar à certificação LEED-NC Platinum, o prédio da Bayer cumpriu 69 práticas de construção sustentável.

No projeto de arquitetura assinado pelo Loeb Capote, o Eco Commercial Building seguiu o que há de mais moderno em termos de sustentabilidade, sem deixar de lado a estética e o conforto de seus ocupantes. Entre os itens avaliados pelo U.S Green Building, e que possibilitaram a certificação do prédio, destacam-se:

 

  • Redução no consumo de água potável em 94,8%, graças ao aproveitamento de água da chuva.
  • Uso de equipamentos de baixo consumo e espécies vegetais com baixa demanda de irrigação.
  • 97% de todos os resíduos gerados pela obra foram desviados de aterros sanitários e destinados à reciclagem ou ao reaproveitamento.
  • 100% dos espaços têm acesso à luz e ventilação naturais, e apenas 5% dos espaços têm ar-condicionado.
  • Amplo uso de elementos passivos que trazem alta eficiência energética, usando o clima brasileiro.
  • Isolamento térmico em tetos e paredes com poliuretano e placas translúcidas de policarbonato nas fachadas, que bloqueiam calor e permitem a entrada de luz natural, além de brises, persianas, películas para proteção solar e diversas aberturas para circulação de ar, entre outros.
  • Nenhuma árvore foi removida do terreno e 17 foram incorporadas ao prédio para contribuir com a proteção solar.
  • No prédio, a geração de energia solar e os consumos de água e de energia elétrica, assim como emissões de CO2, são medidos e controlados em tempo real para evitar desperdícios.
Desde 2009, a Bayer segue o conceito de construir prédios sustentáveis em vários países. O Brasil é o 8º da lista

Materiais cimentícios
Quanto aos elementos cimentícios usados na obra, a certificação LEED-NC Platinum exige que a matéria-prima tenha escória de alto forno entre seus agregados e que os fornecedores (cimenteira, concreteira e fabricantes de artefatos de cimento) estejam num raio máximo de 100 quilômetros da obra, a fim de que haja baixa emissão de CO2 com transporte. “A certificação não faz restrições a nenhum material, mas, com relação aos cimentícios, quanto menor taxa de emissão de CO2 eles tiverem, melhor. Agora, a nova versão do LEED, que é o LEED B4, valoriza as matérias-primas recicladas, a proximidade dos fornecedores com o local da obra e os baixos compostos orgânicos voláteis, mas tudo dentro de uma análise de ciclo de vida e de declaração ambiental dos produtos”, revela Felipe Faria.

O programa EcoCommercial Building integra o Programa Bayer de Clima no Mundo, que reúne as ações da empresa para a preservação do meio ambiente. A iniciativa foi lançada em 2009. No Brasil, o conceito chegou em 2012, junto com o projeto para construir o primeiro ECB na América Latina. Prédios semelhantes já existem na Alemanha, Bélgica, China, Estados Unidos, Índia e Tailândia. No país, o EcoCommercial Building funciona como espaço de convivência dos dois mil colaboradores da unidade de São Paulo, além de ser aberto para visitação, treinamentos e eventos em construção sustentável.

Felipe Faria: certificação não faz restrições a nenhum material

Entrevistado
Felipe Faria, advogado e diretor manager da Green Building Council Brasil
Contato: ffaria@gbcbrasil.org.br

Créditos Fotos: Divulgação/Bayer e Divulgação/GBC Brasil

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Aplicativo cria placa virtual para imóveis

Ferramenta, batizada de “Placa Virtual”, permite que o interessado carregue em seu celular todas as informações do bem que pretende alugar ou comprar

Por: Altair Santos

Um aplicativo que leva a internet para a placa imobiliária. É o que os paranaenses Thiago Folador e Fernando Ribo criaram com a ferramenta batizada de “Placa Virtual”. Ela permite que o interessado em um imóvel carregue no celular todas as informações sobre locação ou venda de determinado bem. “Para escanear uma placa virtual, basta que o interessado tenha em seu smartphone qualquer aplicativo leitor de QR Code (i-Nigma, por exemplo) e aponte a câmera do celular para o código da placa. Feito isso, o usuário será direcionado automaticamente para uma ficha do imóvel, onde terá acesso às características, fotos e valores”, explica Thiago Folador. A tecnologia funciona tanto em aparelhos com sistema Android quanto iOS (iPhone).

Thiago Folador, um dos inventores do aplicativo: tirando a placa imobiliária da idade da pedra

Para os criadores do aplicativo, era preciso dar mais funções à placa física do imóvel, para que ela não informasse apenas o tipo de transação, o logotipo e o telefone da imobiliária. “O aplicativo Placa Virtual é a evolução da antiga placa imobiliária. Estamos em 2015 e a placa de vende continuava limitada às mesmas funcionalidades que tinha séculos atrás. Era hora de tirar a placa imobiliária da idade da pedra”, afirma Thiago Folador, completando que a ferramenta foi idealizada com base em uma necessidade que o mercado imobiliário já vinha sinalizando. “O mercado já tinha a necessidade de um produto inovador que fosse capaz de modernizar as placas por meio de uma interação perfeita com o smartphone dos clientes”, diz.

Outra percepção dos criadores do aplicativo é que os empresários do ramo imobiliário já estavam atentos ao consumidor Mobile. “Eles sabem que 71% dos usuários de internet acessam a rede por meio de seus telefones celulares. Quando o assunto é dispositivo móvel, estamos falando de nada menos que 280 milhões de celulares em todo o Brasil”, revela Folador. Segundo ele, o desenvolvimento do sistema levou cerca de dois anos. “Primeiro criamos um código inteligente que incorpora automaticamente as informações do imóvel. Isso levou seis meses. Em seguida, iniciamos o processo de proteção intelectual, que levou cerca de um ano. Feito isso, investimos outros seis meses estudando o mercado imobiliário e criando a marca para o produto, que hoje é “Placa Virtual”, complementa.

Aliado do corretor de imóveis
A vantagem do aplicativo é que ele não remete para o site da imobiliária, mas fornece diretamente as informações do imóvel. “Uma vez que o usuário acessa o Placa Virtual, a partir de um determinado imóvel, ele poderá ver todas as fotos internas e o valor de negociação. Além disso, poderá solicitar mais informações ao anunciante através de um formulário apresentado pela ferramenta. Outra funcionalidade bem legal é o botão ligar. Quando tocado, ele inicia uma ligação automática para o corretor responsável pelo imóvel, sem a necessidade de digitar os números do telefone”, destaca Thiago Folador. “Tudo isso sem nenhum custo, já que a grande maioria dos aplicativos capazes de ler QR Code pode ser baixada gratuitamente”, completa.

O aplicativo criado no Paraná tem patente depositada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e incorpora tecnologia que ainda não está presente em similares existentes nos Estados Unidos e na Europa. “Nossa ideia era importar uma tecnologia, mas nem nos países desenvolvidos existia uma solução satisfatória. Tivemos que inventar algo totalmente novo dando origem ao Placa Virtual”, garante Folador, assegurando que a ferramenta não é inimiga do corretor de imóveis. Pelo contrário. “O Placa Virtual diminui os custos e poupa tempo dos corretores, que passam a focar seus esforços em clientes que realmente têm chance de efetivar negócios. Além disso, a inovação agiliza o agendamento de visitas e diminui a distância entre o interessado no imóvel e a imobiliária”, finaliza.

Entrevistado
Thiago Folador, especialista em marketing digital e CEO do Placa Virtual
Contatos
thiago@placavirtual.com.br
www.placavirtual.com.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330