Pavimento de concreto agrega pista de painéis solares
Coladas sobre as estradas, as faixas fabricadas com silicone policristalino podem gerar energia para cinco mil pessoas a cada quilômetro
Por: Altair Santos
As rodovias com pavimento de concreto da Europa foram as escolhidas para receber uma nova tecnologia: faixas de painéis solares com 7 milímetros de espessura, fabricadas com silicone policristalino. Coladas sobre as estradas, elas podem gerar energia para cinco mil pessoas a cada quilômetro. O concreto é o material mais indicado, por refletir melhor a luz solar, ainda que o asfalto não tenha contraindicação.
A experiência começará na França, que pretende estender os painéis de silicone ao longo de mil quilômetros de rodovias. A invenção, batizada de Wattway, suporta veículos de grande porte, mas a iniciativa é o primeiro passo dado pelo governo francês para estimular a frota de carros movidos por energia elétrica.
“Há várias possibilidades, e essa de estimular uma frota de veículos limpos não pode ser descartada. Mas a prioridade é que, a cada quilômetro linear coberto pela película fotovoltaica, será possível atender cinco mil pessoas com energia elétrica”, ressalta Philippe Raffin, diretor-técnico da Colas – empresa francesa voltada à inovações na construção civil, e que desenvolveu o invento.
Raffin define a tecnologia como uma “estrada para o futuro”. Segundo o diretor da Colas, o formato de paralelepípedo das células fotovoltaicas é proposital. “Eles ajudam a integrar melhor o sistema e também interferem pouco na visibilidade dos motoristas, que estão acostumados com esse desenho na Europa”, justifica.
A invenção ganhou uma moção de apoio na COP21 – a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima -, sob a alegação de que a película de painéis solares ajudará o continente europeu a reduzir a emissão de carbono. Antes, a Colas precisa minimizar o custo das placas fotovoltaicas. Hoje, cada conjunto custa cerca de 5 mil euros.
Apoio da COP21
O peso é outro fator que coloca obstáculo na popularização do sistema. Cada conjunto de placas chega a 9 quilos, apesar da pouca espessura. “É uma tecnologia inovadora e, como tal, precisa superar processos até que se torne totalmente viável”, avalia Gaëtan Siew, presidente da comissão de cidades inteligentes da COP21.
A francesa Colas também quer intensificar os testes da película fotovoltaica em condições climáticas adversas, como chuva intensa e nevasca. “Estamos refinando a invenção, o que é natural”, reconhece o diretor de inovações da Colas, Christophe Lienard.
Outro aperfeiçoamento está relacionado à perda entre a energia captada e a efetivamente gerada. Nos primeiros testes, essa diferença variou de 6% a 10%. O objetivo é que a perda fique entre 3% e 4%, no máximo. “Não estamos falando de um sistema como o que estamos acostumados a ver nos telhados das casas. Estamos falando de algo inovador, uma membrana colada sobre a pista de concreto ou de asfalto. Não tenho dúvidas de que em uma década nossas estradas não serão mais as mesmas”, finaliza Christophe Lienard.
Entrevistados
Philippe Raffin, diretor-técnico da Colas, e Christophe Lienard, diretor de inovação da Colas (via departamento de comunicação)
Contato: communication@colas.fr
Crédito Foto: Divulgação/Colas
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Empresa familiar precisa ter estratégia como herança
Ao propagar seus conceitos e preparar os sucessores, empreendedor dá passo importante na direção da sustentabilidade e da longevidade do negócio
Por: Altair Santos
A tese de que empresas familiares não têm estratégias definidas não é verdadeira. Os empreendedores que formam as primeiras gerações de um negócio possuem, sim, projetos bem consolidados. Porém, os planos ficam em “suas cabeças”, o que não é o ideal.
A prática demonstra que o confinamento da estratégia pelo empreendedor faz com que a continuidade do negócio demande esforço adicional. “Uma avaliação mais detalhada do modelo de empresa familiar demonstra que cada empreendedor traçou uma ou várias estratégias, até que seu sonho fosse alcançado. Consolidada a empresa, ele segue calibrando as estratégias de acordo com o seu melhor julgamento, mas de forma isolada. Portanto, desconhecido dos demais. O ideal é que ele estruture o negócio para que seus sucessores entendam o DNA da empresa, possam absorvê-lo e tocá-lo adiante”, avalia Cláudia Tondo, coordenadora do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Ao abrir seus conceitos e preparar os sucessores, o empreendedor está dando um passo importante na direção da sustentabilidade e da longevidade de seu negócio, independentemente do tamanho da empresa e do ramo de atividade. “A prática demonstra que a existência da estratégia apenas na cabeça do empreendedor faz com que a continuidade do negócio e das relações familiares demande um esforço adicional, já que é preciso estruturar o negócio, a família e o patrimônio. O desafio não é pequeno, mas o seu grau de dificuldade não exime ninguém de encará-lo. Desatar esse nó revela-se o verdadeiro desafio e, porque não, um grande estímulo”, alerta Robert Juenemann, conselheiro de administração do IBGC.
O especialista lembra que quando o empreendedor-sênior não prepara seus sucessores, sejam executivos familiares ou não-familiares, pode estar selando o futuro da empresa. Isso, normalmente, resulta na demora da companhia em modernizar-se ou, simplesmente, na venda do negócio.
Governança corporativa familiar
Uma solução para a empresa é adotar a governança corporativa familiar. Ela facilita a montagem de uma estrutura que permite o diálogo sobre assuntos essenciais para a continuidade dos negócios.
Entre eles, direcionar empreendimentos, formalizar objetivos e alinhar expectativas. “No ambiente da família, recomenda-se a criação de fóruns que estimulem o diálogo respeitoso sobre os temas importantes para seus membros e crie uma ponte entre as pessoas que compõem o topo da hierarquia empresarial. Na medida em que estes diálogos se estabelecem, os empreendedores acabam percebendo que outras pessoas também estão comprometidas para o sucesso e a continuidade dos negócios”, explica Claudia Tondo.
A coordenadora do IBGC ainda sugere que, para facilitar esse diálogo, o conselho familiar elabore uma agenda temática e inclua em sua pauta assuntos considerados relevantes para a prosperidade da empresa.
Por fim, Robert Juenemann acrescenta que estruturas de governança propiciam diálogos respeitosos e facilitam desatar nós que poderiam comprometer a estratégia da empresa familiar. “É muito comum encontrarmos membros da nova geração dizendo: precisamos fazer um planejamento estratégico. Por outro lado, membros da geração sênior ficam mudos em relação ao assunto, achando que isso é exagero de quem, em geral, estudou formalmente mais do que eles. E, aí, o nó entre as gerações não é desatado e quem pega o preço é a empresa”, diz, finalizando que uma estratégia transparente deve ser a principal herança das empresas familiares.
Saiba mais
Entre os dias 13 e 14 de abril, o IBGC estará em Curitiba, ministrando o curso Governança Corporativa em Empresas Familiares. Para mais informações, acesse o link:
http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=19607/governanca-corporativa-em-empresas-familiares
Entrevistados
Cláudia Tondo, coordenadora-geral do Capítulo Sul do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
Robert Juenemann, conselheiro de administração do IBGC
Contato: ibgc@planin.com
Crédito Foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Navios de concreto ajudaram a ganhar até guerras
Tecnologia perdeu a corrida para a indústria do aço, mas foi útil para a produção de embarcações, principalmente até a metade dos anos 1940
Por: Altair Santos
Entre 1942 e 1945, a escassez de aço levou Inglaterra e Estados Unidos a investirem na fabricação de navios usando concreto armado. Um exemplo foi o SS Arthur Talbot, lançado ao mar em 1943. Estaleiros especializados em fabricar embarcações de concreto proliferaram também por outros países, como a Holanda. Durante a Segunda Guerra Mundial, a própria marinha nazista fabricou embarcações de concreto.
Até 1969, um destes navios, que servia para transportar carvão mineral e abastecer a frota da Alemanha nos combates em alto-mar, estava ancorado no Rio de Janeiro. Rebatizada de Esmeralda, a embarcação foi arrematada em leilão por um comerciante português que fazia o transporte de bacalhau entre Porto, em Portugal, e o Rio Janeiro.
Mais tarde, o Esmeralda foi comprado por um empresário de Luanda, na África, para fins turísticos. Porém, sem receber manutenção, o navio acabou apresentando infiltrações e foi afundado propositadamente na costa do país africano. A citação faz parte de um estudo coordenado pelo professor de engenharia mecânica naval da Universidade Federal de Pernambuco, Juraci Nóbrega.
Recentemente, Nóbrega estimulou um grupo de alunos a construir uma canoa de concreto, usando um varão de ferro, tela de arame e cimento. O protótipo, desenvolvido em parceria com o programa de intercâmbio Brasil-França (Brafitec), foi apresentado como uma alternativa para os pescadores de baixa renda de Pernambuco, já que o custo da embarcação (R$ 600), comparado com canoas de madeira, é quase três vezes menor.
Estaleiro Kiptopeke
Porém, nada se iguala à produção em série de navios de concreto que operou até o início dos anos 1950 na cidade de Tampa, na Flórida-EUA. O estaleiro Kiptopeke especializou-se na fabricação deste tipo de embarcações para fins comerciais, transportando principalmente açúcar, café e minério entre os Estados Unidos, países do Caribe e da América do Sul.
Após a interrupção da fabricação de navios de concreto, o estaleiro Kiptopeke vendeu parte dos cascos para servir de quebra-mar ao longo das costas leste e oeste dos Estados Unidos e do Canadá. O auge da produção do estaleiro se deu entre 1945 e 1949, no pós-guerra, quando ainda havia escassez de aço para a produção de navios. O Kiptopeke chegou a empregar mais de duas mil pessoas.
No Brasil, alguns dos primeiros navios-plataformas da Petrobras para a exploração de petróleo em águas marinhas foram construídos em concreto. A tecnologia aperfeiçoou-se, mas nos anos 1960 começou a ser sufocada pela indústria do aço, mesmo parecendo mais segura. Segundo estudiosos, o Titanic não teria afundado, em 1912, se tivesse sido construído em concreto armado e se a tecnologia para fabricar navios de betão já existisse naquela época.
De acordo com o professor da UFPE, Juraci Nóbrega, atualmente a fabricação de embarcações de concreto se limita a pequenos barcos, principalmente no continente africano. “Na África, é comum a construção de barcos de concreto armado que pesam cerca de 500 quilos e conseguem transportar até 1,5 tonelada de carga”, afirma.
Entrevistado
Engenheiro mecânico e professor do curso de engenharia naval da Universidade Federal de Pernambuco, Juraci Nóbrega
Contatos
juraci.nobrega@ufpe.br
jccnobrega@gmail.com
Créditos Fotos: US Army/Divulgação/UFPE
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Linha 4 do metrô do Rio vira desafio olímpico
Maior obra de mobilidade urbana do país é estratégica para o evento que a cidade irá sediar em agosto. Mas será que fica pronta a tempo?
Por: Altair Santos
O trecho de 16 quilômetros entre Leblon e Barra da Tijuca é a futura Linha 4 do metrô da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se da maior obra de mobilidade urbana para as Olimpíadas, e também do país. A previsão é de que entre em funcionamento no 1º de julho. Mas o cronograma se transformou em impasse. O governo federal, que financia o empreendimento, passou a fazer contingenciamento dos R$ 500 milhões necessários para finalizar as escavações e a instalação das estações. Até o começo de 2016 restavam 650 metros para que todo o trecho fosse escavado. Enfim, falta de recursos e cronograma cada vez mais apertado transformaram-se em desafio olímpico para a megaobra.
A ponto de a prefeitura do Rio, como forma de pressionar o desembolso do dinheiro que falta, chegar a anunciar em fevereiro de 2016 que já trabalhava um plano B para o caso de a Linha 4 não ficar pronta até os jogos olímpicos. A saída seria criar novos trajetos de BRT (Bus Rapid Transit) para atender o público que irá se deslocar entre o parque olímpico de Jacarepaguá e os cartões postais do Rio. No entanto, os dois consórcios de construtoras responsáveis pela obra garantem que a cidade não precisará de plano B. Segundo o mais recente relatório, divulgado dia 17 de março, 90% de toda a infraestrutura está construída. O trecho mais crítico das escavações se resume a 113 metros – ainda não concluídos.
Para Marcos Vidigal, diretor de contrato das obras de implementação da Linha 4 do Metrô do Rio, a complexidade da construção exige revisões diárias do projeto, para que o cronograma seja cumprido. “Trabalhamos com engenharia civil avançada, em um empreendimento de grande porte e alta complexidade, dentro de um centro urbano densamente povoado. A Linha 4 do Metrô é a maior obra de infraestrutura urbana em execução atualmente no Brasil. Por isso, nunca deixamos de buscar a excelência em nosso trabalho. Além disso, temos que sincronizar as diferentes frentes para que elas executem suas tarefas a contento. Estamos falando de 9.200 colaboradores atuando simultaneamente na obra”, resume.
Sob medida
Além de homens, há tecnologia de ponta envolvida no empreendimento. A máquina que cuida das escavações da obra foi importada da Alemanha e fabricada especificamente para as dimensões da Linha 4. O Tunnel Boring Machine (TBM) - apelidado de Tatuzão - tem 11,5 metros de diâmetro, o equivalente a um prédio de quatro andares, e 120 metros de comprimento. O equipamento pesa 27 mil toneladas. Conforme vai avançando, o TBM lança jatos de grout (argamassa de cimento) contra as paredes escavadas e assenta as aduelas de concreto, que formam a estrutura do túnel. São 22 mil peças pré-fabricadas para compor os 2,7 mil anéis que revestirão o trecho.
Quando pronta, estima-se que a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro vá transportar, a partir de julho de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) ao longo dos 16 quilômetros de extensão. O empreendimento está a cargo do Consórcio Construtor Rio Barra (Queiroz Galvão, Odebrecht Infraestrutura, Carioca Engenharia, Cowan e Servix) e do Consórcio Linha 4 Sul (Odebrecht Infraestrutura, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia).
Entrevistado
Engenheiro civil Marcos Vidigal, diretor de contrato das obras de implementação da Linha 4 do Metrô do Rio
Contato: atendimento.ccrb@ccrblinha4.com.br
Créditos Fotos: Divulgação/Metrô Linha 4
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
China projeta 1º prédio com hortas em apartamentos
Como a população do país está se tornando cada vez mais urbana, arquitetura investe em protótipos de sustentabilidade, como o Agro-Housing
Por: Altair Santos
Assinado pelos arquitetos israelenses David Knafo e Tagit Klimor, um edifício projetado para a cidade de Wuhan, na China, pretende ser o primeiro a ter hortas em cada um dos andares. Batizado de Agro-Housing, o empreendimento busca um olhar mais atento às formas inovadoras de pensar sobre a urbanidade sustentável. É também a busca de uma solução para um problema que a China começa a enfrentar, e que tende a desafiar cada vez mais o país. Refere-se ao fato de que 50% da população chinesa (superior a 1 bilhão de pessoas) em breve estará vivendo em cidades, e não mais no campo.
A edificação, consideram os arquitetos que a idealizaram, é um passo à frente no conceito de prédio-verde. As varandas espaçosas são equipadas com estufas de dez metros quadrados cada uma. O sistema permite o plantio sem o uso de terra e a irrigação se dá por gotejamento, utilizando as águas pluviais coletadas a partir do telhado e da água reciclada dentro do próprio edifício. O modelo também possibilita a refrigeração natural dos apartamentos, minimizando ou dispensando integralmente o uso de ar-condicionado em determinadas épocas do ano. Wuhan, na China, é uma das cidades mais quentes do país.
Para David Knafo e Tagit Klimor, o conceito-inovador é também uma tentativa de antecipar mudanças de hábitos da sociedade. “Cultivando seus próprios alimentos em comunidades verticais, o morador melhora os laços com os vizinhos e se sente mais responsável pelo prédio onde mora. Além disso, o edifício inclui outras áreas verdes, tanto no telhado quanto nas áreas térreas”, explica Klimor. A dupla de arquitetos iniciou o projeto em 2007 e as obras começaram em 2012, com conclusão em 2016. Construtoras israelenses, norte-americanas e britânicas estão envolvidas no empreendimento.
O edifício é um protótipo e, desde que bem-sucedido, a ideia é transformá-lo em um bairro sustentável com 10 mil unidades. Com 11 pavimentos, o prédio é construído em sistema misto (estruturas de aço e concreto). O vidro e as fachadas ventiladas também são características do projeto. As plantas são flexíveis, o que permite que cada morador defina os espaços de seu apartamento. As únicas partes que não podem ser alteradas são os banheiros - pré-fabricados e encaixados dentro dos apartamentos. Essa foi a solução encontrada para garantir o bom funcionamento do sistema de tratamento das águas do banheiro, para ajudar na irrigação das hortas.
Confira o vídeo do Agro-Housing: https://vimeo.com/41623564
Agro-Housing / Knafo Klimor Architects from ArchDaily on Vimeo.
Entrevistados
Arquitetos David Knafo e Tagit Klimor, do escritório israelense Knafo Klimor Architects (via assessoria de imprensa)
Contato: office@kkarc.com
Crédito Foto: Divulgação/Knafo Klimor Architects
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Economia muda lista das 100 maiores construtoras
Empresas que operavam ancoradas no Minha Casa Minha Vida tiveram que se adaptar à nova realidade econômica e ajustar empreendimentos
Por: Altair Santos
A situação econômica do país rearranjou o ranking das 100 maiores construtoras do país, divulgado anualmente pela ITC Consultoria. Subiram na lista empresas que passaram a adotar modelos alternativos, como o consórcio de imóveis. Também consolidaram suas posições aquelas que mantiveram recursos para apostar no marketing do primeiro imóvel, mesmo com a redução no volume de recursos do Minha Casa Minha Vida. Neste caso, a opção para continuar atraindo compradores foi investir no financiamento próprio, como é o caso da MRV, que se manteve no topo da lista.
Segundo Viviane Guirao, consultora em pesquisa de mercado da ITC Consultoria, para compor a 12ª edição do ranking contabilizou-se 2.285 obras espalhadas em todo território nacional, nos segmentos residencial, comercial e industrial - exceto obras de infraestrutura. “Comparado ao período 2014-2015, foi verificado um declínio de 20%, em média, no volume de obras, o que resultou também na redução do total de metros quadrados individuais da maioria das construtoras, salvo algumas exceções”, disse a analista. O volume de m² das obras avaliadas chegou a 62 milhões.
Essa queda na quantidade de obras está diretamente relacionada com a desaceleração nos investimentos do Minha Casa Minha Vida. “Muitas obras do programa foram adiadas, ou até mesmo paralisadas, devido à falta de repasse dos recursos do governo federal. As construtoras que atuavam principalmente nesse segmento tiveram que se adaptar à nova realidade econômica e ajustar seus empreendimentos para um novo público”, comentou Viviane Guirao.
As que mais cresceram no ranking
Entre as empresas que mais avançaram casas no ranking está a Rodobens Negócios Imobiliários, que subiu 19 posições e alcançou a 12ª colocação. Fundada em São José do Rio Preto-SP, a construtora e incorporadora chegou à marca de 166 empreendimentos lançados em todo o Brasil e atua em 53 cidades de 11 estados brasileiros. São mais de 63 mil unidades construídas, somando 5,5 milhões de m². “Em um ano com cenário desafiador, como foi o de 2015, conquistar o 12º lugar entre as 100 maiores empresas do setor respalda nossa estratégia”, afirmou Amilton Nery, no dia da premiação, e que é diretor-comercial da Rodobens, cujo foco está nos consórcios para habitações populares.
Nenhuma construtora avançou tanto na recente edição do ranking das 100 maiores que o Grupo Pacaembu. A empresa opera no interior de São Paulo e subiu da 36ª para a 5ª posição. Sua expertise são unidades horizontais para população de baixa renda. Nenhuma casa custa mais de R$ 100 mil e todos os conjuntos habitacionais são iguais. A produção é em larga escala e a lucratividade se dá no volume de vendas. Desde o lançamento do Minha Casa Minha Vida, o Grupo Pacaembu já comercializou 41.949 unidades.
Foram políticas arrojadas e procedimentos anticíclicos que o ranking da Consultoria ITC detectou como os movimentos bem-sucedidos em 2015. No entanto, os analistas entendem como casos isolados. A maioria teve queda de produtividade e isso refletiu na perda de posições. Por isso, a ITC defende uma política urgente para a retomada do crescimento na construção civil. “Algumas ações já fariam a diferença, pois o setor é um dos pilares que sustentam a economia do país e há a necessidade de uma reação imediata do governo”, finaliza Viviane Guirao.
Confira aqui as 100 maiores construtoras do ranking
Veja aqui as vencedoras por categoria
http://rankingitc.com.br/categorias-vencedoras-ranking-itc-2015/
Entrevistada
Viviane Guirao, consultora em pesquisa de mercado da ITC (Inteligência Empresarial da Construção)
Contatos
viviane@itc.etc.br
marketing@itc.etc.br
Crédito Foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Mercado de imóveis de alto padrão está no paraíso
Construtoras e incorporadoras mudam o foco: passam a centralizar seus negócios em empreendimentos de luxo, onde as vendas nunca desaquecem
Por: Altair Santos
O segmento que envolve empreendimentos com valor superior a R$ 3 milhões por unidade corre por uma pista livre, diferentemente de outros setores do mercado imobiliário. Significa que as vendas seguem aquecidas, lastreadas principalmente pela cotação do dólar. Quem adquire esse tipo de residência tem suas economias em moeda estrangeira, sejam brasileiros ou estrangeiros. Por isso, construtoras e incorporadoras que atendem a esse público desconhecem a palavra crise. Para elas, os imóveis de alto padrão estão no paraíso.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, o volume de lançamentos de imóveis voltados para a classe média (Valor geral de venda [VGV] até R$ 1 milhão) fechou 2015 com queda de 38%. No entanto, os empreendimentos de luxo cresceram 20%, de acordo com dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação do estado de São Paulo). Em Curitiba, não é diferente. Relatório da Ademi-PR (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná) mostra que o número de lançamentos de edifícios superluxo praticamente dobrou na capital paranaense de 2014 para 2015, saltando de 12 para 22 empreendimentos.
De acordo com o diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi-PR, Fábio Tadeu Araújo, de fato não há crise para esse segmento. “Trata-se de um padrão de imóvel que sofre menos o efeito das variações econômicas e financeiras no país, pois seu púbico comprador é menos dependente do financiamento habitacional”, explica. “Esse tipo de imóvel tem outra característica, que é a valorização consistente, ou seja, o metro quadrado não para de crescer”, completa Lucas Vargas, vice-presidente executivo do Viva Real - portal especializado em análises do mercado imobiliário.
Balneário Camboriú
Em algumas regiões do país, o m² do imóvel de alto padrão já se encontra na faixa de R$ 23 mil. É o que ocorre na cidade de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Proporcionalmente ao tamanho de sua área (46,8 km²), o município é o que concentra o maior número de prédios superluxo do país. Entre 2014 e 2015, foram lançadas 2.832 unidades com esse perfil no local e, segundo dados do Secovi-SC, a possibilidade é que as vendas cheguem a 100% até o final do primeiro trimestre de 2016. Não é à toa que, em Balneário Camboriú, 22 construtoras e incorporadoras disputam acirradamente os terrenos disponíveis para erguer novos empreendimentos.
Como as áreas estão cada vez mais restritas, os construtores optam pela verticalização dos projetos. Resultado: Balneário Camboriú é hoje o município que concentra os prédios mais altos do Brasil. É também a região onde os principais escritórios de arquitetura do país e do mundo investem em projetos. Como o Pininfarina, que assina o Residencial Club Yatchouse, da construtora Pasqualotto & GT Empreendimentos. No local, o jogador Neymar, do Barcelona e da seleção brasileira de futebol, comprou duas unidades. Além das celebridades, os empresários do agronegócio dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins estão também entre os que mais compram imóveis de alto padrão na cidade catarinense.
Veja a lista de construtoras que operam no setor de imóveis superluxo em Balneário Camboriú:
Embraed Empreendimentos, FG Empreendimentos, RV Empreendimentos, Ciaplan Empresarial, Cechinel Construtora, Procave, H-Pio Construtora, Carelli, Riviera Concept, J. A. Russi, Fórmula F-10, Venturin, Pasqualotto & GT Empreendimentos, Amores da Brava, San Remo, Mirage, Costa Esmeralda, Mendes Sibara, Grupo Brava Beach, Haras Rio do Ouro, Rogga, Marina Itajaí
Entrevistados
Fábio Tadeu Araújo, diretor de Pesquisa de Mercado da Ademi-PR (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná)
Lucas Vargas, vice-presidente executivo do Viva Real
Secovi-SP e Secovi-SC (via assessoria de imprensa)
Contatos
ademipr@ademipr.com.br
vargas@vivareal.com
aspress@secovi.com.br
secovi-sc@secovi-sc.com.br
Crédito Foto: Clio Luconi/Camboriú Alto Padrão
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Indústria 4.0: ela vai chegar à construção civil?
Chão de fábrica nos setores automobilístico, aeronáutico e de óleo & gás já experimenta nova era; empreiteiras também se sensibilizam
Por: Altair Santos
O mundo começa a viver sua quarta revolução industrial. É a indústria 4.0, onde a robótica já permite que máquinas inteligentes ocupem quase completamente o chão de fábrica. Na Alemanha, sobretudo na indústria automobilística, esse processo já é realidade. Os segmentos da aeronáutica e de óleo & gás também já adotam processos 100% mecanizados. A pergunta que se faz é: a indústria 4.0 pode chegar à construção civil? Há quem garanta que sim. Para estudiosos, os processos que usam impressoras 3D e utilizam softwares como o BIM são os primeiros passos nessa direção. Existem também as máquinas pré-programadas, como as que assentam pavers sem a interferência humana. Mas é possível que toda essa tecnologia chegue aos canteiros de obras, principalmente os brasileiros?
O diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Santa Catarina, Jefferson Gomes, avalia que, no caso do Brasil, será preciso superar alguns obstáculos. “Para isso acontecer, temos alguns entraves, como ambiente macroeconômico, qualidade de educação dos trabalhadores, eficiência do mercado e desenvolvimento do mercado financeiro para viabilizar negócios. No Brasil, numa escala de zero a sete dos relatórios de competitividade global, beiramos algo por volta de 3,5 a 4. O tamanho do mercado é enorme, mas em todos os outros quesitos o Brasil precisa caminhar para ir ao encontro da indústria 4.0”, diz.
Outro ponto importante para o desenvolvimento da indústria 4.0 para a construção civil nacional é a formação de engenheiros com especialidade em construção, mecânica e eletroeletrônica atuando em conjunto. “Definitivamente, o Brasil não vai entrar nessa era tendo apenas 5% dos egressos no ensino superior formados em engenharia. Engenheiro, no caso da indústria 4.0, é um indivíduo com alta capacidade de conhecimento sobre um determinado assunto e alta capacidade de congregar conhecimentos com outros parceiros de trabalho. Mas do jeito que nós estamos formando para o mercado não é compatível para esse tipo de avanço tecnológico”, alerta.
Parcerias com a Alemanha
Por enquanto, para se conectar à indústria 4.0, a construção civil tem procurado importar equipamentos e acompanhar feiras internacionais que focam nesta nova era. O país mais avançado na área é a Alemanha, que neste ano, de 11 a 17 de abril, realiza a 31ª edição da Bauma. O evento acontece a cada três anos na cidade de Munique, e é considerado o principal da construção civil no que tange a máquinas, veículos e aparelhos para movimentação de terra, perfurações, escavações, mineração, extração, elevação, guindastes, veículos, maquinários, materiais e serviços. Em 2016, a indústria 4.0 será o centro das atenções da Bauma.
No Brasil, o estado mais atento à indústria 4.0 é Santa Catarina. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) vem incentivando parcerias entre empresas filiadas a ela e desenvolvedores alemães. O objetivo é melhorar a competitividade. “Segundo estudos, os processos relacionados à manufatura avançada poderão reduzir os custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40% e o consumo de energia de 10% a 20%, assim como a eficiência do trabalho, que também pode aumentar de 10% a 20%”, explica Glauco José Côrte, presidente da FIESC. O organismo também busca preparar profissionais para atuar com as tecnologias envolvidas nessa nova revolução industrial, que sinaliza ser um caminho sem volta.
Entrevistado
Jefferson Gomes, doutor em engenharia mecânica, professor do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Santa Catarina (via assessoria de imprensa)
Contato: imprensa@cni.org.br
Créditos Fotos: Divulgação/SENAI-SC
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Impor metas de venda pode ser estratégia errada
Definir objetivos factíveis ajuda trabalho em equipe e na implantação de uma cultura de meritocracia na empresa
Por: Altair Santos
Vender é o que toda empresa quer nos tempos atuais. Mas como conseguir? Empresas que impõem metas extremamente rigorosas aos seus vendedores, no atual cenário brasileiro, podem estar cometendo um equívoco. O momento não é de impor, mas de negociar e definir objetivos em conjunto. A meta deve ser estabelecida levando em conta a capacidade do vendedor, o tempo médio que ele gasta para fazer uma venda e os recursos que lhe são oferecidos para isso. “Definir metas factíveis ajuda o trabalho em equipe e na implantação de uma cultura de meritocracia na empresa. Assim, todos têm à disposição dados quantitativos do desempenho das vendas e podem pensar soluções para melhorá-las”, diz Renato Morsch, líder de vendas corporativas da Salesforce para a América Latina.
A Salesforce é uma empresa provedora de tecnologias de relacionamento e entre suas expertises está prospectar soluções de vendas para o mercado. Recentemente, com base em pesquisa com seus clientes - incluindo o setor da construção civil -, ela elencou erros que têm sido cometidos pelas companhias para tentar superar o cenário de crise da economia brasileira. Entre elas, a questão das metas de vendas. No estudo, é feita a seguinte análise: “Todo o departamento comercial ou equipe de vendas precisa ter metas simples e claras. Ela deve ser feita levando em conta a capacidade do vendedor, o tempo médio que ele gasta para fazer uma venda e os recursos que lhe são oferecidos para isso”.
O estudo também apontou outros parâmetros, como: tentar vender para quem ainda não está pronto para comprar. São apontados três modelos de consumidores: 1) os que apenas têm intenção de comprar; 2) os que querem comprar, mas não sabem de quem; 3) os decididos a comprar de determinada empresa, mas que podem mudar de ideia dependendo da oferta e do perfil do vendedor. “Para evitar perder a venda, conheça o seu cliente e respeite os seus momentos. Sua equipe de vendas deve estar treinada para saber em que estágio de interesse o cliente está e qual a melhor forma de atendê-lo naquele momento”, destaca a análise da Salesforce.
Público-alvo e ferramentas de internet
Outro ponto relatado no levantamento está relacionado com a identificação do público-alvo da empresa. Isso se consegue através de dados demográficos, geográficos, psicográficos e comportamentais, que constituem um perfil ideal de pessoas adeptas a um determinado produto ou serviço. “Todo negócio precisa ter clareza na hora de identificar seu público-alvo, caso contrário isso implicará no segundo erro cometido por equipes de vendas: tentar vender para segmentos onde o seu produto não se encaixa”, alerta. “Dessa forma, para evitar o erro de investir esforços em quem não está interessado, a equipe de vendas deve conhecer a fundo os seus consumidores. É importante estudá-lo, avaliar seus desejos e anseios e, com isso em mente, pensar na sua abordagem de venda”, completa Renato Morsch.
Para o executivo, o momento é de usar ao máximo as possibilidades da internet para chegar ao cliente. “Além das várias ferramentas e redes sociais, a internet fornece uma série de benefícios para as empresas que sabem explorá-la. Por essa razão, sugerimos duas ações simples para usar melhor a web: interagir e prospectar”, aponta Morsch. As ferramentas para isso são os e-mails, blogs, redes sociais e sites que especificam a expertise da empresa. “A chave aqui é a palavra interação”, finaliza o especialista em vendas.
Entrevistado
Renato Morsch, Head de Enterprise Sales LATAM na Salesforce (líder de vendas corporativas da Salesforce para a América Latina)
Contato: latam@salesforce.com
Créditos Fotos: Divulgação/Salesforce
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Estais solucionam instabilidade em ponte no Paraná
Tecnologia sanou problema geológico que comprometia pilares em uma das cabeceiras da estrutura localizada na rodovia Régis Bittencourt
Por: Altair Santos
O reforço com estais foi a solução encontrada pela engenharia da concessionária Autopista Régis Bittencourt para recuperar a ponte sobre a represa do Capivari, no município de Campina Grande do Sul, no Paraná. A estrutura, construída em 2000, teve parte desabada em 2005, foi recuperada em 2006 e interditada em 2012, por causa de uma instabilidade geológica que comprometia um dos pilares na cabeceira sentido norte. “Em uma inspeção de rotina, detectamos que o pilar sofreu um deslocamento na ordem de 40 centímetros. Tivemos que fazer minuciosos estudos, com prospecção por meio de sondagens, que nos revelaram uma falha geológica profunda, uma cisão no substrato rochoso, causando um desnível de 15 metros. O pilar estava nessa área de instabilidade”, revela Eneo Palazzi, diretor-superintendente da Autopista Régis Bittencourt.
Cogitou-se implodir a ponte e construir outra naquele trecho da BR-116, mas pesquisas de engenharia concluíram que sustentar a estrutura com estais a livraria da instabilidade. A solução foi aplicada. “A construção de uma estrutura estaiada de sustentação possibilitou a eliminação do apoio 8, que se encontrava em área de instabilidade, e o integral aproveitamento da superestrutura de três vãos que dependiam dele. Comparada com outras possíveis, essa solução se revelou técnica e economicamente mais adequada”, afirma Eneo Palazzi. Foi a primeira vez no Brasil que essa tecnologia foi empregada em obras deste porte. Para tal, os vãos aproveitados foram os reconstruídos em 2005, por ocasião do primeiro acidente na ponte, e que são constituídos de longarinas metálicas e laje de concreto.
Trinta mil veículos por dia
Não se cogitou instalar estais na cabeceira sul da ponte, pois nessa parte da estrutura as fundações não apresentam problemas. A Autopista Régis Bittencourt também avalia que nenhuma obra de arte em outros trechos da rodovia necessite deste tipo de tecnologia. A concessionária, no entanto, já realizou 184 obras de recuperação, reforço e reforma em pontes e passagens inferiores no trecho de pouco mais de 400 quilômetros, que liga São Paulo a Curitiba. No caso da ponte sobre a represa do Capivari, a liberação do tráfego aconteceu na tarde de 12 de fevereiro de 2016, por volta das 16h, quando o trânsito foi restabelecido na pista sentido São Paulo, sendo que a sentido sul voltou a operar normalmente, para os usuários que seguem no sentido Curitiba. Diariamente, em dias normais, trafegam pelo local aproximadamente 30 mil veículos.
A ponte sobre a represa Capivari tem 280 metros de comprimento e em 2005 desabaram 70 metros. Na ocasião, a manutenção da ponte estava a cargo do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), pois a rodovia ainda não havia sido privatizada. Na recente obra, para erguer as torres que sustentam os estais, a engenharia dispôs de concretos cuja resistência é usual em obras de ponte e viadutos com essa característica. A única novidade é que a concessionária passará a fazer avaliações menos espaçadas da nova obra. “As inspeções continuarão normais anualmente, com procedimento especial nos estais”, diz o diretor-superintendente da Autopista Régis Bittencourt.
Entrevistado
Engenheiro civil Eneo Palazzi, diretor-superintendente da Autopista Régis Bittencourt
Contato: eneo.palazzi@arteris.com.br
Créditos Fotos: Divulgação/Autopista Régis Bittencourt