Vai construir em faixa litorânea? Capriche na argamassa
Assim como os protetores solares agem como um escudo para blindar a pele humana dos raios ultravioletas, quando se está exposto ao sol, é a argamassa o melhor protetor para evitar que o concreto seja atingido pelos cloretos que são lançados no ar pelo aerossol marinho - também conhecido como névoa marinha. Esses cloretos desencadeiam patologias como corrosão das armaduras, podendo levar ao colapso as estruturas construídas em faixa litorânea. Por isso, se for empreender uma obra em região exposta aos efeitos do mar, capriche na argamassa.
Em síntese, esse foi o recado deixado pelo pesquisador e professor-doutor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Gibson Meira, que palestrou no 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) na primeira semana de maio de 2018. Desde o início dos anos 2000 ele se dedica a estudar edificações expostas às chamadas “zonas de spray marinho”. “Essas áreas variam de região para região. Em João Pessoa-PB, elas se estendem por até 200 metros da faixa do mar, mas há casos em que avançam significativamente pelo continente. Em Florianópolis-SC, há relatos de que chegam a avançar até 1.400 metros. Na Austrália, podem atingir até 30 quilômetros”, diz o professor-doutor.
Conhecido com spray marinho, aerossol marinho ou névoa marinha, o fenômeno se dá quando a onda quebra na praia, lançando partículas salinas que são capturadas pelo vento e transportadas para dentro do continente, carregando partículas corrosivas de cloretos. Quanto maior a velocidade do vento, mais distante o percurso que elas podem percorrer. No Brasil, as partículas do aerossol se movimentam, em média, a 5 m/s. Quando o vento faz depositar na superfície das edificações até 100 miligramas diárias por metro quadrado (100 mg/m2/dia) inexiste preocupação quanto a corrosão das armaduras. Mas se a concentração salina passar deste nível é acionado o alerta.
Argamassa mais espessa e com materiais de boa qualidade protegem melhor o concreto
Em Fortaleza-CE já foi verificada concentração diária de 3,5 gramas por metro quadrado (3.500 miligramas/m2/dia). “Quando isso ocorre, a probabilidade de parte desses cloretos depositados na superfície da edificação ser transportada para dentro do concreto, atingindo a armadura, é relativamente grande. Ela começa de forma despretensiosa, até desencadear o processo de corrosão, podendo levar ao colapso da estrutura se não forem tomadas medidas de combate a essa patologia”, explica Gibson Meira, entrando no quesito qualidade do revestimento da argamassa. No IFPB, os testes envolveram a argamassa convencional, feita com cimento, água, cal hidratada e areia, preparada in loco, ou seja, sem o uso de argamassas industrializadas, as quais podem vir com aditivos que melhoram a combatividade do material contra eventuais agentes corrosivos.
Foram testados vários tipos de espessuras - de 25 milímetros a 55 milímetros. Em ensaios acelerados em laboratório, simulando vida útil de 30 anos, verificou-se que as menos espessas e com material mais poroso funcionavam como colônias para os cloretos. Já as mais espessas, e que utilizam uma areia mais refinada, agiam como escudos. “Conclusão: a espessura e a qualidade dos materiais, como o tipo certo de cimento, permitem que a argamassa acrescente proteção adicional ao concreto. Em alguns casos, espessuras de 55 milímetros foram as mais recomendadas, mas isso varia, dependendo das situações práticas”, afirma o professor-doutor Gibson Meira, ao concluir sua palestra.
Saiba mais
Baixe o livro "Corrosão de armaduras em estruturas de concreto: fundamentos, diagnóstico e prevenção", de Gibson Rocha Meira (Editora IFPB)
Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro civil e professor-doutor do Instituto Federal da Paraíba, Gibson Rocha Meira, dentro do 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela UFPR
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Controlar temperatura do concreto evita etringita tardia
A etringita tardia é uma patologia do concreto descoberta recentemente. Os primeiros estudos, relata o American Concrete Institute (ACI), começaram no final dos anos 1980. Denominada internacionalmente como Delayed ettringite formation (DEF) - formação tardia de etringita -, no Brasil ela passou a ser chamada de etringita tardia. O primeiro caso divulgado em seminários do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) é de 2010, e se refere ao estudo de um bloco de fundação que surgiu com várias fissuras e estrutura comprometida, em um edifício na cidade de São Paulo-SP.
No país, um dos principais pesquisadores desta patologia é o engenheiro -doutor Selmo Chapira Kuperman, que palestrou no 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) na primeira semana de maio de 2018. Em sua exposição, intitulada “Temperatura do concreto em blocos de fundação”, Kuperman relata que a etringita é um mineral encontrado na natureza, mas também capaz de se formar em maciços de concreto, durante a hidratação do material a altas temperaturas, em função das seguintes combinações: tipo do cimento, agregados e aditivos.
Ao ultrapassar temperaturas superiores a 65 °C durante o período de cura, o concreto pode se tornar propenso a desenvolver etringita tardia. “Após a cura e o endurecimento do concreto, a etringita fica latente e pode se manifestar daqui a cinco anos, dez anos ou vinte anos, nunca se sabe. Para que ela se manifeste, é preciso um ambiente úmido”, relatou Selmo Chapira Kuperman, lembrando que muitas vezes a etringita tardia é confundida com reação álcali-agregado (RAA). “Etringita não é reação álcali-agregado. Em alguns casos, pode ser muito pior. E quando ocorre etringita combinada com reação álcali-agregado, isso é muito perigoso”, completou.
No final dos anos 1980, quando começaram os estudos desse tipo de patologia, verificou-se que ela se formava com mais frequência em elementos pré-moldados de concreto. Pesquisando, foi descoberta a razão: os fabricantes elevavam a temperatura para acelerar a cura e a desfôrma, desencadeando etringita tardia. Hoje, lembra Selmo Chapira Kuperman, a etringita tardia motiva várias pesquisas mundo afora, principalmente em países que possuem usinas nucleares. “O maior risco é que o calor e a umidade gerados pelos reatores desencadeiem a etringita latente, que possa estar nas paredes de concreto que revestem o núcleo da usina”, citou.
Com laboratórios defasados, Brasil está atrasado nas pesquisas
Os avanços das pesquisas já permitem afirmar que não existe um ensaio que diga se um determinado tipo de cimento vai provocar etringita tardia antes de seu uso no concreto. A única prevenção é o controle da temperatura. No Brasil, é adotado o padrão francês, que recomenda 65 °C como limite de segurança. Já os Estados Unidos são mais tolerantes, aceitando 70 °C. Para criar um padrão nacional, Kuperman recorda que tentou incluir a temperatura na revisão de 2014 da ABNT NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento -, mas não conseguiu. “Na nova revisão que está sendo preparada, o tema será incluído, pelo menos como um alerta”, disse.
O engenheiro-doutor apelou também para que o Brasil reaja ao sucateamento dos laboratórios de controle de concreto, o que está deixando o país defasado em pesquisas como a etringita tardia e outras patologias relacionadas à construção civil. “No período de construção de grandes hidrelétricas, estatais como CESP, Furnas, Eletronorte, Itaipu Binacional, Cemig e outras tiveram que montar seus laboratórios para controlar a qualidade do concreto usado na obra. As universidades se abstiveram desse trabalho e hoje isso faz falta. No passado, o Brasil mandava seus ensaios para serem realizados em outros países porque não tínhamos know-how e não tínhamos equipamentos. Hoje, temos conhecimento, mas continuamos a não ter equipamentos. Nossos laboratórios estão definhando”, desabafou.
Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro-doutor Selmo Chapira Kuperman, membro do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), membro da comissão de Reação Álcali-Agregado da ABNT e membro de outros organismos internacionais, como American Concrete Institute (ACI) e American Society, dentro do 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela UFPR
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Por que o edifício Wilton Paes de Almeida desabou?
Quando as imagens de televisão mostraram o edifício Wilton Paes de Almeida desabando verticalmente, após arder em chamadas por cerca de uma hora e meia, os engenheiros civis especialistas em patologias de estruturas sujeitas ao fogo desconfiaram tratar-se de um prédio construído em aço e concreto. Preliminarmente, o professor da USP, diretor-técnico do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) e membro da Associação Latino-americana de Patologias das Construções (ALCONPAT), Paulo Helene, chegou a atribuir à estrutura mista a causa da queda do prédio.
No entanto, visitando os escombros da edificação nos dias 8 e 9 de maio, Paulo Helene divulgou comunicado na imprensa revendo sua opinião. Agora, ele afirma que o edifício Wilton Paes de Almeida, construído nos anos 1960, no centro da cidade de São Paulo-SP, era 100% construído em concreto armado. O professor, então, atribui o desabamento a duas combinações: a falta de manutenção, já que o prédio estava abandonado há 17 anos, e o fato de o fosso do elevador ter servido como chaminé para a propagação do incêndio, o que elevou substancialmente a temperatura das estruturas, levando ao colapso.
No 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) na primeira semana de maio de 2018, o professor-doutor Roberto Dalledone Machado - titular do departamento de engenharia civil da UFPR -, e que palestrou sobre patologia de estruturas sujeitas ao fogo, também abordou o desabamento do edífício. “Ainda não há laudos sobre as causas do incêndio nem dados oficiais sobre o projeto estrutural, mas a forma como o edifício desabou lembrou muito o ocorrido com as Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001, pois o prédio colapsou e caiu verticalmente”, disse, frisando que sua opinião foi baseada em informações divulgadas na imprensa e não em laudos técnicos.
A prefeitura de São Paulo informa que a conclusão do inquérito sobre o acidente só deve sair em 60 dias. As primeiras opiniões técnicas sobre o caso - incluindo a de Paulo Helene - se basearam em tese de doutorado do arquiteto Roberto Novelli Fialho, publicada em 2007 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a qual sugeria que o projeto arquitetônico do prédio indicava a existência de metal nas vigas.
Em sua palestra, Dalledone explica que o aço, a 600 °C, perde 80% de sua resistência e entra em colapso. Já o concreto tem resistência ao fogo maior e é capaz de suportar temperaturas acima de 900 °C, no caso dos concretos de alta resistência. Por se tratar de uma edificação com 50 anos de construção, inadequada à ABNT NBR 15200:2004 - Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio - Procedimento, que nem existia na época, as estruturas do Wilton Paes de Almeida ficaram mais expostas ao fogo e colapsaram muito rapidamente. “O prédio de São Paulo não estava preparado para suportar exigências da norma, até porque ele foi construído antes do surgimento da norma”, ressaltou.
Margem de segurança dos elementos estruturais do edifício era mínima
Outros fatores contribuíram para a queda do edifício incendiado. Tratava-se de uma obra abandonada e ocupada irregularmente. Não havia manutenção e, consequentemente, a margem de segurança dos elementos estruturais era mínima. “Além disso, pelo que foi lido na imprensa, o prédio não tinha elevadores e o fosso estava totalmente livre. Isso funcionou como uma chaminé e ajudou a acelerar a propagação do fogo por toda a edificação”, destacou Dalledone, lembrando que atualmente os edifícios, mesmo os em estrutura mista, seguem padrões de segurança muito mais rigorosos em seus projetos, que englobam argamassas com cimento de amianto, revestimento com gesso e pintura intumescente, que protegem os materiais metálicos.
O edifício Wilton Paes de Almeida foi projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol (in memorian). Inaugurado em 1968, primeiramente foi sede da Companhia Comercial de Vidros. A empresa faliu e o prédio foi encampado pela União como parte de pagamento de dívidas com o INSS. Por um tempo, abrigou a burocracia da Seguridade Social e depois se transformou em sede da Receita Federal na cidade de São Paulo. Em seguida, se tornou sede da Polícia Federal na capital paulista. Estava abandonado desde 2003.
Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro civil e professor-doutor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Roberto Dalledone Machado, dentro do 3º Simpósio Paranaense de Patologias das Construções, promovido pela UFPR
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Norma técnica deve valer para 100% da cadeia da construção
Consultor jurídico especialista em Código de Defesa do Consumidor e programas de qualidade, Rafael Baitz palestrou na Feicon Batimat 2018 sobre a qualidade mínima dos materiais e a responsabilidade do lojista diante do consumidor. O evento ocorreu de 10 a 13 de abril na cidade de São Paulo-SP, e Baitz citou que o cumprimento das normas técnicas definidas pela ABNT para materiais de construção não se limita aos fabricantes e fornecedores, mas também à ponta da cadeia produtiva que vende os produtos para os consumidores, ou seja, as revendas. “Quem vende produto não-conforme com a normalização vigente, seja por má estocagem, violação de embalagem ou por ser de uma linha que não condiz com a qualidade exigida, está sujeito a punições”, alerta.
O advogado confrontou os programas de qualidade desenvolvidos pelo governo e setores da indústria com a responsabilidade dos lojistas diante do consumidor. “A norma técnica de qualidade se destina a todos os fornecedores, inclusive o lojista, pois o Código de Defesa do Consumidor engloba toda a cadeia, ou seja, a revenda também é responsável pelo que coloca no mercado”, diz. “Quem vende itens de qualidade inferior está se comprometendo legalmente”, completa Rafael Baitz. Ele alerta que as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prevalecem até a ponta da cadeia produtiva da construção civil, que é o consumidor. “Infringi-las pode resultar em multa, condenação judicial, condenação civil pública e termo de ajustamento de conduta (TAC)”, reforça.
Construtoras precisam redobrar cuidado para não usar material não-conforme
Baitz lembra que especialmente as construtoras devem estar atentas a fornecedores que oferecem produtos não-conformes. “Para a construtora é um péssimo negócio usar produto não-conforme, pois ela é tão responsável quanto o fabricante em caso de vício de qualidade. A construtora pode - identificada a não-conformidade do produto - exigir sua substituição, amigavelmente ou via judicial”, afirma. O consultor jurídico destaca ainda que não adianta a construtora tentar responsabilizar apenas o fornecedor, quando implicada por uso de material sem conformidade. “Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade nesse caso é tanto do fabricante do produto quanto da construtora que vendeu o imóvel com um produto impróprio para o consumo”, complementa.
Na palestra, Rafael Baitz usou o exemplo de uma caixa d’água. “Imagine um consumidor que compra uma caixa d’água não-conforme. O produto permite a proliferação de fungos e algas. A água é contaminada e toda a família adoece. Em um caso assim, além de toda a despesa com a troca do produto, o fornecedor e a construtora deverão pagar ao consumidor uma nova caixa d’água, mão de obra para a reinstalação do produto, etc. Além disso, deverão arcar com os custos da despesa médica e dos dias que os consumidores ficaram impossibilitados de trabalhar. Veja o tamanho do prejuízo”, diz, indicando o procedimento para a construtora. “O mais aconselhável é certificar-se antes da qualidade do produto que vai usar. Neste caso, o site do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) é uma ótima ferramenta, pois antes dele surgir, há 20 anos, metade dos produtos comercializados era não-conformes. Hoje, o percentual caiu para 17%”, finaliza.
Acompanhe a palestra de Rafael Baitz
Entrevistado
Reportagem com base em palestra realizada na Feicon 2018, concedida pelo advogado especialista em direito do consumidor, consultor jurídico e professor universitário, Rafael Baitz
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Loja de material de construção vai além do ponto de venda
A abertura de uma loja de material de construção não requer apenas um bom ponto em um bairro da cidade. Sua instalação precisa atender dispositivos municipais, que vão desde a lei de zoneamento até a lei de uso do solo do município, como explica o arquiteto e urbanista Edison Borges Lopes. “Essas exigências se devem a questões ambientais, e têm sido bem delicadas em algumas cidades. Obras já foram embargadas por não atenderem as regras. Essas informações devem ser checadas junto aos organismos competentes locais e às prefeituras”, diz.
Presidente da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), e especializado em projetos para lojas de materiais de construção, Edison Borges Lopes cita que o projeto para uma loja de material de construção deve atender três pontos básicos: localização, edificação e layout. Em localização, o que deve ser observado é se o terreno está adequado ao armazenamento de materiais de construção, se não existe risco de contaminação do solo e se não há problemas de águas pluviais na área em que a loja será construída. Vale verificar ainda se as concessionárias de água, esgoto e energia conseguem suprir as demandas da loja.
Dentro do quesito localização, é importante também realizar um mapeamento da faixa de renda dos moradores no entorno da loja, para ter a percepção do potencial de consumo dos futuros clientes. Isso vai influenciar também no ponto edificação. A partir do perfil dos consumidores, o projeto arquitetônico da loja poderá prever vagas de estacionamento, iluminação, ventilação e acessibilidade. “Se o imóvel for usado, e precisar ser adaptado para uma revenda de material de construção, é importante saber se a estrutura comporta o armazenamento dos itens que serão comercializados”, destaca Edison Borges Lopes.
Perfil do consumidor influencia até no layout da loja de material de construção
O arquiteto e urbanista palestrou em seminário promovido pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) na Feicon 2018, realizada de 10 a 13 de abril, na cidade de São Paulo-SP. Em sua exposição, ele alertou ainda que o perfil do consumidor também vai influenciar no layout da loja. “Na frente do estabelecimento, e perto dos caixas, devem estar os produtos que gerem consumo por impulso. Permitir que o consumidor interaja com os produtos também é fundamental”, reforça. “A loja deve contar uma história para o cliente, estimulando ele a consumir”, afirma.
Outro ponto relevante está relacionado com o trânsito da região. É importante levar em consideração que a loja é um local de intenso processo de carga e descarga, o qual envolve o tráfego de caminhões. Se a localização do depósito estiver em uma região que não permita o trânsito de veículos pesados, a loja pode ficar inviabilizada, alerta o arquiteto. “Além de pensar no acesso dos clientes, e em como o consumidor vai carregar suas compras, é importante viabilizar a carga e a descarga dos materiais que vão para a loja”, finaliza.
Acompanhe a palestra de Edison Borges Lopes
Entrevistado
Reportagem com base em palestra realizada na Feicon 2018, concedida pelo arquiteto e urbanista Edison Borges Lopes, presidente da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura)
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Guia de boas práticas, selo da Abcic completa 15 anos
O Selo de Excelência da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada do Concreto) completa 15 anos. Reconhecido por sua abrangência e poder de indução da qualidade e da sustentabilidade setorial e empresarial, tornou-se indutor de desenvolvimento tecnológico do setor, como explica a presidente-executiva da Abcic, Íria Doniak. “O selo se transformou também em um guia prático das melhores práticas em termos de normas técnicas, de segurança no fornecimento de produtos e serviços, além de garantir o contínuo aprimoramento nas diversas áreas das organizações”, diz.
Presente em 23 fábricas - e com outras empresas em processo de pré-auditoria para obter a certificação -, o selo da Abcic é também uma garantia de credibilidade para o setor da construção civil, especificamente para as indústrias de pré-fabricados de concreto. “O selo transmite ao mercado o conceito de padrões de qualidade e tecnologia alinhados com a sustentabilidade, a responsabilidade social e a segurança”, reforça Íria Doniak, lembrando que a adesão ao selo pode se dar integralmente, passando pelos níveis I, II e III, ou em partes. “Ele tem um caráter evolutivo”, destaca.
O nível I envolve exigência de atendimento das normas técnicas básicas, ensaios dos principais materiais, controle inicial dos processos das empresas, qualidade do produto e da montagem, regulamentação de funcionamento dos funcionários e aspectos de gestão de segurança (NR-18 e NR-9). Já o nível II engloba aspectos de gestão da qualidade e registros de controle dos processos, atendimento de normas técnicas complementares, ensaios de outros materiais, atendimento das normas regulamentadoras e avaliação da satisfação do cliente. O nível III requer análise de aspectos ambientais e monitoramento e medição de resultados.
Selo da Abcic foi revisado em 2013 e terá uma nova atualização em 2018
Íria Doniak destaca que os níveis do selo de qualidade são complementares. “O nível I é muito voltado para o controle de qualidade, o nível II para a garantia da qualidade e o nível III para uma gestão integrada de qualidade e gestão de meio ambiente, retroalimentando todo o processo”, cita. A certificação é auditada pelo IFBQ (Instituto Falcão Bauer de Qualidade) e passa por atualizações, a fim de acompanhar as revisões e o surgimento de novas normas técnicas. A mais recente ocorreu em 2013, quando houve inclusões normativas, como a ABNT NBR 14861 - Lajes Alveolares de Concreto Protendido; ABNT NBR 15823 - Concreto Autoadensável, e ABNT NBR 15146-1 - Controle Tecnológico de Concreto -Qualificação Pessoal - Parte 3: Pré-moldado de concreto.
Uma nova atualização está prevista ainda para o primeiro semestre de 2018, e irá incorporar a atualização da ABNT NBR 9062:2017 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado – e incluir a norma de painéis pré-moldados de concreto. “As atualizações são importantes, porque um programa de certificação requer melhorias contínuas que levem em conta a evolução do segmento, a atualização das normas técnicas e as novas demandas de mercado”, explica a presidente-executiva da Abcic, que realça que o selo de qualidade também segue programas internacionais, como é o caso do PCI Plant Certification, do Precast Concrete Institute, nos Estados Unidos.
Entrevistada
Engenheira civil Íria Lícia Oliva Doniak, presidente-executiva da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada do Concreto)
Contato: abcic@abcic.org.br
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Saber usar o cimento gera importantes ganhos ambientais
Em aula para estudantes de graduação do curso de engenharia civil da Universidade de São Paulo (USP), o professor-doutor Vanderley Moacyr John explica didaticamente como o uso correto do cimento contribui para manter a demanda de obras, sem impactar o meio ambiente. “É importante conhecer que o cimento é um mundo. Saber explorá-lo traz não apenas ganhos financeiros como ambientais. Tudo parte das combinações das adições - essencialmente fíler de calcário, escórias de alto forno e pozolanas (a mais comum, cinzas da queima de carvão mineral das termelétricas) -, que geram uma variedade grande de tipos de cimento. O uso correto de cada tipo de cimento ajuda sobremaneira os esforços da indústria cimenteira a reduzir a emissão de CO2”, explica.
Segundo Vanderley John, o Brasil está na vanguarda da produção de cimento, em relação ao resto do mundo, por dois motivos: no país, todos os cimentos têm adição, que variam entre 5% e 65% da massa, e a indústria cimenteira nacional investiu em novos equipamentos, a partir de 2006, os quais a tornaram mais eficiente. “Além de usar fornos mais modernos, que consomem menos combustível para produzir clínquer, a indústria nacional também se reinventou em sua preocupação ambiental, adotando, por exemplo, filtros que sequestram o CO2 que sai das chaminés. Então, no Brasil, considerando os avanços na fabricação de cimento e as adições para produzir o material, são gerados 580 quilos de CO2 para cada tonelada de cimento. Sem esses avanços, seriam 860 quilos. Do ponto de vista ambiental, é um sucesso”, relata.
Cabe aos engenheiros civis e arquitetos entender de cimento e inovar
Na outra ponta, que envolve engenheiros civis e arquitetos, Vanderley John lembra que cabe aos profissionais saber fazer o uso do cimento certo em suas obras e também se concentrar em inovações que melhorem as técnicas construtivas, para também ajudar a reduzir a emissão de CO2. Afinal, como diz o professor-doutor da USP, não dá para pensar na vida moderna sem infraestrutura, e não dá para pensar em infraestrutura sem materiais cimentícios. “O cimento está na moda, pelo simples fato de que a humanidade não anda para trás. Há quem defenda aumentar o volume de construções em aço e madeira, mas esses materiais são limitados. Já o concreto é prático. Por isso, vai ser muito difícil a humanidade prescindir de um ligante inorgânico que possibilita moldar peças monolíticas em qualquer lugar do mundo. O futuro ainda pertence ao Cimento Portland”, assegura.
Atualmente, a média mundial de consumo de cimento no mundo está em torno de 500 kg/ano por habitante. Esse volume por habitante gera algo como 450 kg de CO2 por ano. Vanderley John lembra que quanto mais rico o país, mais matéria-prima por habitante é consumida. “Se a indústria cimenteira não estivesse fazendo nada, em 2050 ela responderia por 1/3 do CO2 antropogênico gerado no planeta. Mas, sim, ela está se movimentando para reduzir o impacto ambiental. Nos últimos anos, investiu globalmente 500 bilhões de dólares para capturar 20% do CO2 emitido”, recorda o professor. São avanços que melhoram o cimento e o tornam ainda insubstituível.
Acompanhe a vídeo-aula do professor-doutor Vanderley Moacyr John
Entrevistado
Reportagem com base em vídeo-aula do professor-doutor Vanderley Moacyr John, da Escola Politécnica da USP
Contato: imprensa@usp.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Sem trem-bala, estados tiram ferrovias regionais do papel
O projeto do trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro está completamente enterrado, mas estados como São Paulo e Paraná investem em planos que podem incrementar o transporte ferroviário de passageiros e de cargas. No caso dos paulistas, o objetivo é criar uma linha que interligue os 1.375 quilômetros de estradas férreas existentes no estado, a fim de facilitar, principalmente, o tráfego de passageiros entre as principais regiões de São Paulo.
A obra faz parte do novo plano-diretor de mobilidade, lançado pelo governo paulista, e que será entregue a um consórcio de empresas, através de uma PPP (Parceria Público-Privada). A contrapartida do estado de São Paulo será de R$ 20,8 milhões. Em dois anos deverá ser apresentado o projeto completo de compartilhamento da malha ferroviária e o custo total da obra. A proposta abrange as principais regiões metropolitanas do Estado, que envolve a capital paulista, Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada Santista.
A interligação das ferrovias abrange 75% da população de São Paulo (33 milhões de pessoas) e responde por 80% do PIB estadual. Batizado de Trem Intercidades, o projeto tem como principal interessado o grupo Deutsche Bahn - a maior companhia operadora de ferrovias da Europa. A concessionária alemã inaugurou recentemente a linha Berlim-Munique, na Alemanha, que envolve um trecho de 500 quilômetros e encurta a viagem entre duas das principais cidades do país de seis horas para quatro horas. Os trens atingem velocidade máxima de 300 km/h e é o mesmo modelo que deve ser adotado em São Paulo.
No Paraná, foco é aumentar o transporte de cargas por trens
Já os paranaenses, através do governo estadual, escolheram quatro consórcios para apresentar um projeto de viabilidade que resulte na construção da ferrovia que ligará a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, no Paraná, permitindo o escoamento do agronegócio do Centro-Oeste para o segundo principal terminal portuário do Brasil, além de atrair exportações do Paraguai e da Argentina.
Os consórcios escolhidos são HaB (Bureau da Engenharia ECT Ltda., Hendal e Advice Consultoria e Serviços) SSSE (Sener Ingeneria, Sener Setepla e Engefoto), Egis-Esteio-Copel (Egis Engenharia e Consultoria Ltda., Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel) e STS (Sistemas de Transportes Sustentáveis , Pullin e Campano Consultores Associados, Navarro Prado Advogados, consultoria Millennia Systems e EnVia Technologies International).
O trecho prevê mil quilômetros de ferrovias, divididos em dois trechos. O primeiro, com 400 quilômetros, ligará Guarapuava-PR ao litoral paranaense. O segundo, vai de Guarapuava até Dourados-MS, passando por Guaíra-PR, com a construção de mais 350 quilômetros de trilhos. O projeto também usará 250 quilômetros já consolidados, completando os 1.000 quilômetros do novo trecho.
Atualmente, menos de 20% (18,75%) das mercadorias que chegam ao porto de Paranaguá são entregues por via férrea – os outros 81,25% utilizam transporte rodoviário. A projeção é de que o novo trecho transfira para a ferrovia 45% da demanda. O valor aproximado do estudo de viabilidade é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.
Entrevistados
- Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná (via assessoria de imprensa)
- Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo (via assessoria de imprensa)
Contatos
comunicacao@pr.gov.br
imprensa@comunicacao.sp.gov.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Vagas ociosas em escolas de engenharia voltam a aumentar
Dados consolidados do ministério da educação (MEC) revelam que a ociosidade de vagas nos cursos de graduação chega a 52,9%. Na prática, significa que as faculdades e universidades brasileiras têm duas vezes mais vagas para oferecer do que estudantes dispostos a ingressar no ensino superior. A rede privada, que responde por 75,3% dos alunos matriculados - contra 24,7% das universidades públicas - é a que mais sofre com o desequilíbrio entre vagas ofertadas e demanda de estudantes.
Analistas avaliam que o cenário se deve às restrições ao FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), que até 2014 inflou a demanda por cursos de graduação. No que se refere às escolas de engenharia civil, a ociosidade está no patamar de 40% e voltou a crescer entre 2016 e 2017. Apesar da graduação ainda estar entre as 10 que mais despertam interesse dos alunos do ensino médio, o cenário atual é motivado por duas razões: o alto valor das mensalidades nas universidades privadas e a evasão nas universidades públicas – estudantes que iniciam o curso, mas desistem.
Para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está desordenada a taxa de desistência de graduações em engenharia civil. Em 2010, o percentual era de 11,4%. Entre 2014 e 2017, oscilou entre 40% e 49%. Ou seja, atualmente, de cada 100 alunos que ingressam nos cursos, quase 50 desistem no meio do caminho. De acordo com o MEC, outro fator que causa o abandono é um ensino médio que não promove orientação vocacional para estimular os estudantes a escolherem com mais acerto os cursos universitários que pretendem seguir.
De acordo com o censo da educação superior, promovido pelo MEC em 2016, apenas 8% dos estudantes do ensino médio se inscrevem em programas vocacionais, e quando o fazem é por conta própria e financiados pelos pais. O Brasil tem atualmente 8.033.574 alunos matriculados no ensino superior, distribuídos em 34.366 cursos de graduação, e em 2.407 universidades. Haveria potencial, sem aumentar o número de instituições e de vagas por curso, de que mais 6 milhões de estudantes pudessem frequentar o ensino superior, ocupando as vagas ociosas em instituições públicas e privadas.
Lista do Inep traz cursos com maior e menor evasão de alunos
Para a presidente do Inep, Maria Inês Fini, a reforma do ensino médio pode começar a modificar essa realidade. “A falta de interesse em ocupar as vagas amplamente oferecidas, tanto na rede pública quanto na particular, deve-se ao fato do jovem não se identificar com os cursos. É preciso haver uma conexão entre a educação de nível médio com as oportunidades de acesso à educação superior. As vagas remanescentes indicam pouca eficiência do sistema. A reforma do ensino médio vai dar a esses jovens a oportunidade de vivenciar algumas trajetórias acadêmicas mais associadas a cursos e carreiras no ensino superior”, avalia.
Outra ideia fomentada pelo MEC é a de usar as vagas ociosas para abrir mais cursos noturnos, a fim de atrair pessoas casadas, com filhos ou que trabalhem, para que tenham acesso ao ensino superior. Pelos dados do Inep, os cursos com maior ociosidade no Brasil são engenharia do petróleo (85,8%), segurança no trabalho (85,3%), engenharia de produção (83,1%), gestão hospitalar (82,6%), gestão da qualidade (79,4%), turismo (78,1%), marketing (77,4%), gestão financeira (77,2%) e gestão ambiental (75,9%). Já os cursos com menor evasão são medicina (2%), direito (16%), odontologia (19,8%), estatística (21%), engenharia florestal (21,5%), agronomia (24,5%), biotecnologia (24,6%), zootecnia (25,2%), medicina veterinária (25,9%) e física (26,3%).
Entrevistados
Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Gestão de obras já não vive mais sem ferramentas de TI
As ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) se tornaram imprescindíveis para a boa gestão do canteiro de obras. São elas que dão salvaguarda ao conhecimento adquirido ao longo da execução do projeto, para que a construtora possa aplicá-lo em um futuro empreendimento. Ao permitir a documentação de todas as informações que cercam uma construção, a TI impede que a empresa se torne refém da alta rotatividade de mão de obra, e que, com isso, haja evasão de conhecimento.
O engenheiro civil Rodrigo Silva Santos, especialista em aumento da qualidade, produtividade e redução de custos, elenca o que as ferramentas de TI permitem fazer ao longo da gestão de obras:
- Documentar a informação e disponibilizar para toda a organização;
- Aumentar a interação e a comunicação;
- Prever e planejar mudanças;
- Dedicação de mais tempo à análise de dados e correção de não-conformidades;
- Melhorar a competitividade e a escolha do fornecedor;
- Aprimorar o atendimento a requisitos legais cada vez mais exigentes;
- Cumprir normas técnicas;
- Criar uma modelagem de gerenciamento do processo e do negócio;
- Facilitar inspeção dos serviços.
Em palestra no web seminário “Sistema de gestão da qualidade com referência no PBQP-H e na ISO 9001 apoiado por ferramentas de TI”, o engenheiro civil lembra que, no Brasil, os produtos e serviços ligados à TI cumprem requisitos do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) e da norma ISO 9001:2015. “São ferramentas aptas para estruturar todas as etapas de uma construção. O desafio, agora, não é mais usar ou não usar, mas como saber utilizar essas ferramentas para obter um sistema de gestão qualificado”, define.
Futuro da gestão de obras é digital, e é um caminho sem volta
As boas ferramentas são aquelas que estão adequadas à versão mais atualizada da ISO 9001, que é de 2015. “Ela prioriza foco no cliente, na liderança, no engajamento de pessoas, na abordagem do processo, na tomada de decisão baseada em evidência e na gestão de relacionamento”, resume Rodrigo Silva Santos, ressaltando também que as ferramentas se inspiram no Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act), ou seja, planejar, realizar, verificar e melhorar. “Obviamente, essa nova perspectiva de gestão exige mais de quem cuida das tarefas e dos gestores. Ela impõe mais responsabilidade à liderança”, completa.
O especialista destacou em sua palestra que o futuro é digital, e é um caminho sem volta. Uma das virtudes deste novo cenário, reafirma, é a transparência. “São ferramentas que permitem acompanhar todos os processos envolvidos no projeto e que ajudam a fazer a gestão de qualidade com análise crítica”, diz. Segundo Rodrigo Silva Santos, todas as empresas da construção civil certificadas pelo PBQP-H e pela ISO 9001 já operam integral ou parcialmente com esses modelos de gestão via ferramentas de TI. Quanto às outras que ainda não atuam nesse sistema, o engenheiro civil observa que o processo deve ser por convencimento de seus profissionais, e não por imposição. “O certo é que essa transformação não ocorre sozinha. É necessário liderança”, finaliza.
Entrevistado
Reportagem com base no web seminário “Sistema de gestão da qualidade com referência no PBQP-H e na ISO 9001 apoiado por ferramentas de TI”, do engenheiro civil Rodrigo Silva Santos
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