Lei dos preços: aliada ou rival do varejo da construção?
Há um ano em vigor, a lei que autoriza o comércio a oferecer preços diferenciados para pagamentos em dinheiro ou cartão de crédito ou débito ainda não “pegou”. O motivo é que o texto aprovado pelo Congresso Nacional, e sancionado pela presidência da República, possui lacunas que deixam o varejo inseguro. Um dos problemas é que a chamada “lei da pechincha”, como passou a ser popularmente chamada, não ficou bem amarrada com o Código de Defesa do Consumidor. Isso tem gerado incertezas nos comerciantes.
Outro aspecto: poucos consumidores conhecem a lei, o que praticamente manteve inalterada a relação entre quem vende e quem compra no varejo. De qualquer forma, a lei tem pontos positivos para quem souber usá-la a seu favor para atrair clientes, além de poder servir como ferramenta para alavancar vendas. O primeiro passo para usufruir positivamente da legislação é informar corretamente o consumidor, como orientam algumas cartilhas distribuídas por organismos como Fecomércio e Procon.
O correto é que o preço à vista seja divulgado em cartaz, bem como as condições de pagamento a prazo - caso houver -, destacando os juros, número de parcelas, encargos e valor total. A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) também dá orientação neste sentido, mas seu presidente, Cláudio Conz, alerta que o setor varejista de materiais de construção tem conseguido atrair o consumidor através de promoções. “As lojas estão usando seus estoques para atrair clientes”, afirma.
Neste caso, diz, os preços estão baixos tanto à vista quanto à prazo, o que faz a Anamaco coletar dados animadores. Segundo a mais recente pesquisa tracking mensal da associação, o varejo de material de construção obteve crescimento de 5% no mês de agosto, na comparação com o mês de julho. Ante o mesmo mês do ano passado, o setor teve alta de 4%. No acumulado do ano, cresceu 5,5%, em relação a 2017. Já nos últimos 12 meses, apresentou crescimento de 7,5%.
Para Cláudio Conz, por mais paradoxal que possa parecer, as incertezas futuras e a chegada das eleições têm aquecido o setor de materiais de construção. “É um momento de decisão que pode influenciar a economia como um todo. Essa incerteza com relação ao futuro acaba fazendo com que o consumidor invista agora na reforma de sua casa”, avalia. De acordo com a Anamaco, independentemente da “lei da pechincha”, o varejo tem conseguido cativar o cliente e convencê-lo a comprar.
Lei chega com atraso e levará tempo para ser absorvida no dia a dia do varejo
Outro ponto de vista vem da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Para o presidente do organismo, Honório Pinheiro, a lei deveria ter sido sancionada há 10 anos, quando a economia brasileira estava pujante. De qualquer forma, entende que “antes tarde do que nunca”. Porém, ressalta, levará tempo para que a lei pegue e entre nos “usos e costumes” do varejo brasileiro.
Já a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avalia que a lei discrimina o pagamento à vista. “É uma prática abusiva, já que o comércio acabará limitando o pagamento via dinheiro em espécie. Se o consumidor está pagando à vista, seja em dinheiro, cartão de débito ou mesmo crédito, ele deve receber o desconto independentemente do formato utilizado", destaca a advogada e representante da instituição, Sonia Amaro, numa prova de que a lei ainda levará tempo para consolidar no dia a dia do varejo.
Entenda a lei. Clique aqui.
Entrevistados
- Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) (via assessoria de imprensa)
- Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) (via assessoria de imprensa)
- Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) (via assessoria de imprensa)
Contatos
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Pesquisa nos EUA testa resíduos do milho no cimento
Subprodutos das termelétricas e siderúrgicas, cinzas volantes e escórias de alto-forno costumam ser usadas para a produção do cimento em todo o mundo. Porém, são materiais que tendem a se tornar escassos. Políticas ambientais pressionam para que usinas movidas a carvão sejam desativadas, principalmente em países do Primeiro Mundo. Nos Estados Unidos, pesquisas já buscam soluções para substituir os resíduos das termelétricas como agregados do cimento.
Na Universidade de Nebraska (UNK), estudo concluiu que as cinzas geradas da queima do sabugo e da palha do milho são as que mais se aproximam das características agregantes das cinzas volantes e das escórias de alto-forno. O cimento produzido com o resultado da pesquisa gerou um concreto menos suscetível a cloretos, aponta a equipe que comanda o estudo. “Percebemos que a permeabilidade do concreto diminuiu com o uso desses agregados”, relata o professor-assistente Mahmoud Shakouri, da UNK.
A pesquisa conta com a supervisão de Jim Vaux, presidente do departamento de tecnologia industrial da Universidade de Nebraska, e há um investimento de 205 mil dólares para que o estudo seja aprofundado. Existe o interesse do governo local, pois a região está localizada no chamado “cinturão do milho” dos Estados Unidos. Com os recursos, os pesquisadores adquiriram equipamentos, como um forno ciclônico de alta temperatura para queimar os resíduos do milho. A pesquisa está programada para ser concluída até maio de 2019.
Segundo Shakouri, o fato dos agregados testados reduzirem a permeabilidade do concreto, tornando o material mais resistente a patologias - principalmente as causadas pela ação de íons cloretos -, pode ajudar os Estados Unidos a combaterem uma das principais causas da deterioração de pontes, viadutos e estradas de concreto no país, que é o uso de sal para a remoção da neve acumulada. “Quando esses agentes de degelo à base de cloreto penetram no concreto, eles deterioram o aço de reforço interno, enfraquecendo a estrutura e encurtando sua vida útil”, explica.
Conceito não é novo, mas tecnologias permitem aprimorá-lo
O pesquisador afirma que têm sido aplicados no estudo conceitos que não são novos, mas que as tecnologias disponíveis permitem aprimorá-los. “A ideia de usar cinzas de subprodutos agrícolas na composição do cimento não é nova. O Império Romano foi o primeiro a fazer uso disso. Da mesma forma, há outras regiões que usam cinzas de casca de arroz e cinzas de bagaço de cana-de-açúcar no material. O que estamos testando é a eficácia, e percebemos que as cinzas de espigas e da palha do milho apresentam características muito semelhantes às das cinzas volantes e escórias de alto-forno”, relata Mahmoud Shakouri.
Paralelamente à pesquisa do departamento de tecnologia industrial da Universidade de Nebraska, o departamento de química de UNK trabalha no desenvolvimento de aditivos que se adaptem melhor ao concreto que utilizar esse “cimento mais sustentável”. “Trabalhamos em conjunto para reduzirmos a pegada de carbono presente na fabricação de cimento e na produção de concreto", finaliza Mahmoud Shakouri.
Entrevistado
Mahmoud Shakouri, Ph.D em engenharia civil e professor-assistente da Universidade de Nebraska
Contato: shakourim2@unk.edu
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Loja de material de construção adota drive thru na venda
Marca do grupo francês Adeo - também dono da Leroy Merlin -, a rede Obramax é voltada para a venda de materiais de construção para pequenos e médios construtores. Em janeiro de 2018, na cidade de São Paulo-SP, a rede francesa inaugurou sua primeira loja no Brasil. O ponto de venda trouxe duas inovações. Uma delas é a oferta do serviço de drive-thru, no qual o comprador pode entrar com o veículo no pátio, abastecer e pagar na hora. Além disso, a Obramax oferece a solução conhecida como “click & collect”, que permite ao cliente comprar no e-commerce e retirar o produto na loja física.
A loja oferece 18.600 itens e também atende o pequeno varejo do material de construção. Além do drive-thru para quem tem veículo próprio e pode carregar a compra, a Obramax oferece também o serviço de entrega. O diretor-geral da loja, Michael Reins, reforça que o foco está no atacarejo. O modelo é híbrido, atendendo desde compradores de grandes volumes (pequenas e médias construtoras), profissionais autônomos (engenheiros civis, arquitetos, mestres de obra, empreiteiros, pedreiros, encanadores, eletricistas, pintores) e profissionais especialistas (gesseiros, marceneiros, serralheiros), assim como empresas de instalação e manutenção, condomínios e lojas de varejo, que, segundo o SEBRAE, são 270 mil no país.
Nome e modelo de venda teve que se adaptar ao mercado brasileiro
O investimento na primeira loja aberta no Brasil é de 110 milhões de reais. Até 2023, a Obramax projeta abrir mais 10 lojas em outras regiões do país, calculando aporte de um bilhão de reais. A próxima inauguração deve ser em 2019, na região da Baixada Santista, em São Paulo-SP. “Em um primeiro momento nosso foco será o estado de São Paulo, mas dentro desse plano de dez inaugurações devemos entrar também em outras regiões”, afirma Michael Reins, que se mostra otimista com o setor de material de construção no Brasil. “O segmento deve ser um dos ramos do comércio que mais vai crescer. Nos últimos anos, os brasileiros seguraram muito as obras e as reformas. A retomada da economia e do emprego deve permitir que os consumidores recuperem esse atraso”, projeta.
Na Europa, a Obramax opera com o nome de Bricomart ou Bricoman e possui 77 unidades espalhadas por quatro países. Atualmente, é o 3º maior grupo varejista de materiais de construção do mundo e o 1º no mercado europeu. Para entrar no mercado brasileiro, a empresa fez adaptações. Modificou a grade de produtos e, principalmente, o formato de pagamento. Fora do Brasil, o sistema funciona da seguinte forma: quanto mais quantidade o cliente adquirir, mais desconto ele obtém no pagamento à vista. Já para o consumidor brasileiro foi aceito o parcelamento com cartão de crédito e o modelo de venda faturada, pois no país existe a figura da pessoa jurídica.
Entrevistado
Michael Reins, diretor-geral da Obramax no Brasil (via assessoria de imprensa)
Contato: faleconosco@obramax.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Presidenciáveis precisam manter o Minha Casa Minha Vida
Transformar o Minha Casa Minha Vida (MCMV) em programa de estado é uma das missões do próximo presidente da República a ser eleito. Organismos ligados à construção civil estiveram reunidos dia 9 de agosto, em Brasília-DF, para defender essa ideia junto ao governo federal. A proposta encontra ressonância entre os candidatos à presidência da República, apesar de cada um ter visões diferentes em relação ao MCMV.
Para garantir que o próximo governo não desative o programa, CBIC, FIESP, SINICESP, ANEPAC e SNIC encaminharam pedido para que o atual governo garanta no orçamento de 2019 recursos para que o que for contratado na faixa 1,5 do programa seja pago. Para isso, é necessário um aporte de R$ 5,4 bilhões do FGTS, que deve passar por análise prévia e aprovação do Conselho Curador do FGTS, a fim de suplementar a verba atual disponível.
Até julho de 2018, cerca de 230 mil unidades foram contratadas. Sem o novo aporte, os recursos destinados serão suficientes para garantir o Minha Casa Minha Vida só até novembro deste ano. É uma realidade bem diferente da divulgada pelo governo federal em fevereiro, quando anunciou que a meta era contratar 650 mil novas unidades (130 mil na faixa 1, 70 mil na faixa 1,5, 400 mil na faixa 2 e 50 mil na faixa 3).
Independentemente de quem vier a ser eleito, o presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) no Brasil, Rodrigo Luna, cita duas razões para o Minha Casa, Minha Vida ser preservado. Uma, é que o programa funciona. “O Brasil precisa de uma série de reestruturações, mas algumas coisas funcionam bem. Uma delas é o Minha Casa, Minha Vida. Por isso, ele precisa ser preservado e ampliado", defende.
A outra é que se tornou um programa reconhecido internacionalmente. "O Minha Casa Minha Vida continua provando ser o maior programa habitacional de todos os tempos do Brasil, com mais de quatro milhões de unidades entregues. É um número absolutamente expressivo. Podemos afirmar que hoje temos o programa habitacional mais forte e importante do mundo na baixa renda", conclui Rodrigo Luna.
Projetos de lei que buscam mudar a finalidade do FGTS ameaçam o MCMV
Um risco que o MCMV corre a partir de 2019 é se projetos de lei que buscam mudar a finalidade do FGTS chegarem a ser aprovados no Congresso e forem sancionados pelo futuro presidente. O economista-chefe do Secovi-SP, e também presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII-CBIC), Celso Petrucci, faz o alerta.
“Foi o conjunto de recursos do FGTS e da caderneta de poupança que permitiram ao Brasil deixar de ser um país rural para ser um país urbano. A destinação dos recursos do FGTS para habitação, saneamento e infraestrutura faz parte de uma política de desenvolvimento que se mostrou acertada durante décadas e sem a qual não teríamos criado o programa Minha Casa, Minha Vida”, enfatiza.
Quem defende que o Minha Casa Minha Vida seja mantido lembra ainda que dados recentes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, apontam que o Brasil tem um déficit habitacional de 7,757 milhões de moradias. “Mais do que tecnologia construtiva para produzir em escala, e linhas de financiamento adequadas para atender empreendedores e compradores, é necessário preservar a destinação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) no atendimento da necessidade habitacional de famílias de baixa renda”, completa Celso Petrucci.
Entrevistados
- Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII-CBIC) (via assessoria de imprensa)
- Rodrigo Luna, presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) no Brasil (via assessoria de imprensa)
Contatos
aspress@secovi.com.br
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Incertezas predominam em cenários da construção civil
A ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) promoveu dia 8 de agosto o evento “Cenários e Oportunidades para a Construção Civil”. No encontro, a economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ana Maria Castelo apresentou números sobre a realidade da cadeia produtiva da construção civil brasileira, principalmente após a greve dos caminheiros desencadeada em maio de 2018. Além disso, fez um diagnóstico sobre o segundo semestre de 2018 e o que esperar para o ciclo 2019-2021. “As incertezas continuam, mas a confiança tende a ser retomada”, avalia.
Além do impacto causado pela greve dos caminhoneiros, Ana Maria Castelo citou em sua palestra que as perspectivas positivas foram suplantadas pelo adiamento, mais uma vez, de medidas para reativar o crescimento do país. A economista pontuou que 2018 começou com um cenário externo favorável, a inflação dentro da meta, baixa taxa de juros e o setor projetando positivamente o ano. Porém, o otimismo ruiu por causa das incertezas políticas, do quadro fiscal preocupante e das dificuldades de promover reformas em ano eleitoral. Daí, veio a greve dos caminhoneiros, que foi a “cereja no bolo”.
Segundo a economista da FGV, 64% dos empresários do setor da construção civil consideraram que a greve dos caminhoneiros teve efeito negativo em seus negócios. Principalmente, porque os insumos não chegaram à obra, provocando atrasos no cronograma. “A greve causou muitos prejuízos e paralisou obras. Foi um componente importante nessa mudança de humor, mas a principal causa do desalento dos empresários é o ritmo de crescimento”, ressalta. No levantamento apresentado durante a palestra na ABCIC, o fato da economia não avançar preocupa 64,4% dos entrevistados.
Inflação dentro da meta e baixa taxa de juros são a base para a confiança em 2019
Pela ordem, as incertezas políticas também influenciam negativamente nos negócios para 56,4% dos empresários ouvidos, da mesma forma que a falta de confiança no atual governo (45,5%). Com todos esses fatores somados, a projeção é de que o PIB do setor, que começou em 2018 com perspectiva de crescer 1,5%, feche o ano com 0,5% positivo. No curto prazo, diz a economista, o cenário traz preocupações quanto à fraca melhora dos negócios. Por isso, o setor já projeta um novo ciclo a partir de 2019. A confiança, por menor que seja, parte do princípio de que o novo governo herdará uma inflação dentro da meta e baixa taxa de juros.
A Fundação Getúlio Vargas mede mensalmente o índice de confiança da construção. Em agosto, o indicador caiu 1,6, atingindo 79,4 pontos numa escala que vai até 200. O resultado reverteu a alta de 1,7 de julho e alcançou o mesmo patamar de agosto de 2017. Para Ana Maria Castelo, que coordena o estudo, a queda reverte uma tendência de melhora do indicador, que chegou a ser vislumbrada pelas empresas do setor. “O resultado sugere uma piora no cenário de retomada vislumbrado anteriormente pelas empresas da construção”, cita. O temor da economista é que o ano de 2018 termine com “níveis historicamente muito baixos”, o que impactaria na reaceleração do setor a partir de 2019.
Veja estudo apresentado no seminário da ABCIC. Clique aqui.
Entrevistado
Economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, com base em palestra no evento “Cenários e Oportunidades para a Construção Civil”, da ABCIC
Contato: abcic@abcic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Burocracia paralisa reforma do edifício Copan
Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, o edifício Copan, na cidade de São Paulo-SP, teve sua construção concluída em 1966. Em 2012, a edificação foi tombada como patrimônio da capital paulista. Dois anos depois, em 2014, o prédio começou a passar por um retrofit em sua fachada. O revestimento original, de 50 anos atrás, era em pastilha cerâmica e o condomínio optou por trocá-lo por pastilha de vidro, para que a reforma coubesse dentro do orçamento. No entanto, a reforma acabou embargada. Foi exigido o uso de pastilhas cerâmicas do mesmo fornecedor dos anos 1960.
Acontece que o fabricante não produz mais aquele modelo de revestimento e já não possui mais as fôrmas originais para fabricar o material. Resultado: a reforma, que depende da compra de 46 mil m2 de pastilhas brancas e acinzentadas - cores originais do edifício - está paralisada desde 2017, expondo a fachada do histórico edifício ao risco de patologias. Segundo o síndico do prédio, Affonso Celso Prazeres de Oliveira, há pareceres de engenheiros civis que afirmam que o material de vidro ou cerâmico não interfere tecnicamente na obra. Pelo contrário, o vidro tornaria a fachada mais impermeável e, portanto, mais resistente a infiltrações.
Se tiver que atender a exigência por pastilhas cerâmicas, o condomínio do Copan terá que contratar uma fabricação artesanal, o que elevará o custo do metro quadrado do revestimento de 40 reais para 180 reais, no mínimo. O caso está nas mãos da promotoria pública do meio ambiente do estado de São Paulo, que avalizou a interdição da obra pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico). Diante da decisão judicial, o condomínio do Copan terá que abrir concorrência pública para cotar a compra das pastilhas cerâmicas, o que fará com que a reforma, estimada em 7 milhões de reais, custe 30 milhões.
Maior prédio residencial em concreto armado do Brasil vive em constante manutenção
O impasse, que começou em 2017, deve se estender até 2019, apesar da reforma não ser por questão estética ou para testar a burocracia que envolve obras em patrimônios históricos. O motivo é estrutural. O revestimento antigo começou um processo de desplacamento por causa de reações álcali-agregados. A queda de pedaços da fachada chegou a atingir alguns veículos nas ruas do entorno do prédio, o que obrigou o retrofit. Vale lembrar que, com 115 metros de altura, 32 andares e 120 mil m² de área construída, o Copan é o maior prédio residencial do Brasil em concreto armado - cerca de 400 quilos por metro cúbico.
Em seus seis blocos, há 1.160 apartamentos que variam de 20 m2 a 350 m2. Neles residem mais de 5 mil condôminos. Porém, por causa das 80 lojas que operam no térreo, o edifício recebe uma população flutuante diária que varia entre 15 mil e 20 mil pessoas. Isso gera números impressionantes. O prédio consome 460 mil litros de água por dia e gera até 3 toneladas de lixo por dia. Já a manutenção é constante. Por isso, o condomínio criou uma escola de formação de mão de obra. O prédio também conta com oficinas próprias de serralheria, marcenaria, hidráulica, elétrica e pintura, empregando 104 funcionários. Não é à toa que o síndico do Copan, que administra toda essa estrutura, tem o apelido de “prefeito”.
Conheça um pouco mais do Copan:
Entrevistado
Condomínio Copan e publicações na imprensa de São Paulo-SP
Contato: sindico@copansp.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Vender estoque é a maior prioridade das construtoras
Pesquisa realizada pela consultoria Campestrini aponta que a principal prioridade das construtoras, a partir do segundo semestre de 2018, é conseguir realizar a venda de seus estoques. A segunda meta é atrair investidores para seus projetos futuros, seguida do desejo de se posicionar no mercado como empresa que entrega obras de qualidade e no prazo.
Para o engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO da Campestrini, as prioridades estão levando as construtoras a reverem a forma de construir. “Questões internas do projeto, compatibilização dos projetos da obra, coordenação dos projetos e redução de custos da obra, que, por exemplo, não eram prioridades, agora são”, diz.
Ainda de acordo com o engenheiro, a mudança de comportamento afeta também a visão dos fornecedores sobre o que vender às incorporadoras e construtoras. “A pesquisa fez com que alguns fornecedores percebessem que precisam se reinventar em suas soluções para que, de fato, possam ajudar seus clientes nas suas necessidades”, avalia.
Essa mudança, segundo Tiago Campestrini, começa na forma de prestar os serviços. “Os fornecedores precisam agora se adaptar à visão do cliente, à prioridade dele, ajustando seus serviços. Por exemplo, um escritório de arquitetura não deve apenas entregar um projeto, mas estabelecer metas em contrato, que visem apresentar o projeto aos investidores e aumentar as vendas do empreendimento”, afirma.
A pesquisa abrangeu empresas que atuam no mercado de real state e realizam incorporações imobiliárias residenciais, corporativas e hoteleiras, essencialmente. O estudo também perguntou quais não são as prioridades das empresas no cenário atual. Entre as mais citadas, está o desejo de não incorporar aditivos durante a execução da obra. Pelo contrário, prever o custo do empreendimento é citado como uma “alta prioridade”, de acordo com o levantamento.
Pesquisa ouviu construtoras e incorporadoras do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina
Foram ouvidas construtoras e incorporadoras do Paraná, de São Paulo e de Santa Catarina. "O objetivo da pesquisa foi identificar a importância de cada problema no seu dia a dia, visto que isto deve ser matéria-prima para o desenvolvimento de soluções", completa Tiago Campestrini.
A pesquisa abrangeu os seguintes tópicos:
- Realizar a personalização das unidades: mais da metade dos entrevistados ainda não vê como prioridade.
- Conquistar investidores para os empreendimentos: cerca de 70% citam como altíssima ou alta prioridade.
- Coordenar o desenvolvimento dos projetos: praticamente 90% avaliam como altíssima e alta prioridade.
- Levantar quantidades de materiais: quase 70% veem como baixa ou nenhuma prioridade.
- Posicionar a marca da incorporadora: alta ou altíssima prioridade para cerca de 90% dos entrevistados.
- Reduzir as incertezas dos estudos de viabilidade: de média a altíssima prioridade para todos os entrevistados.
- Prever o custo das obras: alta prioridade para 90%.
- Vender as unidades dos empreendimentos: altíssima prioridade para 90% dos entrevistados.
- Aumentar VGV (Valor Geral de Vendas): de média a altíssima prioridade para todos os entrevistados.
- Realizar aditivos durante a execução das obras: nenhuma prioridade ou baixa prioridade para 90% dos entrevistados.
- Reduzir custo das obras: metade se posiciona com alta prioridade e a outra metade com baixa ou média prioridade.
Entrevistado
Engenheiro civil Tiago Campestrini, CEO da Campestrini Inovação na Construção
Contatos
comercial@campestriniprojetos.com.br
www.campestrini.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Onde estão e quais são os 10 prédios mais caros do mundo?
Juntos, eles custaram quase 160 bilhões de reais. São os prédios mais caros do mundo, segundo levantamento da revista Global Construction. Três estão nos Estados Unidos, dois na China, dois em Cingapura, dois nos Emirados Árabes e um na Arábia Saudita. O mais valioso é o Mecca Royal Hotel Clock Tower, cuja construção passou de US$ 15 bilhões, cerca de 60 bilhões de reais. Entre os dez edifícios, oito foram construídos sob encomenda para se tornarem hotéis. As exceções são o corporativo One World Trade Center, em Nova York-EUA, e o residencial Princess Tower, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Veja os 10 prédios mais caros, e por qual motivo custaram tanto:
1. Abraj Al Bait, em Meca, Arábia Saudita: US$ 15 bilhões (R$ 60 bilhões)
Com 601 metros, o Abraj Al Bait é o hotel mais alto do mundo. Tem área construída superior a um milhão e meio de m2 e capacidade para receber 100 mil pessoas. Também conhecido como a Torre do Relógio Real de Makkah, o complexo foi projetado pelo grupo arquitetônico Dar Al-Handasah, no Líbano, e possui o maior e mais alto relógio do mundo, com 530 metros de altura e 43 metros de diâmetro. O objeto pode ser visto a mais de 30 quilômetros de distância. A torre que sustenta o relógio foi construída com estruturas mistas de concreto e aço, enquanto a base do prédio utilizou concreto armado. O luxo da obra, que começou em 2004 e foi concluída em 2012, fica evidente em suas paredes revestidas com folhas de ouro.
2. Marina Bay Sands, em Marina Bay, Cingapura: US$ 5,50 bilhões (R$ 22 bilhões)
O Marina Bay Sans é o resort mais caro já construído. São três torres conectadas, cada uma com 55 andares. O empreendimento ocupa uma área de 155 mil m2, que contempla também um cassino. O complexo de edifícios é de 2010. Foi projetado por Moshe Safdie e executado pela Ssangyong Engineering and Construction. Durante a execução da concretagem de suas fundações, foram lançados 1.200 m3 de concreto por dia.
3. Resorts World Sentosa, Cingapura: US$ 4,93 bilhões (R$ 19,7 bilhões)
O empreendimento Resorts World Sentosa, construído pelo conglomerado malaio Genting Group, consiste em hotéis, cassino e outras estruturas voltadas ao entretenimento, como o parque temático Universal Studios. O oceanário ocupa uma área de 81 mil m2 e é o maior do mundo, com mais de 100.000 animais de mais de 800 espécies. Embora a construção inicial tenha sido concluída em 2009, o Resorts World Sentosa segue em expansão, incluindo a adição do The Marine Life Park em novembro de 2012.
4. Emirates Palace, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos: US$ 3,90 bilhões (R$ 15,6 bilhões)
Inaugurado em 2005, e projetado pelo arquiteto britânico John Elliot, o sete estrelas Emirates Palace, em Abu Dhabi, serve de palácio oficial para os convidados do governo de Abu Dhabi. A estrutura abrange uma área total de 850 mil m2. Entre suas luxuosidades, o palácio inclui 110 mil m3 de 13 tipos diferentes de mármores da China, da Índia, da Itália e da Espanha.
5. Cosmopolitan of Las Vegas, em Las Vegas, EUA: US$ 3,90 bilhões (R$ 15,6 bilhões)
O Cosmopolitan de Las Vegas é um luxuoso resort de cassinos e hotel. Possui duas torres com 184 metros de altura cada uma. Foi construído pelo Duetsche Bank e mais tarde vendido à Blackstone Group Corporation, com sede em Nova York, por US$ 1,73 bilhão - menos da metade de seu preço original atualmente. O projeto estrutural das duas torres utilizou elementos pré-fabricados de concreto para dar agilidade à obra.
6. One World Trade Center, em Nova York, EUA: US$ 3,80 bilhões (R$ 15,2 bilhões)
O One World Trade Center foi inaugurado em 2014 para substituir as Torres Gêmeas. O edifício corporativo abriga 71 andares de escritórios.
7. Wynn Resort, em Las Vegas, EUA: US$ 2,70 bilhões (R$ 10,8 bilhões)
O Wynn Resort é o sexto maior hotel do mundo. O empreendimento começou a ser construído em 2001 e concluído em 2005. Há um projeto para expandi-lo a partir de 2020, ao custo de US$ 1,5 bilhão (R$ 6 bilhões). Sua área atual é de 2,5 milhões de m2 e serão acrescentados mais 142 mil m2 com a ampliação. O hotel tem uma cachoeira artificial com 44 metros de altura, construída em concreto armado.
8. Venetian Macau, em Macau, China: US$ 2,40 bilhões (R$ 9,6 bilhões)
O Venetian Macau é o maior cassino do mundo e também o sétimo maior edifício do mundo em área útil (167.640 m2). Inaugurado em 2007, foi projetado pelo escritório de arquitetura Aedas e HKS Inc., onde predominam o concreto aparente e o vidro ao longo de sua fachada.
9. City of Dreams, em Macau, China: US$ 2,40 bilhões (R$ 9,6 bilhões)
O City of Dreams é um complexo de quatro torres (Crown Tower Hotel, Hard Rock Hotel e Grand Hyatt Macau I e Grand Hyatt Macau II). O empreendimento abriga mais de 200 estabelecimentos comerciais e uma área de 128 mil m2 de cassino. A expansão não para. Uma quinta torre, projetada pela arquiteta Zaha Hadid (in memorian), foi inaugurada em 2017.
10. Princess Tower, em Dubai, Emirados Árabes: US$ 2,17 bilhões (R$ 8,68 bilhões)
Inaugurado em maio de 2012, o Princess Tower, com seus 414 metros de altura, é o edifício residencial mais alto do mundo. Em altura, só perde para o Burj Khalifa, em Dubai. Possui 763 unidades residenciais. O empreendimento pertence à Tameer Holding Investment. O consumo de concreto se aproximou dos 90 mil m3.
Entrevistado
Reportagem com base em levantamento da publicação Global Construction
Contato: info@bizclikmedia.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Revolução das construtechs: as construtoras do futuro
Construtechs são as startups que levam inovação à cadeia da construção civil. Projeções estimam que até 2050 elas influenciarão todas as etapas da obra: do projeto ao processo de compras entre fornecedores e construtores, passando pelo canteiro de obras, a segurança no trabalho e chegando à gestão da manutenção predial. “As construtechs estarão à frente das revoluções que vão gerar edifícios mais sustentáveis, cidades-inteligentes e outras inúmeras soluções para o setor da construção”, avalia o economista Bruno Loreto, especialista em mercados de tecnologia para a indústria da construção, e que recentemente palestrou na We Shape Innovation 2018, realizada em Curitiba-PR.
O Brasil não está alheio ao que vem ocorrendo no mercado global da construção civil. Em 2017, havia pouco mais de 250 startups voltadas para o setor construtivo. Ao final do primeiro semestre de 2018, já eram mais de 360 construtechs em atividade no país. Esse crescimento se dá porque as startups têm foco em um dos pontos nevrálgicos da construção civil global: a produtividade. “As construtoras tradicionais estão percebendo que as construtechs, de fato, ajudam a reduzir custo e a tornar mais eficiente o negócio. Por isso, vêm buscando parcerias”, relata Bruno Loreto, que em sua palestra apresentou recente estudo da Mckinsey, intitulado “Reinventando o setor de construção por meio de uma revolução na produtividade”.
A pesquisa mostra que, globalmente, a produtividade da construção não acompanha a de outros setores da economia. Em média, ela cresce 1%, enquanto a indústria de tecnologia cresce 3,6% no mesmo período. Segundo a Mckinsey, esse gap na produtividade gera um impacto de US$ 1,6 trilhão na economia mundial, ou seja, se a produtividade da construção conseguisse atingir o mesmo nível de outros setores ela agregaria um crescimento de 2% ao ano na economia mundial, além do que é conseguido hoje. O mesmo estudo revela que, globalmente, 25% das empresas ligadas à construção já perceberam que precisam investir em tecnologia para elevar a produtividade.
“Mestre de obras do futuro” já é realidade nos EUA
É aí que entram as construtechs, como a norte-americana Doxel, que com investimento de US$ 4,5 milhões fabricou um robô batizado de “mestre de obras do futuro”. O equipamento rastreia diariamente o canteiro de obras e faz a conferência das áreas construídas para ver se elas foram executadas de acordo com o que foi projetado dentro do BIM. Autônomo, o robô faz todo o serviço sem influência humana e repassa os dados para um software, que compara as informações de acordo com o especificado em projeto. A tecnologia também calcula quanto um eventual retrabalho vai custar no orçamento da obra e qual o impacto no cronograma.
O “mestre de obras do futuro” já está atuando. Em 2017, auxiliou na construção de um prédio corporativo voltado para receber consultórios em San Diego, na Califórnia-EUA. O robô atuou por quatro horas e meia todos os dias e ajudou a obra a obter um aumento de 38% na produtividade da mão de obra e a reduzir o orçamento em 11%. Isso mostra que a revolução industrial 4.0 na construção civil já está acontecendo, e que tende a aumentar conforme a “geração millennials” for assumindo postos decisivos nas empresas do setor. “Nos Estados Unidos, 37% da força de trabalho nas empresas ligadas à construção civil já são de millennials. Significa que ela já atua pensando em soluções digitais para os problemas que enfrenta no setor, e isso resulta em mais construtechs”, finaliza Bruno Loreto.
Veja o “mestre de obras do futuro” em ação
Ouça a palestra:
Entrevistado
Reportagem com base em palestra do economista Bruno Loreto, Head da Construtech Ventures, na We Shape Innovation 2018
Contato: contato@wsievents.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Construção enxuta não é comprar insumos pelo menor preço
O conceito de construção enxuta não significa economizar nos insumos, como podem crer alguns construtores. Pelo contrário, construção enxuta é investir em qualidade e em economia de tempo, e não no menor preço. Foi sobre esse tema que o engenheiro-estrutural Guilherme Laini Silveira palestrou no We Shape Innovation 2018, realizado recentemente em Curitiba-PR.
O engenheiro alertou que boa parte dos construtores que atua com métodos convencionais acaba trabalhando com uma “falsa curva ABC”, imaginando que investir em insumos baratos e em grande quantidade de mão de obra vai permitir entregar o empreendimento com mais rapidez e custo menor. “Isso é um erro”, afirma.
De acordo com Guilherme Laini Silveira, o uso de materiais de construção sem qualidade pode fazer com que, na outra ponta, o custo da mão de obra extrapole, e muito, o preço estimado da obra. Seja por causa da necessidade de empregar mais trabalhadores, seja devido ao risco de retrabalho ao longo das várias etapas da construção - da concretagem ao acabamento.
Por isso, “otimizar” o valor dos insumos não resulta em um saldo positivo para a obra. O engenheiro faz a seguinte analogia: “Se eu comprar o tijolo mais barato, ele vai ser mais irregular e vai precisar de mais argamassa. Se eu comprar a argamassa mais barata, vou precisar de mais demão de tinta. Se eu comprar a tinta mais barata, terei que pintar mais vezes.”
Saiba como construir com qualidade e sem extrapolar custos
O mesmo vale também para o construtor que economiza no concreto, pensando que isso trará lucro à obra. Guilherme Laini Silveira afirma que quem faz isso é induzido ao erro. “No método convencional, por causa da falsa curva ABC, o projetista é levado a crer que os insumos mais caros da estrutura são aço, concreto e fôrmas. Porém, na verdadeira curva ABC, é a mão de obra a parte mais cara na concepção da estrutura. Ela pode responder por até 60% dos custos”, alerta.
Como, então, construir com qualidade e sem extrapolar custos? O conceito defendido pelo palestrante é de que o engenheiro-projetista tenha influência sobre a obra, permitindo que projeto estrutural converse com as outras etapas da construção e facilite também a comunicação com os fornecedores. “Um projeto que economiza no concreto pode, no máximo, gerar 1,5% de economia no custo final da obra. Já um projeto que economiza na mão de obra traz economia de 6% ao custo final da obra”, cita.
Em sua palestra, o engenheiro-projetista define que na construção enxuta é importante reduzir os custos do que não agrega valor na obra. Entre eles, o transporte. “Se o construtor opta por fôrmas de madeira por achar que são mais baratas, é importante considerar o custo a mais que ele terá no transporte das escoras e também na montagem. Fôrmas metálicas levam dois dias para montar uma laje, enquanto a mesma equipe leva quatro dias para montar as fôrmas de madeira”, revela, concluindo que obras que possuem curva de aprendizado e sistema de gestão integrado conseguem, de fato, realizar construções enxutas com qualidade.
Ouça o áudio da palestra:
Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro civil Guilherme Laini Silveira, diretor da Optima Estrutural, na We Shape Innovation 2018
Contato: contato@wsievents.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330