Construtoras estancam desemprego e planejam contratar
Números apresentados pelo SindusCon-PR revelam que as construtoras trocaram o verbo demitir pelo contratar. Em sondagem feita com 200 empresas filiadas ao sindicato, 53% apontaram que pretendem manter seu atual quadro de funcionários, com possibilidade de contratação em 2019, e 40% afirmaram que estão convictas de que vão precisar abrir novas vagas no ano que vem. "Esta é uma informação muito positiva, e significa que os empresários estão realmente pensando em investir e, para isso, precisarão contar com mais trabalhadores", destaca Marcos Kahtalian, vice-presidente de banco de dados do SindusCon-PR.
A sondagem revela também que a intenção dos empresários que desejam contratar é de ampliar o quadro funcional em até 11%. A projeção permite estimar que, em 2019, poderão ser gerados de 5 mil a 6 mil novos postos de trabalho na construção civil de Curitiba e região metropolitana. Para Marcos Kahtalian, significa uma nova realidade para o setor a partir do ano que vem. "No Brasil, a construção civil perdeu mais de um milhão de empregos diretos no período da crise. Agora, está começando uma fase de recuperação. Só este ano já foram criadas quase 3 mil vagas (2.841 vagas) de janeiro a outubro, em Curitiba e região metropolitana", informa o consultor do SindusCon-PR.
Entre as empresas entrevistadas, 47% são de pequeno porte, 32% de médio porte e 21% de grande porte. Boa parte (80%) atua na área de prestação de serviço, 11% com obras públicas e 9% são incorporadoras. O levantamento apontou que as incorporadoras e as empresas que atuam com obras públicas são as que mais pretendem contratar novos colaboradores no ano que vem. Outro dado relevante apresentado na sondagem é que 59% das empresas têm intenção de aumentar o nível de atividade no próximo ano. "São percentuais que mostram o ânimo dos empresários para o investimento. Muitos estavam com seus projetos engavetados e agora estão retomando seus lançamentos, voltando a gerar emprego", explica Marcos Kahtalian.
Em Curitiba e região metropolitana, produção imobiliária será maior em 2019
A expectativa do SindusCon-PR é de que o mercado Imobiliário reaqueça em 2019, principalmente em Curitiba e região metropolitana. O ano de 2018 deve fechar com aproximadamente 13 mil unidades liberadas para construção, o que representa um aumento de 33% em relação ao ano passado (9.744). "Este dado nos ajuda a olhar para o futuro. Significa que teremos uma produção imobiliária maior em 2019", prevê Kahtalian. O vice-presidente de banco de dados do sindicato revela ainda que a necessidade das construtoras de voltar a empreender é grande, pois o estoque de imóveis está baixo na capital paranaense. “O estoque de imóveis novos está muito baixo, com menos de 7 mil unidades verticais, das quais apenas 2.500 foram lançadas em 2018. Desse total de 7 mil, apenas 50% (3.500) estão efetivamente prontas para morar”, destaca.
Tradicionalmente, Curitiba vende todo ano aproximadamente 4 mil imóveis novos, ou seja, se os números se repetirem, a capital paranaense pode entrar 2019 sem oferta de imóveis novos prontos para morar. Além disso, existe a pressão da demanda e do ciclo demográfico. "Curitiba tem cerca de 2 milhões de habitantes, 700 mil famílias e faz todo ano 11 mil casamentos, além de 3.500 separações oficiais. Quer dizer, são pessoas e famílias que buscarão imóveis para morar", finaliza Marcos Kahtalian.
Acompanhe o estudo completo realizado pelo SindusCon-PR. Clique aqui.
Entrevistado
Reportagem com base na entrevista coletiva concedida por Marcos Kahtalian, vice-presidente de banco de dados do SindusCon-PR
Contato: imprensa@sindusconpr.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Prioridade é recuperar investimento em infraestrutura
Entre 2015 e 2017, os recursos destinados para obras de infraestrutura no Brasil caíram 20,8%, se comparado com o ciclo 2007 e 2014. Passaram de R$ 101,7 bilhões anuais para R$ 80,5 bilhões. Os dados são de um grupo de consultorias econômicas que acompanham o mercado da construção pesada - entre elas, Ex Ante Consultoria Econômica, Inter B Consultoria e KPMG. Essas empresas também são unânimes em suas análises futuras sobre o país: recuperar a infraestrutura, resgatar as obras paralisadas e investir em novos projetos deve estar entre as prioridades dos próximos 4 anos.
As empresas que avaliam os números da construção pesada mostraram na M&T Expo 2018 que, até 2014, o Brasil investia o equivalente a 2,31% do Produto Interno Bruto (PIB) em obras de infraestrutura. Em 2017, esse volume caiu para 1,69% do PIB. O percentual é muito baixo se comparado a outros países que fazem parte dos BRICS, como a China e a Índia, que, atualmente, investem entre 7% e 5% do PIB em grandes obras. Em sua palestra, o representante da KPMG, Emerson Melo, afirmou que a infraestrutura é um segmento significativamente importante para o Brasil, principalmente em um momento de retomada de investimentos.
No mesmo evento, Renan Facchinatto, advogado e gestor jurídico do escritório Dal Pozzo Advogados, afirmou que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ser uma saída para viabilizar inúmeros projetos em áreas que exigem investimentos e administração. “Essa modalidade de investimentos é uma das soluções que os governos estão utilizando para deslanchar as áreas de saneamento, iluminação pública, rodovias, entre outras obras”, disse.
Resolução dos gargalos pode gerar investimento de 180 bilhões de reais em obras
De acordo com o palestrante, uma área promissora para receber investimentos de PPPs é a de saneamento básico, que já conta com 200 contratos. Segundo dados da Radar Projetos, atualmente o Brasil possui 1.400 contratos de Parcerias Público-Privadas - boa parte firmados entre prefeituras e a iniciativa privada. “Várias cidades brasileiras já estão usufruindo os benefícios das PPPs na área de iluminação pública. Tenho um cliente que já opera a área de iluminação em uma cidade de 15 mil habitantes e que está muito satisfeito com o negócio”, revelou Renan Facchinatto.
O problema, segundo o advogado, é que o Brasil ainda conta com uma jurisdição intrincada em termos de financiamento de obras de infraestrutura. Por isso, dentro do governo de transição existe um grupo de trabalho voltado para a infraestrutura, e que vai elaborar seu projeto a partir do estudo apresentado pelo professor-titular do departamento de Economia da UnB, Paulo César Coutinho. Os apontamentos mostram que o Brasil poderia alavancar 180 bilhões de reais em investimentos já em 2019. Isso se os gargalos fossem resolvidos, cujos principais são: novos marcos regulatórios para concessões, privatizações e parcerias público-privadas, concessões descontinuadas, definição de um cronograma de licitações, desenvolvimento e aceleração de projetos.
Entrevistado
Reportagem com base nas palestras concedidas na Arena de Conteúdo, durante a 10ª edição da M&T Expo 2018
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Varejo é o maior comprador da indústria da construção
A edição 2018 do Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais, divulgado anualmente pela ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), revela que o varejo é o grande comprador de materiais de construção no Brasil. O segmento consome 36,8% de tudo o que é produzido em termos de insumos, com o cimento encabeçando a lista, e de acabamento. Boa parte deste comércio é responsável por manter o PIB da construção civil positivo em 2018.
De acordo com os dados mais recentes da ABRAMAT, divulgados dia 12 de dezembro de 2018, os números aferidos pela associação apontam que a venda de materiais de construção deve fechar 2018 com crescimento variando entre 1,7% e 2,1%. O percentual depende dos resultados do mês de dezembro. “Confirmada tal projeção, 2018 ficará marcado como um ano de recuperação para a indústria de materiais de construção, criando as bases para um crescimento maior em 2019”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.
No varejo, os materiais de base (cimento, cal, areia, brita, telhas, tijolos, madeiras, etc.) registraram alta de 4,9% no mês de novembro de 2018, em relação ao mesmo mês de 2017. Já os materiais de acabamento indicaram aumento de 5,2%. Porém, há números mais otimistas. O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) vê que em alguns segmentos o crescimento em 2018 pode chegar a 7%. O apontamento está relacionado principalmente aos materiais mais usados em reformas.
Para o diretor-executivo do Ibevar, Nuno Fouto, a cohabitação e a “venda formiguinha” - aquela que abastece pequenas obras e reformas - impulsionaram o varejo da construção civil. “Isso possibilita o desenvolvimento do segmento, pois como as pessoas optam por não trocar de imóvel, em decorrência da insegurança na economia, elas priorizam a manutenção da residência pela reforma ou até pela construção no próprio terreno para abrigar aquele filho que casou, mas não tem renda para pagar aluguel ou comprar a casa própria”, comenta.
Dados da ABRAMAT confirmam projeções realizadas no começo de 2018
No começo do ano, estudo do banco Santander sobre as perspectivas da cadeia produtiva da construção civil para 2018 já mostrava que a “venda formiguinha” iria liderar e impulsionar o varejo. “A produção industrial do setor se recupera pela venda de materiais de construção para reforma e reparos e, em menor magnitude, os lançamentos imobiliários”, dizia o estudo, confirmado pela Anamaco. “As mais de 64 milhões de moradias existentes no Brasil se deterioram pela ação da chuva e do tempo, gerando uma demanda natural por material de construção. Fora isso, o número de casamentos, de nascimentos e de divórcios impacta diretamente o setor de reformas”, completa o presidente da associação, Cláudio Conz.
O Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais trouxe ainda outros dados relevantes do setor na economia brasileira. Entre eles:
- Participação da cadeia da construção no PIB brasileiro é de 8,6%
- Participação da indústria de materiais no PIB da cadeia da construção é de 11,4%
- Vendas totais da indústria somaram R$ 167,3 bilhões até o período pesquisado (ano 2017)
- Arrecadação tributária (federal, estadual e municipal) soma R$ 33.4 bilhões até o período pesquisado (ano 2017)
- Empregos diretos formais gerados chegam a 681 mil até o período pesquisado (ano 2017)
Confira resumo do Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais, divulgado pela ABRAMAT. Clique aqui.
Entrevistado
Reportagem com base em estudo divulgado pela ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) (via assessoria de imprensa)
Contato: abramat@abramat.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Caixa passa a financiar mão de obra para reformas
Lançado em 2016 pela Caixa Econômica Federal, o Construcard agora passa a contemplar o financiamento de mão de obra para reformas. A proposta já fazia parte do plano inicial, mas apenas em setembro de 2018 foi liberada a linha de crédito para essa modalidade. A mão de obra poderá ser contratada junto com a compra dos materiais de construção na loja associada do programa ou separadamente, desde que o prestador de serviço esteja cadastrado no programa. Para esse tipo de financiamento, a Caixa vai aplicar mais R$ 1 bilhão no Construcard.
A vantagem são as taxas de juros, que partem de 1,69% ao ano até o limite da taxa Selic, dependendo do valor e da renda familiar de quem está contraindo o empréstimo. O cliente que solicita o financiamento tem o prazo de dois a seis meses para comprar ou contratar um serviço nos estabelecimentos conveniados. Neste período, ele paga somente os juros proporcionais aos valores utilizados. O prazo para quitação da dívida é de até 240 meses e as prestações são debitadas diretamente na conta corrente de quem adquire o empréstimo.
O Construcard pode ser feito por pessoas físicas, correntistas da Caixa Econômica Federal e maiores de 18 anos ou emancipadas. Além disso, é necessário que a pessoa seja aprovada nas avaliações de crédito. O cartão pode ser utilizado em mais de 85 mil lojas credenciadas com a Caixa. Nesta modalidade, não é possível utilizar o FGTS para quitar o financiamento do Construcard.
A ideia de abrir empréstimo na Caixa para a contratação de mão de obra veio depois que gerentes das agências do banco passaram a visitar lojas de material de construção para que aumentasse a adesão ao Construcard. Uma das sugestões foi a que a mão de obra estivesse incluída no pacote. A inclusão foi reforçada pela participação do sistema Anamaco/Fecomac/Acomac junto à Caixa. “O esforço em dar novo fôlego ao Construcard só ressalta a importância do nosso setor no círculo virtuoso da economia”, destaca o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Elias Conz.
Varejo de material de construção comemora crescimento em 2018
Por conta desse impulso, o varejo de material de construção cresceu 5% no mês de novembro de 2018, na comparação com outubro de 2018. Com relação ao mesmo período do ano passado, o desempenho foi 2% superior. Já no acumulado do ano, o setor apresenta alta de 6,5% sobre o mesmo período de 2017. Nos últimos 12 meses, houve crescimento de 7,5%. Os dados são da pesquisa tracking mensal da Anamaco. Segundo o levantamento, quase todas as regiões do país apresentaram crescimento, com destaque para o sul (9%), nordeste (8%), norte (5%) e sudeste (4%). O centro-oeste destoou e teve queda de 10% em novembro.
Para o presidente da Anamaco, a consolidação do Construcard como programa de financiamento de material de construção e de serviços dependerá da ação das Acomacs, que reúnem os comerciantes de material de construção em todo o país. “As Acomacs devem se aproximar dos gerentes das agências da Caixa e estreitar o relacionamento, para que dê frutos positivos”, finaliza Conz.
Entrevistado
Caixa Econômica Federal e Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) (via assessoria de imprensa)
Contatos
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Produtividade na construção civil depende de 7 alavancas
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, a construção civil brasileira ainda é, em média, 30% menos produtiva se comparada a outras áreas da economia do país. “A infraestrutura e a construção ainda têm uma oportunidade enorme de ganhos de produtividade e eficiência. Outros setores estão muito mais avançados na aplicação de conceitos já consagrados, como lean [eliminação de desperdícios] e gestão por KPIs [Key Performance Indicator ou indicadores-chave de desempenho], porém grande parte da indústria da construção ainda não aplica essas técnicas”, afirmou Hélcio Bueno, sócio da EY Brasil (antiga Ernst & Young), durante palestra na 10ª edição da 10ª M&T Expo, de 26 a 29 de novembro, em São Paulo-SP.
A explanação de Hélcio Bueno se baseou em estudo de EY de 2016 - mas ainda atual -, denominado “Produtividade na construção civil: desafios e tendências no Brasil”. No levantamento são apontadas sete alavancas que contribuem para melhorar a performance no canteiro de obras: planejamento na execução das obras, adoção de métodos de gestão, equipamentos, materiais, métodos construtivos, melhorias de projeto e qualificação da mão de obra. Para Bueno, existem bons exemplos a serem seguidos no exterior. “Há países com níveis de produtividade muito maiores que o Brasil. É necessário importar métodos e formas de trabalhar para aprimorar nossos níveis de produção”, avalia.
Sobre as sete alavancas da produtividade, o estudo da EY faz o seguinte resumo:
1. Planejamento da execução de empreendimentos
• Planejamento da necessidade de recursos e de materiais em diferentes horizontes de planejamento (curto, médio e longo prazo)
• Processos estruturados de atualização do planejamento conforme a execução
• Escritório integrado de gestão de projetos (PMO – Project Management Office)
• Aplicação de softwares tipo BIM (Building Information Model)
2. Adoção de métodos de gestão
• Lean Construction – construção baseada no paradigma de redução de desperdícios que ficou conhecido como método Toyota de produção
• Melhor sincronização do empreendimento e melhoria do fluxo de materiais visando a eliminação das atividades que não agregam valor
• Strategic Sourcing – otimização dos fornecedores e das compras
3. Equipamentos
• Modernização de equipamentos (gruas flexíveis, elevadores mais rápidos etc)
• Maior taxa de utilização de equipamentos
4. Materiais
• Adoção de novos materiais mais eficientes
5. Métodos construtivos
• Aplicação de métodos construtivos mais eficientes (vigas pré-moldadas, alvenaria estrutural, estruturas metálicas, etc.)
6. Melhorias de projeto
• Foco na melhoria dos projetos e sua adequação para a execução
7. Qualificação da mão de obra
• Ações para aprimorar recrutamento
• Ações para aumentar a qualificação atual (treinamento, motivação, etc.)
• Plano para retenção de profissionais
De acordo com Hélcio Bueno, o setor da construção precisa correr para se adaptar às novas tecnologias. Ele questionou a real capacidade das empresas em acompanhar as tendências tecnológicas. O posicionamento do especialista surge no momento em que outros setores já utilizam as novas ferramentas em diversas etapas de seus negócios. “Além da realidade virtual, as indústrias estão recorrendo à inteligência artificial, robotização, RFID (Identificação por radiofrequência), entre outros recursos. As novas tecnologias estão aí para auxiliar nesse processo”, conclui Bueno.
Veja o estudo completo da EY Brasil sobre produtividade na construção civil. Clique aqui.
Entrevistado
Reportagem com base na palestra de Hélcio Bueno, sócio da EY Brasil e especialista em Construção & Real Estate, na 10ª M&T.
Contato: info@mtexpo.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Capital de SP tem 33 pontes e viadutos em estado crítico
O viaduto localizado na Marginal Pinheiros, cuja parte de seu tabuleiro cedeu no dia 15 de novembro de 2018, fez acender a luz de alerta na cidade de São Paulo. A própria prefeitura da capital paulista admite que os 185 viadutos e pontes que cruzam o município precisam de inspeções mais rigorosas. Até então, apenas vistorias visuais eram realizadas. Foi o que impediu que se detectasse o problema e, consequentemente, se agisse na prevenção do viaduto que recentemente foi alvo de colapso localizado. Além disso, a estrutura não estava na lista de prioridades da prefeitura paulistana, para quem, antes do acidente, havia outras 33 estruturas em situação crítica, e que ainda carecem de atenção.
Há outro problema que alimenta essa crise: boa parte das pontes e viadutos em risco foi construída há cerca de 40 anos e seus projetos descritivos e executivos encontram-se guardados em depósitos sem nenhuma catalogação. O do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros foi encontrado em um desses locais pelo DER do estado de São Paulo. O viaduto foi construído pelo governo paulista, quando esse assumia integralmente obras viárias desta envergadura. As investigações sobre a construção da estrutura também levaram a um dos engenheiros responsáveis: Roberto Abreu Camargo, de 76 anos, que deu detalhes técnicos do viaduto.
O uso de tecnologias também foi decisivo para que se impedisse a demolição da estrutura. Além do escoramento, o emprego de macacos hidráulicos permitiu o nivelamento da parte que entrou em colapso com o restante do viaduto. O escaneamento 3D, que possibilita ter uma noção mais completa de toda a obra, também está em uso na recuperação da estrutura. Mesmo assim, o diretor-presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), Julio Timerman, avalia que a recuperação completa do viaduto não será possível em menos de quatro meses, ou seja, ele só deve ser liberado para o tráfego em fevereiro de 2019.
IBRACON chama a atenção para o descumprimento da ABNT NBR 9452:2016
Engenheiro civil com especialidade em estruturas de pontes de viadutos, Timerman declarou que os trabalhos emergenciais devem se concentrar na viga, no topo do pilar e nas juntas de dilatação que fazem parte do tabuleiro que sofreu colapso localizado. “Uma viga que fica embaixo do tabuleiro se rompeu. Terá que ser feita a reconstrução dessa estrutura e também do topo do pilar que cedeu. Além disso, será necessário refazer as juntas de dilatação danificadas. Será importante também atenção às anomalias decorrentes da mudança de esforços da estrutura”, declara o diretor-presidente do IBRACON, em entrevista à rádio Band News de São Paulo-SP, após visitar a obra no dia do acidente.
Julio Timerman destacou que existe norma técnica que define prazos para revisões de estruturas como pontes, viadutos e passarelas construídas em concreto. Trata-se da ABNT NBR 9452:2016 – Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto. “A questão das inspeções está normalizada. Deve se fazer inspeções periódicas uma vez por ano e a cada cinco anos a estrutura deve passar por uma inspeção especial. Essa inspeção deve mapear fissura por fissura, trinca por trinca e detectar se houve movimentação”, finaliza o engenheiro, na entrevista.
Ouça a entrevista do diretor-presidente do IBRACON. Clique aqui.
Entrevistado
Reportagem com base em informações divulgadas pelo poder público da cidade de São Paulo e entrevista do diretor-presidente do IBRACON, Julio Timerman
Contato: office@ibracon.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Engenheiro: profissão do passado, do presente e do futuro
Dia 11 de dezembro é o Dia do Engenheiro, data reconhecida pelo decreto de lei nº 23.569, de 1933. A data, originalmente, surgiu para homenagear “o profissional responsável por desenhar, projetar e concretizar construções, sejam residências ou prédios comerciais”. Priorizava o engenheiro civil, mas acabou se transformando na data de todas as modalidades da engenharia. Hoje, além do 11 de dezembro, cada especialidade tem uma data específica. Atualmente, existem 34 modalidades de engenharia reconhecidas no país, e tendem a surgir mais.
A data do engenheiro civil, por exemplo, coincide com o do Dia Nacional do Patrono da Construção Civil, por meio da Lei Ordinária 13359/2016. A partir de 25 de outubro de 2016 foi instituído o Dia do Engenheiro Civil, data que o sistema Confea/Crea já comemora desde 2015. Entre os profissionais da engenharia, a engenharia civil é a que mais atrai. Segundo os dados mais recentes do Confea/Crea, que são de 2016, a modalidade tem 273 mil cadastrados no conselho, de um total de 1,5 milhão que integra o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
Em 2012, quando a construção civil atingiu seu auge de produção no Brasil, havia uma estimativa de que em 2017 o país estaria formando cerca de 85 mil engenheiros civis por ano, de acordo com o estudo “Formação e Emprego de Engenheiros no Brasil: Tendências Atuais”, divulgado pela Unicamp. No entanto, a crise que atingiu o setor a partir de 2014 desestimulou muitos jovens a abraçar a carreira. Atualmente, o Brasil consegue graduar entre 40 mil e 42 mil profissionais por ano, contando universidades públicas e privadas. É menos de 10% do que países como China e Rússia conseguem formar.
Além de precisar graduar mais engenheiros, o Brasil também tem o desafio de adequar suas universidades para passar a formar não apenas engenheiros, mas “engeinovadores”, como escreve Valter Pieracciani, autor dos livros “Usina de inovações” e “Qualidade não é mito e dá certo”. Ele trata dos profissionais adequados à indústria 4.0. “A indústria 4.0 exigirá ainda que trabalhemos em redes, em oposição às estruturas hierárquicas e rígidas do passado. Os ambientes de P, D & I [Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação] deixarão de ser bunkers e darão lugar a processos colaborativos. Caberá ao engenheiro 4.0, o engeinovador, assegurar que a informação flua em todos os sentidos. Ele terá que aprender a liderar esses fluxos e a atuar como facilitador para que as empresas passem a operar conectadas. Nossa profissão ganhará contornos cada vez mais dinâmicos. Você está pronto?”, questiona o autor.
Veja as engenharias reconhecidas no Brasil
- Engenharia Civil
- Engenharia de Telecomunicações
- Engenharia Química
- Engenharia Biomédica
- Engenharia de Petróleo e Gás
- Engenharia Elétrica
- Engenharia Aeronáutica
- Engenharia de Aquicultura
- Bioengenharia
- Engenharia Ambiental
- Engenharia de Alimentos
- Engenharia Cartográfica
- Engenharia Metalúrgica
- Engenharia de Energia
- Engenharia de Materiais
- Engenharia de Pesca
- Engenharia de Computação
- Engenharia de Controle e Automação
- Engenharia em Agrimensura
- Engenharia Agrônoma
- Engenharia Agrícola
- Engenharia Acústica
- Engenharia de Segurança no Trabalho
- Engenharia de Horticultura
- Engenharia Física
- Engenharia Florestal
- Engenharia de Minas
- Engenharia Naval
- Engenharia Mecânica
- Engenharia Hídrica
- Engenharia Mecatrônica
- Engenharia Sanitária
- Engenharia de Produção
- Engenharia em Tecnologia Têxtil
- Engenharia Industrial Madeireira
- Engenharia Industrial
Fonte: Guia do Estudante
Entrevistado
Reportagem com base em dados do sistema Confea/Crea, no estudo “Formação e Emprego de Engenheiros no Brasil: Tendências Atuais”, da Unicamp e no artigo “O engenheiro 4.0 ou engeinovador”, de Valter Pieracciani
Contato: gco@confea.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Nova norma de cimento altera uma série de normas
Publicada em julho de 2018, a ABNT NBR 16697 - Cimento Portland - Requisitos - não está sozinha. Em torno dela orbita uma série de normas técnicas relacionadas ao Cimento Portland. Por isso, o CB-018 (Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados) da ABNT está debruçado sobre esses documentos para adequá-los à nova norma de cimento.
Na coordenação de todo esse processo revisional está o gerente de laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Arnaldo Battagin. Na entrevista a seguir, ele explica as alterações em curso, que começaram em 2015 e que buscam equiparar o cimento e o concreto produzidos no Brasil ao que há de melhor no mundo. Confira:
A ABNT NBR 16607 Cimento Portland - determinação dos tempos de pega - entrou em processo de revisão. Por qual motivo?
A rigor, tanto a norma ABNT NBR 16607 - determinação dos tempos de pega - quanto a norma NBR 16606 - determinação da pasta de consistência normal - entraram em processo de emenda, o que significa consulta à sociedade técnica sobre alterações necessárias, mas pouco expressivas. Explico melhor: a ABNT NBR 16607 tinha a forma de expressão dos resultados em horas e minutos. O que se propõe é que a expressão seja em minutos para compatibilizar com a ABNT NBR 16697 - Cimento Portland - Requisitos. Outra mudança se refere à possibilidade de realização do ensaio em temperaturas no intervalo de (20 °C ± 2), em regiões de clima temperado, o que foi eliminado, prevendo apenas a faixa padrão de (23 °C ± 2), já que ela deixou de ser norma Mercosul. Já para a norma ABNT NBR 16606 se propõe a alteração da figura esquemática do misturador de pasta e argamassa para compatibilizar com a ABNT NBR 7215 – determinação da resistência à compressão também em processo de consulta nacional.
Em função da nova norma de cimento (ABNT NBR 16697 - Cimento Portland - Requisitos), publicada recentemente, outras normas que orbitam em torno dela também devem passar por um processo de homogeneização. Quais seriam?
Sim, isso iniciou ainda em 2015 com as revisões das normas de métodos de ensaio de cimento e com a publicação da norma ABNT NBR 16372 - determinação da área especifica do cimento. Continuou em 2016, com a publicação da norma ABNT NBR 11582 (expansibilidade do cimento), e em 2017, com as ABNT NBR 16605 (massa específica), 16606 (consistência) e 16607 (tempos de pega). Agora, em 2018, está em processo de consulta nacional, além da ABNT NBR 7215, a nova norma sobre a determinação da resistência à compressão do cimento em corpos prismáticos, além da revisão de um conjunto de 13 normas de análises químicas de cimento.
Sobre essa nova norma, que propõe a adoção do método prismático para os corpos de provas, qual o motivo dela ser criada?
Os trabalhos estão praticamente concluídos e o projeto de norma deve entrar em consulta nacional proximamente. A padronização dos métodos de determinação de resistência é uma tendência mundial, tendo países como Inglaterra e Japão mudado sua metodologia para corpos de prova prismáticos, idênticos aos especificados atualmente por todos os países da União Europeia. No âmbito do Mercosul é provável a adoção de uma metodologia de corpos prismáticos em detrimento do método NBR 7215, que adota corpos de prova cilíndricos, uma vez que as normas argentinas e uruguaias já contemplam o uso dos prismáticos. Assim, as relações de importação e exportação podem ser facilitadas com metodologias padronizadas de desempenho do cimento.
Essa mudança (método prismático) permitirá avanços tecnológicos nos laboratórios e uma paridade com sistemas internacionais?
O método prismático apresenta uma série de vantagens sobre o cilíndrico, pois o adensamento mecânico é menos suscetível à influência do operador, repercutindo no resultado do ensaio, o que evita lesões por esforços repetitivos, além de dispensar o capeamento com enxofre. Isso melhora as condições ambientais com diminuição da emissão de gases tóxicos e a exposição do operador. Finalmente, é necessário esclarecer que a mudança na norma de determinação da resistência à compressão do cimento, de corpos de prova cilíndricos para prismáticos, significa mudanças de critérios para avaliar o desempenho do cimento, indubitavelmente acompanhadas de repercussões nos processos produtivos e no mercado. Essa mudança será implantada de forma gradativa, em tempo necessário para a adaptação de equipamentos, metodologias, areia normal etc. Provavelmente, haverá a convivência dos dois métodos por certo período.
“Tendência é que as comissões de estudo da ABNT se tornem permanentes.”
Outra revisão importante a caminho é a que envolve o cimento branco. O que deve mudar?
A comissão de estudo do ABNT/CB-018 (Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados), do qual sou coordenador, está propondo a criação de uma nova norma para a determinação da brancura aplicável a cimentos branco e cinza, além da determinação da variação de cor. Os estudos estão inspirados na nova norma espanhola UNE 80117, adaptada às condições brasileiras. Lembra-se que a NM 3, de determinação da brancura, vigente atualmente, remonta à década de 1990, e também foi inspirada na antiga norma espanhola.
Há muitas outras normas que remontam da década de 1990. Isso significa que a comissão que revisou a norma de cimento tende a se tornar uma comissão permanente daqui por diante, para atualizar todas as normas técnicas necessárias?
Essa é uma tendência das comissões de estudo da ABNT, tendo em vista manter atualizado o acervo de normas brasileiras e que, certamente, poderá ser uma diretriz desta comissão de estudo. Pelos dados do último levantamento de que tenho conhecimento, já se atingiu índice da ordem de 90% de atualização e a intenção é manter ou até mesmo elevar esse índice.
Por exigir tanto trabalho, quantas pessoas estão envolvidas na comissão de estudo?
Até o momento, participaram da comissão de estudo mais de 120 pessoas, representando cerca de quarenta e cinco empresas/entidades. Certamente, poucos participam de todas as reuniões, mas vale salientar que os trabalhos de normalização da ABNT são abertos aos interessados, de forma que novos integrantes podem tomar parte, contribuindo para o aprimoramento das normas brasileiras.
Entrevistado
Geólogo Arnaldo Forti Battagin, gerente dos laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) e representante da ABCP nas comissões de estudos de normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Contatos
arnaldo.battagin@abcp.org.br
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Alemanha desenvolve concreto-têxtil com fibras de linho
Pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Pesquisa em Madeira, também conhecido como Wilhelm-Klauditz-Institut (WKI) ou Fraunhofer WKI, estão desenvolvendo concreto-têxtil a partir de fibras in natura de linho. Nos testes realizados na Alemanha, o material se mostrou tão eficiente quanto os costumeiramente usados para produzir o concreto-têxtil, que são polímeros, fibras de carbono, fibras de vidro e resinas epóxi.
O concreto-têxtil pode ter características superiores ao concreto armado, em termos de resistência à compressão e tração. O tecido, no caso, substitui as armaduras de aço. Desenvolvido na Alemanha, esse tipo de material permite construir estruturas mais esbeltas e é apontado como um elemento que pode revolucionar a construção industrializada do concreto.
Os pesquisadores do Fraunhofer WKI desenvolveram também um tear para tecer os fios a serem usados na malha do concreto-têxtil. A máquina é a única do gênero na Europa e pode compor várias estruturas têxteis para serem incorporadas por concretos de alto desempenho. Nos testes com fibras de linho, o centro de pesquisa para edifícios leves e ecológicos do WKI desenvolveu um concreto autoadensável especial para ser despejado sobre o tecido.
Segundo Jan Binde, que atua no centro de pesquisa, a qualidade do concreto-têxtil alcançado supera, e muito, a do concreto armado convencional. “A estrutura é tão densa que substâncias nocivas que podem causar patologias não conseguem penetrar no componente. Isso resulta em uma vida útil mais longa para o material”, diz.
Primeira ponte capaz de suportar veículos está em construção na Alemanha
A combinação entre a malha de linho e o concreto autoadensável reforçado com fibras de carbono, vidro e polímeros comprovou, durante os testes, ser um compósito durável, resistente a cargas e com baixa emissão de CO2. "As fibras naturais se encaixam muito bem no concreto. Temos elementos suficientes para construir estruturas leves e esbeltas, capazes de suportar carros”, afirma o pesquisador, que com sua equipe trabalha na construção de uma ponte para ser apresentada na BAU 2019, feira sobre arquitetura, materiais e sistemas, que acontece de 14 a 19 de janeiro, em Munique, na Alemanha.
A estrutura terá 15 metros de extensão, 40 centímetros de espessura e usará uma malha de linho com 12 centímetros de espessura. A ponte atende as normas técnicas europeias e se submeterá aos organismos alemães de fiscalização antes de ser apresentada.
No Brasil, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) desenvolve pesquisa sobre concreto-têxtil no LEME (Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais). Em 2015, havia o projeto de construir duas passarelas para pedestres dentro do campus da universidade, em Porto Alegre-RS, mas que não foi viabilizado. Apesar dos esforços na UFRGS, os estudos sobre concreto-têxtil registram poucos avanços no país.
Entrevistado
Wilhelm-Klauditz-Institut (WKI) (via assessoria de imprensa)
Contato: info@wki.fraunhofer.de
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Obra sem problemas passa por saber recrutar mão de obra
Antes da compra de insumos e da adoção de boas práticas construtivas, uma obra precisa ter o comprometimento da equipe. Para chegar aos profissionais que irão formar o time, o construtor precisa ter um bom plano de recrutamento. Por isso, existem procedimentos a serem seguidos. O primeiro passo é definir os comandos técnico, administrativo e operacional da obra, como ensina o engenheiro civil Fausto Sabino, com 37 anos de experiência como engenheiro de obras e que palestrou no 1º Congresso Nacional da Eficiência em Edifícios e no Congresso Nacional da Produtividade na Construção Civil.
Sabino defende que para essas funções, além dos tradicionais testes realizados pelo RH das empresas, é recomendável aplicar provas, a fim de que o processo de seleção realmente indique o mais capacitado para os cargos a serem ocupados. O engenheiro sugere um mínimo de oito perguntas para os pretendentes a comando técnico, administrativo e operacional da obra. A saber:
- Como você gerencia o setor de almoxarifado e de suprimento de insumos de sua obra e de toda a logística de abastecimento, armazenamento e distribuição de materiais?
- De que forma é administrado o setor de recursos humanos de sua obra?
- Como é tratada a qualidade da sua obra no dia a dia e nas diversas etapas de serviços existentes ao longo da execução do empreendimento?
- Qual prioridade você dá para a área de segurança de sua obra?
- Como você avalia o desperdício na obra e faz para combatê-lo?
- Você faz o acompanhamento diário da produtividade das equipes de sua obra?
- De que forma é feito o acompanhamento dos custos e o cronograma físico-financeiro de sua obra?
- Você é adepto do uso de inovações na obra sob sua responsabilidade?
É importante evitar um “estado de emergência” constante no canteiro de obras
O engenheiro destaca também que é importante que não haja negligência no processo de recrutamento e nem excessos. “Não é recomendável contratar observando apenas a redução de custos com a mão de obra, o que pode ocasionar na contratação de um número de profissionais abaixo do que a obra exige. Também é importante não contratar em excesso. Existem ferramentas para fazer esse dimensionamento corretamente, a fim de evitar a sobrecarga e a ociosidade dentro do canteiro de obras. Começa com um bom anúncio para recrutar, seguido da captação de currículos, a triagem e a submissão dos melhores aos testes de RH”, afirma.
Em sua palestra, Fausto Sabino destaca que equívocos no recrutamento da mão de obra geralmente resultam em um “estado de emergência” constante no canteiro de obras. “Acaba transformando a rotina diária do gestor da obra em ‘apagar um incêndio atrás do outro’. Por isso, além do bom recrutamento, o responsável pela execução do empreendimento precisa transformar em tarefa diária o acompanhamento da produtividade da obra, assim como deve ser diária a verificação do cronograma da obra e do cronograma físico-financeiro. Seguindo esses passos, as chances da obra ser bem-sucedida são bem maiores”, finaliza.
Veja a íntegra da palestra no 1º Congresso Nacional da Eficiência em Edifícios e no Congresso Nacional da Produtividade na Construção Civil
Entrevistado
Engenheiro civil Fausto Sabino, com formação acadêmica na Universidade Mackenzie e 37 anos de experiência como engenheiro de obras. Atualmente é diretor-executivo da Converge - Soluções em construção civil
Contato: contato@conaprocbrasil.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330