Contra o calor, Los Angeles faz asfalto mimetizar concreto

CoolSeal
Além do programa CoolSeal, que pinta as ruas de Los Angeles em tons cinza claro, Los Angeles também pesquisa pavimentos de concreto que não retenham o calor. Crédito: Prefeitura de Los Angeles

Los Angeles, na Califórnia-EUA, já se prepara para o verão 2019 e prevê temperaturas superiores a 40 °C no auge da temporada. Cercada por deserto, e com grande quantidade de ruas asfaltadas, a principal cidade do oeste dos Estados Unidos é um paraíso para as chamadas “ilhas de calor”. Há pontos em que a temperatura se eleva até 10 °C acima do que, de fato, marcam os termômetros oficiais. Para minimizar esse efeito, a prefeitura de Los Angeles está testando pintar as ruas asfaltadas com tinta cinza claro. A ideia é mimetizar o efeito causado pelo pavimento de concreto, que não absorve tanto o calor quanto o asfalto e, consequentemente, reduz o impacto das “ilhas de calor” (UHI, do inglês urban heat island).

O programa foi batizado de CoolSeal (selo fresco, na tradução literal) e deve se manter pelos próximos 20 anos. Ele inclui também a substituição do asfalto pelo concreto em vias mais movimentadas, e que recebem tráfego pesado. A meta é reduzir em 2 °C a temperatura de Los Angeles, até 2039. Para o departamento de manutenção de ruas da prefeitura da cidade, os resultados têm sido animadores. Em algumas ruas onde foi aplicado o CoolSeal, a temperatura do pavimento ficou até 9 °C mais baixa. A tinta usada foi inicialmente desenvolvida para a indústria de defesa dos Estados Unidos, que buscava reduzir a temperatura das pistas de decolagem para impedir que satélites espiões usassem raios infravermelhos para localizar aviões.

Universidade da Califórnia desenvolve argamassa cimentícia que baixa temperatura

O produto aplicado nas ruas de Los Angeles foi aperfeiçoado para absorver ainda menos o calor produzido pela luz solar. O problema tem sido o custo. Por milha (1,6 quilômetro), a aplicação do produto equivale a 40 mil dólares. A tinta tem durabilidade de 7 anos. Por isso, outras soluções estão em desenvolvimento para enfrentar as “ilhas de calor”. O departamento de energia do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, ligado à Universidade da Califórnia, desenvolveu uma argamassa cimentícia com nanotecnologia que, quando aplicada sobre o asfalto, consegue baixar a temperatura do pavimento em até 11 °C. A pesquisa é financiada pela fundação Emerald Cities e a descoberta foi batizada de “Cool Pavement”.

O produto foi aplicado inicialmente sobre a área do estacionamento de uma escola de Los Angeles, onde a temperatura do asfalto ao meio-dia se aproximava dos 60 °C. Os resultados positivos estimularam a Emerald Cities a lançar o programa “100 Cities Project”, que pretende testar o “Cool Pavement” em outras 99 cidades dos Estados Unidos, e que tenham alta incidência de “ilhas de calor”. A pesquisa também comprova que o estado da Califórnia é, atualmente, o local de onde partem os estudos mais avançados sobre pavimento em concreto e seus derivados. Exatamente pela necessidade de buscar alternativas que combatam as altas temperaturas geradas pelo asfalto.

Além disso, testes secundários com o “Cool Pavement” revelaram que o produto melhorou a abrasão, o que resultou em melhor frenagem dos veículos, e também aumentou a resistência à compressão em até 10%, elevando o tempo de vida útil do pavimento. 

Entrevistado
Bureau da Engenharia da prefeitura de Los Angeles
(via assessoria de imprensa)

Contato: eng.pm.lastreetcarproject@lacity.org

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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Quer vender mais? Conheça bem os produtos da loja

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Vendedor de loja de material de construção é o que mais influencia no fechamento da compra. Crédito: Divulgação

Vender é uma arte, desde que não se cometam erros básicos. Sobretudo quando se está no varejo de material de construção. Esse setor não perdoa um clássico do desperdício de vendas: o vendedor que não conhece os produtos. Desde a especificação do melhor cimento para a obra até o tipo de amperagem ideal da tomada para instalar em casa, tudo deve ser dominado por quem vende. Quanto mais conhecer, mais confiança desperta no consumidor. Até porque, pesquisas revelam que um cliente insatisfeito com o atendimento contará para até 20 pessoas sobre sua má experiência. Custa pelo menos cinco vezes mais conseguir um cliente novo do que fidelizar um antigo.

Essa lei da venda vale, principalmente, para lojas de pequeno e médio porte de materiais de construção, onde o cliente, na maioria das vezes, está em busca de soluções para um problema. Quem tem um comércio com essas características sabe quantas vezes deixou de vender por causa de erros cometidos por colaboradores não-treinados. Por isso, é muito importante conhecer e saber corrigir os equívocos cometidos no atendimento. Seja para quem compra para construir, para reformar ou para um pequeno reparo na residência. Esse, aliás, é o caso em que o vendedor precisar estar mais atento, pois em obras maiores o consumidor costuma ir com o próprio pedreiro na loja, a fim de orientá-lo.

O principal erro é não conhecer bem os produtos. Atender não é simplesmente saber sorrir. O vendedor de uma loja de materiais de construção tem essa peculiaridade entre vendedores de outros segmentos: ele influencia no fechamento da compra, desde que conheça o que sua loja oferece. O produto ideal, combinado com o preço ideal, encanta muito mais o consumidor que a simpatia, a qual, neste caso, é complemento e não o “core” (núcleo) da venda. Comércio de materiais de construção exige profissionais qualificados, e isso só é possível com investimento constante em treinamento.

Requisitos básicos são qualificação, estrutura da loja e equipe saudável

Além de qualificar seus vendedores, estruture sua loja para torná-la atraente. Sentindo-se familiarizado no ambiente, e sendo bem atendido, o cliente tem maior probabilidade de voltar. A lógica que deve predominar é a de fazer o consumidor se sentir em casa, mas sem perder tempo. Ou seja, ele deve achar tudo o que precisa dentro do período a que se propôs ficar na loja. Esse componente, combinado com um bom preço e um mix diversificado e atualizado com as tendências dos produtos, tem potencial para estimular o retorno do cliente. A estrutura da loja deve ter um layout que facilite a localização dos produtos. É preciso também ser ágil na finalização da compra e evitar filas nos caixas.

Além de bem treinados e motivados, os colaboradores de uma loja de materiais de construção devem ser estimulados a cuidar da saúde para obter produtividade. Segundo estudo do Institute for Health and Productivity Studies, dos Estados Unidos, as empresas brasileiras chegam a perder 42 bilhões de reais por ano por causa de funcionários doentes. Mesmo não faltando ao trabalho, pessoas que estejam sentindo incômodos, como dor de cabeça, cansaço, gripe e outros males, dão prejuízo à empresa onde trabalham. Além disso, o colaborador se sente valorizado quando recebe investimento em qualidade de vida. Ao contrário do que possa parecer, o ganho pode não ser a principal motivação de uma equipe de vendas, mas sim a oportunidade de se desenvolver pessoal e profissionalmente.

Entrevistado
Reportagem com base em seminário sobre como vender em lojas de materiais de construção, promovido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Contato: ascom@cnc.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Marcos Kahtalian

Geração Millenials refuta modelos tradicionais de imóveis

Marcos Kahtalian
Marcos Kahtalian, na palestra “O que está mudando no comportamento do consumidor”: confirmando tendência mundial. Crédito: Prefeitura de Curitiba

Em 2018, 15% da geração Millenials dos países que possuem mercado imobiliário regular seguiam morando com os pais. Trata-se de consumidores com idade entre 25 e 38 anos, que ainda não constituíram família e que, somente nos Estados Unidos, deixaram de comprar 2,2 milhões de residências na comparação com a geração X, quando essa estava na mesma faixa etária. É o que mostra a pesquisa da norte-americana LEK Consulting, encomendada por bancos de investimento com negócios em boa parte do mundo. As razões também estão explicitadas no estudo: parte dos millenials refuta o modelo tradicional de imóveis, voltado para o conceito unifamiliar, e também descarta estar amarrado a hipotecas e financiamentos de longo prazo.

Soluções como coliving e coworking, em prédios comprovadamente sustentáveis, capazes de agregar as modernas tecnologias, são as apostas do mercado para virar esse jogo e criar uma nova geração de compradores de imóveis. Afinal, de acordo com a LEK Consulting, os millenials começarão a se tornar maioria em cargos de liderança a partir de 2023. “A projeção é que, somente nos Estados Unidos, 1,54 milhão de jovens adultos galgue a esses postos nos próximos cinco anos. Mas, apesar das dinâmicas econômicas e comportamentais, essa geração não tem a cultura de comprar nem de acumular residências. Ela busca praticidade e conforto. Quer estar em todos os lugares”, resume o relatório. É o que explica fenômenos como Airbnb, por exemplo.

Mercado imobiliário precisa acompanhar tendências das futuras gerações

O estudo também leva em consideração a parcela dos millenials com baixo nível de escolaridade. Essa é a que tende a permanecer na casa dos pais até perto dos 40 anos. São mudanças comportamentais que no Brasil seguem a mesma tendência. Recentemente, no evento "Os caminhos da inovação na construção civil", realizado em Curitiba, o sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, Marcos Kahtalian, apresentou dados que vão ao encontro da pesquisa da LEK Consulting. Ele mostrou a palestra “O que está mudando no comportamento do consumidor” e definiu o que está acontecendo com a seguinte frase “As pessoas estão comprando menos tijolos e mais a possibilidade de ter experiências. Elas não querem mais a casa na praia, mas poder usufruir do compartilhamento de residências, que existe em qualquer lugar do mundo”, resume.

Marcos Kahtalian cita que um dos problemas do mercado imobiliário é que ele está sempre uma geração atrás. “O mercado está pensando na geração X e o mundo já está conectado no ritmo dos millenials. Como integrar isso é o grande dilema. Mas já existem empresas se atualizando. As que fazem plantas adaptáveis estão entre essas. Idem para as que unem ambiente de escritório com o de residência. Da mesma forma, construtoras que abdicam de vagas de garagem para oferecer outros diferenciais aos clientes, como bicicletários, por exemplo, também começaram a se adaptar a esses novos tempos”, conclui.

Leia estudo do Núcleo Real Estate da Poli-USP sobre o assunto

Entrevistados
Reportagem com base na pesquisa “Volatilidade no setor da construção”, da LEK Consulting, e na palestra “O que está mudando no comportamento do consumidor”, de Marcos Kahtalian, sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa

Contato: pressus@lek.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Mercado imobiliário

Reforma da Previdência afeta, sim, o mercado imobiliário

Mercado imobiliário
Mercado imobiliário iniciou 2019 em viés de alta, mas depende das reformas estruturais do país. Entre elas, a da Previdência.
Crédito: Dreamstime

A reforma da Previdência afeta diretamente o mercado imobiliário. Por quê? A trajetória de gastos do governo com aposentadorias é muito maior do que a capacidade de investir. Sem reforma, ou se criam mais impostos e ou se emite mais dinheiro, o que significa inflação. Consequentemente, os juros sobem. E os juros altos inibem as atividades do mercado imobiliário, já que a taxa de juros está muito atrelada à reforma da Previdência. É o que explica o economista Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice FipeZap. “Quem está preocupado com o mercado imobiliário, tem que se preocupar com taxa de juros. E hoje, os juros estão muito atrelados ao futuro da reforma da Previdência”, diz.

Por isso, acreditam os especialistas do setor, o mercado imobiliário - apesar de dar sinais de reaquecimento em 2019 - só terá crescimento vigoroso se a reforma previdenciária for aprovada no Congresso Nacional. Alguns entendem que a reforma seja mais benéfica para o segmento que busca financiamento residencial. Outros avaliam que as mudanças na Previdência impactem mais no setor de imóveis corporativos. Há os que entendem que todos sairão ganhando. É um cenário avalizado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), para quem o setor já deveria ter voltado a crescer desde 2018, caso a reforma tivesse sido aprovada em 2017, quando o governo Michel Temer não teve força para fazê-la avançar no Congresso.

Na avaliação da CBIC, hoje o mercado imobiliário poderia crescer em 10% ao ano - projeção que foi transferida para 2020, caso as alterações na Previdência se consolidem. Mesmo assim, o otimismo está no ar, como aponta o economista Alexandre Nigri ao Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários (IBRAFI). “Vivemos uma janela de otimismo muito grande, que se baseia principalmente na questão da taxa de juros. O que são juros? É taxa mais a expectativa”, afirma, completando que a aprovação da reforma é vista pelo mercado como o primeiro passo de outros que deverão ser dados. “A reforma da Previdência não vai resolver todos os problemas, mas ela tem que ser feita para trazer otimismo e confiança”, diz.

Em defesa da segurança jurídica e da retomada dos investimentos

Enquanto a reforma não sai, o mercado imobiliário se movimenta de acordo com os relatórios que são publicados semanalmente. O mais recente, que analisa a primeira quinzena de março, faz a seguinte avaliação: “O mercado imobiliário tem algumas barreiras a serem superadas. A retração do poder de compra do cidadão brasileiro é uma realidade atual, e a diminuição do poder de mercado das incorporadoras também. Em algumas praças, a situação chega a extremos, com imóveis alugados a quase zero de rendimento, apenas com a quitação de taxas condominiais.”

Por esse motivo, no dia 13 de março de 2019, 88 sindicatos e associações representativas da cadeia produtiva da construção civil estiveram com o presidente de Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para declarar apoio do setor à reforma da Previdência. O grupo saiu em defesa da segurança jurídica e da retomada da capacidade de investimento do país, seja ele público ou privado, o que só se dará a partir da reforma que encabeça a lista de reformas das quais o Brasil necessita urgentemente.   

Quer saber mais sobre a reforma da Previdência? Acesse o seminário Reforma da Previdência, promovido pela FGV Projetos

Parte1

 

Parte 2

 

Entrevistados
Instituto Brasileiro de Estudos Financeiros e Imobiliários (IBRAFI) e (Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
(via assessorias de imprensa)

Contato: contato@ibrafi.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Concreto especial sustenta nova estação do Brasil na Antártica

Comandante Ferraz
Base brasileira na Antártica: nova Comandante Ferraz é a mais moderna entre as estações que pesquisam o pólo sul. Crédito: MCTIC

Em 11 de março de 2019 foi inaugurada a nova base de pesquisa do Brasil na Antártica. A antiga estação Comandante Ferraz foi destruída por um incêndio em 2012. A estrutura substituta é futurista, inovadora e atende a elevados parâmetros de segurança contra fogo, desempenho térmico e acústico, além de ter sido erguida sob conceitos de sustentabilidade. A tecnologia em construção civil também se fez presente, mas foi importada. A estatal chinesa CEIEC, cuja especialidade é construir em condições adversas e em ambientes inóspitos, foi contratada para executar o projeto arquitetônico do escritório brasileiro Estúdio 41.

O investimento para reconstruir a nova estação Comandante Ferraz em 540 dias superou os 370 milhões de reais, dos quais mais de 150 milhões de reais foram gastos apenas com a logística para transportar os materiais de construção para o pólo sul. Também foram deslocados para o canteiro de obras 250 operários e engenheiros do nordeste da China, onde as temperaturas se aproximam das registradas na Antártica. Acostumados a trabalhar no frio extremo, eles utilizaram maquinários especiais para escavar a neve a 80 metros de profundidade, até encontrar terreno rochoso para fixar as fundações. As perfurações foram preenchidas com Concreto de Ultra-Alto Desempenho (CUAD) de 500 MPa de resistência e VUP (vida útil de projeto) de 200 anos.

A opção pelo CUAD se deu por causa dos fortes ventos que atingem a região onde está localizada a Comandante Ferraz, e que podem ultrapassar os 100 km/h, e também por causa do risco de abalos sísmicos. A estação está encravada nas fundações através de palafitas de aço especial, também projetadas para suportar baixíssimas temperaturas e fortes ventos. "A precisão do projeto atinge o nível de fabricação de relógios suíços", explica a engenheira civil Cao Hong, chefe do projeto-executivo da nova base brasileira na Antártica. "A construção é um projeto turnkey total. Transformamos o projeto confiado a nós em uma base encravada em um monolito de concreto na Antártica, gerenciando toda a cadeia de fornecimento de material, equipamentos, logística e do canteiro de obras no local”, completa.

Países do BRICS poderão usar a Comandante Ferraz para pesquisas

Parte dos recursos da Comandante Ferraz foi bancada pelos demais países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que também poderão usar a estação para pesquisas. A China já possui quatro bases na Antártica: Great Wall, Zhongshan, Kunlun e Taishan. A Kunlun, por exemplo, está localizada a 4.093 metros acima do nível do mar, e é a mais alta das estações no continente polar. Também foi construída pela CEIEC. Porém, a Comandante Ferraz é a mais moderna e confortável hoje em operação na Antártica. Com 32 alojamentos, ela comporta até 64 pessoas. O design coloca os quartos na parte superior de duas estruturas, juntamente com uma sala de vídeo, um cybercafé, uma sala de conferências e uma biblioteca. O bloco inferior abriga os 17 laboratórios, garagens e armazéns centrais.

O projeto faz parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Criado em 1982, realiza, em média, 20 projetos de pesquisas por ano, nas áreas de oceanografia, biologia marinha, glaciologia, geologia, meteorologia e arquitetura, além de permitir à Marinha do Brasil, com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), realizar uma das maiores operações de apoio logístico, em termos de complexidade e distância.     

Veja vídeo sobre a construção da nova estação Comandante Ferraz

Entrevistados

China National Electronics Import & Export Corporation (CEIEC) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) (via assessorias de comunicação)

Contatos
ccs@aeb.gov.br
cccemservice@cccme.org.cn

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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Minhocão se transforma no 1º parque suspenso do Brasil

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Previsão é que a primeira etapa abranja 900 metros do elevado e seja entregue até dezembro de 2019. Crédito: Prefeitura de São Paulo

O High Line, famoso parque suspenso de Nova York, inspira a cidade de São Paulo-SP a implantar a ideia no elevado conhecido pelos paulistanos como Minhocão (ex-Costa e Silva e atualmente João Goulart). Inaugurado em 1971, e com 3,4 quilômetros de extensão, o viaduto é uma das principais obras urbanas do século passado no Brasil. Segundo a prefeitura paulistana, até 2020 serão investidos 38 milhões de reais para a instalação do parque sobre as estruturas de concreto armado. A transformação será em três etapas, abrangendo 900 metros cada uma.

Na primeira fase serão executadas obras de segurança e acessibilidade em 9 pontos de todo o elevado, com elevadores e escadas. Também serão implantadas estruturas de proteção nas laterais do elevado, para garantir segurança aos frequentadores. A prefeitura de São Paulo tem como meta ajustar o projeto estrutural, a iluminação, o projeto viário e o transporte público antes de iniciar as obras no elevado. A previsão é que a primeira etapa com a instalação dos acessos seja entregue em dezembro de 2019. Já a segunda fase deve ser concluída até dezembro de 2020. O cronograma da última fase não foi divulgado.

O projeto é do arquiteto, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, que em 2017 fez doação do plano para a prefeitura de São Paulo. Além do High Line, outras duas intervenções urbanas inspiram a criação do primeiro parque suspenso do Brasil: a Promenade Plantée, em Paris-França, construído sobre um viaduto ferroviário, e a revitalização do rio Cheonggyecheon, em Seul-Coreia do Sul. Todas eram áreas degradadas, e se transformaram em pontos turísticos após serem recuperadas.  A revitalização da orla do Rio Guaíba, em Porto Alegre-RS, outro projeto de Jaime Lerner, também influenciou na transformação do elevado.

Parque terá 17,5 mil m2 de área verde e obras para combater 1.500 focos de patologias do concreto

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Projetos de revitalização da High Line, em Nova York; da Promenade Plantée, em Paris, e do rio Cheonggyecheon, em Seul, inspiraram o parque suspenso do Minhocão. Crédito: Prefeitura de São Paulo

No total, o parque terá 17,5 mil m2 de área verde. A lei que criou o novo espaço urbano na capital paulista é de fevereiro de 2018. Ao sancioná-la, a prefeitura se comprometeu, em um prazo de dois anos, a apresentar um projeto de intervenção urbana no local, reorganizando o tráfego para transformar o local em um parque em tempo integral. A reforma também inclui a construção de uma ciclovia ao longo do parque suspenso. Além de grandes floreiras verdes, serão instaladas estruturas de bambu para ampliar as sombras e áreas de descanso. Shows e apresentações artísticas poderão ser realizados em palcos provisórios.

Em 2013, estudo da Poli-USP detectou 1.500 focos de patologias do concreto no Minhocão. Entre elas, infiltrações e fissuras. Isso acelerou o projeto de transformação do elevado em parque suspenso, já que o tráfego intenso de veículos poderia comprometer ainda mais a estrutura. As obras previstas para a primeira fase contemplam a recuperação das patologias.   

Veja vídeo sobre como vai ficar o parque elevado na cidade de São Paulo-SP

Crédito: Jaime Lerner Arquitetos Associados

Entrevistado
Prefeitura de São Paulo
(via assessoria de imprensa)
Contato:
imprensa@prefeitura.sp.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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Entre 190 países, Brasil é 109º em negócios imobiliários

mercado imobiliario
Indicador vai ajudar na formulação de políticas públicas de habitação e servir de termômetro para o mercado imobiliário. Crédito: Departamento de Comunicação da ARISP

O ministério da Economia lançou dia 22 de fevereiro de 2019 o indicador do mercado imobiliário, com base nos registros de imóveis dentro do país. O índice agrega informações das associações de registradores imobiliários e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O objetivo é ter dados mais embasados, e que ajudem a melhorar a posição do Brasil no ranking Doing Business, do Banco Mundial, que contabiliza os negócios imobiliários de 190 países. Atualmente, o Brasil ocupa a 109ª posição na lista, mas a meta do governo é, em 4 anos, colocar o país entre os 50.

Além de melhorar a posição brasileira, o indicador vai ajudar na formulação de políticas públicas de habitação e concessões de crédito, assim como servir de termômetro para o mercado imobiliário. “Com a publicação de estatísticas e índices passará a existir mais transparência das informações e redução do desconhecimento das partes sobre o ambiente de negócios no mercado imobiliário do Brasil. Isso confere mais segurança, transparência e agilidade nas transações. Também ajudará o poder público a ter informações confiáveis e de qualidade para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas”, diz Flaviano Galhardo, presidente da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (ARISP).

Os primeiros índices divulgados se referem aos municípios de São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ. Eles reúnem dados do período de 2012 a 2018, e englobam transferências imobiliárias, quantidade, natureza e tipo de imóvel. Segundo o Ministério da Economia, nos próximos meses serão anunciados dados sobre financiamentos imobiliários e execuções de inadimplentes. Os índices abrangerão todo o estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, além dos demais estados envolvidos no projeto. Até o momento, também fazem parte dessa iniciativa os estados do Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco e Pará.

Nova Zelândia lidera o Doing Business e Brasil subiu 16 posições desde 2017

No dia em que ocorreu o anúncio do indicador do mercado imobiliário, o Ifix - índice que acompanha o desempenho do mercado de fundos imobiliários (similar ao Ibovespa no mercado de ações) - fechou em alta de 0,17%, com 2.414 pontos. Para o secretário especial de desburocratização, gestão e governo digital, Paulo Uebel, foi um claro sinal de que o mercado aprovou a medida, por causa da transparência que ela oferece. "Com isso, é possível rever políticas habitacionais, políticas de crédito, políticas de acesso à terra, além de desburocratizar a forma de se fazer registro de imóveis no país. Também será possível determinar se uma política pública no passado teve ou não efeito", afirma o secretário.

De acordo com o Doing Business, os 10 países com melhor ambiente para negócios imobiliários são Nova Zelândia, Cingapura, Dinamarca, Hong Kong (China), Coréia do Sul, Geórgia, Noruega, Estados Unidos, Reino Unido e Macedônia. Até 2017, o Brasil ocupava o 125ª lugar no ranking. No entanto, a implantação de medidas que melhoraram o ambiente de acesso ao crédito e outros serviços fizeram o país subir 16 posições no Doing Business. O ranking mede o impacto das leis, das regulações e da burocracia em itens como abertura de empresas, pagamento de impostos, obtenção de alvarás de construção, conexão com a rede elétrica, registro de imóveis, obtenção de crédito e execução de contratos de insolvência.   

Veja o ranking Doing Business

Consulte o indicador do mercado imobiliário

Entrevistado
Central de Registradores de Imóveis, ministério da Economia e Banco Mundial
(via assessoria de imprensa)
Contatos:

imprensa@economia.gov.br
imprensa@arisp.com.br
press@worldbank.org

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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Sem investimento em infraestrutura, PIB seguirá tímido

empregos
Frente Coalizão pela Construção reúne organismos ligados à cadeia produtiva do setor e lançou o projeto “Construção: 1 Milhão de Empregos Já!”

Já é consenso entre os que analisam dados econômicos: se não houver investimento em infraestrutura, o PIB do país seguirá tímido. Em 2018, repetindo 2017, a soma de tudo o que o país produziu representou um crescimento de apenas 1,1%. Dados da CBIC mostram que, caso as 4,7 mil obras públicas que estão paradas fossem retomadas, o país adicionaria 1,8% ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 e conseguiria gerar 1 milhão de empregos. No entanto, ocorreu o contrário: o PIB da construção civil amargou mais um número negativo em 2018, registrando -2,5%.

Por isso, em 2019, foi criada a Coalizão pela Construção. A frente empresarial reúne vários organismos ligados à cadeia produtiva do setor. O objetivo é mostrar para o governo que a construção civil é a porta de saída para a crise. “Temos um governo que quer acertar e vamos levar propostas comuns para recuperar a construção”, comenta José Carlos Martins, presidente da CBIC, que está à frente da Coalizão pela Construção. O grupo espera consolidar propostas para apresentar ao governo na 91ª edição do ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção), que acontece de 15 a 17 de maio, no Rio de Janeiro-RJ.

O setor entende que tem condições de criar 1 milhão de empregos formais a curto prazo no país. Atualmente, a construção civil é responsável pelo emprego de quase 2 milhões de trabalhadores que atuam diretamente em canteiros de obras. Se considerar toda a cadeia produtiva, os números crescem para 6,5 milhões, de acordo com dados da Amostra de Domicílios Contínua trimestral (PNADC), do IBGE. Esses números chegaram a quase 9 milhões antes da crise, dos quais 3,4 milhões trabalhavam diretamente em atividades nos canteiros de obras. “Do ponto de vista estratégico, é o momento de fomentar o emprego. O governo sabe que o nosso setor é porta de saída da crise”, avaliou Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Setor apresenta ao governo e ao Congresso Nacional o projeto “Construção: 1 Milhão de Empregos Já!”

Recentemente, a frente Coalizão pela Construção teve seu primeiro contato com o ministro da economia, Paulo Guedes, para o qual entregou o documento “Construção: 1 Milhão de Empregos Já!”. Nele, há um conjunto de medidas para reativar o potencial de geração de empregos do setor. O documento também foi entregue a um grupo de parlamentares. Entre os temas tratados, estão:

  • Reforma da Previdência
  • Reforma tributária
  • Segurança jurídica
  • FGTS
  • Lei de Licitações
  • Licenciamento ambiental
  • Áreas contaminadas
  • Critérios para a paralisação de obras
  • Lei-geral das empresas de pequeno porte
  • Saneamento básico
  • Lei de desapropriações
  • Securitização de ativos
  • Garantia da obra pelo construtor (solidez e segurança das edificações)
  • Alienação fiduciária
  • Prorrogação do Regime Especial Tributário (RET) para obras do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV)
  • Redução da burocracia e custos cartoriais
  • Critérios ambientais e de sustentabilidade nas edificações

O documento ainda propõe uma agenda estratégica para a indústria da construção, focada em valorização da engenharia e absorção de inovações e novas tecnologias. “É o momento de fazermos um trabalho conjunto e levar projetos”, destaca Sérgio Marques Assumpção, vice-presidente do SINAENCO. “A indústria da construção precisa quebrar paradigmas e tornar-se um setor reconhecido pela tecnologia”, completa Íria Lúcia Oliva Doniak, presidente-executiva da ABCIC.


Veja a fala do presidente da CBIC sobre potencial da construção civil de gerar empregos (
entre 2h07min e 2h22min do vídeo)

Entrevistado

Reportagem com base no evento que apresentou o projeto “Construção: 1 Milhão de Empregos Já!”, no dia 13 de fevereiro de 2019, em Brasília-DF

Contato: comunica@cbic.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

Fogo no Flamengo reforça revisão da norma de inspeção predial

Flamengo
Sede do centro de treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu: inspeção predial teria poupado vidas. Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Uma inspeção predial no alojamento que abrigava parte dos jogadores das categorias de base do Flamengo, no centro de treinamento Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, teria poupado a vida dos 10 atletas mortos – vítimas do incêndio que atingiu o local. A recente tragédia deixa como legado a importância de se implantar como força de lei a ABNT NBR 16747 - Inspeção Predial, diretrizes, conceitos, terminologia, requisitos e procedimento. A norma técnica, que está em processo de revisão, esteve em consulta pública nacional até 14 de fevereiro de 2019. Ela prioriza os sistemas estruturais, hidráulicos, elétricos, de segurança contra incêndio e de acidentes das edificações.

Para o assessor parlamentar da presidência do Crea-PR, o engenheiro civil Euclésio Manoel Finatti, o incêndio no Flamengo poderia ser evitado mesmo sem a norma. “Se as condições mínimas exigidas hoje fossem cumpridas, a tragédia teria sido evitada. Reafirmo que temos mecanismos normativos que, se cumpridos, evitariam centenas de acidentes em obras”, diz Finatti, que acompanha o processo de revisão da ABNT NBR 16747. Segundo o engenheiro, a readequação da norma prioriza as condições mínimas de durabilidade, habitabilidade e segurança das edificações.

Os novos parâmetros que a ABNT NBR 16747 irá abranger só se tornaram possíveis após o surgimento da Norma de Desempenho - ABNT NBR 15575. “A Norma de Desempenho é um marco para a construção civil brasileira. A partir de sua publicação, todos os profissionais passaram a projetar edificações com um maior grau de credibilidade. Antes da 15575, faltava algo que pudesse balizar aquilo que a norma de Inspeção, ora em estudo, se propõe a avaliar melhor”, completa Euclésio Manoel Finatti.

Expectativa é de que a ABNT NBR 16747 entre em vigor até o final de 2019

A ABNT NBR 16747 vai priorizar os imóveis construídos antes de junho de 2013. “Quando ela entrar em vigor, os proprietários de imóveis, síndicos de condomínios e o poder público deverão avaliar as edificações baseadas nos critérios estabelecidos pela norma. A edificação que passar pelo crivo positivo estabelecido pela norma terá segurança de habitabilidade comprovada. Como consequência, o imóvel terá maior valor”, avalia o engenheiro do Crea-PR. A expectativa é de que a ABNT NBR 16747 entre em vigor até o final de 2019.

A comissão de estudos que cuida da revisão define a inspeção predial descrita na norma como um exame “clínico geral”. “A proposta é que ela avalie as condições globais da edificação e detecte a existência de problemas de conservação ou funcionamento, com base em uma análise fundamentalmente sensorial por um profissional habilitado. Com base nesta análise, pode ser recomendada a contratação de inspeções prediais especializadas ou outras ações para que se possa aprofundar e refinar o diagnóstico. Os procedimentos e recomendações para as inspeções prediais especializadas não estão cobertos por esta norma”, esclarece.

Entrevistado
Assessor parlamentar da presidência do Crea-PR, engenheiro civil Euclésio Manoel Finatti
(via assessoria de imprensa)

Contato: comunicacao@crea-pr.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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Rota da Seda começa com maior ponte marítima do mundo

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Todas as interseções da ponte que liga Doha e Subiyah, no Kwait, foram finalizadas em novembro de 2018. Crédito: Hyundai Engeneering & Construction

Sheikh Jaber Al Ahmed Al Sabah Causeway, ou Calçada do Sheik Jaber Al-Ahmad Al-Sabah, é o nome da ponte marítima mais longa do mundo. Prevista para ser inaugurada em abril de 2019, ela liga o Kwait de norte a sul e é a primeira estrutura projetada para integrar a nova Rota da Seda - ligação rodoviária entre a China e a Europa, cruzando 60 países. A ponte tem 12,4 quilômetros em trecho terrestre e outros 36 quilômetros atravessam a baía do Golfo Pérsico que circunda o Kwait. Até o final de sua obra, a estrutura terá consumido 1 milhão e 535 mil m³ de concreto. Todas as interseções da ponte foram finalizadas em novembro de 2018. Agora, ocorre a interligação da estrutura aos complexos viários de Doha e Subiyah.

Os números impressionantes não se limitam ao volume de concreto. O projeto inclui 250 mil toneladas de aço e 1.200 estacas de fundação instaladas a profundidades que variam de 30 metros a 84 metros, além de 1.211 elementos de concreto protendido moldados in loco, para formar o tabuleiro da ponte. A torre que sustenta os estais do vão central tem 151 metros de altura e pesa 1.600 toneladas, entre aço e elementos pré-fabricados de concreto. A estrutura permite a abertura de um vão com 177 metros de comprimento a 23 metros de altura, para o tráfego marítimo.

Foram construídas ainda duas ilhas artificiais com 30 hectares cada uma, para receber edifícios de emergência, de controle de tráfego e de manutenção, além de um posto de combustível e ancoradouro. A obra está orçada em 3 bilhões de dólares (aproximadamente 11,4 bilhões de reais). O consórcio que viabiliza a construção é liderado pela divisão de engenharia da sul-coreana Hyundai, junto com construtoras do Kwait. Quando a obra for inaugurada, será possível cruzar o país de carro em 30 minutos. Hoje, o trajeto entre Doha e Subiyah é feito em 90 minutos. O tráfego pela ponte será facilitado pelo tamanho das pistas, que medem 30,6 metros de largura cada, além de uma faixa de acostamento.

Projeto inclui construção de cidade-inteligente para 500 mil habitantes

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A torre que sustenta os estais do vão central tem 151 metros de altura e pesa 1.600 toneladas. Crédito: Hyundai Engeneering & Construction

O empreendimento é cercado por um plano de sustentabilidade ambiental. Desde o início da construção houve um grande esforço para minimizar qualquer interferência ou dano à flora, à fauna e ao ambiente marinho. Os camarões Tigre Verde - espécie que habita a Baía do Kuwait - foram protegidos com a instalação de recifes artificiais ao redor da ponte. A Sheikh Jaber Al Ahmed Al Sabah Causeway também está mudando a infraestrutura de Subiyah, no norte do país. Nos arredores da cidade está nascendo uma cidade-inteligente para 500 mil habitantes, e que será batizada de Cidade da Seda.

A cidade é desenvolvida para se beneficiar economicamente da nova Rota da Seda. O caminho histórico, criado em 200 a.C., foi a primeira ligação entre ocidente e oriente, e agora servirá de base para o ambicioso projeto liderado pela China e batizado de “One Belt, One Road” (um cinturão, uma rota). Com investimento assegurado de US$ 100 bilhões, os chineses vão financiar obras em 60 países. É a maior injeção de recursos em infraestrutura já feita no mundo e envolverá construção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão de energia, dados e combustíveis.

Veja como ficará a Sheik Jaber Al-Ahmad Al-Sabah Causeway

Entrevistado

Hyundai Engeneering & Construction (via assessorial de imprensa)

Contato: hdecuae@hdec.co.kr

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330