Atraso de obras é apontado como pior entrave em 2013

Para 76% dos que atuam no setor de equipamentos voltados à construção civil, demora na execução de projetos é o maior empecilho aos novos negócios

Para 76% dos que atuam no setor de equipamentos voltados à construção civil, demora na execução de projetos é o maior empecilho aos novos negócios

Por: Altair Santos

Entre os problemas que dificultaram a cadeia produtiva da construção civil em 2013, três se destacaram dentro da pesquisa “Tendências no mercado da construção”, divulgada recentemente pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração). Para 76% dos entrevistados, o atraso nas obras foi o principal deles. Outros 24% citaram como empecilhos o “custo da mão de obra” e a “falta de mão de obra especializada”. O estudo foi realizado com base no volume de venda de equipamentos para o setor, como retroescavadeiras, motoniveladoras, gruas, guindastes e caminhões rodoviários.

Brian Nicholson: economista realizou estudo encomendado pela Sobratema

Os entrevistados que apontaram o atraso de obras como o pior entrave citaram que, entre os motivos, destacam-se demora no licenciamento ambiental, lentidão na liberação de verbas, licitações que não saíram e injunções (decisões políticas que engavetaram projetos). Entre os setores mais afetados por essas dificuldades está, exatamente, o de equipamentos para a construção civil. A ponto de apenas a linha amarela ter alcançado resultados positivos este ano. Incluem-se neste segmento retroescavadeiras, escavadeiras, pás-carregadeiras e motoniveladoras, entre outras máquinas.

O ano de 2013 fecha com a linha amarela vendendo 33,3 mil máquinas, o que representa crescimento de 13%, se comparado com o volume negociado em 2012. Um dos fatores que influencia esse resultado é o grande número de máquinas encomendadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para serem repassadas a municípios pré-designados com até 50 mil habitantes, e distantes das principais regiões metropolitanas do país. Esse maquinário será usado, principalmente, na recuperação de estradas vicinais.

Para o ano que vem, a projeção do estudo da Sobratema é de que a linha amarela registre queda de 3,3% nas vendas, com alguns equipamentos que compõem o setor apresentando decréscimos ainda mais significativos. É o caso da retroescavadeira, que pode sofrer redução de até 20% em seus negócios. Por outro lado, a pesquisa traça um cenário positivo para 2015, 2016, 2017 e 2018, avaliando que o segmento crescerá, em média, 5,49% neste período. “Há uma grande incerteza, mas a expectativa é de que construtoras e locadoras de equipamentos supram as compras do governo, que tendem a cair em 2014”, estima o consultor da Sobratema, Brian Nicholson, que coordenou o estudo.

Atualmente, o Brasil representa 3,5% do mercado mundial de equipamentos para a construção civil. O país poderia ter uma fatia maior se as importações apresentassem um desempenho melhor em 2013. Este ano, elas cresceram apenas 2,2% em comparação a 2012. A pequena alta deve-se, principalmente, às taxas de câmbio mais desvalorizadas, que afetaram a competitividade das empresas importadoras de equipamentos. Além disso, aquelas que pretendiam abrir fábricas no Brasil resolveram adiar seus planos até a definição de um horizonte mais claro de crescimento nos investimentos em infraestrutura.

Confira aqui o estudo completo da Sobratema.

Entrevistado
Economista Brian Nicholson, consultor da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração)
Contato: meccanica@meccanica.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Sobratema

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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