Arena Amazônia e Beira-Rio dizem “presente” à Copa
Pré-moldado e estruturas mistas de concreto e aço ajudaram estádios a ficar prontos para o mundial, apesar do atraso nas obras e estouro no orçamento
Pré-moldado e estruturas mistas de concreto e aço ajudaram estádios a ficar prontos para o mundial, apesar do atraso nas obras e estouro no orçamento
Por: Altair Santos
A Copa do Mundo começa dia 12 de junho de 2014, mas três estádios correm contra o tempo para ficar 100% prontos. Além da Arena Pantanal, no Mato Grosso, estão nesta situação a Arena Corinthians, em São Paulo, e a Arena da Baixada, em Curitiba. Ao todo, nove palcos do mundial estão concluídos. Os entregues recentemente foram a Arena Amazônia e o Beira-Rio, em Porto Alegre. Como as demais obras para o evento, os dois estádios também sofreram atrasos e estouraram o orçamento. No entanto, foram salvos, assim como os outros empreendimentos, pelas estruturas pré-fabricadas, pré-moldadas e mistas (concreto e aço).
O Beira-Rio, apesar de ser um estádio reformado, precisou de várias soluções de engenharia para alcançar o padrão exigido pela Fifa. Como boa parte de suas estruturas de concreto tinha mais de 40 anos, havia uma série de patologias que precisaram ser tratadas. Em algumas partes da arquibancada superior foi necessário hidrojetar (remover com potente jato d’ água) o concreto que existia, deixando aparente a armadura de aço, para depois reimplantar uma nova camada de concreto. As obras da reforma do Beira-Rio foram capitaneadas pela construtora Andrade Gutierrez, que explorará comercialmente o estádio por 20 anos.
Entre a troca do material velho pelo novo e a construção de estruturas no entorno do estádio, para sustentar a cobertura, foram consumidos 26 mil m³ de concreto. Outros 15 mil m³ foram aplicados em pré-fabricados para construir a arquibancada inferior. As peças foram feitas em Santa Catarina e viajaram cerca de 250 quilômetros até o estádio. Mesmo com a industrialização de vários processos na reforma do estádio, o Beira-Rio sofreu atraso de quatro meses. O estádio foi inaugurado dia 6 de abril.
Arena Amazônia
Do projeto original ao projeto que concebeu a obra, a Arena Amazônia precisou passar por várias adaptações. Uma das consequências foi a elevação do custo final do empreendimento; outra, foi o atraso no cronograma. Um dado relevante é que o estádio, antes previsto para consumir 58.039 m³ de concreto estrutural, acabou exigindo o emprego de 66.226 m³. Este aumento na produção de concreto levou a Andrade Gutierrez a instalar no canteiro de obras uma central de pré-moldados de concreto, uma central de armação e uma central de concreto, a fim de atingir a produção requerida para um cronograma tão apertado.
No auge da produção, a central de pré-moldados chegou a produzir 880 peças por mês, entre degraus de arquibancada, vigas planas, lajes Pi e vigas inclinadas. Na fabricação destas estruturas de concreto, a Andrade Gutierrez utilizou 95% do material demolido do estádio antigo que ocupa a área onde foi erguida a Arena Amazônia. O uso de resíduos foi uma exigência para que a obra obtivesse a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) dada pelo Green Building Council, que atesta a sustentabilidade do empreendimento, desde sua fase de projeto até a sua utilização e manutenção.
O projeto executivo da Arena da Amazônia foi contratado pela Andrade Gutierrez ao escritório alemão GMP (Architekten von Gerkan, Marg und Partner).
Entrevistado
Secretaria da Copa de Porto Alegre (SecopaPoa), Unidade Gestora do Projeto Copa (UGC Manaus) e Construtora Andrade Gutierrez
Contatos
poa2014@secopa.prefpoa.com.br
redacao@agecom.am.gov.br
www.andradegutierrez.com.br
Créditos Fotos: Divulgação/Secopa-AM/Secopa-RS
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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