Apartamento com 2 quartos vira xodó do setor imobiliário

Pesquisa da CBIC, em parceria com o SENAI, revela que unidades-padrão dominam volume de vendas e lançamentos no primeiro semestre de 2017

Pesquisa da CBIC, em parceria com o SENAI, revela que unidades-padrão dominam volume de vendas e lançamentos no primeiro semestre de 2017

Por: Altair Santos

Números trazidos pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) com base em dados coletados nas 18 maiores regiões metropolitanas do Brasil, mostra que os prédios residenciais com unidades que possuem dois quartos são o novo xodó do mercado imobiliário. De acordo com a pesquisa, 74% dos lançamentos feitos no primeiro semestre de 2017 envolvem apartamentos de 2 quartos e 65% das vendas, seja na planta ou de unidades já construídas, estão relacionados a produtos com essa característica.

Apartamento com dois quartos tornou-se a preferência dos brasileiros
Apartamento com dois quartos tornou-se a preferência dos brasileiros

O economista Celso Luiz Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC – e coordenador da pesquisa – confirma a tendência. “O destaque no trimestre continua sendo a predominância dos lançamentos de imóveis com dois dormitórios e também a venda de unidades com esse padrão, com taxas de 74% e 65% , respectivamente. Isso indica uma presença muito forte do produto no momento econômico no país”, avalia. O estudo, intitulado “Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário”, foi realizado pela CBIC em parceria com o SENAI nacional.

A pesquisa detectou que, em números absolutos, foram vendidas 17.135 unidades de 2 quartos no país no primeiro semestre de 2017, porém apenas 41,2% eram lançamentos. A maioria pertencia a estoques, o que faz com que as vendas imobiliárias de janeiro a junho deste ano ainda sejam inferiores ao primeiro semestre de 2016 em 21,6% – avaliando-se os números nacionais. Quando se pega por região, percebem-se diferenças. Curitiba e região metropolitana, por exemplo, teve aumento de 58% no volume de vendas de lançamentos no primeiro semestre de 2017, em comparação ao mesmo período do ano passado.

A pesquisa abrangeu as seguintes regiões metropolitanas de grandes centros urbanos: Cuiabá, Distrito Federal, Goiânia, Belo Horizonte, Uberlândia, Rio de Janeiro, São Paulo capital, região metropolitana de São Paulo (38 municípios), Curitiba, Joinville, Porto Alegre, Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, São Luís, João Pessoa e Manaus. No mesmo estudo de abrangência nacional, verificou-se que os apartamentos de 3 quartos representam 18,7% dos lançamentos e 22,2% das unidades vendidas. Já os com quatro quartos equivalem a 2,4% (lançamentos) e 4,5% (vendas). Para finalizar, os imóveis residenciais com um quarto são 5,9% (lançamentos) e 8,3% (vendas).

Razões
Analisando região por região pesquisada, o estudo concluiu que o desempenho das regiões tem sido desigual. Na comparação do segundo trimestre de 2017 contra o segundo trimestre de 2016, nove regiões aumentaram lançamentos e nove regiões reduziram os lançamentos na comparação do mesmo período do ano anterior. Na mesma análise, houve crescimento em vendas em sete regiões e queda em dez, sendo que uma ficou estável. “Tudo isso sinaliza que não se pode generalizar o desempenho de todas as regiões”, cita Celso Luiz Petrucci. Outro detalhe trazido pela pesquisa é que a média nacional do m2 no primeiro semestre foi de 5.924 reais. O m2 mais barato foi verificado em Uberlândia e o mais caro no Distrito Federal.

Segundo a diretora de marketing do portal VivaReal, as razões que levam o apartamento de 2 quartos a se tornar a preferência nacional têm dois aspectos. Um motivado pelas construtoras, que criaram um tamanho-padrão para aumentar a produtividade e aproveitar melhor os terrenos cada vez menores nos grandes centros urbanos; outro, pelo novo perfil do comprador. Na maioria dos casos, são solteiros, divorciados, casais sem filhos ou famílias com pouco número de filhos. Além disso, contando cada vez menos com empregadas domésticas, as pessoas optam por morar em imóveis menores e práticos.

Confira aqui o estudo completo.

Entrevistado
Economista Celso Luiz Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

Contato
comunica@cbic.org.br

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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