A importância da racionalização construtiva

Conjunto de boas práticas na construção garante aumento da produtividade, além de reduzir custos e tempo

Conjunto de boas práticas na construção garante aumento da produtividade, além de reduzir custos e tempo

Diminuir custos e prazos e ainda manter a qualidade. Este é o objetivo de quem adota a racionalização construtiva. Muitas construtoras já descobriram que, quando bem empregadas, as metodologias da racionalização ajudam a reduzir os problemas construtivos e ainda permitem ganhos de produtividade e qualidade.

Alberto Casado – engenheiro civil

A construção tradicional está, cada vez mais, perdendo espaço nos canteiros de obras por não atender à demanda do mercado. Para o engenheiro civil Alberto Casado, professor da Escola Politécnica de Pernambuco e coordenador do POLITECH – Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Gestão da Construção de Edifícios, “a racionalização construtiva deixou de ser uma estratégia competitiva e tornou-se uma necessidade para a própria sobrevivência da empresa”.

O que é racionalização?

Por definição, Casado explica que a racionalização trata da melhor utilização dos recursos existentes em todas as etapas da obra. “Isso significa que os recursos devem ser utilizados em sua total capacidade” reforça. Segundo o engenheiro, é preciso considerar como recursos a mão de obra, os materiais, as ferramentas, a energia, os meios de transporte, entre tantos outros.

A utilização racionalizada de todos os recursos envolvidos é possível através da mudança organizacional dos processos tradicionais de construção e da adequação tecnológica. Todo e qualquer tipo de desperdício deve ser combatido, sendo que a utilização de recursos além do necessário à produção também deve ser caracterizada como um desperdício.

O importante, de acordo com Casado, é que a racionalização seja contemplada desde a fase de projeto. “A inexistência de um projeto específico, que vise à racionalização, certamente vai gerar desperdícios, falhas de execução, retrabalho, gerando mais custos e prolongando os prazos de entrega” avalia.

Algumas vezes, a racionalização é minimizada a ações de pequeno impacto e extensão. Em alguns casos são feitas melhorias pontuais e individualizadas na obra, como a mudança de uma ferramenta ou técnica. Essas ações, no entanto, não atingem resultados tão significativos quanto uma ampla aplicação da racionalização construtiva poderia alcançar.

“A filosofia da racionalização construtiva serve para todo tipo de obra, independente do porte. Porém, as medidas e estratégias que serão adotadas visando à racionalização dependerão das características e particularidades de cada uma” orienta o engenheiro do POLITECH.

Características da racionalização construtiva:

– Otimização do processo produtivo;
– Racionalização do uso de recursos humanos;
– Racionalização de materiais;
– Racionalização do tempo;
– Padronização de projetos;
– Mecanização e uso de novas tecnologias;
– Projeto elaborado de acordo com a necessidade do empreendimento.

Para o sucesso da racionalização é necessária uma mudança de cultura no ambiente construtivo. Para isso, é fundamental contar com o engajamento de uma equipe multidisciplinar. “Essa é uma tarefa que exige o envolvimento de todos os participantes da cadeia construtiva” confirma Casado.

Além da capacitação e comprometimento de todos os envolvidos, é necessária uma gestão global do processo de racionalização. Profissionais que atuem antecipando ações, planejando riscos, mensurando recursos humanos, insumos e maquinário, podem contribuir para alcançar os resultados almejados. “Consultorias, parcerias e convênios com universidades e institutos de pesquisa têm dado bons resultados a algumas construtoras” sugere Alberto Casado.

Industrialização na construção civil

Não tem como falar de racionalização sem considerar os benefícios da industrialização na agilidade e simplificação dos processos construtivos. “A industrialização está em um nível superior ao da racionalização, pois contempla também a mecanização” resume o engenheiro.
A racionalização, no entanto, ainda é considerada uma alternativa mais próxima à realidade da construção civil do que a industrialização, seja pela dificuldade de promover a mecanização maciça no canteiro de obras ou pela falta de recursos financeiros.

E-mail de contato: Alberto Casadoacasado@poli.br

Jornalista Responsável – Altair Santos MTB 2330 – Vogg Branded Content



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo