Uma nova construção civil está nascendo

Opção por sistemas construtivos que priorizem a sustentabilidade é caminho sem volta, revelam pesquisadores

Opção por sistemas construtivos que priorizem a sustentabilidade é caminho sem volta, revelam pesquisadores

Segunda edição do Simpósio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável aconteceu em São Paulo e Marcelo Takaoka (dir.) foi um dos palestrantes
Segunda edição do Simpósio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável aconteceu em São Paulo e Marcelo Takaoka (dir.) foi um dos palestrantes

Em um futuro que não está muito distante, a construção civil, como a conhecemos, deixará de existir. Além de sofrer mudanças conceituais, ela tenderá a passar também por uma transformação de nomenclatura. Será definida como construção civil sustentável e estará voltada para a redução do impacto ambiental. Esta foi a principal conclusão extraída do 2.º Simpósio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que aconteceu no final de agosto, em São Paulo.

De fato, as mudanças já começaram. Hoje não se inicia uma obra sem levar em consideração o sistema construtivo mais adequado ao projeto, além da busca pelo menor custo com energia e pela diminuição do consumo de água. Neste quesito, a tecnologia é cada vez mais aliada da construção civil.

Prédio verde

Segundo Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, recente pesquisa do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) mostrou que um edifício construído com base em conceitos de sustentabilidade pode reduzir seu impacto ambiental de 20% a 30%.

Outro dado mostrado por Takaoka, que no simpósio palestrou sobre a relação entre as mudanças climáticas e a construção civil, é que os consumidores estão cada vez mais interessados em edificações adequadas ao conceito de “prédio verde”. “Isto já reflete nos negócios das incorporadoras. Edifícios erguidos com tecnologia verde alcançam uma valorização de até 10% no mercado, segundo a própria pesquisa da WBCSD”, revela.

Hoje, sabe-se que o impacto da construção civil é em torno de 30% sobre o consumo de energia, 40% sobre os recursos naturais e de 30% sobre a água. No entanto, se as obras forem construídas de modo que seus usuários economizem energia e água ao longo da vida útil do edifício, esse impacto tende a sofrer uma redução de até 80%. “É neste ponto que estamos tentando conscientizar as pessoas, no sentido de construir prédios que sejam eficientes quando estiverem habitados”, explica Marcelo Takaoka.

Países como Inglaterra e Holanda, além do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, já possuem legislação que privilegiam a construção de “prédios verdes”. No Brasil, a cidade de São Paulo caminha para ser a primeira a ter lei neste sentido. “Existem iniciativas pipocando no mundo inteiro, cada uma com suas características. Isto, aos poucos, vai mudando o setor da construção civil como um todo. O mundo rema para a construção civil sustentável”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do CBCS.

Materiais de construção sustentáveis

Em relação aos efeitos destas mudanças sobre o setor de material de construção, Marcelo Takaoka considera que eles já podem ser notados. “Hoje não se começa uma obra sem avaliar se determinado material é mais ou menos adequado à finalidade que ele está se propondo, e se ele está de acordo com o local em que a obra é executada. Questões como o transporte do material, por exemplo, influenciam muito na construção”, diz. Por fim, ele cita uma frase do professor Vanderley Moacyr John, docente da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e coordenador geral da Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável: “Não existe material bom ou ruim para a construção civil. Existe material adequado ao fim a que ele se destina”.

Entrevistado:
Marcelo Takaoka é presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, coordenador do Comitê Temático Econômico e Financeiro do CBCS, membro do Conselho do SBCI, do Conselho de Administração da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais, membro do Conselho do Greenpeace Brasil, membro do Conselho do Instituto Ethos, doutor em Engenharia Civil, pesquisador do Núcleo de Real Estate e Professor do MBA de Real Estate do Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica.
Email: comunicacao@cbcs.org.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação



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