Emissão da ART ficou mais rápida e intuitiva pelo site do Crea-SP
Mudanças na plataforma permitem que profissionais diminuam tempo de preenchimento pela metade
A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é um documento obrigatório para obras e serviços prestados nas áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências, que funciona como uma garantia para o consumidor sobre o que foi contratado, além de uma segurança para o prestador do serviço.
Para agilizar o processo de emissão, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), por meio do CreaNet, que é a sua plataforma de serviços, desenvolveu um sistema mais moderno e intuitivo que possibilita o preenchimento mais rápido dos dados – passando de cerca de quatro para dois minutos.
“Diminuímos a quantidade de campos onde são inseridos os dados para emissão da ART e aplicamos o preenchimento automático em alguns outros desses campos. São melhorias que dão mais agilidade ao profissional”, afirma o engenheiro Mamede Abou Dehn Jr., vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP. “Outras mudanças foram adotadas na etapa de indicação da empresa relacionada à atividade prestada, que ficou mais simples, não sendo mais necessário pesquisar pela mesma, uma vez que o sistema oferece a opção de seleção das pessoas jurídicas já associadas ao profissional.”
Outra novidade é que, agora, o módulo onde os profissionais emitem a ART está de visual novo, e o sistema foi adequado à Tabela Nacional de Obras e Serviços (TOS Nacional), adotada pelo Crea-SP. Isso permitiu um ganho de tempo significativo, já que o profissional, antes disso, precisava conhecer exatamente as definições de cada atividade para escolher aquela que mais se identificava com o serviço prestado por ele.
Abou Dehn Jr. explica que as mudanças foram feitas a partir da análise dos apontamentos feitos pelos próprios profissionais. “Precisamos de alguns meses para chegar neste resultado atual, mas o processo de melhoria é contínuo e colaborativo. Tivemos etapas de workshops no meio do caminho para acompanhar o que vinha sendo feito, contamos também com o apoio do mercado e com os participantes do 1º Hackathon do Crea-SP, que foi um desafio projetado para melhorar os serviços relacionados à ART. Ou seja, passamos a observar a funcionalidade do sistema e a buscar tecnologias para ele.”
Sobre a possibilidade do novo sistema também ser implementado em outros Estados, o representante do Conselho ressalta que o Sistema Confea/Crea, como um todo, tem buscado melhorar seus processos e serviços para os profissionais da área tecnológica. “Como cada Conselho Regional tem jurisdição sobre seu Estado, a escolha de aplicar mudanças na emissão da ART é de cada Crea. Um servindo de referência para o outro. Isso em várias áreas, como na fiscalização, no registro profissional, o que não é diferente na parte de tecnologia e sistemas”, detalha.
“Vemos que isso vem acontecendo de forma gradativa, principalmente por conta da adequação dos Estados à TOS Nacional [Tabela de Obras e Serviços], e acreditamos que a inovação não deve ser um processo isolado e individual, então, quanto mais integrados estivermos, melhor ainda para a área tecnológica e para os profissionais”, analisa Abou Dehn Jr.
Fonte
Mamede Abou Dehn Jr., vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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