Índice Nacional da Construção Civil sobe nos últimos dois meses
No último mês, preço dos materiais teve variação negativa e custo de mão de obra registrou aumento
Em maio, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, apontou uma variação de 0,36%. Esse índice mostra um aumento de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação a abril (0,27%). Em junho de 2023, este mesmo índice foi de 0,39%, subindo 0,03 ponto percentual em relação a maio.
Com este resultado, nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,82%. Este índice ficou bem abaixo dos 6,13% registrados nos doze meses anteriores. Em maio de 2022, o índice mensal foi de 2,17% e, em junho, foi de 1,65%.
Custo nacional da construção
Em maio, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.699,79, passou em junho para R$ 1.706,50. Este custo é calculado levando-se em consideração custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. Em junho, por exemplo, o custo dos materiais foi de R$ 1.001,63 e da mão de obra foi de R$ 704,87.
“A parcela dos materiais apresentou variação negativa de 0,28%. Com isso, manteve a tendência de queda observada no último mês. Consequentemente, ficou 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa do mês de maio. Essa taxa colabora para que o segmento dos materiais termine o primeiro semestre com um acumulado de 0,04%, índice muito próximo da estabilidade”, afirma Augusto Oliveira, gerente do Sinapi.
Segundo Augusto, os materiais estão apresentando desaceleração com índices negativos em janeiro, maio e junho. E em muitos estados houve variações negativas nos preços de diversos produtos. “É o mercado retornando a um cenário mais comportado, sem a influência de uma situação atípica como a pandemia, em que houve uma alta expressiva nos materiais. Agora eles estão tendo um comportamento mais próximo do período pré-pandemia. Uma prova é que os índices acumulados têm caído constantemente”, destaca Oliveira.
Já a mão de obra, com a taxa de 1,36%, registrou um aumento de 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês de maio (1,24%).
“Em junho, a parcela de mão de obra acabou contribuindo para a alta do indicador mensal. Este índice foi influenciado por oito acordos coletivos firmados este mês – Rondônia, Acre, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás. Ao comparar com junho de 2022, houve uma diminuição de 0,99 ponto percentual (2,35%)”, lembra Oliveira.
Região Sul tem maior variação mensal
Em junho, devido ao reajuste observado nas categorias profissionais em Santa Catarina, a Região Sul teve a maior variação regional em junho, que foi de 0,98%. Nas demais regiões, observaram-se os seguintes resultados: 0,44% (Norte), 0,66% (Nordeste), -0,04% (Sudeste) e 0,49% (Centro-Oeste).
Ao olhar os estados isoladamente, o Espírito Santo foi o estado que registrou a maior taxa em junho, 2,54%. De acordo com o Sinapi, isto se deu devido à captação dos novos salários acordados em dissídio coletivo e à alta na parcela dos materiais. Em seguida, veio Santa Catarina, com 2,38%. Minas Gerais foi estado com menor variação, de -0,50%.
Fonte:
Augusto Oliveira é gerente do Sinapi.
Contato:
Assessoria de imprensa: comunica@ibge.gov.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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