Programa de reforma e manutenção de pontes em SP recebe investimento de R$ 1,64 bilhão
Intervenções irão criar mais de 7 mil empregos diretos, segundo prefeitura
Colocado em prática em 2021, o Programa de Recuperação e Manutenção de pontes, viadutos, pontilhões, passarelas e túneis de São Paulo é considerado o maior da história da capital, com um investimento de R$ 1,64 bilhão até o final de 2024. Até o final do ano passado, 61 obras já haviam sido concluídas, incluindo intervenções emergenciais, de recuperação estrutural e de manutenção.
O objetivo desta iniciativa, segundo a prefeitura, é instaurar uma cultura permanente de inspeções rotineiras e manutenções preventivas, promovendo a integridade e prolongando a vida útil das estruturas, beneficiando a população direta ou indiretamente.
Até agosto de 2023, o projeto já havia realizado a substituição de mais de 2.000 metros de juntas de dilatação, a recuperação de mais de 50 mil metros de fissuras e pintado cerca de 60 mil metros quadrados em pontes, viadutos, túneis e passarelas. O programa prevê a criação de 7.250 empregos diretos e outros 36.250 indiretos até 2024.
Os responsáveis por realizar inspeções minuciosas nos locais, identificar problemas e propor soluções são as equipes técnicas da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) e da SPObras, especializadas em engenharia estrutural.
O Massa Cinzenta conversou com o engenheiro civil Marcos Monteiro, Secretário Municipal da Siurb, para saber mais detalhes sobre o projeto e de sua importância para a segurança da população em geral.
Entrevista com Marcos Monteiro:
Dentre os projetos de recuperação já realizados em São Paulo, qual ponte ou viaduto tinha mais problemas, com necessidade de reparações? E quais foram as obras necessárias?
Marcos Monteiro – Dentro do Programa de Recuperação de Pontes e Viadutos da Prefeitura de São Paulo, foram detectadas como mais críticas as pontes localizadas nas Marginais Pinheiros e Tietê, que estão entre as mais antigas da cidade. Nos casos mais graves, as vistorias realizadas indicaram a necessidade de obras de reforço e recuperação estrutural em toda sua extensão, como foi o caso das pontes Cidade Jardim, Bandeiras e, mais recentemente, a ponte dos Remédios.
Um problema recorrente que encontramos nas intervenções são as interferências com o trânsito local e com o sistema viário do entorno. Para enfrentar esse desafio, contamos com todo apoio da CET, turnos de trabalho noturnos e também novas tecnologias, como a utilização de plataformas sob o tabuleiro das pontes e viadutos, que minimizam a necessidade de grandes interdições.
Quanto tempo podem durar as ações preventivas?
Marcos Monteiro – O período de execução das obras varia muito. São mais de 1.200 Obras de Arte Especiais (OAE’s) mapeadas na cidade. Cada uma (ponte, viaduto, passarela ou túnel) com caraterísticas próprias: extensão da estrutura, seu nível de degradação, os tipos de intervenção a serem executadas para recuperação de sua vida útil e as interferências com concessionárias diversas. Temos obras com prazos que variam de 4 até 24 meses. Mas, em média, as intervenções têm 10 meses de duração.
Pode-se dizer que o programa de reforma e manutenção de pontes e viadutos evitou que tragédias acontecessem?
Marcos Monteiro – O programa enfrenta um paradigma das gestões públicas que é o de implantar uma cultura de manutenção e vistorias permanentes nas grandes estruturas, que são um patrimônio da cidade. Essa rotina garante a segurança de pedestres e motoristas, uma vez que permite que riscos e anomalias sejam detectados ainda em seus estágios iniciais, facilitando e reduzindo os custos das intervenções. O programa também visa prolongar a vida útil das Obras de Arte.
As prefeituras muitas vezes esperam que os problemas aconteçam para começar a agir. Como este programa, que antecipa reparos, acaba impactando diretamente no dia a dia dos moradores?
Marcos Monteiro – Essa iniciativa da Prefeitura de São Paulo vem sendo totalmente apoiada pela gestão do Prefeito Ricardo Nunes e gera diversos impactos positivos na vida da população. Temos como prioridade a garantia da mobilidade e da segurança. O Programa de Recuperação de OAE’s segue todos os preceitos das normas técnicas e envolve projetistas e executores especializados nesse tipo de estrutura. Dessa forma, o programa se mostra exitoso em todos os seus aspectos, pois, além de garantir a segurança e conforto dos usuários, preserva o patrimônio público e reduzirá os custos de manutenção dessas estruturas ao longo do tempo.
Fontes
Prefeitura de São Paulo
Marcos Monteiro, Secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb)
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
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