Saiba quais são as gigantes do varejo da construção no Brasil
Onze empresas despontam na lista das 300 maiores do país, com destaque para as redes regionais do sul
Três empresas multinacionais, grandes redes de São Paulo e comércios regionais com capilaridade nos estados do sul estão entre as 11 maiores do varejo da construção no Brasil. É o que aponta a recente edição do ranking sobre as 300 maiores do varejo brasileiro, organizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). A lista leva em consideração os dados de faturamento em 2019 – antes, portanto, da chegada da pandemia.
Essa é a 6ª edição do ranking e somente 11 empresas do varejo da construção aparecem na lista das 300. São elas, Leroy Merlin (França), Telhanorte/Saint-Goban (França), Quero-Quero Casa e Construção (Rio Grande do Sul), Sodimac (Chile), C&C (São Paulo), Todimo (Mato Grosso), BR Home Centers (Goiás), Balaroti (Paraná), Cassol (Santa Catarina), Redemac (Rio Grande do Sul) e Joli (São Paulo). Juntas, as gigantes do varejo da construção no Brasil alcançaram faturamento bruto de 15 bilhões e 441 milhões de reais no ano passado.
No ranking geral das 300, que engloba todos os setores do varejo nacional, a Leroy Merlin aparece na 22ª colocação. “A presença bastante modesta do segmento de materiais de construção reflete a principal característica desse mercado brasileiro: sua pulverização. Além disso, a entrada de redes de grande porte é relativamente nova no cenário nacional, o que explica o fato de nenhuma delas estar no top 20 do ranking 300”, diz relatório da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
Para a SBVC, apesar das multinacionais se destacarem entre as maiores do setor, o varejo da construção no Brasil ainda é dominado pelas empresas regionais. “A estrutura de capital fechado e o controle nacional são características do setor, apesar da liderança ser ocupada por duas empresas francesas e o grupo chileno Falabella, que no Brasil comanda a Sodimac, ser um player importante”, analisam os organizadores do ranking.
Transformação digital vai mexer com as estruturas do varejo brasileiro
Para o presidente da SBVC, Eduardo Terra, a pandemia de COVID-19 era o que faltava para o varejo em geral sofrer uma transformação digital de seus negócios, e que irá refletir no próximo ranking. No caso do setor de material de construção o dirigente faz a seguinte observação: “Se o e-commerce puro faz pouco sentido no varejo de materiais de construção, o setor avançará nos próximos anos em suas iniciativas omnichannel, incorporando tecnologia no PDV (Ponto De Venda) para aumentar a eficiência das operações e a lucratividade das empresas. O coronavírus chacoalhou o setor e acelerou a transformação digital das redes.”
Eduardo Terra acredita que no prazo de 5 anos será possível visualizar as alterações que a transformação digital causará no varejo brasileiro. “Em alguns anos, teremos a perspectiva necessária para enxergar todas as mudanças e detectar quem focou em entender seus consumidores, entregar melhores soluções e se tornar mais relevante. Essas empresas, com certeza, vão avançar mais rápido”, afirma.
Veja o ranking completo, com destaque para o setor da construção na página 74.
Assista ao vídeo que analisa os dados do ranking da SBVC
Entrevistado
Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo
Contato
contato@sbvc.com.br
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