Setor imobiliário segue imune a distratos e inadimplência

Pesquisa nacional mostra que construtoras e incorporadoras não sofreram impactos relevantes em seus balanços

A pandemia de Coronavírus não fez crescer o volume de distratos de contratos imobiliários nem aumentou o volume de inadimplência entre os que financiam imóveis. A constatação está na pesquisa nacional realizada pela consultoria KPMG, com as principais construtoras e incorporadoras do país. Os dados apresentados revelam que 57% das empresas não sofreram impactos relevantes com distratos e que 43% disseram não ter registrado aumento de inadimplência. Porém, 57% admitiram renegociações com clientes.

Outra informação relevante trazida na pesquisa é que 67% das que responderam não enfrentam nenhum risco de liquidez. Da mesma forma, 76% não estimam alguma quebra de covenants financeiros, ou seja, não possuem indicadores que possam influenciar negativamente em seus balanços. Para Alan Riddell, sócio da KPMG Corporate Finance São Paulo, construtoras e incorporadoras estão tomando as decisões certas ao capitalizar com venda de ativos não-estratégicos, diversificar fundings, prolongar dívidas e analisar oportunidades de crescimento.

A pesquisa também revelou que a maior preocupação dos CEOs e CFOs das empresas é com a pós-pandemia. Grande parte dos entrevistados revelou que fará mudanças relevantes nos projetos a serem lançados. Por isso, 57% das respondentes disseram que postergarão novos empreendimentos até que exista um cenário mais claro. Segundo Eduardo Tomazelli, sócio do departamento de auditoria e membro de Financial Services da KPMG, essa já era uma situação esperada no setor da construção civil.

Com dados obtidos através da pesquisa, o especialista avalia que as empresas saíram da zona de impacto com a pandemia e estão, no momento, atravessando as etapas de resiliência e reação, que envolvem preocupação com a gestão de caixa, manutenção de liquidez, adesão a medidas governamentais, estabilização operacional, bem-estar de funcionários e manutenção do trabalho remoto. Quanto à posição de reavaliar projetos, Eduardo Tomazelli disse que essa é uma tendência mundial no mercado imobiliário.

Cenário internacional de real estate é de adaptação ao “novo normal”

De acordo com os coordenadores da pesquisa no Brasil, os entrevistados nos Estados Unidos percebem a busca por apartamentos maiores, a fim de adequar uma área de home office ou de casas mais espaçosas em regiões suburbanas dos grandes centros urbanos. Já na Europa observa-se um movimento contrário, ou seja, investidores e demais interessados em comprar imóveis estão sinalizando que preferem novas unidades nas regiões mais centrais das cidades para facilitar os deslocamentos. Percebeu-se isso mais intensamente em Portugal, Espanha e França. 

Na Ásia e na Austrália, há cenários diferentes. Países como Japão e China, por exemplo, acreditam que o período de resiliência será maior. No mercado japonês existe ainda um fator que tem pesado no mercado imobiliário: o adiamento dos jogos olímpicos para 2021. Houve grande investimento em construção de hotéis e unidades residenciais na região de Tóquio, os quais agora não encontram consumidores. Quanto à China, onde o mercado imobiliário representa 25% do PIB do país, existe a expectativa de que uma fatia maior de chineses invista suas economias em imóveis no pós-pandemia. Antes da COVID-19, 80% da riqueza dos chineses já era alocada em imóveis. Com relação à Austrália, o país vive sua primeira recessão em 40 anos e a KPMG detectou que o mercado imobiliário precisará de um período maior para reagir ao impacto da crise.  

Assista à apresentação detalhada da pesquisa

Entrevistado
Reportagem com base na pesquisa “Cenários e perspectivas do mercado imobiliário residencial”, realizada pela KPMG

Contato
csertorio@kpmg.com.br
eremedi@kpmg.com.br
daviwu@kpmg.com.br
ariddell@kpmg.com.br
csefrin@kpmg.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo