Brexit deixa construção civil da Europa apreensiva
Reino Unido vive período de incertezas, apesar de governo ter 600 bilhões de libras para investir em obras
O neologismo Brexit é a junção das palavras British e exit, que significa a saída dos britânicos da União Europeia. Houve um plebiscito em 2016 e em 31 de janeiro de 2020 a ruptura foi oficialmente confirmada. Haverá um período de transição até que o Reino Unido não faça mais parte do bloco europeu, mas vários setores da economia buscam entender os impactos que o desligamento irá causar no Velho Continente, incluindo o da construção civil.
Em nota recente, a Federação de Construtores Mestres (FMB, de Federation of Master Builders), umas das principais entidades de classe da construção civil britânica, criticou o rompimento com a União Europeia. “A indústria da construção está sendo seriamente afetada pela incerteza do Brexit. Uma incerteza que, junto com a escassez de mão de obra que a ruptura pode causar, vai gerar uma tempestade perfeita em nossa indústria”, diz.
Atualmente, 28% dos trabalhadores da construção civil empregados na Grã-Bretanha não são britânicos – boa parte é oriunda do leste europeu. O receio dos empregados do setor é que falte mão de obra e, consequentemente, isso impacte no custo e no cronograma das obras. “O futuro da construção do Reino Unido depende da disponibilidade de profissionais qualificados e especializados, mas também dos chamados pouco qualificados. Sem eles, não seremos capazes de oferecer um crescimento sustentável para a construção após o Brexit”, avalia Mark Reynolds, CEO da Mace, uma das principais construtoras britânicas.
Apenas 15% dos executivos da construção eram favoráveis ao rompimento com a UE
Essa preocupação ficou evidente em uma pesquisa realizada pela consultoria londrina Smith & Williamson, a qual mostrou que apenas 15% dos executivos da construção civil britânica eram favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia. O levantamento ocorreu antes do referendo de 2016. “As incertezas não dizem respeito apenas à mão de obra, mas também à importação e exportação de materiais de construção. O pós-Brexit deverá apontar respostas para isso”, reforça Brian Berry, presidente da FMB.
O receio é de que o rompimento com a União Europeia interrompa um ciclo virtuoso de obras que a Grã-Bretanha experimenta desde 2014. Com apoio do governo, o Reino Unido investe na construção de 300 mil unidades domiciliares e tem um orçamento já previsto de 600 bilhões de libras em dez anos – algo como 3 trilhões de reais – para viabilizar projetos de infraestrutura até 2030. Existe também a preocupação da indústria de materiais de construção do continente, pois os britânicos importam 64% dos produtos utilizados em suas obras.
Para acalmar o setor, tanto o governo do Reino Unido quanto o parlamento da União Europeia sinalizam que, ao final do período de transição, que termina no final de 2020, haverá regras bem definidas para a contratação de mão de obra estrangeira e para a importação e exportação de materiais. Até lá, a construção civil britânica e europeia engavetam projetos à espera de maior segurança para os negócios na era pós-Brexit.
Entrevistado
Federação de Construtores Mestres da Grã-Bretanha (via departamento de comunicação)
Contato
media@fmb.org.uk
www.fmb.org.uk
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
02/01/2025
Como serão os arranha-céus do futuro?
Uban Intercroping concentra-se na incorporação de indústrias agrícolas em edifícios de grande altura. Crédito: eVolo Recentemente, a revista eVolo anunciou os vencedores da…
02/01/2025
Construção do primeiro hotel do mundo usando impressora 3D significa revolução na construção civil
Impressoras em 3D gigantes começam a erguer o hotel.Crédito: Divulgação/Icon O mundo da construção civil alcançou um novo marco com o projeto El Cosmico, o primeiro hotel do…
02/01/2025
fib Symposium ReConStruct discute construções resilientes
Para Íria Doniak, o concreto é um material que se correlaciona de forma importante com os temas da sustentabilidade e da resiliência.Crédito: fib Symposium ReConStruct Entre…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.