Tecnologia qualifica diagnóstico de manifestações patológicas

Existe uma série de ferramentas que melhoram o trabalho de quem inspeciona obras com problemas. Veja quais

Corrosão de armaduras está entre as manifestações patológicas mais preocupantes em uma obra. Crédito: Banco de Imagens
Corrosão de armaduras está entre as manifestações patológicas mais preocupantes em uma obra.
Crédito: Banco de Imagens

O engenheiro civil Marcus Vinícius Fernandes Grossi, especializado em engenharia diagnóstica, explica que o profissional voltado para o segmento de patologias da construção dispõe atualmente de uma série de ferramentas que auxiliam na detecção de problemas que podem afetar uma obra ao longo de sua vida útil. São equipamentos que vão desde uma simples trena até drones e robôs. “É o que eu chamo de kit de inspeção”, diz, durante web seminário em que abordou o diagnóstico e o tratamento de manifestações patológicas em construções.

Segundo Marcus Grossi, a tecnologia permite que sejam feitas análises mais aprofundadas, que vão além de uma inspeção sensorial – aquela em que o engenheiro se vale de sentidos como visão, tato, audição e, até mesmo, o olfato para verificar uma construção. Para esse tipo de diagnóstico, o kit básico deve contar com lanterna, trena, nível bolha, prumo, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), câmera fotográfica e smartphones ou tablets, que facilitam anotar dados dos projetos originais das obras. 

Para uma inspeção mais aprofundada, é necessário ter aparelhos que permitam realizar ensaios, os quais podem ser não-destrutivos, semidestrutivos ou destrutivos. Neste caso, é preciso contar com ferramentas como fissurômetro, paquímetro, nível laser, scanner 3D, microscópio, boroscópio (parecido com o endoscópio da medicina), drones, robôs e até emissores de luz ultravioleta. “Cada inspeção requer uma técnica, que pode ir de simples testes abrasivos a técnicas mais precisas de inspeção”, relata o engenheiro.

Essas técnicas podem ser mecânicas, químicas, termográficas, hidrodinâmicas, eletromagnéticas, ultrassônicas ou computacionais, através do uso de softwares. “O estudo conhecido como patologia das construções, que analisa as manifestações patológicas em obras, se vale muito de conceitos da medicina. Então, assim como os profissionais da saúde, o engenheiro que atua nessa área precisa fazer o diagnóstico, o prognóstico, a terapia e a profilaxia”, afirma Marcus Grossi.

Norma de Desempenho define limites para que uma obra seja declarada com manifestações patológicas

Em sua palestra, o engenheiro diagnóstico lembra que a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575) define limites para que uma estrutura possa ser declarada com manifestação patológica ou não. “A Norma de Desempenho define que uma edificação deve garantir habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico, desempenho acústico, desempenho lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil e antropodinâmico), segurança (estrutura, sistema contra fogo e garantia de uso e operação) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e impacto ambiental). Se não comprometer esses índices de desempenho, não pode ser enquadrada como manifestação patológica”, explica.

A ABNT NBR 6118 (Estruturas de concreto armado) também define limites para o que pode ser considerada uma manifestação patológica. Segundo Marcus Grossi, a boa execução do concreto e o correto cobrimento das armaduras são imprescindíveis para evitar problemas futuros. “Seguindo as referências normativas é possível fazer uma gestão de risco contra manifestações patológicas e evitar problemas futuros na obra”, finaliza o engenheiro.

Preencha o formulário e acesse o vídeo do web seminário

Entrevistado
Reportagem com base no web seminário “Análises patológicas e diagnóstico na construção civil”, concedido pelo engenheiro civil Marcus Vinícius Fernandes Grossi, com especialidade em engenharia diagnóstica pela USP (Universidade de São Paulo ) e pelo IPT (pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo)

Contato
contato@aecweb.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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