Construção civil interrompe série de 5 anos em queda

Setor fecha 2019 com crescimento de 2% e deixa para trás período de perdas acumuladas, que ocorreu de 2014 a 2018

Sol dissipa nuvens no setor da construção civil em 2019 e tende a se manter brilhando em 2020. Crédito: Banco de Imagens
Sol dissipa nuvens no setor da construção civil em 2019 e tende a se manter brilhando em 2020.
Crédito: Banco de Imagens

O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2019 conseguiu, finalmente, interromper uma série de 5 anos de queda. Segundo a área de Projetos da Construção da FGV (Fundação Getúlio Vargas), coordenada pela economista Ana Maria Castelo, o setor encerrou o ano com crescimento de 2%. O impulso maior veio dos segmentos de autoconstrução e reformas (3%), serviços especializados (2,5%) e infraestrutura (1%).

O crescimento registrado em 2019 não repõe as perdas acumuladas de 2014 a 2018, que chegaram a 30%, mas aponta para uma guinada que, de acordo com a própria FGV, deverá manter o viés de alta para 2020. A projeção é de que o PIB da construção civil cresça 3% neste ano. Para Ana Maria Castelo, os números que fecharam 2019 e os previstos para 2020 são muito positivos.

Segundo a coordenadora da FGV, até o meio do ano passado as perspectivas não eram relevantes. “O ano (de 2019) começou mal. Mas a partir do segundo semestre vimos sinais positivos de alguns setores. O principal deles foi o de consumo das famílias. A liberação dos saques do FGTS também teve uma força vigorosa”, destaca. Em maio de 2019, as projeções indicavam que o PIB da construção civil cresceria apenas 0,5% no ano.

Para 2020, o estudo da FGV indica que o segmento de autoconstrução e reformas seguirá liderando a recuperação. O setor de edificações residenciais aumentará o ritmo de crescimento, impulsionando o segmento de serviços especializados, enquanto as obras de infraestrutura devem manter um ritmo lento de recuperação, apesar de o governo anunciar que pretende intensificar as concessões. Porém, os resultados dessa ação tendem a aparecer somente em 2021.

Bons efeitos do PIB nacional refletem nos números regionais 

Para Ieda Maria Pereira Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e assessora-econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SindusCon-MG), será fundamental para a construção civil que as obras de infraestrutura sejam retomadas. “Os resultados do PIB deixam uma mensagem clara: a construção saiu do fundo do poço e mudou a rota. Porém, é necessário um impulso da infraestrutura para que a recuperação gradual se consolide”, diz.

Os bons efeitos do PIB nacional da construção civil também refletem nos números regionais. No Paraná, o SindusCon-PR estima que em 2020 serão geradas 3.200 novas vagas de emprego em Curitiba e região metropolitana. “A recuperação já está acontecendo. Nos últimos 12 meses, a indústria da construção gerou 125 mil vagas em todo o Brasil, sendo 10,7 mil no Paraná e 3,6 mil em Curitiba. Mas este número ainda é muito baixo, o país precisa gerar mais empregos”, reforça o ex-presidente do SindusCon-PR, Sérgio Luiz Crema.

Um número que sinaliza um horizonte melhor para 2020 é o de alvarás liberados para a construção em Curitiba e região metropolitana. Houve elevação de 20% em 2019, em relação a 2018. Significa que até 2022 serão acrescentados mais 2,1 milhões de m2 de área construída na capital paranaense e nos municípios vizinhos. “Com cenário macroeconômico melhor, os empresários voltam a ter confiança e a investir. Desengavetam projetos e voltam a gerar empregos”, resume Crema.

Veja o estudo do SindusCon-SP/FGV

Veja o estudo do SindusCon-PR

Entrevistado
Reportagem com base em relatórios sobre o desempenho da construção civil, apresentados pelo SindusCon-SP, e FGV, além de CBIC e SindusCon-PR

Contato
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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