18/05/2021

Certificação LEED faz 15 anos: o que mudou na construção civil?

Conceitos de obra sustentável abrangem edifícios, shoppings, indústrias, centros de logística, escolas e hospitais

Certificação LEED fez a régua subir na cadeia produtiva da construção civil e passou a influenciar de projetistas a fabricantes de materiais Crédito: WorldGBC
Certificação LEED fez a régua subir na cadeia produtiva da construção civil e passou a influenciar de projetistas a fabricantes de materiais
Crédito: WorldGBC

A principal certificação de sustentabilidade para edificações, a Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), completa 15 anos no Brasil. Ela tornou-se referência para projetos de prédios verdes no país e foi tema do debate que aconteceu na versão digital da ConcreteShow – a ConcreteShow Digital Series. O evento teve como principais participantes o CEO da GBC Brasil, Felipe Faria, que é advogado por formação, e o diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), o arquiteto e urbanista Rafael Lazzarini 

Para os especialistas, são flagrantes os impactos positivos que a certificação trouxe à construção civil brasileira. Os números falam por si, diz Lazzarini: “Hoje temos mais de 1.000 edificações com a certificação no país e a LEED fez a régua subir na cadeia produtiva da construção civil. Passou a influenciar tanto quem projeta quanto quem constrói e fabrica materiais. A indústria de materiais de construção e a mão de obra evoluíram com a chegada da certificação LEED e de outras certificações.” 

Felipe Faria avalia que a certificação, que no Brasil é concedida pela Green Building Council Brasil (GBC Brasil), fez as edificações buscarem metas de desempenho acima das normas técnicas convencionais. Também foi lembrado na palestra virtual que a busca pela LEED se tornou abrangente no setor. “Não são mais apenas edifícios corporativos e habitacionais de alto padrão que procuram se adequar à certificação. Ela estendeu-se para shopping centers, galpões industriais, centros de logística, escolas, hospitais e outros tipos de construções”, completa Rafael Lazzarini. 

Os especialistas entendem que os consumidores têm papel preponderante nessa capilaridade da LEED dentro da construção civil. “Os clientes passaram a exigir conceitos de sustentabilidade nos projetos. Não por marketing, mas por causa do retorno real de eficiência energética das construções. E por que isso? Por que ambientes saudáveis geram mais produtividade. Então, o conceito hoje é buscar construir edificações com qualidade ambiental e baixo custo operacional. De olho nessa demanda, os incorporadores estão mais dispostos a investir em construções sustentáveis”, cita Lazzarini. 

Pandemia de COVID-19 potencializa as construções sustentáveis 

Com dados coletados pela equipe técnica da GBC Brasil, Felipe Faria mostrou na palestra que os prédios verdes registram ganhos de 8% a 11% em eficácia energética (menor consumo de água e menor consumo de energia elétrica, principalmente) na comparação com as edificações convencionais. O CEO da GBC Brasil também lembra que a evolução da LEED, que atualmente possui várias categorias e expertises, possibilita que um projeto de prédio verde possa se viabilizar sem aumento do custo da obra. 

No entender de Rafael Lazzarini e de Felipe Faria, a pandemia de COVID-19 potencializa as construções sustentáveis. “A qualidade do ar tornou-se uma exigência nos ambientes construídos. Além disso, a síndrome do edifício doente fica cada vez mais evidente com a epidemia”, avalia. O arquiteto e urbanista entende que, em breve, o poder público passará a exigir que as edificações comprovem eficácia no âmbito da qualidade do ar e do baixo consumo energético. “Quando os governos começarem a sobretaxar as construções que geram impactos ambientais, construir edificações eficazes energeticamente será obrigatório. Isso já começa a acontecer em alguns países europeus”, informa. 

Atualmente, 180 países estão integrados com a certificação LEED. O Brasil é o 5º que mais emite certificações, atrás de Estados Unidos, China, Canadá e Índia. “Praticamente todos os projetos de edifícios corporativos que são registrados nas prefeituras das grandes capitais brasileiras já o fazem requerendo a LEED. O mesmo já começa a acontecer com prédios residenciais de alto padrão, e queremos estender isso para todos os segmentos”, revela Fábio Faria. 

Entrevistado
Reportagem com base no seminário sobre sustentabilidade na construção civil, promovido dentro do Concrete Show Digital Series 

Contato
atendimento.concreteshow@informa.com 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


18/05/2021

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