Construção pesada se conecta à Engenharia 4.0 e à IIot

Desativações de barragens estão entre as obras que se beneficiam de operações remotas de equipamentos

Máquinas em áreas de risco podem ser operadas à distância, desde que disponham de tecnologia e mão de obra qualificada Crédito: Construtora Barbosa Mello
Máquinas em áreas de risco podem ser operadas à distância, desde que disponham de tecnologia e mão de obra qualificada
Crédito: Construtora Barbosa Mello

Na construção civil, máquinas já substituem homens em uma quantidade razoável de tarefas. À transformação impulsionada pela robótica convencionou-se chamar de Engenharia 4.0. Agora, esse processo dá um passo adiante. Com a aplicação da IIot (do inglês, Industrial Internet of Things [Internet Industrial das Coisas]) os equipamentos podem ser operados remotamente de longas distâncias. Quem mais tem se beneficiado destas novas tecnologias é a construção pesada, principalmente quando o projeto de execução requer serviços de engenharia em áreas com elevado risco para a vida dos trabalhadores. 

Obras em barragens são as que mais têm utilizado esse processo disruptivo aqui no Brasil. É o que foi revelado no recente workshop virtual promovido pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração) intitulado “Engenharia 4.0: operação remota de equipamentos”. Engenheiros que participaram do debate mostraram cases bem-sucedidos da aplicação dessas tecnologias na descaracterização de barragens. Isto ocorre quando o reservatório de resíduos atinge seu ciclo de vida útil e precisa ser descontinuado. A intervenção geralmente requer reforço da estrutura para estabilizá-la e reincorporá-la ao relevo e ao meio ambiente. 

Por se tratar de uma operação de risco para os humanos, a construção pesada tem usado escaneamento de alta precisão, máquinas automatizadas e profissionais com várias horas de treinamento para intervir nas barragens a serem desativadas. “São processos que possuem uma complexidade maior, e é necessário trabalhar essa mudança também na equipe que irá atuar na obra, como operadores, encarregados, profissionais de apoio e a alta liderança”, diz o engenheiro mecânico Carlos Magno Schwenckda Construtora Barbosa Mello. 

Tecnologia 5G tende a aproximar ainda mais as novas tecnologias ao canteiro de obras  

A adoção da Engenharia 4.0 acoplada à IIot aumenta a segurança na obra, reduz custos e oferece ganho de produtividade, asseguram os debatedores. Os participantes do workshop também avaliam que esta é a via do futuro na construção civil. “Independentemente da área de atuação e da questão do investimento, essa é uma tendência que vai se tornar cada vez mais próxima de nossas obras. É um fato irreversível, ainda mais com a proximidade da aplicação da tecnologia 5G. Esses equipamentos se tornarão comuns para todos”, avalia Hugo Pereira Soares, diretor da Construtora Vale Verde. 

Um fato curioso revelado pelos participantes do workshop é que a possibilidade de utilizar máquinas operadas à distância tem aberto o mercado de trabalho para profissionais com deficiência motora nas pernas dentro da construção civil“Isso gera inclusão social, com a possibilidade de contratar pessoas com deficiência (PcD) para esse tipo de trabalho, uma vez que a operação ocorre de forma remota. Diversos operadores, que possuem, por exemplo, lesões na coluna podem ser reintegrados para atuar em operações nãotripuladas, finaliza o engenheiro eletrônico Tiago Barros, gerente-técnico da SITECH Brasil. 

Entrevistado
Reportagem com base no conteúdo apresentado no “Engenharia 4.0: operação remota de equipamentos”, promovido pela Sobratema 

Contato
sobratema@sobratema.org.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330



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