Pontes precisam ser funcionais, seguras, duráveis e bonitas

Renomado engenheiro-projetista britânico incentiva uso de inovações, mas sem esquecer as lições já aprendidas

Viaduc de Millau, na França: obra resume conceito difundido por Ian Firth, de que obras de arte precisam ser funcionais, seguras, duráveis, elegantes e bonitas Crédito: Éditions Timée
Viaduc de Millau, na França: obra resume conceito difundido por Ian Firth, de que obras de arte precisam ser funcionais, seguras, duráveis, elegantes e bonitas
Crédito: Éditions Timée

Conhecido internacionalmente por seus projetos estruturais, o engenheiro civil britânico Ian Firth aponta que o atual desafio de pontes e viadutos é superar o dilema “inovação versus risco”. Ao participar da conferência Future of Bridges, o projetista cita que os engenheiros precisam avançar nos conceitos de construção, usufruindo de novos materiais e tecnologias, mas também têm que estar prontos para “dar um passo atrás”. “Os engenheiros estão caminhando sobre uma linha em que precisam seguir as lições já aprendidas, mas também são estimulados a inovar. Encontrar o equilíbrio é o desafio. Por isso, é importante dar um passo à frente, mas continuar olhando para trás”, diz. 

Para Ian Firth, 5 adjetivos definem se uma obra de arte será bem-sucedida ou não. “As pontes precisam ser funcionais, seguras e duráveis, mas também devem ser elegantes e bonitas”, resume. Segundo o engenheiro-projetista britânico, o modelo mais bem acabado de sua análise é o Viaduc de Millau, na França. Trata-se da ponte estaiada mais alta do mundo, com 343 metros de altura, e localizada no vale do rio Tam, no sudoeste francês. “Nessa obra houve uma sinergia perfeita entre engenharia estrutural, arquitetura e inovação”, avalia. Por outro lado, Firth alerta para o uso de materiais e tecnologias que não foram devidamente testados e que causam o aumento de risco nas obras de arte. 

Projetos de pontes e viadutos precisam prever o que vai acontecer daqui a 100 anos 

Ele cita o caso da passarela para pedestres que desabou em Miami-EUA, em 2018, e que era a primeira construção estrutural do mundo a usar concreto autolimpanteO engenheiro afirma que o mesmo vale para tecnologias que pregam o uso de grafeno no lugar de armaduras de açoassim como sensores, concreto regenerativo, estruturas com baixa emissão de carbono, impressão 3D e outras inovações que já estão disponíveis para a construção de pontes e viadutos. “O contratante da obra pode querer usar uma série de novidades, mas o projetista precisa avaliar se elas são fundamentais para a qualidade e a vida útil do projeto. Tem ainda a questão do custo”, cita Firth. 

engenheiro-projetista britânico também alerta para o outro lado da moeda, ou seja, o contratante que quer baratear o preço da obra e incentiva o uso de materiais de baixa qualidade. “Precisamos ajudar os clientes a entender a importância da segurança, do valor da vida, e usar isso como base para a tomada de decisões. A esperança é que isso leve a pontes de melhor desempenho”, completa. Firth finaliza a palestra realçando que projetos de pontes e viadutos precisam prever o que vai acontecer daqui a 100 anos. “O mundo necessita de pontes. Temos obrigação de fazê-las bonitas e bem construídasAlém disso, precisamos projetá-las para durarem no mínimo 100 anos. Até onde se sabe, só há um material capaz de cumprir esses requisitos: o concreto”, conclui.  

Veja vídeo com palestra de Ian Firth 

Entrevistado
Reportagem com base na conferência “Future of Bridges” e na palestra “Pontes precisam ser bonitas”, do engenheiro-estrutural britânico Ian Firth 

Contatos
ian@ianfirth.com
www.ianfirth.com 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330



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