Itaipu financia série de obras na fronteira Brasil-Paraguai
Duas pontes e a ampliação do aeroporto de Foz do Iguaçu estão entre os projetos assumidos pela binacional
Três importantes obras estruturais na fronteira entre Brasil e Paraguai estão saindo do papel graças ao financiamento da Itaipu Binacional. A empresa que faz a gestão da segunda maior hidrelétrica do mundo está à frente da ampliação do aeroporto de Foz do Iguaçu-PR, cuja pretensão é se tornar a principal conexão entre os países do Mercosul para voos que levem à Europa e aos Estados Unidos, além de investir na construção de duas pontes. Uma no rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, no Paraguai, que irá desafogar a Ponte da Amizade, que liga Foz a Ciudad del Este; outra sobre o rio Paraguai, entre Porto Murtinho-MS e Carmelo Peralta, também no Paraguai.
Essa obra é considerada um marco para o corredor Bioceânico, e que pretende promover a ligação rodoviária entre os oceanos Atlântico e Pacífico, cruzando 4 países da América do Sul. A estrada nasce em Campo Grande-MS, corta Paraguai e Argentina e termina em Iquique e Antofogasta, no Chile. Por isso, a ponte entre Porto Murtinho-MS e Carmelo Peralta é estratégica para a rodovia. Ao custo de 300 milhões de reais, financiados pela Itaipu Binacional, a obra será estaiada e terá 680 metros de comprimento, com previsão de conclusão em março de 2024. Já a previsão orçamentária para a conclusão do corredor Bioceânico, também chamado de “Canal do Panamá da América do Sul“, é de 443 milhões de dólares – aproximadamente 1,77 bilhão de reais.
No caso da segunda ponte sobre o rio Paraná, as obras iniciadas em agosto estão avançadas no lado brasileiro e devem começar no lado paraguaio em dezembro de 2019 ou, mais tardar, no início de 2020. Para chegar à fase de execução foi preciso superar questões tributárias para a exportação de máquinas e equipamentos, impasses trabalhistas e migratórios, além da busca de soluções para a navegação pelo rio Paraná e o uso de área no Paraguai para a construção do canteiro de obras.
Recursos vêm de convênios, patrocínios e redução de custos em outras áreas da empresa
Do lado brasileiro, o canteiro se encontra no bairro Porto Meira, em Foz do Iguaçu. O trabalho de desmonte de rochas próximo à margem do rio Paraná já teve início, para que, no lugar, seja erguido um dos dois pilares com 120 metros de altura, e que vão sustentar os cabos a serem estendidos no vão da estrutura. Construída pelo consórcio Construbase /Cidade /Paulitec, a Ponte da Integração tem custo estimado de 323 milhões de reais. Mais 140 milhões de reais serão alocados para a construção da Perimetral Leste, que ligará a nova ponte à BR-277. A previsão é de que seja inaugurada em 2023.
Internamente, o conjunto de obras financiadas por Itaipu é chamado de “Pacto pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Logística”. O diretor-geral brasileiro da binacional, general Joaquim Silva e Luna, reforça que os investimentos só foram possíveis porque todos os atores envolvidos entenderam que os projetos mudarão completamente a economia da região. Além disso, a empresa ainda financia duas obras para o município de Foz do Iguaçu: a restauração do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e a construção do Mercado Municipal de Foz. Os recursos para todos os empreendimentos virão de convênios, patrocínios e redução de custos em outras áreas da binacional.
Entrevistado
Itaipu Binacional (via assessoria de imprensa)
Contato: imprensa@itaipu.gov.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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