Infraestrutura deixa de liderar atividade da construção civil

As obras de infraestrutura não lideram mais as atividades da construção civil no Brasil, segundo a mais recente edição da […]

Das regiões do país, o sul é o que mais cresceu, de acordo com os dados da recente edição da PAIC Crédito: Agência IBGE Notícias
Das regiões do país, o sul é o que mais cresceu, de acordo com os dados da recente edição da PAIC
Crédito: Agência IBGE Notícias

As obras de infraestrutura não lideram mais as atividades da construção civil no Brasil, segundo a mais recente edição da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados de 2017. A infraestrutura responde por 32,2% no levantamento. Quem se destaca são as construções de edifícios, que agora representam 45,8% das atividades do setor.

A participação das obras de infraestrutura no volume de atividades da construção civil caiu de 47,4% para 32,2%, entre 2008 e 2017, enquanto as construções com foco em edifícios aumentaram de 37,2% para 45,8% no mesmo período. Já os serviços especializados da construção civil aumentaram de 15,4% para 22% em 10 anos. Os três setores que formam a indústria da construção geraram 280 bilhões de reais em 2017.

Desse montante, R$ 128,1 bilhões foram movimentados pela construção de edifícios. A infraestrutura respondeu por R$ 90,3 bilhões e outros serviços por R$ 61,6 bilhões. O segmento de obras de infraestrutura também deixou de ser o maior empregador do setor. De acordo com a mais recente PAIC, a construção civil empregava 1,91 milhão de pessoas em 2017, com 126,3 mil empresas ativas. Dos trabalhadores empregados, 37,1% atuavam na construção de edifícios, 35% em serviços especializados e 27,9% na infraestrutura.

Entre 2008 e 2017, a média de pessoas ocupadas nas empresas da construção civil caiu de 32 para 15 pessoas. Já o salário médio mensal passou de 2,7 para 2,3 salários mínimos. Todos os segmentos tiveram queda na média de ocupações. Porém, o segmento que mais perdeu participação no período foi o de obras de infraestrutura. A média de 93 pessoas por empresa caiu para 42, com a média salarial indo de 3,5 salários mínimos para 2,9.

Em função da queda no volume de obras de infraestrutura, a PAIC constatou que o setor público deixou de ser o principal cliente da construção civil. O volume de obras públicas contratadas passou de 42,7% para 31,7%. O setor público também passou a demandar menos construções de edifícios (recuou de 27,2% para 20,7%) e de serviços especializados em construção (diminuição de 23,4% para 21,7%). Como nos demais índices, o período de comparação vai de 2008 a 2017.

Cresce participação da região sul na indústria da construção civil

A PAIC também avaliou o desempenho da construção civil por regiões. Enquanto o sudeste perdeu participação, o sul apresentou os maiores ganhos. No volume de incorporação, obras e serviços de construção, a participação do sudeste passou de 55,5% para 49,8%. A região norte também perdeu participação (de 7,9% para 5,6%), enquanto o sul cresceu de 12,1% para 17,1% e o nordeste de 15,8% para 18,9%. Já a região centro-oeste manteve sua participação estável em 8,7%.

O volume de pessoas ocupadas por região segue o ritmo de incorporações, obras e serviços. Entre 2008 e 2017, houve redução da participação do sudeste (de 51,7% para 48,8%) e do norte (de 6,7% para 5,6%) na quantidade de empregos, enquanto o nordeste cresceu de 19,9% para 21,2% e o sul de 13,5% para 16,3%. A região centro-oeste manteve estável sua participação no número de trabalhadores atuando na construção civil, com 8,1%.

Entrevistado
Reportagem com base nos números da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Contato: comunica@ibge.gov.br



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