Obra sem problemas passa por saber recrutar mão de obra

Definição dos comandos técnico, administrativo e operacional do empreendimento é o primeiro passo para o sucesso

recrutamento
Para chegar aos profissionais que irão atuar na obra, construtor precisa ter um bom plano de recrutamento. Crédito: Divulgação

Antes da compra de insumos e da adoção de boas práticas construtivas, uma obra precisa ter o comprometimento da equipe. Para chegar aos profissionais que irão formar o time, o construtor precisa ter um bom plano de recrutamento. Por isso, existem procedimentos a serem seguidos. O primeiro passo é definir os comandos técnico, administrativo e operacional da obra, como ensina o engenheiro civil Fausto Sabino, com 37 anos de experiência como engenheiro de obras e que palestrou no 1º Congresso Nacional da Eficiência em Edifícios e no Congresso Nacional da Produtividade na Construção Civil.

Sabino defende que para essas funções, além dos tradicionais testes realizados pelo RH das empresas, é recomendável aplicar provas, a fim de que o processo de seleção realmente indique o mais capacitado para os cargos a serem ocupados. O engenheiro sugere um mínimo de oito perguntas para os pretendentes a comando técnico, administrativo e operacional da obra. A saber:

  • Como você gerencia o setor de almoxarifado e de suprimento de insumos de sua obra e de toda a logística de abastecimento, armazenamento e distribuição de materiais?
  • De que forma é administrado o setor de recursos humanos de sua obra?
  • Como é tratada a qualidade da sua obra no dia a dia e nas diversas etapas de serviços existentes ao longo da execução do empreendimento?
  • Qual prioridade você dá para a área de segurança de sua obra?
  • Como você avalia o desperdício na obra e faz para combatê-lo?
  • Você faz o acompanhamento diário da produtividade das equipes de sua obra?
  • De que forma é feito o acompanhamento dos custos e o cronograma físico-financeiro de sua obra?
  • Você é adepto do uso de inovações na obra sob sua responsabilidade?

É importante evitar um “estado de emergência” constante no canteiro de obras

O engenheiro destaca também que é importante que não haja negligência no processo de recrutamento e nem excessos. “Não é recomendável contratar observando apenas a redução de custos com a mão de obra, o que pode ocasionar na contratação de um número de profissionais abaixo do que a obra exige. Também é importante não contratar em excesso. Existem ferramentas para fazer esse dimensionamento corretamente, a fim de evitar a sobrecarga e a ociosidade dentro do canteiro de obras. Começa com um bom anúncio para recrutar, seguido da captação de currículos, a triagem e a submissão dos melhores aos testes de RH”, afirma.

Em sua palestra, Fausto Sabino destaca que equívocos no recrutamento da mão de obra geralmente resultam em um “estado de emergência” constante no canteiro de obras. “Acaba transformando a rotina diária do gestor da obra em ‘apagar um incêndio atrás do outro’. Por isso, além do bom recrutamento, o responsável pela execução do empreendimento precisa transformar em tarefa diária o acompanhamento da produtividade da obra, assim como deve ser diária a verificação do cronograma da obra e do cronograma físico-financeiro. Seguindo esses passos, as chances da obra ser bem-sucedida são bem maiores”, finaliza.

Veja a íntegra da palestra no 1º Congresso Nacional da Eficiência em Edifícios e no Congresso Nacional da Produtividade na Construção Civil

https://youtube.com/watch?v=5bYOxcOFxn0

Entrevistado
Engenheiro civil Fausto Sabino, com formação acadêmica na Universidade Mackenzie e 37 anos de experiência como engenheiro de obras. Atualmente é diretor-executivo da Converge – Soluções em construção civil

Contato: contato@conaprocbrasil.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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