Certificação sustentável migra para a habitação popular

Na região sul, Curitiba lidera em volume de prédios-verdes e influencia seu entorno a viabilizar projetos inovadores

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Professora Ana Rocha Melhado: construções sustentáveis podem diminuir as diferenças entre empreendimentos de alto padrão e construções populares. Crédito: Cia. de Cimento Itambé

Entre 2013 e 2017, o número de edificações que buscam certificação sustentável na região sul do Brasil cresceu 79,6%, enquanto nas outras regiões do país o aumento chegou a 41,4%. Foi isso que trouxe o GreenBuilding Brasil 2018 a Curitiba-PR. A capital paranaense lidera esse movimento pela construção sustentável entre os três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). A cidade já tem 22 prédios-verdes – a maioria edifícios corporativos – e influencia positivamente sua região metropolitana.

A cidade de Pinhais-PR, por exemplo, está construindo o primeiro condomínio Minha Casa Minha Vida do Brasil com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). O empreendimento vai buscar o selo GBC CASA & CONDOMÍNIO, cujo foco é a saúde e o bem-estar dos moradores. Para isso, deverá atender, além das seis partes da Norma de Desempenho (NBR ABNT 15575), o uso eficiente da água, a economia de energia, a utilização de materiais certificados e a destinação comprovada dos resíduos. O Pinhais Park Residence terá 136 unidades em três torres de quatro pavimentos. O canteiro de obras está em fase de implantação.

A arquiteta Agatha Carvalho, coordenadora-técnica do Green Building Council Brasil, explicou no GreenBuilding Brasil 2018 como funciona a certificação GBC CASA & CONDOMÍNIO. “O processo de certificação segue um checklist rigoroso, que se dá desde o registro, passando pela verificação técnica do projeto, revisão e, por fim, a certificação, de fato. Ao implementar o selo objetivamos impactar diretamente, e positivamente, nas mudanças climáticas, na saúde e no bem-estar das pessoas, nos benefícios econômicos proporcionados por esses projetos, nos recursos hídricos e na biodiversidade”, salienta.

GBC CASA & CONDOMÍNIO almeja levar qualidade ao Minha Casa Minha Vida

A certificação GBC CASA & CONDOMÍNIO foi lançada no segundo semestre de 2017, e, até o momento, existem 58 projetos registrados no país, dos quais 9 já estão certificados. Para a engenheira civil Ana Rocha Melhado, coordenadora da pós-graduação em construções sustentáveis da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), que também palestrou no GreenBuilding Brasil 2018, o selo voltado para o mercado habitacional tem a oportunidade de diminuir as diferenças entre empreendimentos de alto padrão e as construções mais populares. “Podemos incorporar essas tecnologias em todos os tipos de empreendimentos, de alto padrão aos mais populares, que começarão a ganhar volume a partir de agora”, afirma.

A expectativa dos debatedores é de que, no médio prazo, a construção sustentável deixe de ser um ramo da construção civil para estar totalmente integrada ao setor. “Tenho uma visão positiva acerca dessa questão. Acredito que o setor caminha sempre em busca do desenvolvimento sustentável. Além disso, dados do GBC Brasil indicam que, dentre as razões da ascensão das construções sustentáveis, está o desejo das corporações de gerar economia. Prédios-verdes, por exemplo, possuem taxas de condomínio menores, bem como garantem aos consumidores que a edificação em que moram ou trabalham, isto é, onde passam a maior parte do tempo de suas vidas, apresente desempenho acima de todas as normas técnicas que disciplinam os diversos sistemas de uma edificação”, completa a professora-doutora da FAAP.

Entrevistado
Reportagem com base no seminário “O Promissor Setor Residencial: Principais Aspectos, Oportunidades e Lideranças”, ocorrido dentro do GreenBuilding Brasil 2018

Contato: contato@gbcbrasil.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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