Sem trem-bala, estados tiram ferrovias regionais do papel

São Paulo e Paraná investem em planos que podem incrementar o transporte ferroviário de passageiros e de cargas

O projeto do trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro está completamente enterrado, mas estados como São Paulo e Paraná investem em planos que podem incrementar o transporte ferroviário de passageiros e de cargas. No caso dos paulistas, o objetivo é criar uma linha que interligue os 1.375 quilômetros de estradas férreas existentes no estado, a fim de facilitar, principalmente, o tráfego de passageiros entre as principais regiões de São Paulo.

A obra faz parte do novo plano-diretor de mobilidade, lançado pelo governo paulista, e que será entregue a um consórcio de empresas, através de uma PPP (Parceria Público-Privada). A contrapartida do estado de São Paulo será de R$ 20,8 milhões. Em dois anos deverá ser apresentado o projeto completo de compartilhamento da malha ferroviária e o custo total da obra. A proposta abrange as principais regiões metropolitanas do Estado, que envolve a capital paulista, Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada Santista.

A interligação das ferrovias abrange 75% da população de São Paulo (33 milhões de pessoas) e responde por 80% do PIB estadual. Batizado de Trem Intercidades, o projeto tem como principal interessado o grupo Deutsche Bahn – a maior companhia operadora de ferrovias da Europa. A concessionária alemã inaugurou recentemente a linha Berlim-Munique, na Alemanha, que envolve um trecho de 500 quilômetros e encurta a viagem entre duas das principais cidades do país de seis horas para quatro horas. Os trens atingem velocidade máxima de 300 km/h e é o mesmo modelo que deve ser adotado em São Paulo. 

No Paraná, foco é aumentar o transporte de cargas por trens

Já os paranaenses, através do governo estadual, escolheram quatro consórcios para apresentar um projeto de viabilidade que resulte na construção da ferrovia que ligará a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, no Paraná, permitindo o escoamento do agronegócio do Centro-Oeste para o segundo principal terminal portuário do Brasil, além de atrair exportações do Paraguai e da Argentina.

Os consórcios escolhidos são HaB (Bureau da Engenharia ECT Ltda., Hendal e Advice Consultoria e Serviços) SSSE (Sener Ingeneria, Sener Setepla e Engefoto), Egis-Esteio-Copel (Egis Engenharia e Consultoria Ltda., Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel) e STS (Sistemas de Transportes Sustentáveis , Pullin e Campano Consultores Associados, Navarro Prado Advogados, consultoria Millennia Systems e EnVia Technologies International).

O trecho prevê mil quilômetros de ferrovias, divididos em dois trechos. O primeiro, com 400 quilômetros, ligará Guarapuava-PR ao litoral paranaense. O segundo, vai de Guarapuava até Dourados-MS, passando por Guaíra-PR, com a construção de mais 350 quilômetros de trilhos. O projeto também usará 250 quilômetros já consolidados, completando os 1.000 quilômetros do novo trecho.

Atualmente, menos de 20% (18,75%) das mercadorias que chegam ao porto de Paranaguá são entregues por via férrea – os outros 81,25% utilizam transporte rodoviário. A projeção é de que o novo trecho transfira para a ferrovia 45% da demanda. O valor aproximado do estudo de viabilidade é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.

Entrevistados
– Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística do Paraná (
via assessoria de imprensa)
– Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo (
via assessoria de imprensa)

Contatos
comunicacao@pr.gov.br
imprensa@comunicacao.sp.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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