Poste de concreto autoaterrado usa tecnologia pioneira
Inovação foi desenvolvida para concessionária de energia e utiliza armadura da peça pré-fabricada
Um projeto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da CPFL Energia – concessionária de energia elétrica que atua nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul – levou à fabricação de um produto inédito no Brasil: o poste de concreto autoaterrado. A ideia teve gestação de sete anos na CPFL e precisou de um parceiro que desenvolvesse o protótipo e produzisse em escala comercial para abastecer as subsidiárias da empresa no Rio Grande do Sul, a RGE e a RGE Sul. Coube à Postes Indaial, localizada em Indaial-SC, tornar a inovação realidade.
Segundo o diretor-comercial da Postes Indaial, Harrybert Howe Júnior, o produto foi desenvolvido atendendo todos os requisitos contemplados no P&D da CPFL. Diferentemente dos postes comuns, o poste de concreto autoaterrado dispensa a necessidade de utilização de cabo de cobre e haste de aterramento para a realização do aterramento da energia, em caso de descargas atmosféricas (raios). “São acoplados à parte superior da armadura do poste um conector para que possa fazer a ligação com o neutro da rede. Assim, a descarga elétrica é transmitida pela armadura do poste”, explica.
A tecnologia empregou ainda o uso de concreto condutivo (condutor de eletricidade) na base do poste, a qual fica engastada no solo, para a dissipação da carga elétrica. “Pelo que temos conhecimento, é a primeira vez que esse tipo de elemento pré-fabricado é produzido no Brasil, usando tecnologia totalmente nacional”, diz Harrybert Howe Júnior. O diretor-comercial da Postes Indaial destaca ainda que outras concessionárias já se interessaram pelo produto. “Tivemos a procura de algumas empresas parceiras nossas perguntando como é essa nova tecnologia”, completa.
Para as concessionárias, a vantagem de ter um produto como o poste de concreto autoaterrado é que ele melhora a eficiência do aterramento na rede elétrica. A tecnologia utiliza concreto comum, com resistência de 30 MPa, idêntico ao material usado para fabricar postes convencionais. Para a CPFL Energia, a Postes Indaial está produzindo 2.500 peças por mês, com alturas variando entre 9 e 15 metros. O objetivo da concessionária é promover a troca gradual de postes convencionais por postes de concreto autoaterrado em toda a rede do Rio Grande do Sul.
Tecnologia protege residências contra danos a eletrodomésticos
A conclusão é de que, apesar do custo de produção da peça pré-fabricada ser levemente mais caro que a de um poste convencional, a concessionária consegue compensá-lo no processo de instalação e de manutenção da rede. Apenas a eliminação da montagem do sistema de aterramento traz economia que varia, em média, de 28% a 48%, informa a CPFL Energia.
Ainda de acordo com a concessionária, por conta de um sistema de proteção mais robusto, um dos benefícios esperados do poste autoaterrado de concreto é a redução no número de transformadores queimados por descargas elétricas (raios). Outra vantagem é a maior segurança proporcionada às instalações residenciais, contribuindo para reduzir danos a eletrodomésticos. “Isso se traduz em um serviço de melhor qualidade para os nossos consumidores, o que irá se refletir nos indicadores de continuidade do fornecimento”, diz o diretor de engenharia da CPFL Energia, Caius Vinicius Sampaio Malagoli.
Outro avanço é que a nova tecnologia simplifica o processo de aterramento. No padrão convencional, são usadas hastes de cobre e hastes cantoneira em aço zincado a fogo, além de cabos, canaletas e conexões. Isso gera risco de erro de instalação e torna o sistema suscetível aos efeitos de corrosão e de vandalismo. No estado de São Paulo, a CPFL Energia também está substituindo os postes convencionais por postes autoaterrados de concreto.
Entrevistados
– Administrador Harrybert Howe Júnior, diretor-comercial da Postes Indaial
– CPFL Energia (via assessoria de imprensa)
Contatos
junior@postes.com.br
atendimento.cpfl@loures.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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