Big Data elimina fronteiras na construção civil

Diante de projetos cada vez mais detalhistas, adotar tecnologia é quase obrigatório para qualificar produtividade e minimizar custo

Diante de projetos cada vez mais detalhistas, adotar tecnologia é quase obrigatório para qualificar produtividade e minimizar custo

Por: Altair Santos

O mercado de Big Data deve movimentar R$ 1 bilhão no Brasil em 2017, segundo o instituto de pesquisas IDC – empresa especializada em inteligência de mercado e tecnologia da informação. A análise é de que, quanto maior o tráfego de dados, maior será o desafio em gerenciá-los e organizá-los em tempo hábil, seguindo os conceitos de captura, estruturação, análise e visualização. Para isso serve a tecnologia Big Data, que interage cada vez mais com a construção civil.

Big Data: projetos tornaram-se indissociáveis da gestão de fluxo de dados
Big Data: projetos tornaram-se indissociáveis da gestão de fluxo de dados

Nos Estados Unidos, um dos maiores incentivadores do uso de Big Data é o engenheiro estrutural John Jacobs, da empreiteira JE DUNN, responsável por grandes obras naquele país. “Os projetos estão cada vez mais complexos. Hoje, não se constrói um simples edifício sem acessar dados em 2D e 3D, compatibilizando-os com uma base financeira, com a documentação e, por fim, com o cronograma e as ações no canteiro de obras. Só com grandes bancos de dados em nuvem consegue-se operar essa enorme teia de informações”, avalia.

Na lista do que depende de um amplo suporte de dados para ser operado estão: uso de robótica no canteiro de obras e monitoramento de pontes, viadutos e hidrelétricas com sensores. A tecnologia Big Data é útil também para manter as demandas da obra em sintonia com os fornecedores, além de interligar todas as áreas envolvidas com o projeto, racionalizando o tempo. “São métodos que têm o potencial de redefinir as relações tradicionalmente tensas entre arquitetos, engenheiros e incorporadores”, diz John Jacobs.

Mais produtividade, menos custo
Isto permite que, através da tecnologia Big Data, haja aumento de produtividade no gerenciamento e na execução de projetos de construção. “O aumento de produtividade é, aliás, um dos grandes desafios na construção civil. O uso de Big Data em simulações avançadas pode reduzir o número de mudanças em desenhos de produção e construção, com consequente redução nos custos”, diz o engenheiro Luiz Henrique Ceotto, diretor de design & Construction da Tishman Speyer Properties, que recentemente palestrou no 18º Seminário Tecnologia de Estruturas do SindusCon-SP.

Ceotto detalhou a construção do edifício de alta performance AQWA-RJ, e que fez uso de Big Data para interagir com os vários escritórios envolvidos no projeto – desde o JKMF, em São Paulo-SP, até o Foster + Partners, em Londres. Usando outro case, John Jacobs afirmou que o compartilhamento do projeto BIM de um centro cívico construído por sua construtora, via Big Data, permitiu reduzir o custo da obra em US 11 milhões, a qual, inicialmente, estava estimada em US$ 60 milhões. Além disso, o cronograma de execução foi encurtado em 12 semanas.

Neste projeto, 35% da economia obtida foram conseguidos através da redução de custos com desperdício de materiais e retrabalho. “A indústria da construção é responsável pela realização de alguns dos projetos mais caros do mundo. Mobiliza enormes quantidades de recursos e trabalho, juntamente com um grande volume de dados. Não dá mais para imaginá-la sem um fluxo que racionalize e facilite o compartilhamento destas informações, com segurança”, finaliza John Jacobs.

Entrevistado
Engenheiro estrutural John Jacobs, Chief Information Officer da JE Dunn, autor do artigo “Como a Big Data pode transformar a indústria da construção”

Contato
john.jacobs@jedunn.com

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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