Consumidor redescobre o silêncio nos andares altos
Tendência do mercado imobiliário prevalece principalmente nos grandes centros urbanos do país, onde proliferam prédios com mais de 20 pavimentos
Tendência do mercado imobiliário prevalece principalmente nos grandes centros urbanos do país, onde proliferam prédios com mais de 20 pavimentos
Por: Altair Santos
Prédios altos, com mais de 20 pavimentos, tornaram-se comuns no Brasil. Isso ocorre por que a legislação de uso do solo nos principais centros urbanos adotou a norma conhecida como potencial construtivo. Em resumo, ela permite verticalizar ao máximo a construção, aproveitando amplamente o terreno. Com isso, está mudando também o comportamento do consumidor – principalmente o de alto poder aquisitivo. Esse cliente tem preferido comprar unidades nos andares mais altos, revelando uma nova tendência no mercado imobiliário. O motivo, explicam os especialistas, é fugir da poluição sonora e ir ao encontro da melhor insolação e da boa ventilação.
De fato, medições acústicas comprovam que o nível de ruído é menor quanto mais alto o andar. O próprio barulho do trânsito chega mais difuso nos pavimentos posicionados a partir do 20º andar – dependendo, obviamente, da localização do edifício. “O entorno das edificações certamente definirá estes fatores. No entanto, a partir de 20 pavimentos percebe-se, através de medições acústicas, que o nível de ruído nas regiões centrais das cidades – onde ele encontra-se próximo dos 75 decibéis (dB) ao nível do térreo – cai para 50, em média. Na escala acústica, estas reduções são extremamente significativas”, explica o arquiteto Ivan Luciano Lupion, coordenador de qualidade da Invespark Empreendimentos Imobiliários.
Normas para prédios altos
O preço de venda de uma unidade localizada em andares altos é, em média, 10% maior do que das unidades térreas. Mas o consumidor parece estar disposto a desembolsar mais pelo silêncio. E essa parece ser uma tendência mundial. Até cidades de países extremamente conservadores na arquitetura começam a se render às edificações mais esbeltas. “Um exemplo é a cidade de Zurique, na Suíça, onde em 2011 foi inaugurado um prédio com 36 pavimentos: o Prime Tower. Até então, a cidade só aceitava prédios com altura máxima de quatro, quando muito, seis pavimentos”, revela Luciano Lupion.
No Brasil, duas normas devem ser atendidas quando se busca conforto acústico em edificações altas. Uma é a ABNT NBR 15575 (Norma de Desempenho). Para cumpri-la, as construtoras recorrem a paredes e vidros com maior espessura nos andares altos, além de utilizar materiais alternativos como a borracha e o neoprene para qualificar a vedação. Outra norma imprescindível é a ABNT NBR 6123:1988 – Forças devido ao vento em edificações. Ela fornece procedimentos e coeficientes confiáveis para as construções com geometria em plantas quadradas ou retangulares. Os coeficientes apontados pela norma definem padrões de janelas, sistemas construtivos e materiais a serem aplicados na fachada, com o objetivo de minimizar os efeitos do vento e a redução de ruídos.
Entrevistado
Arquiteto, urbanista e economista Ivan Luciano Lupion, coordenador de qualidade da Invespark Empreendimentos Imobiliários Ltda., e que em Curitiba especializou-se em lançar prédios altos – tanto residenciais quanto comerciais.
Contato
ivan@lupion.com.br
Créditos fotos: Divulgação/Investpark
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
19/11/2024
Restauração da SC-305 começa a receber whitetopping ainda este ano e deve impulsionar indústrias, agricultura e pecuária
Rodovia terá sub-base de macadame e base de Concreto Compactado com Rolo (CCR). Crédito: Divulgação/SIE Uma importante transformação está em andamento na rodovia SC-305, que…
19/11/2024
Como usar a engenharia para contenção de tsunamis e erosão costeira?
No caso do muro de contenções, planejamento precisa considerar cenários extremos para garantir sua eficácia. Crédito: Envato A engenharia pode desempenhar um papel essencial…
19/11/2024
Tendência em alta: avanço de IA, IoT e robótica na construção permite crescimento das cidades inteligentes
O conceito de cidades inteligentes, com foco em conectividade e sustentabilidade, está ganhando destaque mundialmente. Segundo pesquisa realizada pela Mordor Intelligence, o…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.