Conselho busca competitividade para a construção civil

Governo desenvolve agenda para estimular sistemas industrializados, disseminar o BIM e difundir a norma de desempenho e as construções sustentáveis.

Governo desenvolve agenda para estimular sistemas industrializados, disseminar o BIM e difundir a norma de desempenho e as construções sustentáveis

Por: Altair Santos

Instalado em agosto de 2011, o Conselho de Competitividade Setorial da Construção Civil é considerado atualmente como uma das áreas mais estratégicas do Plano Brasil Maior. É a partir dele que o governo federal pretende estabelecer uma política de Estado que consolide avanços como a industrialização dos canteiros de obras, a consolidação da Tecnologia de Informação nos sistemas construtivos e a qualificação da mão de obra. O objetivo é, em dez anos, colocar a construção civil nacional em patamares semelhantes aos que são vistos hoje na Europa e nos Estados Unidos. “A agenda tem medidas de curto, médio e longo prazo. Há ações de até dez anos, mas vamos fazer um corte no final do ano que vem (2013) para medir o que já foi realizado”, explica Talita Tormin Saito, vice-coordenadora do Conselho

Reunião do Conselho de Competitividade Setorial da Construção Civil: ações devem se estender por pelo menos dez anos.

Essa agenda setorial conta com a participação dos principais players ligados à construção civil brasileira. Entre eles, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Sinaprocim (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento), Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “É importante ressaltar que todas as medidas tomadas pelo conselho levam em consideração gerar condições para a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida”, afirma Talita Tormin Saito.

Por esse motivo, o Conselho de Competitividade Setorial da Construção Civil tem priorizado três frentes de trabalho. Uma delas é propagar a norma de desempenho NBR 15575. “O Conselho estimula a difusão e a preparação do setor privado para o atendimento da norma que será um fato a partir de março de 2013. Nossa função é ajudar a tirar dúvidas dos empresários e adequar a norma à realidade brasileira”, destaca a vice-coordenadora do Conselho, ressaltando que outras frentes estão focadas no estímulo aos processos industriais de construção e no sistema BIM (Building Information Modeling). “Acreditamos que quanto mais tecnologia for agregada ao setor, mais competitivo ele será”, completa.

Outro compromisso do Conselho é incentivar as construções sustentáveis. “Temos uma preocupação também com as políticas que gerem menos resíduos. Por isso, o estímulo aos prédios verdes está na nossa agenda. Tudo isso, com base nas atividades de tecnologia industrial alinhadas com o SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial)”, complementa Talita Tormin Saito, que também comanda o Departamento de Indústrias Intensivas, Mão de obra e Recursos Naturais do ministério da Indústria e Comércio.

Entrevistada
Talita Tormin Saito, coordenadora-geral do Departamento de Indústrias Intensivas, Mão de Obra e Recursos Naturais do Ministério da Indústria e Comércio e vice-coordenadora do Conselho de Competitividade Setorial da Construção Civil
Currículo
– Talita Tormin Saito é analista em comércio exterior e funcionária de carreira do governo federal.
Contato: sdp-deorn@mdic.gov.br
Créditos foto: Divulgação/MDIC

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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